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quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Sem apoio para o ajuste fiscal, Dilma vê aumentar a ameaça do impeachment



Apenas com meia dúzia de frases, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, sepultou, ontem à noite, a esperança do governo da presidente Dilma Rousseff na aprovação mais ou menos rápida do pacote de ajuste fiscal que sequer ainda encaminhou ao Congresso. Deverá fazê-lo até a próxima sexta-feira.

Eduardo disse que não haverá tempo para que se vote o pacote na Câmara até o final do ano. “Há que se respeitar o rito”, ensinou. “E ele prevê várias etapas para o exame das medidas do pacote em várias comissões técnicas”. A votação em plenário ficará para fevereiro do próximo ano, quando o Congresso voltará do recesso.

Embora não admita, em menos de 24 horas depois do anúncio do pacote o governo concluiu que a maior parte do seu conteúdo deverá ser rejeitada pelo Congresso. Aumento de impostos ou a recriação da CPMF, imposto sobre transações financeiras, nem pensar. A oposição não quer e nem mesmo o PT.

Por encomenda do governo, líderes de alguns partidos aliados dele assinaram um documento de apoio ao pacote e a presidente. Mas eles sabem que o documento não representa a vontade da maioria dos seus liderados. Dilma ainda imagina que poderá virar o jogo com a ajuda de governadores. Está enganada.  Ela jantou com quase todos os governadores que dizem apoiá-la. E pediu que mobilizassem os deputados federais de seus Estados para votar a favor do pacote. Ou Dilma não sabe ou finge não saber que os governadores não mandam no voto dos deputados. No passado remoto, mandaram.

Enquanto o governo parece perdido para tapar o buraco das contas públicas e o Brasil pode voltar a perder o grau de investimento conferido por outras agências de classificação de risco, avança o movimento favorável ao impeachment do mandato de Dilma. Ela voltou a dizer que o movimento fracassará.  Não é isso o que pensam nomes de peso do PT e ministros de prestígio que despacham com Dilma regularmente. A oposição, na Câmara, apresentou um documento de 16 páginas com perguntas dirigidas a Eduardo sobre como deverá se processar o pedido de impeachment e seu encaminhamento para votação.

Travou-se então o primeiro embate sobre o assunto entre a oposição e os poucos defensores do governo na Câmara. Eduardo ficou de responder às perguntas na próxima semana. Ou na seguinte.  Espera-se ali que até meados de outubro o Tribunal de Contas da União rejeite as contas do governo relativas ao ano passado.

Se isso ocorrer, começará a ser construído o pretexto jurídico para dar ensejo à uma eventual deposição de Dilma. Sobre isso, conversa-se em Brasília sem o menor recato. O governo dá sinais de que definha. E por mais que Dilma repita que não renunciará ao mandato, essa é uma hipótese que não deve ser descartada.

Até parte do PT, próxima de Lula, atua para abreviar a agonia de Dilma.

Fonte: Blog do Noblat 

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