Existem
dezenas de vídeos circulando nas redes sociais cuja autenticidade é
inegável. São falas de Lula e algumas de Dilma relativas ao Foro de São
Paulo, organização que reúne os governos de esquerda (filocomunistas)
das Américas do Sul e Central. Num vídeo, Lula realça que o Brasil, por
ser a maior economia da região, teria maiores responsabilidades perante
os demais países de esquerda do continente e passa a enumerar os
empréstimos e financiamentos brasileiros.
A
contratação internacional, de resto secreta (crime de
responsabilidade), entre Cuba e Brasil (aluguel de médicos) e a
construção do Porto de Mariel, de graça, a expensas do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) enquadram-se nessa linha.
Tampouco houve uma palavra sequer de Dilma a respeito dos ataques à
liberdade de imprensa na Argentina e as atrocidades de Maduro contra as
liberdades democráticas e direitos humanos na Venezuela. A cumplicidade é
total entre os governos comunistoides falidos, renitentes e
irresponsáveis da atrasada América Latina.
O
senador Cunha Lima, da Paraíba, estado pequeno, mas de larga e longa
tradição política, abriu caminho no Congresso para investigar os fundos
de pensão das empresas estatais, aparelhados pelo PT e por ele
manobrados.
Saberemos de coisas escabrosas na Previ (Banco do Brasil),
na Funcef (Caixa Econômica), Centrus (Banco Central), Petros
(Petrobras), "et caterva", doações e desvios de verbas de publicidade,
além de patrocínios fajutos. Mas não apenas isso. Para exemplificar,
leiam as agruras dos funcionários operosos dos Correios (ECT), que já
foi, antes do PT, considerado o terceiro melhor serviço postal do mundo.
O Postalis - fundo de pensão -, formado parcialmente por descontos em
folha dos funcionários, está com um rombo de R$ 6,5 bilhões. Má gestão?
Claro que sim. Mas não só. Por ordem de Lula, a serviço do Foro de São
Paulo, o Postalis aplicou o suado dinheiro em títulos públicos
venezuelanos e argentinos, que não valem nada e estão inadimplentes. Há
aplicações até em ações das empresas de Eike Batista, no momento em que
já estava em declínio. A troco de quê? Há que se perguntar.
Lula, há poucas semanas, praticou a irresponsabilidade de convocar o
exército de Stédile (MST) para enfrentar o nosso povo nas manifestações
de rua, legítimas e democráticas. É o mesmo Lula do Foro de São Paulo, o
mesmo que disse ter preguiça de ler um livro sequer. É o nosso Lenin,
mas sem a altura histórica do líder russo; não passa de um agitador
envaidecido de sua importância na história do país, a cada dia menor
pelas atitudes impatrióticas.
Espanta-nos a mansidão das instituições brasileiras ante as últimas
atitudes desse senhor, claramente conspiratórias, passíveis de
enquadramento no Código Penal. É hora de levá-lo à delegacia de polícia.
A condição de ex-presidente não lhe dá imunidade, é um cidadão comum.
Ele está insuflando a luta de classes e fazendo apelos à violência.
A Constituição da República, que a todos obrigada, no Art. 5º, inciso
XLIV, ao tratar dos Direitos e Garantias fundamentais dispõe:
"Constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados,
civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado
Democrático". Assegura ainda o direito de propriedade no inciso XXII do
mesmo Art. 5º. O que faz o MST do sr. Stédile e seu exército, segundo
Lula, se não invadir, ocupar e destruir propriedades alheias com facões,
foices e espingardas, além de desfilar por ruas e estradas preconizando
a propriedade coletiva da terra e o socialismo, atentatórios ao Art.
170 da Constituição e sua clara opção pela livre iniciativa e o direito
de propriedade? Noutra passagem, a Constituição veda a utilização por
partido político, no caso o PT, de organização paramilitar, ou seja, o
exército dos sem-terra do comandante Stédile (Art. 7º, § 4º).
Passou da hora de convocar o sr. Lula a explicar o que significou a
ameaça de colocar nas ruas o exército do sr. Stédile, pois é princípio
fundamental da República Federativa do Brasil o Estado Democrático de
Direito, com esforço no pluralismo político e nos valores sociais do
trabalho e da livre iniciativa (Art. 1º da CF). Qualquer socialismo,
como o da Venezuela e o do sr. Stédile, é contrário aos princípios que
nos regem. Somos um país leniente. À guisa de comparação, somente por
ter ilegalmente espionado o partido democrata, Nixon renunciou para
fugir do impeachment, por perjúrio. Berlusconi ficou meses preso. Em
Portugal, o ex-primeiro-Ministro José Sócrates responde a processo
judicial. Aqui, o sr. Lula faz e fala o que quiser e fica por isso
mesmo.
Sacha Calmon - Advogado, coordenador da especialização em direito tributário das
Faculdades Milton Campos e ex-professor titular da UFMG e da UFRJ
Transcrito do site A Verdade Sufocada
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