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sexta-feira, 17 de abril de 2015

Comissão de Direitos Humanos vai investigar porque gays discriminam ex-homossexuais



Comissão de Direitos Humanos da Câmara vai ouvir nove ‘ex-homossexuais’
Autor da proposta, Marcos Feliciano (PSC-SP) diz que eles são alvo de discriminação e considerados fingidores
Dominada por um grupo de parlamentares considerado mais conservador, a Comissão de Direitos Humanos aprovou na última quarta-feira — por 10 a 6 — audiência pública que irá ouvir nove pessoas que, segundo eles, eram homossexuais e que mudaram a orientação sexual com o tempo. Ainda não há data para ocorrer.  

A proposta é de autoria do Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), que, na justificativa de seu pedido argumenta que os chamados ex-gays são alvos de discriminação e apontados, por seus antigos "pares homossexuais", os companheiros, como fingidores. Segundo o deputado, também as pessoas que sempre foram heterossexuais consideram que os "ex-gays" estão mentindo.  — Assim, os homossexuais e os heterossexuais consideram os ex-LGBTTs mentirosos, dissimulados e até mesmo doentes mentais — justifica Feliciano. [respeito muito o deputado José Feliciano, mas, prefiro cuidar para que homossexuais ou ex-homossexuais se mantenham sempre longe de minha família, especialmente, dos meus filhos e netos.
Embora meus filhos todos com mais de 25 anos, heteros, estão já imunizados contra o homossexualismo.]

Dos nove convidados, cinco são homens e quatro mulheres. No grupo, há três pastores, um cantor evangélico, uma missionária, uma psicóloga e um estudante de psicologia. Para o deputado, os programas de TV tratam os ex-homossexuais como pessoas caricatas e que enganam a sociedade, sobretudo os cônjuges.  — Esses cônjuges são mostrados como quem estaria embarcando numa aventura, ao se casarem com pessoas que praticariam fraude sentimental, dizendo haver mudado a orientação sexual quando, na verdade, apenas enganam e tripudiam sobre a confiança de terceiros — diz Feliciano.

Parlamentares do PT, do PSB e do PSDB, cientes da derrota na votação, apelaram para que a proposta não fosse votada. O presidente da comissão, Paulo Pimenta (PT-RS), afirmou que um debate desses vai expor as pessoas e será um "atrativo para a mídia".

Fonte: O Globo


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