Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
VEJA teve acesso às quatro mil páginas da apuração em torno de um personagem que guardava segredos valiosos e foi abatido numa ação ainda cercada de dúvidas
MISTÉRIOS - Adriano: detalhes intrigantes, eventos estranhos e perguntas ainda sem resposta sobre o crime (Cristiano Mariz;/Reprodução)
O ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega ganhou notoriedade nacional depois que se descobriu que ele chefiava o chamado Escritório do Crime — um grupo de matadores de aluguel que atuava no Rio de Janeiro a serviço de bicheiros e milicianos.
Ficou mais famoso ainda quando se soube que ele também tinha uma estreita ligação com a família do ex-presidente Jair Bolsonaro. Por anos, a mãe, a mulher e um dos melhores amigos do policial, o também ex-PM Fabrício Queiroz, foram assessores do gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em 2019, acusado de homicídio e com a prisão decretada pela Justiça, Adriano fugiu. Um ano depois, foi morto.
Esse é o ponto de partida do capítulo final de uma história que reúne ingredientes de um thriller de ação.
Havia gente importante entre os “clientes” do Escritório do Crime que torcia para que o ex-capitão nunca mais aparecesse.
Havia gente influente ligada às vítimas que queria localizá-lo a qualquer custo.
E havia gente poderosa que temia a revelação de segredos capazes de fulminar biografias e destruir certas carreiras — políticos, inclusive.
O destino de alguém com um perfil tão singular assim era previsível.
Adriano foi localizado no interior da Bahia. A polícia realizou uma gigantesca operação para capturá-lo, usando drones, aeronaves, equipamentos de geolocalização e armamento pesado.
No dia 9 de fevereiro de 2020, o ex-capitão foi cercado no município de Esplanada, a 165 quilômetros de Salvador.
Estava sozinho e, segundo a versão oficial, armado.
Ao perceber a chegada dos policiais, reagiu e foi abatido com dois tiros.
A família afirma que foi uma execução sumária, uma queima de arquivo planejada para evitar que ele comprometesse aquela gente importante, influente e poderosa, incluindo políticos.
A suspeita se sustentava diante de fatos que ocorreram antes, durante e depois do suposto confronto.
Quatro anos depois, o Ministério Público finalmente concluiu a investigação sobre o caso. VEJA teve acesso às mais de 4 000 páginas de documentos, perícias, depoimentos, fotografias e relatos de testemunhas que ajudaram a reconstituir os últimos instantes de vida do ex-capitão.
O trabalho, porém, não foi capaz de elucidar definitivamente o mistério. Ainda há muitos detalhes intrigantes e perguntas que ficaram sem respostas.
A OPERAÇÃO ESPLANADA
Depois de fugir do Rio de Janeiro, Adriano perambulou durante meses por fazendas no interior do Nordeste.
A polícia passou a monitorar os passos dele através de seus familiares e amigos.
Em janeiro de 2020, após receber uma visita da esposa, o ex-capitão foi cercado pela primeira vez na Costa do Sauípe (BA), mas conseguiu escapar. A sorte o abandonaria poucos dias depois. Escondido na chácara de um amigo na área rural de Esplanada, o miliciano sabia que os policiais estavam em seu encalço e tinha tudo pronto para deixar o país.
O plano de fuga elaborado contava com um resgate de helicóptero patrocinado por um grupo ligado à contravenção do Rio.
Não deu tempo. A polícia interceptou a viúva em uma blitz, e o motorista dela deu pistas sobre a localização do novo esconderijo. A Secretaria de Segurança da Bahia preparou então uma das maiores ações de captura já realizadas pela polícia baiana. Foram mobilizados setenta homens, além de um drone, um helicóptero, veículos táticos e armamentos pesados.
Para evitar vazamentos, os policiais convocados para a missão só souberam a identidade do alvo às 23 horas da véspera, quando também foram advertidos sobre a destreza do ex-capitão: ele havia sido o primeiro colocado em treinamentos de tiro e sobrevivência na mata, tinha amplo conhecimento operacional e dificilmente se entregaria, disseram os comandantes.
EXECUÇÃO OU CONFRONTO?
(...)
A CENA DO CRIME
Um dos procedimentos elementares que qualquer policial aprende na academia é sobre a necessidade de preservar a cena do crime. Os PMs que alvejaram o miliciano admitiram em depoimentos que não houve essa preocupação.
