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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Quando os bancos atrapalham a retomada da economia e a Receita com serviços cresce 9,7% em 2017



No período em que a taxa Selic caiu a menos da metade, os juros bancários não acompanharam o recuo. O GLOBO desta quarta-feira revela que as cinco maiores instituições do setor faturaram R$ 23,2 bi em tarifas de prestação de serviços no ano passado, um aumento de 9,7%. E o resultado aconteceu com uma base de clientes 3% menor em 2017. Os bancos, assim, atrapalham a retomada da economia.  

A palavra escárnio é apropriada para definir a atuação dos bancos no Brasil. A reportagem de Ana Paula Ribeiro e Gabriela Valente mostra que os cinco maiores estão faturando mais com um número menor de clientes. Além do aumento das tarifas, os juros continuam em níveis extravagantes. Enquanto o BC vem reduzindo a Selic de 14,25% para 6,75%, a taxa no crédito pessoal está, na média, em 122%. Os juros cobrados da pessoa física subiram em janeiro para 32,3%. Não há explicação.

Os bancos adotam uma visão míope. O momento é de recuperação da economia, não é hora de elevar os juros ou tarifas. Taxas nesses níveis contribuem, inclusive, para manter a inadimplência.   A concentração, que já era grande, aumentou. BB, Caixa, Itaú e Bradesco, que tinham 52,58% do mercado de crédito há 10 anos, hoje concentram 72% do total. Tem que haver alguma fórmula para estimular a competição. O consumidor está pagando caro.

Receita de bancos com serviços cresce 9,7% em 2017

No entanto, a base de clientes das quatro maiores instituições financeiras do país diminuiu 3% no período
Pacotes mensais de serviços, taxas para transferência de recursos para outros bancos e cobranças como segunda via de cartão de débito, entre outras. Tarifas sobre serviços renderam R$ 23,2 bilhões aos quatro maiores bancos brasileiros em 2017 — Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco e Santander

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Uma pistola de ouro na guerra do Rio e Um candidato como Haddad é o mesmo que nada

A apreensão de uma arma recém-lançada pela Glock torna ainda mais evidente a assimetria das batalhas travadas entre os bandidos e as forças de segurança

Foram 15 fuzis, 32 pistolas, uma granada, 106 carregadores e 40 mil munições de calibres diversos. Mas não foi o tamanho do arsenal o que chamou a atenção dos policiais rodoviários federais que pararam o veículo que o transportava no quilômetro 207 da BR-116 na manhã desta segunda feira. A atração maior foi a presença de uma pistola Glock último modelo banhada em ouro. “A arma foi lançada pela Glock em 22 de janeiro deste ano”, contou Flávio Werneck, presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal. “A polícia nem pensa em ter um modelo parecido”.
Pistola Glock de último modelo apreendida no Rio de Janeiro em 26 de fevereiro de 2018 (Divulgação/Divulgação)

Werneck informa que para uma pistola ser banhada em ouro sem que esse requinte afete o funcionamento da arma é preciso contar com os conhecimentos de um especialista. “Tudo indica que o banho em outro foi dado na cidade paraguaia de Ciudad del Este, que faz fronteira com Foz do Iguaçu”, disse. A dedicatória na arma — “RB da Clínica Nova Holanda”seria uma referência a algum chefe do tráfico na favela da Nova Holanda, no Complexo da Maré.
 Arsenal apreendido na BR-116, no Rio de Janeiro, em 26 de fevereiro de 2018 (Divulgação/Divulgação)
Uma reportagem do Globo revelou que a última compra de fuzis para a Polícia Militar do Rio ocorreu em 2013, quando o Batalhão de Operações Especiais recebeu 600. As armas utilizadas pelo restante da tropa têm cerca de dez anos de uso.  A descoberta torna ainda mais evidente a assimetria da guerra travada entre os bandidos e as forças de segurança no Rio de Janeiro. Nem a iminência do confronto com o Exército nas ruas e morros inibiu a arrogância dos criminosos, que continuam investindo na sofisticação do seu armamento.

