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sábado, 16 de setembro de 2023

Comunistas farejam fraqueza e avançam - Rodrigo Constantino

VOZES - Gazeta do Povo

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Que Joe Biden está senil é algo que nem a CNN consegue mais esconder. O presidente mal sabe onde está, que dia é ou o que está falando.  
Em visita ao Vietnã, para demonstrar força e conter uma China mais e mais agressiva, Biden precisou ser interrompido por sua equipe no meio de uma fala sem sentido, e colocaram uma música lounge para encerrar a entrevista. Constrangedor.
 
Isso tem acontecido com mais frequência. Para quem quer controlar o presidente feito uma marionete, esse estado mental é útil. 
Mas qual a mensagem que isso transmite para Xi Jiping?
Biden ainda disse com todas as letras que não pretende conter a China, e que a maior ameaça ao mundo não é guerra, mas o "aquecimento global", um discurso feito para consumo interno contra seus adversários "negacionistas", já que a China é o maior emissor de CO2 e Biden não fala grosso com o ditador comunista.
 
Os comunistas temem líderes como Ronald Reagan, o cowboy "imbecil" e "beligerante" que definia com clareza moral sua missão: lutar contra o mal e vencer. 
Não eram só palavras vazias e retórica, mas sim ações: o maior investimento bélico no programa Guerra nas Estrelas. Resultado: queda do muro de Berlim e do Império Soviético.
 
Hoje a China comunista, com dívida crescente, bomba demográfica e desemprego de jovens, adota uma diplomacia hostil ao mundo livre, e observa a reação americana. 
Sentindo fraqueza, avança. Comunistas são como tubarões: ao farejar sangue na água, partem para cima, com uma fome incontrolável. 
A única coisa capaz de frear o comunismo é a ameaça crível de uso da força, de uma retaliação devastadora. Biden oferece isso, por acaso?
 
Descemos para o Brasil e vemos que a ousadia dos nossos comunistas só cresce com a covardia dos militares.  
Agora a Polícia Federal cumpre mandados contra ex-integrantes do Gabinete de Intervenção Federal no Rio, e Braga Netto tem seu sigilo telefônico quebrado.
Vai sobrar algum militar próximo de Bolsonaro sem o sigilo quebrado por algum pretexto qualquer? 
Temos de admitir: são ousados os comunas e conseguem farejar fraqueza do outro lado.
Quem vai parar nossos comunistas, bancados pela China? [e apoiados pelo atual governo que conta com a cumplicidade de todo establishment notoriamente de esquerda.]


Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 


sábado, 11 de fevereiro de 2023

Comunismo, fascismo e nazismo - Percival Puggina

O fascismo nasceu em 1919 e assumiu o poder na Itália em 1922. Desde então, por ser uma ideologia anticomunista, os comunistas passaram a chamar os não comunistas de fascistas. Esse xingamento, então, já rola há um século e está incorporado e automatizado no linguajar da esquerda.

As palavras, na expressão oral de gente séria, têm o significado que lhes é próprio. Principalmente se o vocábulo incorpora uma definição. Não posso chamar um piano de tecladinho nem um tecladinho de piano. Por outro lado, para gente confiável, afirmações feitas com palavras expressam ideias em relação às quais, quem fala, assegura consistência suficiente para não voltar atrás antes de sólida refutação. Essas pessoas não fazem como Lula que tem um discurso em cada ambiente, nem imputam aos outros infâmias que não lhes correspondem.

Ter consciência disso é importante para que cada um de nós, no íntimo, estabeleça padrões de credibilidade a quem emerja na liderança da sociedade. Não se trata de buscar o discurso mais empolgante, mas de certificar-se da consistência e da perseverança em relação ao que seja dito.

Recentemente, alguém escreveu que Putin não está apenas defendendo seu país, mas enfrentando uma guerra contra os fascistas. Pronto! Podemos discutir por meses a fio as razões de lado a lado. O que não é aceitável é chamar “fascista” os principais países da OTAN que não concedem a Putin razões suficientes para destruir a Ucrânia.