Os projéteis, por exemplo, são provas importantes para determinar se realmente houve troca de tiros, o tipo de armamento envolvido, o trajeto e a distância dos disparos.
Um dos laudos elaborados pela Polícia Federal destaca que foram encontradas apenas três cápsulas da pistola que teria sido usada por Adriano, apesar de ele ter supostamente disparado sete tiros.
Os peritos levantaram a hipótese de uma mesma bala ter ricocheteado, mas, ainda assim, a conta não fechou.
Seria esperado, segundo eles, que fossem encontradas de cinco a sete cápsulas detonadas.
A ausência delas, porém, não prova que o confronto não existiu, já que elas podem simplesmente ter sido subtraídas por alguém que entrou na casa após o crime — e muita gente entrou. Aliás, as cápsulas das balas usadas pelos PM também não foram localizadas.
(...)
Ao longo da investigação, o Ministério Público solicitou sucessivas vezes que a Polícia Federal prestasse apoio técnico para novas perícias. Além da reconstituição e da exumação, os promotores solicitaram uma “missão exploratória” para sanar dúvidas técnicas que os peritos baianos e fluminenses não conseguiram.
Por considerar que a cena do crime já havia sido completamente devassada, a PF nunca atendeu ao pedido.
Em resposta a um dos ofícios, os federais ainda destacam um fato grave que impedia o trabalho: a arma supostamente utilizada por Adriano — uma pistola Glock, calibre 9 mm — havia desaparecido. Soube-se que ela fora recolhida pela PM baiana após o confronto, tendo reaparecido tempos depois em posse da Polícia Civil do estado.
(...)
Em Esplanada, a situação se inverteu. Adriano era o bandido. O tenente e os dois soldados que localizaram o miliciano garantem que o objetivo era prendê-lo, mas ele resistiu e provocou o confronto.
Adriano era um exímio atirador, mas errou todos os tiros, mesmo estando a uma distância de menos de 5 metros dos alvos.
Em poucos segundos, o temido chefe do Escritório do Crime caiu morto.
O registro da pistola que teria sido usada por Adriano, a que sumiu e reapareceu tempos depois, estava parcialmente raspado.
Policiais disseram que o ex-capitão estava de bermuda e calção quando o Bope entrou na casa. Os médicos, por sua vez, relatam que ele chegou seminu ao hospital.
A estranha queimadura no peito, um indício de tortura, também vai continuar sem explicação. Segundo um dos peritos, ela pode ter sido produzida “por um instrumento de bordas circulares, aquecido” — o cano de uma arma, por exemplo. Mas essa é apenas uma hipótese sem nenhuma comprovação. Adriano morreu da mesma maneira que matava. Caso encerrado.
A última lembrança que a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) tem da noite de sábado é a de estar em sua cama, no apartamento funcional onde vive, em Brasília. Ela assistia um episódio da série "Ressurrection". Posteriormente, se corrigiu e falou que a atração na verdade era o “O Grande Guerreiro Otomano”. Depois, o que veio pela frente foi um lapso de memória de aproximadamente sete horas. Quando retomou os sentidos, a deputada disse ter acordado em meio a uma poça de sangue no chão de seu closet, com cinco fraturas no rosto e uma na costela. Estava ainda com um dente quebrado e queixo cortado.
[deputada! com o devido respeito, somos brasileiros e extremamente crédulos = acreditamos até em políticos... imagine. Só que a senhora pegou pesado, uma 'estória' sem pé, nem cabeça.....
- um ataque de esquecimento que durou sete horas?
- depois diz que sofreu um atentado?
- a senhora fez um exame de sangue, sem descuidar do toxicológico = levou muita porrada, por um longo tempo e não lembrar de nada???
- seu marido nao ouviu nada?
- a senhora fala que ele tem problema de ronco = no caso ele deve ser o causador, fosse a senhora ele não ouviria. capacidade auditiva dele deve ser mínima. Por favor, não conte para o relator Calheiros ou para qualquer um dos 'três donos...' da Covidão, eles vão dizer que foi o presidente Bolsonaro que lhe deu um corretivo pesado; - nem conte para o deputado Luis Miranda - é outro esqeucido = esquece até de gravar o que ouve.