 Branca Nunes - Coluna do Augusto Nunes - Veja

Um candidato como Haddad é o mesmo que nada

A agonia do PT será acelerada pelo raquitismo das bancadas no Senado, na Câmara e nas Assembleias Legislativas

Ainda atordoado com a suspensão de Lula, punido por vigorosos pontapés no Código Penal, o PT teve de engolir nesta segunda-feira a expulsão de Jaques Wagner, eliminado do jogo da sucessão presidencial pela Operação Cartão Vermelho. E a curtíssima fila de possíveis candidatos do PT ao Palácio do Planalto passou a ser liderada por Fernando Haddad.

É o mesmo que nada. Em 2012, o ministro da Educação incapaz de organizar com eficácia um exame do ENEM virou prefeito de São Paulo porque Lula ainda conseguia tapear multidões de incautos com os postes que fabricava. Quatro anos depois, ao disputar um segundo mandato, Haddad foi destroçado por João Doria já no primeiro turno.

Se não chegou sequer à etapa final do duelo pela prefeitura paulistana, como acreditar que o ex-prefeito escapará da votação de candidato nanico? Há dois anos, desmoralizado pela ladroagem sem precedentes, a seita da missa negra foi massacrada em todos os municípios importantes. Com um candidato desses, estará condenada a um fiasco monumental nas eleições de outubro. O partido que virou bando terá a agonia acelerada pelo raquitismo das bancadas no Senado, na Câmara dos Deputados e nas Assembleias Legislativas. A goleada reservada a uma nulidade política como Fernando Haddad vai escavar a cova rasa em que o PT merece ser enterrado.

Augusto Nunes - Veja

 

A missão do Ministério da Segurança Pública




Mesmo com suspeições em torno da nova pasta, devido ao governo Temer, ela pode servir para a tão reivindicada integração no combate ao crime 

Cercado de suspeições por se originar do governo Michel Temer e seu grupo no MDB, o Ministério Extraordinário da Segurança Pública está criado, entregue a Raul Jungmann, que saiu da Defesa tendo acumulado quilometragem no relacionamento com militares, essenciais no combate ao crime no estágio a que chegou no país. Espera-se que faça o que é imprescindível ser feito.

Há, neste ato, o aspecto positivo de ser o primeiro passo efetivo da União para, enfim, formalizar sua participação, junto com os demais entes federativos, no enfrentamento constante da séria crise de segurança pública que atinge o país, e há tempos. Desde a redemocratização, institucionalizada pela Constituição de 1988, nenhum presidente da República quis assumir o ônus de levar para o terceiro andar do Planalto o problema da segurança pública, embora fosse necessário.

No primeiro governo Lula, um então poderoso ministro esvaziou pertinente programa feito para integrar União, estados e municípios no combate ao crime, com o argumento meramente político-eleitoral de que era um erro permitir que cadáveres fossem depositados na porta do gabinete presidencial.  E continuou como sempre foi, fundamentado no conceito constitucional — na varejista Carta brasileira, há de tudo — de que segurança pública é com os estados. E  a externa, com a União, uma visão esquemática a que o crime organizado já não obedece faz tempo: está em todos os estados e também no exterior.
Fatos acontecidos nos últimos dias e meses ilustram bem os desafios que o novo ministério — robustecido pelas polícias Federal e Rodoviária e pela Força Nacional — tem de enfrentar.

São sugestivas as evidências de que há uma guerra interna no PCC, organização surgida em presídios de São Paulo, com execuções feitas no Ceará, até com o uso de helicóptero, e na portaria de hotel de luxo em São Paulo, no estilo cinematográfico de filmes sobre máfias. Outro fuzilamento, no trânsito paulistano, no sábado de carnaval, feito por sicários, pode também ter sido parte deste acerto de contas entre bandidos.

Mais uma demonstração da longa mão do crime, que se nacionalizou há tempos. 

 Longa o suficiente para também atuar fora do país, como evidenciou um assassinato de brasileiro no Paraguai, numa emboscada tecnicamente bem planejada, uma escaramuça entre o PCC e o carioca Comando Vermelho.  Não há mesmo como esperar que polícias dos estados tenham êxito contra quadrilhas organizadas e que atuam com esta amplitude. Com todas as dúvidas e críticas ao novo ministério, resta aproveitar para ser feita a óbvia e necessária integração entre as forças de segurança de toda a Federação, como prometeu Jungmann ao tomar posse ontem. A criminalidade avançou bastante à frente do Estado.