O pior dessa história é que se a Rússia de Putin entrar em guerra contra a China de Xi Jinping, essas mesmas pessoas estarão chamando Putin de fascista porque o líder chinês é bem mais comunista do que o russo. Passo seguinte, se, um dia, China e Coreia do Norte se desentenderem, como nada é mais comunista que Kim Jong-un, a China será o lado fascista para esse dicionário boquirroto.

Resguarde-se desse tipo de gente. Desconfie de todo discurso que tenha mais adjetivos do que substantivos. E saiba: comunismo, fascismo e nazismo são tão danosos que as diferenças entre eles chegam a ser sutis diante de seus colossais malefícios, mesmo no plano meramente ideológico. Na prática, o nazismo acabou, o fascismo acabou, mas o comunismo, desastradamente, persiste.

Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

 

sábado, 27 de agosto de 2022

Não existe Estado de Direito no Brasil - Revista Oeste

Rodrigo Constantino

Diante da escalada totalitária de Alexandre de Moraes, qualquer um que insista na conversa furada de que nossas instituições estão funcionando perfeitamente é cúmplice dessa tirania togada


Ilustração: Shutterstock
Ilustração: Shutterstock

O empresário Marco Aurélio Raymundo, da Mormaii, sofreu busca e apreensão e quebra de sigilo fiscal e telemático por escrever em um grupo de WhatsApp: “Golpe foi soltar o presidiário. Golpe é o ‘supremo’ agir fora da constituição. Golpe é a velha mídia só falar merda”. Já o empresário José Koury, dono do shopping Barra World, sofreu busca e apreensão e quebra de sigilo fiscal e telemático por escrever em um grupo de WhatsApp: “Prefiro golpe do que a volta do PT. Um milhão de vezes”.

Aos 82 anos, o discreto empresário José Isaac Peres, da rede de shopping Multiplan, sofreu busca e apreensão e quebra de sigilo fiscal e telemático por escrever: “Lula só ganha se houver fraude grossa!” e “o STF tem 10 ministros petistas”. Meyer Nigri, da Tecnisa, sofreu busca e apreensão e quebra de sigilo fiscal e telemático por repassar texto que dizia que Barroso interfere nas eleições ao mentir sobre o voto impresso. 
 Ivan Wrobel, da Construtora W3, sofreu busca e apreensão e quebra de sigilo fiscal e telemático por escrever: “Quero ver se o STF tem coragem de fraudar as eleições após um desfile militar na Av. Atlântica com as tropas aplaudidas pelo público”.

Afrânio Barreira, Grupo Coco Bambu, sofreu busca e apreensão e quebra de sigilo fiscal e telemático por mandar gif de joinha no grupo, curtindo um comentário alheio. Luciano Hang, da Havan, sofreu busca e apreensão e quebra de sigilo fiscal e telemático por escrever: “Temos mais 4 anos de Bolsonaro e mais 8 anos de Tarcísio aí não terá mais espaço para os vagabundos”. Além disso, todos tiveram contas em redes sociais censuradas.

Foto: Reprodução

O vice-prefeito de Porto Alegre, o advogado Ricardo Gomes, comentou: “Crime de: mandar mensagem no WhatsApp. Artigo do Código Penal? Não tem. Pena? Não tem. Precedente? Não tem. Acusação do Ministério Público? Não tem. Defesa prévia? Não tem. A democracia Alexandrina é criada à imagem e semelhança do AI-5”.

Diante da escalada totalitária do ministro Alexandre de Moraes, qualquer um que insista na conversinha furada de que nossas instituições estão funcionando perfeitamente é um cúmplice dessa tirania togada. Figuras como Rodrigo Pacheco, o presidente do Congresso Nacional, servem apenas para dar uma aura de legitimidade ao completo absurdo. São uns inúteis na melhor das hipóteses.