Melhoras e cuide da memória e evite contato com substâncias estranhas.
EM TEMPO: a polícia legislativa cuidando desse caso? não era melhor entregar para uma polícia mais especializada?mais experiente? mais eficiente?]
Joice recebeu a coluna em sua casa na tarde desta quinta-feira. Ela estava de roupão e um curativo no rosto. Entre uma e outra colherada de sopa, Joice disse que acionou a Polícia Legislativa para investigar o caso e afirmou que acredita que foi “vítima de um atentado”. A parlamentar mostrou os exames à coluna. – Acordei em uma poça de sangue sem saber quanto tempo fiquei desacordada. A hipótese que eu mais acredito é que sofri um atentado – afirmou.
Vídeo gravado pela deputada federal Joice Hasselmann que mostra lesões em seu rosto
A parlamentar diz que, primeiramente, acreditou que tinha desmaiado e se machucado ao cair. Joice, porém, viu que tinha fraturas em muitos lugares do rosto e do corpo. A avaliação dela é que só poderia ter se machucado assim “se tivesse rolado de uma escada, o que não aconteceu”. Além das fraturas, ela mostrou à coluna lesões no joelho e tórax e um inchaço na cabeça. – É improvável que eu tenha conseguido cair de jeitos diferentes para lesionar tantas partes do meu corpo. Um dos médicos que me atendeu perguntou se eu levei chutes. Mas não posso acusar sem provas. Não me lembro de nada – disse ela.
Joice relata que quem a socorreu foi seu marido, o neurocirurgião Daniel França, que costuma passar os fins de semana em Brasília.A deputada ligou para o celular do marido às 7 horas da manhã, porque não conseguia se levantar (ela mostrou para a coluna o registro dos telefonemas no seu celular).Ele dormia em outro quarto da casa. Ao levar a reportagem ao local em que acordou ferida, a parlamentar mostrou o cômodo onde estava Daniel França naquela noite. Joice diz que o casal costuma dormir separado porque o marido tem problemas com ronco. A parlamentar afirma que França a levou para o quarto, fez curativos e ministrou os remédios.
Na terça-feira, Joice relatou que foi atendida por uma junta de dentistas e que também fez exames no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, onde as lesões foram constatadas. No mesmo dia, a deputada relatou o ocorrido ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e falou sobre sua suspeita de agressão. – Já estou em contato com a Polícia Legislativa. Eles vão investigar o caso e solicitarão as imagens das câmeras do prédio para analisar a movimentação. Já fiz esse pedido aos policiais. Na sexta prestarei depoimento e indicarei testemunhas, como meu marido, funcionários da casa e porteiros do prédio – disse ela. O vigia do edifício da deputada afirmou à coluna que os vídeos foram pedidos pela Polícia Legislativa.
Desde o episódio, a deputada trouxe para Brasília seu segurança particular de São Paulo e não dorme mais sozinha no apartamento. Dois funcionários passaram a dormir na sua residência na capital federal. Ela também trocou todas as fechaduras de sua casa e diz que, agora, vai andar armada. – Só preciso fazer a prova de tiro para ter a minha posse de arma. Comprei uma pistola Glock e ela não vai sair do meu lado, nem na hora de dormir – afirma. [deputada, sugerimos o máximo de cuidado com essa pistola - somos favoráveis ao livre porte de armas, o que inclui a livre posse, mas vai que a senhora tem outra crise de esquecimento e esquece o que uma arma pode fazer? especialmente quando está na mão de uma pessoa que 'esqueceu' que o que segura é uma arma; ou esquece que o seu segurança é de sua confiança e atira nele?]
O ex-policial do BOPE e miliciano Adriano da Nóbrega, morto na Bahia, era acusado de participar do esquema da “rachadinha” do gabinete de Flávio Bolsonaro, tinha longa relação com a famíla do presidente da República e era suspeito de envolvimento com a morte de Marielle
Tudo indica que o ex-policial e miliciano Adriano da Nóbrega, conhecido como capitão Adriano, [ex- capitão do Bope]era um homem marcado para morrer. Fugitivo da polícia há mais de um ano, ele foi cercado e baleado na madrugada de domingo 9, em um sítio na zona rural da cidade de Esplanada, a 170 quilômetros de Salvador, onde estava escondido. A operação policial que o vitimou envolveu 75 homens das forças de segurança do Rio de Janeiro e da Bahia e não deu a mínima chance de sobrevivência ao procurado. Ele levou dois tiros, no pescoço e no tórax, e deixou mais perguntas do que respostas para a Justiça. [o que fortalece as suspeitas de que sua morte foi 'queima de arquivo' - especialmente tendo em conta que foi absolvido pela Justiça do Rio, em 2007, da única acusação de homicidio que pesava contra ele. Com isso, só restando acusações mais leves, se preso vivo poderia ser tentado a fazer 'delação premiada'.]