Editorial - O Globo

Com a palavra, mais um especialista: FHC

Governos que não são fortes apelam aos militares, afirma FHC

Ao ser questionado sobre a escolha de um general da reserva do Exército para ocupar o cargo de ministro da Defesa, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou que “na América Latina, há casos de governos que utilizaram os militares para se fortalecer”. “Governos, sobretudo quando não são fortes, apelam para os militares”, disse nesta terça-feira, 27, citando como exemplo o final do governo do ex-presidente chileno Salvador Allende.

A declaração de FHC foi dada durante o primeiro evento da série ‘A Reconstrução do Brasil’ do Fórum Estadão, realizado nesta terça em São Paulo. “No passado, colocar um civil na Defesa era símbolo de qual poder prevalece.”  “Em várias ocasiões (no meu governo), houve pressão para fazer intervenção na segurança nos Estados. Não fiz intervenção porque elas paralisam as reformas constitucionais”, disse FHC, que defendeu uma mudança na maneira de os governos enfrentarem o problema das drogas no País. “A questão da segurança está ligada à corrupção. A questão do tráfico de armas é tão grande quanto a da droga. Tem de enfrentar a questão da droga de maneira diferente, não apenas repressiva.” [considerando o passado de FHC, incluindo confissão pública que já fumou maconha, não surpreende que ele queira que a questão da droga seja enfrentada de maneira diferente - talvez, liberando geral, até subsidiando.
Por sorte dos brasileiros se percebe uma tendência de apertar o usuário - sem usuário não  há interesse de nenhum marginal em traficar.]
 
Nessa segunda-feira, 26, o governo anunciou o general Joaquim Silva e Luna para comandar o ministério da Defesa, ocupando a vaga de Raul Jungmann, deslocado para assumir o recém-criado Ministério da Segurança Pública. Desde 1909, quando foi criada, é a primeira vez que um militar assume a pasta da Defesa. A mudança e a criação de um novo ministério foram decisões tomadas pelo governo após a intervenção federal na segurança no Rio de Janeiro.

Blog Reinaldo de Azevedo  


Supremo se transformou em grande espetáculo televisivo, afirma ex-ministro Eros Grau


Segundo ex-ministro, a Constituição de 1988 é extensa demais e isso faz com que o STF se torne efetivamente uma quarta instância dos processos

O Supremo Tribunal Federal se transformou em um grande espetáculo televisivo, o que traz um problema de necessidade de protagonismo, afirmou Eros Grau, ex-ministro da Corte, durante Fórum Estadão realizado nesta terça-feira em São Paulo. O jurista citou uma pesquisa recente mostrando que 51% das decisões tomadas no Tribunal foram feitas monocraticamente, contrariando o espírito colegiado da última instância.
Eros Grau, ex-ministro do Supremo, durante Fórum Estadão Foto: Felipe Rau

Segundo Eros, o STF virou um tribunal monocrático em que os interesses a visões individuais se sobrepõem ao plenário. Isso fez com que STF se tornasse efetivamente uma quarta instância dos processo. "Para evitar isso, bastava aplicar a lei efetivamente", disse Eros. 

A tese foi defendida também pelo ex-presidente da Corte Nelson Jobim, que citou as liminares derrubando a decisão de prisão em segunda instância como exemplo da individualização da Corte. Para Jobim, um dos problemas desse protagonismo dos membros do Supremo acaba sendo a necessidade de alguns de "construir sua biografia".
"Há um problema na origem da indicação ao Supremo. Temos dois tipos de indicação, aqueles que tiveram ou passaram a ter relação direta com o presidente que indicou em consequência de sua biografia e outros que não tinham biografia antes de chegar à Corte. Quando chegam ao STF, os que não tinham biografia passam a diferir na Corte para construir seu individualismo, sua biografia." 

Eros lembrou ainda que a constituição norte-americana tem apenas sete artigos e 27 emendas, enquanto sua contraparte brasileira nasceu já com 245 artigos.