Não existe crime de opinião previsto em nossa Constituição. O cidadão pode ter sua preferência subjetiva até mesmo por um regime opressor, e basta lembrar que existe até hoje um partido estabelecido que prega oficialmente o comunismo

Não há mais qualquer resquício de Estado de Direito em nosso país. As leis foram rasgadas, a Constituição foi estuprada por quem deveria ser seu guardião, e o arbítrio tomou conta de tudo. Os empresários “golpistas” não possuem foro privilegiado, logo não há sequer competência para o STF no caso. Não há qualquer crime cometido, ou mesmo indício de crime. Não obstante, a imprensa militante antibolsonarista insiste em passar pano e justificar ou amenizar aquilo que é simplesmente surreal.

Só o fato de repetirem “empresários bolsonaristas” já expõe o viés, uma vez que nunca vimos a mídia usar a expressão “empresários lulistas” para se referir aos que apoiam o ex-presidiário petista. É totalmente bizarro relativizar a busca e apreensão de celulares de empresários por conversas particulares num grupo fechado, por emitirem suas opiniões, por preferirem, que seja, uma ditadura à volta de Lula ao poder!

Não existe crime de opinião previsto em nossa Constituição. O cidadão pode ter sua preferência subjetiva até mesmo por um regime opressor, e basta lembrar que existe até hoje um partido estabelecido que prega oficialmente o comunismo. Jornalistas que sabem disso tudo e mesmo assim alegam que o STF “pode saber de algo mais”, para não condenar com veemência a agressão sofrida por esses empresários, não passam de militantes cúmplices do autoritarismo.

É hora de união. O ministro Alexandre de Moraes passou de todos os limites aceitáveis, e não é prudente achar que os alvos ficarão circunscritos ao “bolsonarismo”. A esquerda moderada precisa levantar sua voz contra esse abuso, pois amanhã qualquer um pode ser vítima de abuso. É preciso defender princípios, valores, o império das leis, deixando de lado o ódio que porventura sintam por Bolsonaro. É algo muito maior que está em jogo aqui.

A esquerda radical está em polvorosa, e o senador Randolfe Rodrigues, com ótimo acesso ao STF, já pediu até a prisão dos empresários, antes de qualquer coisa.  
Agora já falam em quebra de sigilo do Procurador-Geral da República, Augusto Aras, pelo “crime” de ter amigos entre esses empresários. Parece que ele era o real alvo dessa operação bizarra. Os comunistas estão dobrando a aposta, desesperados. Cabe a todos os demais, inclusive os mais moderados dentro da esquerda, reagirem contra esse avanço totalitário. Depois poderá ser tarde demais. Vide a Venezuela…

Leia também “Espiral de silêncio”


domingo, 6 de março de 2022

Putin, a Mãe Rússia e o Ocidente - Revista Oeste

Rodrigo Constantino

Os russos permitiram a concentração de poder num só homem, que se despiu de ideologias e adotou um pragmatismo nacionalista cuja meta era tornar a Rússia um país temido novamente 

Vladimir Putin, presidente da Rússia | Foto: Asatur Yesayants/Shutterstock
Vladimir Putin, presidente da Rússia -  Foto: Asatur Yesayants/Shutterstock 
 
Com a invasão da Ucrânia pela Rússia, o mundo se voltou para Vladimir Putin, aquele que comanda com mão de ferro o país desde 1999. Todos querem entender a cabeça daquele que ameaça levar o mundo a uma guerra nuclear. 
Será que ele está blefando? 
Seria Putin capaz de apertar o botão vermelho? 
Como as sanções econômicas impostas pelo Ocidente podem frear as pretensões imperialistas da Rússia? 
Putin é comunista ou nacionalista? E por aí vai.

Naturalmente, a psicologia de alguém como Putin é algo complexo. Sabemos de seu passado, do fato de que seu avô foi cozinheiro de Lenin e também de Stalin, que seu pai, um operário, foi ferido na Segunda Guerra Mundial, que ele foi agente secreto na KGB, e que considerou o debacle da União Soviética uma “catástrofe geopolítica”. Ou seja, seus laços com o imperialismo soviético são evidentes. Mas Putin também é um nacionalista, e em muitos aspectos se parece com um novo czar, lutando para resgatar a grandeza da “Mãe Rússia”. É aqui que atrai, além de comunistas, reacionários.