Chefe do chamado Escritório do Crime, milícia de Rio das Pedras, na zona Oeste do Rio de Janeiro, era suspeito de cometer ou ser o mandante de vários homicídios, estava envolvido com o esquema da “rachadinha”, investigado no gabinete do então deputado Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, e integrava a lista de suspeitosde envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes. Tinha uma folha corrida extensa, marcada por crimes variados e violentos. A versão oficial de sua morte dá conta de que houve um tiroteio em que Nóbrega atirou primeiro – dois disparos de sua pistola Glock calibre 9mm atingiram o escudo usado por um dos guardas, e a policia reagiu. Mas o fato de haver tantos homens atuando em uma verdadeira operação de guerra para prender um único perseguido indica que as forças de segurança não atacaram o esconderijo apenas para dar voz de prisão. A morte de Adriano fica, por enquanto, como uma história mal contada em que vale considerar a possibilidade de execução.
Há motivos para se acreditar nisso. Uma semana antes da ação em Esplanada, houve outra operação policial de busca e captura de Nóbrega em uma mansão na Costa do Sauípe, onde ele ficou escondido por cinco dias. Quando a polícia chegou, ele conseguiu fugir nadando em um lago atrás da casa. Dias depois, já em um novo refúgio em Esplanada, Nóbrega conversou com seu advogado, Paulo Emílio Catta Preta, e explicitou a preocupação em ser morto.“Na ligação, ele falou que se fosse encontrado seria morto”,contou Catta Preta à ISTOÉ. O advogado tentou acalmar o cliente, que estava bastante nervoso com o fechamento do cerco policial, e disse que a melhor solução seria Nóbrega se entregar. Foi, então, que a expressão “queima de arquivo” apareceu entre os dois. Nóbrega era um homem que sabia demais. “Ele disse que essa Operação da Costa do Sauípe não teria sido feita para prendê-lo e sim para matá-lo”, confirmou o advogado. As autoridades, porém, insistem que a morte ocorreu porque houve resistência à prisão e troca de tiros. Se, de fato, reagiu, foi praticamente uma decisão suicida. Dadas as condições do enfrentamento, a morte do miliciano mostra excesso da polícia ou alguma premeditação. Na casa onde o miliciano foi morto, a polícia encontrou três armas e 13 telefones celulares. O criminoso temia ser interceptado e trocava constantemente os chips de seus aparelhos. [o fato do ex-capitão ter sido absolvido, definitivamente, em 2007, pela Justiça, mostra o acerto do então deputado Jair Bolsonaro, ao defendê-lo em discurso, no Plenário da Câmara, em 2005.
Quanto a sua indicação pelo deputado Flávio Bolsonaro para ser agraciado com a Medalha Tiradentes, ocorreu em 2005, quando o ex-capitão era acusado de homicidio - acusação da qual foi inocentado pelo TJRJ em 2007. Imperioso ressaltar que todas as indicações são analisadas por um Conselho, que referenda ou rejeita.
