PF deflagra mais uma etapa da Operação Acrônimo
Ação investiga vínculo de empresário ligado ao PT com governador de Minas Gerais
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira mais uma etapa da
Operação Acrônimo. Segundo investigadores, estão sendo realizadas
operações de busca e apreensão em Belo Horizonte, São Paulo e Brasília.
Por enquanto, os detalhes da ação da PF são mantidos em sigilo. A
Operação Acrônimo investiga lavagem de dinheiro e caixa 2 com supostos
recursos desviados para a campanha do governador de Minas, Fernando
Pimentel (PT).
Pimentel, ao lado da mulher Carolina;
- Imprensa MG
Não haveria neste momento mandado de prisão. A operação apura a
atuação do empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, e sua
vinculação com o atual governador de Minas. Um dos alvos é a mulher de
Pimentel, Carolina Oliveira.ENTENDA O CASO
A Operação Acrônimo teve início em maio deste ano e mirou empresários que doaram para partidos políticos na campanha de 2014. O principal alvo foi Bené, dono de gráfica em Brasília, uma das quatro pessoas presas na primeira ação.
Entre as medidas determinadas pela Justiça Federal, esteve o sequestro de um bimotor turboélice King Air, avaliado em R$ 2 milhões, de propriedade do empresário, que é ligado ao PT.
Bené foi solto 12 horas depois após pagar uma fiança de R$ 78 mil. Ele havia sido preso em flagrante por formação de quadrilha, mas a Polícia Federal não esclareceu o que o empresário estava fazendo no momento da prisão.
Em junho, relatório sigiloso da PF acusou Pimentel de prática de possíveis atos de corrupção, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa supostamente chefiada por Benedito Oliveira. Entre os indícios de corrupção, a PF informa que o empresário pagou despesas com transporte e hospedagem do governador e da mulher dele, Carolina Oliveira, no Maraú Resort, numa praia da Bahia, entre 15 e 17 de novembro de 2013, quando Pimentel ainda era ministro do Desenvolvimento.
Fonte: O Globo
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