Três ministros do STF defendem o corte do ponto dos servidores em greve
Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski defendem que o poder público não pode pagar por um serviço não prestado
Três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) defenderam o corte
do ponto de servidores grevistas. Para Dias Toffoli, Gilmar Mendes e o
presidente do tribunal, Ricardo Lewandowski, é permitido fazer greve no
serviço público, mas a consequência é o desconto dos dias parados. Os
ministros defenderam que o poder público não pode pagar por um serviço
que não foi prestado. As opiniões foram manifestadas no julgamento de um
processo sobre o assunto que foi interrompido por pedido de vista. Não
há previsão de quando o caso chega ao plenário.
A ação tem repercussão geral — ou seja, a decisão do STF deve ser
repetida por juízes de todo o país no julgamento de processos
semelhantes. Ao votar, Mendes ressaltou a crise política e econômica do
país. E lembrou que os servidores públicos estão a salvo das demissões
em massa, o que não acontece no setor privado. Ainda assim, a categoria
protesta por aumento salarial. — Estamos vivendo uma profunda crise de autoridade. Porque, claro,
todos querem ganhar mais, mas não é porque simplesmente o vencimento
está defasado. Olham para paradigmas, querem a equiparação com a Câmara e
o Senado. Estamos vivendo profunda crise de autoridades porque, num
momento em que é anunciado o decréscimo de 2% no PIB, em que receita
decai, nós temos a ampliação das reivindicações — declarou o ministro.
Gilmar Mendes também reclamou do longo período em que servidores ficam de greve.
— É normal que o servidor tenha direito a ficar três meses em casa? Porque, nesse âmbito de negociação e de pensamento institucional, podemos pensar que a greve podia ser um protesto bem humorado, com um dia de paralisação. Chegamos a 30 dias nas escolas. E quem sofre com isso? Os filhos das pessoas que vão para escolas públicas — protestou.
O julgamento começou com o voto do relator, ministro Dias Toffoli:
— Nesses casos, o prejudicado (com a greve) não é o patrão, é a sociedade brasileira, o cidadão brasileiro.
O ministro ponderou que a regra de descontar o salário referente aos
dias parados não é absoluta. Para ele, isso não pode ocorrer se a greve
for motivada por atraso no pagamento de salário ou de comportamento
abusivo por parte da administração. Edson Fachin votou em seguida, contra o corte do ponto. Para ele,
essa providência “aniquilaria o direito de greve do servidor público”.
Em seguida, Luís Roberto Barroso pediu vista, interrompendo o
julgamento. Ainda assim, Lewandowski e Mendes se manifestaram, mesmo sem
formalizar o voto. — Vivemos um período extremamente conturbado, em que as greves
ocorrem até de maneira selvagem. Vivemos no Judiciário uma greve não
declarada, em relação à qual não se tem interlocutores — reclamou o
presidente do STF.
[Lewandowski falta com a verdade, quando diz: "Vivemos no Judiciário uma greve não declarada, em relação à qual não se tem interlocutores". Não tem interlocutores pelo simples fato de que o presidente do STF estava negociando com os servidores e viajou para Portugal para um encontro as escondidas com a presidente Dilma.
E, quando voltou do encontro, simplesmente ignorou todas as tratativas que vinha mantendo com os servidores e apresentou um projeto de reposição salarial com percentuais inferiores ao aprovado pelo Congresso Nacional.
Quem rompeu as negociações, inclusive com o golpe sujo de encontro as escondidas foi o presidente do Supremo.]
— É normal que o servidor tenha direito a ficar três meses em casa? Porque, nesse âmbito de negociação e de pensamento institucional, podemos pensar que a greve podia ser um protesto bem humorado, com um dia de paralisação. Chegamos a 30 dias nas escolas. E quem sofre com isso? Os filhos das pessoas que vão para escolas públicas — protestou.
O julgamento começou com o voto do relator, ministro Dias Toffoli:
— Nesses casos, o prejudicado (com a greve) não é o patrão, é a sociedade brasileira, o cidadão brasileiro.
[Lewandowski falta com a verdade, quando diz: "Vivemos no Judiciário uma greve não declarada, em relação à qual não se tem interlocutores". Não tem interlocutores pelo simples fato de que o presidente do STF estava negociando com os servidores e viajou para Portugal para um encontro as escondidas com a presidente Dilma.
E, quando voltou do encontro, simplesmente ignorou todas as tratativas que vinha mantendo com os servidores e apresentou um projeto de reposição salarial com percentuais inferiores ao aprovado pelo Congresso Nacional.
Quem rompeu as negociações, inclusive com o golpe sujo de encontro as escondidas foi o presidente do Supremo.]
Fonte: O Globo
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