A propósito, sobram suspeitas contra o ex-capitão, suspeitas que as vezes são lançadas e depois desmentidas por quem as noticios - vide comentário, fundo vermelho, no gráfico.] Personagem misterioso Nóbrega é um personagem misterioso que ronda o clã Bolsonaro há pelo menos 17 anos. A relação entre o miliciano e a família presidencial nunca fui sigilosa. Ele era tratado como uma espécie de herói pelo presidente e seus filhos, embora desde sempre estivesse envolvido com atividades ilícitas e violentas. Em 2003, um ano depois de iniciar seu mandato de deputado, Flávio Bolsonaro homenageou e condecorou o miliciano com uma moção de louvor por seus serviços prestados à sociedade. Declarou que o policial desenvolvia a função “com dedicação, brilhantismo e galhardia”. “No decorrer de sua carreira, atuou direta e indiretamente em ações promotoras de segurança e tranqüilidade da sociedade”, declarou Flávio. Em 2005, o filho do presidente foi mais longe e concedeu a Nóbrega, por seu “êxito em prender doze criminosos e apreender armamentos e drogas na cidade”, a Medalha Tiradentes, principal honraria do poder legislativo do Rio. Adriano, que ainda era tenente do Bope, não apareceu na cerimônia, porque estava preso preventivamente acusado do assassinato do guardador de carros Leandro Silva, que havia denunciado policiais da cidade pelos crimes de extorsão e ameaça. O pai Jair Bolsonaro, na época deputado federal, também foi à tribuna da Câmara, em Brasília, defender o miliciano das acusações de que era alvo. Chamou Nóbrega de “brilhante oficial” e, posteriormente, esteve presente na audiência de julgamento do ex-PM, que acabou absolvido do homicídio de Leandro em 2006.
(.....)
Foragido da Justiça Nóbrega se tornou foragido no começo do ano passado, depois que os milicianos do Escritório do Crime foram alvo de uma grande investigação do Ministério Público do Rio chamada de Operação Intocáveis. A operação desvendou um esquema de corrupção envolvendo arrecadação ilegal de aluguéis, extorsão, grilagem de terras e outros crimes ligados ao mercado imobiliário em Rio das Pedras e na localidade de Muzema. O destino de Nóbrega era investigado pelo setor de inteligência da Polícia Civil do Rio de Janeiro e pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público. Seu exato paradeiro só foi conhecido há cerca de um mês, quando foi realizada a primeira operação frustrada de prendê-lo, no dia 31 de janeiro, na mansão de Costa do Sauípe, onde estava desde que deixou o Rio. Ele estava acompanhado da atual mulher, Julia Emilia Lotufo, e das filhas dela.
Do Sauípe, Nóbrega escapou para Esplanada e instalou-se, primeiro, numa fazenda pertencente ao pecuarista Leandro Guimarães. Em depoimento, Guimarães falou que Nóbrega chegou à propriedade dizendo que estava de férias e procurava um lote de terras em Esplanada para comprar. Disse também que conhecia Adriano de vaquejadas, festas famosas na região, e desconhecia o passado nebuloso do amigo. Descobriu-se, porém, que Guimarães foi testemunha de defesa em um processo em que Nóbrega era acusado de homicídio, grilagem de terras e agiotagem, em julho do ano passado.
(......)
Nóbrega morreu em um contexto de investigações inconclusivas e sob suspeita de uma série de crimes em uma área isolada na Bahia. Segundo Alves, ele não estava em uma favela ou em um bunker, estava em uma zona rural e em desvantagem. “O que saísse da boca dele iria ser decisivo para várias investigações em andamento. Essa operação está muito mal contada, é muito estranha”, completa Alves. Outra frente de investigação que a morte de Nóbrega abafa é a possível ligação do miliciano com o assassinato de Marielle Franco. Quem também fazia parte do Escritório do Crime, grupo liderado por ele, era o ex-policial Ronnie Lessa, principal acusado de matar a vereadora, atualmente preso. Se não eram próximos, Nóbrega e Lessa certamente se conheciam e tinham alguma relação. Há quem fale que o Capitão Adriano era uma peça chave para descobrir os mandantes do crime ocorrido em março de 2018. É uma análise defendida pela própria Secretaria de Segurança Pública da Bahia. Caso Marielle
Para o deputado federal, Marcelo Freixo (PSOL-RJ), porém, Nóbrega não teve nada a ver com a morte de Marielle e ele e Lessa podem nunca ter atuado juntos.
A apreensão de
uma arma recém-lançada pela Glock torna ainda mais evidente a assimetria
das batalhas travadas entre os bandidos e as forças de segurança
Foram 15 fuzis, 32 pistolas, uma granada, 106 carregadores e
40 mil munições de calibres diversos. Mas não foi o tamanho do arsenal o
que chamou a atenção dos policiais rodoviários federais que pararam o
veículo que o transportava no quilômetro 207 da BR-116 na manhã desta
segunda feira. A atração maior foi a presença de uma pistola Glock último modelo banhada em ouro. “A arma foi lançada pela Glock em 22 de janeiro deste ano”,
contou Flávio Werneck, presidente do Sindicato dos Policiais Federais no
Distrito Federal. “A polícia nem pensa em ter um modelo parecido”.