O Ocidente está em crise de identidade, submetido ao globalismo de elites “progressistas”, materialistas e cosmopolitas
Os conservadores estão absolutamente certos quando apontam para a doença. 
Erra na receita, porém, quem acha que alguém como Putin pode ser parte da resposta. 
Basta conhecer um pouco do perfil do autocrata russo para compreender que ele está longe de ser a solução para as mazelas ocidentais. 
Ao contrário: a civilização ocidental precisa ser defendida justamente por representar valores que alguém como Putin, no fundo, repudia com veemência.

Putin nunca demonstrou qualquer apreço pelas instituições democráticas. Se o império das leis é um dos pilares mais importantes no Ocidente, ainda que em crise pelo abuso de poder arbitrário de hoje sob o pretexto da ciência, Putin simboliza seu oposto, a concentração de poder num só indivíduo, que tudo pode. Ele assumiu o poder quando havia um vácuo deixado pela crise de 1998 e a liderança frágil do bêbado Yeltsin. Oligarcas sem escrúpulos que conquistaram muito dinheiro e poder após a queda do regime soviético ajudaram a criar Putin como político, e logo em seguida o ex-espião destruiu um a um de seus “criadores”.

No livro The Oligarchs, de David Hoffman, essa história é contada em detalhes. É preciso entender que Yeltsin colocou alguns liberais no comando da economia, mas faltavam à Rússia instituições básicas para o funcionamento do livre mercado. O que tivemos em seu lugar foi uma “lei da selva”, um “vale-tudo” em que os tais oligarcas exploraram com maestria à custa do povo. Quando veio a crise, ela foi associada de maneira equivocada ao capitalismo. E foi nesse contexto que Putin chegou ao poder. Sim, ele foi pragmático para não matar a galinha dos ovos de ouro. Mas ele jamais depositou esperança no mecanismo de mercado para levar prosperidade aos russos.

Não se tratava, portanto, de um modelo de meritocracia, e sim um de conexões. Após utilizar os oligarcas para sua ascensão, Putin percebeu que era arriscado demais depender deles, e por isso passou a perseguir cada um deles. O dono da Yukos, Khodorkowsky, então o homem mais rico do mundo emergente, foi preso e esmagado como uma barata em poucas semanas. Os dois barões da mídia tiveram de fugir. O recado era claro: ou se submetia ao conceito de tirania de um homem só ou seria destruído. Putin não se importava com a riqueza desses oligarcas, desde que isso não significasse poder político. Esse seria todo dele, apenas dele.

O capitalismo russo floresceu sem qualquer transparência, por meio de propinas, tudo feito às sombras, com conexões e influência, com golpes escancarados, sem qualquer instituição sólida para proteger a propriedade privada. O liberal Yegor Gaidar, reformista convocado por Yeltsin, temia justamente isso: que os russos fossem se sentir traídos pelo capitalismo. Eu estive num jantar com Gaidar, um admirador de Hayek, e ele parecia alguém sem interesses materiais. Era alguém que realmente acreditava num caminho alternativo para a Rússia, similar ao traçado pelo Ocidente. Na era Putin, figuras como Gaidar não tinham qualquer espaço no governo.

Putin claramente desprezava os oligarcas que só pensavam em enriquecer por meio de esquemas fraudulentos e, eventualmente, mandar o dinheiro para fora do país. Os reformistas liberais tentaram oferecer o máximo de liberdade antes de criar regras claras do jogo, e no vácuo dessas regras vieram forças caóticas do mal, como charlatães, brutamontes, gangues criminosas, políticos corruptos, burocratas espertos, mafiosos etc. Foi nesse ambiente que o ex-espião da KGB concentrou boa parte do poder político. A Rússia nunca desenvolveu qualquer respeito pelo império das leis, pelo estado de direito.

