Justiça bloqueia R$ 188,8 milhões de Neymar
Neymar exibe Ferrari vermelha: 'Fruto do meu
trabalho'
Jogador,
acusado de sonegação, diz que modelo de R$ 2,5 milhões é 'sonho de criança'
O momento pode não ser dos
melhores, já que na
semana passada Neymar teve bloqueados pela Justiça
brasileira quase R$ 200 milhões, devido a um processo em que é acusado
de sonegação fiscal. Mas o craque do Barcelona
não se deixa abater. Em sua conta no Instagram, nesta quinta-feira, ele
divulgou a foto de seu mais novo
brinquedinho de menino adulto: uma Ferrari
vermelha.
Antecipando-se aos críticos e corneteiros, Neymar escreveu que o mimo é "fruto do meu trabalho". Segundo ele, o carrão é a realização de um "sonho de criança". O modelo Ferrari 458 Spider, ano 2015, adquirido pelo jogador da seleção brasileira, é avaliado em R$ 2,5 milhões, segundo o grupo "Via Italia", citado em reportagem do site "Ego". [ditado que vem à mente: Quem nunca comeu melado, quando come, se lambuza.]
Atacante
é acusado de sonegar impostos entre 2011 e 2013
A
Justiça autorizou o bloqueio de R$ 188,8 milhões do jogador Neymar, da
família e das empresas ligadas a ele. O atacante é acusado de sonegar impostos
entre 2011 e 2013,
sobretudo nas transações que selaram a transferência do jogador do Santos para
o time europeu Barcelona. O valor é referente ao
total devido pelo atleta à Receita, mas o bloqueio atingiu apenas bens móveis e
imóveis e não diretamente os valores da conta corrente do jogador.
O bloqueio foi proposto por uma medida cautelar da
auditoria-fiscal da Receita Federal e encaminhada à Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional (PGFN), que entrou com o pedido na Justiça. Inicialmente, Neymar é acusado de sonegar o equivalente
a R$ 63,6 milhões. O valor alcança os R$ 188,8 milhões por conta de uma multa de
150%. – O valor ficou bastante elevado porque a multa aplicada foi de 150%.
Isso acontece nos casos em que a fiscalização identifica simulação e fraude –
afirmou um técnico da Receita Federal.
Segundo a medida cautelar, o jogador declarou apenas 8,05% do patrimônio do grupo Neymar, o equivalente a R$ 19,6 milhões. Além disso, na declaração referente a bens e direitos do jogador em 31 de dezembro de 2013, “não há um único bem móvel ou imóvel declarado”. “A maioria dos bens e direitos declarados refere-se a aplicações financeiras e saldos em contas bancárias”, diz a medida. Os bens ficam bloqueados até que todo o processo, que atualmente corre no âmbito administrativo, seja finalizado. Caso o processo administrativo conclua que Neymar de fato sonegou impostos e o jogador não pague o valor devido, ele pode acabar preso, segundo uma fonte do alto escalão da Receita. Nesse caso, o Fisco pode contatar o Ministério Público para que este inicie uma ação penal contra o jogador.
Segundo a medida cautelar, o jogador declarou apenas 8,05% do patrimônio do grupo Neymar, o equivalente a R$ 19,6 milhões. Além disso, na declaração referente a bens e direitos do jogador em 31 de dezembro de 2013, “não há um único bem móvel ou imóvel declarado”. “A maioria dos bens e direitos declarados refere-se a aplicações financeiras e saldos em contas bancárias”, diz a medida. Os bens ficam bloqueados até que todo o processo, que atualmente corre no âmbito administrativo, seja finalizado. Caso o processo administrativo conclua que Neymar de fato sonegou impostos e o jogador não pague o valor devido, ele pode acabar preso, segundo uma fonte do alto escalão da Receita. Nesse caso, o Fisco pode contatar o Ministério Público para que este inicie uma ação penal contra o jogador.
– Evidentemente que se ele pagar, o Ministério Público não pode mais entrar com a ação penal. A legislação brasileira é fraca em relação ao tratamento ao sonegador.
O
Tribunal Regional Federal da 3ª Região negou o pedido em primeira instância, mas
o desembargador Carlos Muta optou por acatar os
argumentos do Fisco e bloquear o montante para que haja garantia do pagamento
dos impostos sonegados. A Receita Federal determina que pode haver bloqueio de bens quando a dívida ultrapassa 30% do
patrimônio conhecido do contribuinte.
Apesar de
garantir que processos de grande monta como esse não são costumeiros na rotina
da Receita Federal, o presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais
da Receita (Unafisco), Kleber Carvalho, afirmou que os auditores vão intensificar esse tipo de investigação
como parte de operação padrão no âmbito da greve organizada pela categoria
por reajuste salarial equivalente ao que tramita no Congresso Nacional para
categorias consideradas equivalentes, como advogados da
União e delegados de polícia. Esse tipo de serviço e os que atendem diretamente
os consumidores (como em
aeroportos) não foram paralisados, mas as
auditorias e fiscalizações – que afetam
diretamente a arrecadação – estão
paradas.
Fonte: O Globo
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