Pistola Glock de último modelo apreendida no Rio de Janeiro em 26 de fevereiro de 2018 (Divulgação/Divulgação)
Werneck informa que para uma pistola ser banhada em ouro sem
que esse requinte afete o funcionamento da arma é preciso contar com os
conhecimentos de um especialista. “Tudo indica que o banho em outro foi
dado na cidade paraguaia de Ciudad del Este, que faz fronteira com Foz do Iguaçu”, disse. A dedicatória na arma —“RB da Clínica Nova Holanda” — seria uma referência a algum chefe do tráfico na favela da Nova Holanda, no Complexo da Maré.
Arsenal apreendido na BR-116, no Rio de Janeiro, em 26 de fevereiro de 2018 (Divulgação/Divulgação)
Uma reportagem do Globo revelou que a última compra
de fuzis para a Polícia Militar do Rio ocorreu em 2013, quando o
Batalhão de Operações Especiais recebeu 600. As armas utilizadas pelo
restante da tropa têm cerca de dez anos de uso. A descoberta torna ainda mais evidente a assimetria da
guerra travada entre os bandidos e as forças de segurança no Rio de
Janeiro. Nem a iminência do confronto com o Exército nas ruas e morros
inibiu a arrogância dos criminosos, que continuam investindo na
sofisticação do seu armamento.
Branca Nunes - Coluna do Augusto Nunes - Veja
Um candidato como Haddad é o mesmo que nada
A agonia do PT será acelerada pelo raquitismo das bancadas no Senado, na Câmara e nas Assembleias Legislativas
Ainda atordoado com a suspensão de Lula, punido por
vigorosos pontapés no Código Penal, o PT teve de engolir nesta
segunda-feira a expulsão de Jaques Wagner, eliminado do jogo da sucessão
presidencial pela Operação Cartão Vermelho. E a curtíssima fila de
possíveis candidatos do PT ao Palácio do Planalto passou a ser liderada
por Fernando Haddad.
É o mesmo que nada. Em 2012, o ministro da Educação incapaz
de organizar com eficácia um exame do ENEM virou prefeito de São Paulo
porque Lula ainda conseguia tapear multidões de incautos com os postes
que fabricava. Quatro anos depois, ao disputar um segundo mandato,
Haddad foi destroçado por João Doria já no primeiro turno.
Se não chegou sequer à etapa final do duelo pela prefeitura
paulistana, como acreditar que o ex-prefeito escapará da votação de
candidato nanico? Há dois anos, desmoralizado pela ladroagem sem
precedentes, a seita da missa negra foi massacrada em todos os
municípios importantes. Com um candidato desses, estará condenada a um
fiasco monumental nas eleições de outubro. O partido que virou bando terá a agonia acelerada pelo
raquitismo das bancadas no Senado, na Câmara dos Deputados e nas
Assembleias Legislativas. A goleada reservada a uma nulidade política
como Fernando Haddad vai escavar a cova rasa em que o PT merece ser
enterrado.
Ali Sonboly já teria sido internado durante dois meses por problemas psiquiátricos e pesquisado por outros tiroteios em massa
Os investigadores do caso do jovem que atirou e matou nove pessoas na última sexta-feira (22) em Munique, no sul da Alemanha, confirmaram que Ali Sonboly
já planejava o tiroteio há mais de um ano. A arma de fogo utilizada,
uma pistola Glock 17, teria sido comprada na dark internet, um meio que
se tornou inacessível pelos métodos convencionais e geralmente é
acessada para cometer atos ilegais, devido à possibilidade de manter o
anonimato.
Suspeito é identificado pela mídia como Ali Sonboly - Reprodução internet
[aos inocentes úteis - talvez defini-los como 'babacas inúteis' seja mais apropriado - que
no Brasil defendem o desarmamento deve ser lembrado que a Alemanha
possui uma das legislações mais rígidas sobre posse e porte de armas -
inclusive a estúpida exigência de só vender armas a maiores de 25 anos,
que é também adotada no Brasil - e, mesmo assim, um jovem de 18 anos
conseguiu adquirir, sem nenhuma dificuldade, uma Glock .9mm, uma das
melhores armas entre as chamadas 'armas curtas'.