Vale notar que Putin foi catapultado ao papel de líder logo no começo de sua gestão como primeiro-ministro, quando uma série de bombas aterrorizaram Moscou. Os supostos terroristas nunca foram encontrados, o que alimentava a suspeita de se tratar de um trabalho interno do serviço secreto russo, ligado a Putin. O prefeito Luzhkov, seu adversário político, teve sua imagem muito desgastada, enquanto Putin culpou os chechenos e lançou uma ofensiva militar em larga escala, fazendo sua taxa de aprovação disparar.

Ninguém conhecia direito o pensamento político de Putin, ou o que ele fizera na KGB. Os próprios oligarcas ainda o encaravam como uma marionete em suas mãos. Mas, após os anos de fraqueza de Yeltsin, os russos pareciam apreciar o estilo firme de Putin, e muitos compartilhavam de seu ódio pelos chechenos. Mesmo os “liberais”, cansados do caos econômico, pediam que Putin fosse o “Pinochet russo”, acreditando que apenas uma ditadura política poderia viabilizar as reformas econômicas de mercado. Putin soube usar isso a seu favor.

Os russos, sem tradição de liberdade, parecem ter chegado à conclusão de que uma “democracia” controlada de cima é a única alternativa viável no país

Fechado, discreto, sisudo, Putin nunca participara de competições políticas reais, apenas de jogos de bastidores. Ele era extremamente disciplinado, inclusive a ponto de não demonstrar muita ambição no começo e sinalizar lealdade àqueles que o alçaram ao poder. Ele temia a imprensa, em especial a televisão, e por isso seus primeiros alvos foram os oligarcas da mídia. A censura foi imposta durante a guerra, e nunca mais abandonou a Rússia. Putin não queria destruir o sistema, apenas controlá-lo. Ao destruir Gusinsky e Berezovsky, os dois barões da mídia, o caminho ficou livre para o restante do trabalho.

O caso envolvendo Berezovsky, seu principal “criador”, merece maior atenção. Berezovsky passou a discordar de Putin sobre a guerra na Chechênia, e cometeu o erro de externar sua opinião em público. Putin não tolera isso. Berezovsky chegou a enviar uma carta a Putin alertando para seus erros ao escalar o conflito, impor sua vontade aos governadores e tentar controlar a mídia. Mas o magnata não tinha chance nessa batalha, e acabou vendendo seu canal de TV para Roman Abramovich, aliado de Putin, e fugiu do país.

Como coloca Lilia Shevtsova em Putin’s Russia, o desejo avassalador entre a classe política e os russos em geral era que Putin se mostrasse um líder que poderia trazer ordem ao caos de Yeltsin e acabar com a imprevisibilidade do Kremlin. Ao apostar nisso, porém, os russos permitiram a quase absoluta concentração de poder num só homem, que se despiu de ideologias e adotou um pragmatismo nacionalista cuja meta era tornar a Mãe Rússia um país respeitado e temido novamente.

Enquanto o preço do petróleo continuar alto, Putin tem pouco a temer. Não é possível negar que ele conta com apoio popular. Os russos, sem tradição de liberdade, parecem ter chegado à conclusão de que uma “democracia” controlada de cima é a única alternativa viável no país. Muitos são inclusive nostálgicos dos tempos soviéticos, apesar de tudo, apenas por conta do papel geopolítico exercido pela Rússia. Não é uma nova dacha para as férias ou trocar de iPhone todo ano que os move, e sim um sentimento coletivista de pertencer a algo maior.

A economia russa é pequena, quase do tamanho do Estado da Flórida. Mas os russos que apoiam Putin estão preocupados com outras coisas. É um grave equívoco medir Putin pela régua “progressista” ocidental. Trata-se de um autocrata nacionalista obstinado, capaz de tudo para atingir seus fins, e que não vai descansar enquanto a Rússia não for, novamente, um adversário à altura do decadente Ocidente. Aqueles que acreditam que ele pode ser um bom substituto do Ocidente, porém, estão redondamente enganados. Putin é a antítese de tudo que a civilização ocidental representa.

