Comissão de Direitos Humanos da Câmara vai ouvir
nove ‘ex-homossexuais’
Autor da
proposta, Marcos Feliciano (PSC-SP) diz que eles são alvo de discriminação e
considerados fingidores
Dominada
por um grupo de parlamentares considerado mais conservador, a Comissão de Direitos Humanos
aprovou na última quarta-feira — por 10 a 6 — audiência
pública que irá ouvir nove pessoas que, segundo eles, eram homossexuais e que mudaram a orientação sexual com o
tempo. Ainda não há data para ocorrer.
A proposta é de autoria do Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), que, na
justificativa de seu pedido argumenta que
os chamados ex-gays são alvos de discriminação e apontados, por seus antigos "pares
homossexuais", os companheiros, como
fingidores. Segundo o deputado, também as pessoas que sempre foram
heterossexuais consideram que os "ex-gays"
estão mentindo. — Assim, os homossexuais e os heterossexuais consideram os ex-LGBTTs
mentirosos, dissimulados e até mesmo doentes mentais — justifica Feliciano. [respeito muito o deputado José Feliciano, mas, prefiro cuidar para
que homossexuais ou ex-homossexuais se mantenham sempre longe de minha família, especialmente, dos
meus filhos e netos.
Embora meus filhos todos com mais de 25 anos, heteros, estão já imunizados contra o homossexualismo.]
Dos nove
convidados, cinco são homens e quatro
mulheres. No grupo, há três pastores, um cantor
evangélico, uma missionária, uma psicóloga e um estudante de psicologia.
Para o deputado, os programas de TV tratam os
ex-homossexuais como pessoas caricatas e que enganam a sociedade,
sobretudo os cônjuges. — Esses cônjuges são mostrados como quem
estaria embarcando numa aventura, ao se casarem com pessoas que praticariam
fraude sentimental, dizendo haver mudado a orientação sexual quando, na
verdade, apenas enganam e tripudiam sobre a confiança de terceiros — diz
Feliciano.
Parlamentares
do PT, do PSB e do PSDB, cientes da derrota na votação, apelaram
para que a proposta não fosse votada. O presidente da comissão, Paulo
Pimenta (PT-RS), afirmou que um debate desses vai expor as pessoas e será um
"atrativo para a mídia".
Fonte: O Globo
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