Chamamos
de estúpida exigência dos 25 anos, já que cria uma situação curiosa:
com 20 anos ou um pouco mais qualquer jovem pode se tornar militar,
policial e ter direito a portar armas, mesmo o impatriótico 'estatuto do
desarmamento' impondo a idade mínima de 25 anos.]
O
adolescente, que é suspeito de tentar atrair suas vítimas ao restaurante
Mc Donald’s para efetuar os disparos, já havia ficado dois meses
internado em reabilitação por problemas psiquiátricos. Segundo o jornal britânico The Guardian, o investigador Robert Heimberger afirma que Ali Sonboly tinha visitado a cena de um tiroteio em uma escola na cidade alemã de Winneden e tirado fotografias do crime, o que contou como prova de que o adolescente estava realmente obcecado portiroteios em massa.
Além da foto de Anders Breivik que
era utilizada como identificação de Sonboly no aplicativo Whatsapp, as
autoridades encontraram mais imagens do atirador norueguês que matou 77
pessoas em 2011 em seu computador. A data foi planejada para ocorrer
exatamente no mesmo dia do atentado cometido por Breivik na Noruega –
que também utilizou uma pistola Glock.
Segundo os investigadores,
Sonboly teria utilizado uma arma de fogo não utilizada anteriormente. A
suspeita é de que o cano da arma não teria sido desativado corretamente,
o que revela uma falta de monitoramento do país. O minstro do Interior
Thomas de Maizière citou a possibilidade de tornar as leis de controle
de armas mais duras para evitar esse tipo de conduta.
Atirador de Munique planejou ataque por um ano - David Sonboly comprou arma pela internet, informaram as autoridades alemãs
O atirador que matou nove pessoas em Munique na sexta-feira estava
planejando o ataque durante um ano e comprou a arma pela internet,
informaram as autoridades alemãs neste domingo. Depois do massacre, políticos cobraram o maior controle de armas no país. Em uma entrevista coletiva, o chefe de polícia da região da Baviera,
Robert Heimberger, disse que o jovem David Sonboly colocou uma armadilha
para as vítimas no Facebook, seguindo um planejamento que havia
"preparado por um ano".
Na rede social, o assassino publicou uma oferta falsa de lanche
grátis no McDonald’s — local inicial do ataque. Em seguida, o atirador
continuou os disparos no shopping Olyimpia, o maior centro comercial da
região da Baviera. Ainda de acordo com as autoridades, Sonboly, de 18 anos e cidadania
alemã-iraniana, comprou ilegalmente pela internet a pistola Glock 9mm
usada no ataque.
A polícia considera que o atirador foi influenciado pela matança em
Winnenden, em março de 2009, onde um jovem de 17 anos abriu fogo em seu
ex-colégio, matando 15 pessoas, antes de se suicidar. — As primeiras observações levam à conclusão de que ele estava
interessado neste ato, indo visitar a cidade e tirando fotos há um ano e
em seguida planejou seu próprio ato — precisou o chefe da polícia.
Segundo a investigação, Sonboly não escolheu as vítimas de forma
específica, explicou o procurador da cidade, Thomas Steinkraus-Koch. — Aqui não há nada contra os estrangeiros — disse ele em entrevista
coletiva, contrariando conclusões iniciais de racismo devido ao
significativo número de vítimas estrangeiras no ataque. Segundo o último balanço divulgado neste domingo, onze de um total de
35 feridos estão em estado grave. Entre os nove mortos, sete eram
adolescentes — três do Kosovo, três turcos e um grego.
Os investigadores suspeitam ainda de um possível vínculo entre o
tiroteio de Munique e o assassino supremacista branco norueguês Anders
Behring Breivik. O ataque na cidade alemã aconteceu justamente no dia em que o
massacre de 77 pessoas cometido pelo radical de direita norueguês
completava 5 anos.
No quarto de Sonboly foram encontrados documentos desse massacre e de
outros similares, assim como um livro de matanças perpetradas por
estudantes. O ataque em Munique foi o terceiro contra civis na Europa Ocidental
em menos de dez dias, depois do atentado com um caminhão em Nice (sul da
França), em 14 de julho, que deixou 84 mortos, e de um ataque com um
machado em um trem na Baviera, que resultou em cinco feridos.