Leia também “A fraqueza ocidental”

Rodrigo Constantino, colunista - Revista Oeste


segunda-feira, 26 de julho de 2021

É crime? Já se encontrar com comunistas - comunismo matou mais de 100.000.000 - não é

Bolsonaro se encontra com deputada de partido neonazista da Alemanha

Beatrix von Storch, do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), também se encontrou com a deputada Bia Kicis (PSL-DF) na semana passada


(crédito: Reprodução / Instagram)

O presidente Jair Bolsonaro se encontrou com Beatrix von Storch, deputada do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), investigada pelo serviço de Inteligência alemão por propagar ideias neonazistas, xenofóbicas e extremistas. A parlamentar publicou uma foto do encontro nas redes sociais nesta segunda-feira (26/7), ao lado também do marido, Sven von Storch. Na legenda, escreveu que "em um momento em que a esquerda está promovendo sua ideologia por meio de suas redes e organizações internacionais em nível global, nós, conservadores, devemos nos unir". A foto foi tirada na semana passada, durante sua passagem pelo país. Até o momento, o chefe do Executivo não publicou a imagem em suas redes sociais.

"Um encontro impressionante no Brasil: gostaria de agradecer ao presidente brasileiro a amistosa recepção. Estou impressionada com sua clara compreensão dos problemas da Europa e dos desafios políticos de nosso tempo. Em um momento em que a esquerda está promovendo sua ideologia por meio de suas redes e organizações internacionais em nível global, nós, conservadores, devemos nos unir mais e defender nossos valores conservadores em nível internacional. Além dos EUA e da Rússia, o Brasil é um parceiro estratégico global para nós, com quem queremos construir o futuro juntos".

No último dia 22, a deputada Bia Kicis (PSL-DF), aliada do chefe do Executivo, se encontrou com Beatrix von Storch. O Museu do Holocausto lamentou o encontro, e afirmou que Beatrix é neta do ministro das Finanças de Adolf Hitler, Lutz Graf Schwer. Segundo o Museu, a Alternativa para a Alemanha é um partido político alemão de extrema-direita, fundado em 2013, com tendências racistas, sexistas, islamofóbicas, antissemitas, xenófobas e forte discurso anti-imigração.

A FOICE E O MARTELO SÍMBOLOS DO PIOR FLAGELO DA HUMANIDADE.

A FOICE E O MARTELO SIMBOLO DO PIOR FLAGELO DA HUMANIDADEREPRESENTAM A OPRESSÃO A TORTURA E MORTE DE BILHÕES DE SERES HUMANOS AINDA HOJE E NO BRASIL EXISTEM HORDAS DE COMUNISTAS TRAMANDO PELA QUEDA DA NOSSA DEMOCRACIA EM PROL DESTA TIRANIA ASSASSINA E MENTIROSA.

Proibição injusta

Proibição injusta
O NAZISMO MATOU 6 MILHÕES DE PESSOAS, O COMUNISMO MATOU 100 MILHÕES E CONTINUA MATANDO... PORQUE A SUÁSTICA ESTÁ PROÍBIDA E A FOICE E O MARTELO CONTINUAM LIVRES??? 
 

Comunismo e esquerda mataram mais de 100.000.000 de inocentes

Comunismo e esquerda mataram
mais de 100.000.000 de inocentes

VITIMAS do COMUNISMO e da
ESQUERDA
 

Após polêmica pelo encontro, Kicis enviou uma carta ao presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib) elogiando e defendendo a deputada alemã. “Como eu, é uma defensora dos valores judaico-cristãos, da família e da luta pela soberania de sua Pátria”, afirmou.  No último dia 22, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) também conversou com a parlamentar alemã. Pelas redes sociais, afirmou que os conservadores são “unidos por ideais de defesa da família, proteção das fronteiras e cultura nacional”.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, também recebeu a visita da deputada da ultradireita alemã.

 Política - Correio Braziliense