Os
advogados da petista alegam, em defesa encaminhada ao processo que pede a
cassação da presidente, que a legenda adversária recorre ao TSE por
inconformismo eleitoral
Um dos pontos levantados pela defesa é de que, mesmo que os recursos
da campanha sejam oriundos de corrupção, o comitê financeiro da campanha não
teria como saber. Segundo a defesa, se as empresas investigadas pela Operação
Lava Jato que doaram recursos para a campanha obtiveram dinheiro de forma
ilegal, a chapa que recebeu a doação não pode ser punida por isso. "Se o doador obteve recursos de forma
ilícita, como alegam os autores, essa ilicitude não se projeta sobre o
donatário".
Os
advogados também ressaltam que as mesmas empresas que doaram recursos para a
campanha do PT também repassaram verba para "quase
todas as campanhas mais importantes, e de forma substancial para a campanha dos
autores". O argumento segue a tese apresentada pela defesa do
vice-presidente Michel Temer, oferecida ao TSE na semana passada, que aponta recebimento de R$ 40 milhões,
doados pelas mesmas fontes ao PSDB para a campanha de 2014. Segundo a defesa, o partido adversário "busca em vão obter perante a Justiça
inúmeros votos que não conseguiram nas urnas face a inexistência de qualquer
prova juntada aos autos deque a chapa vencedora tenha incorrido em qualquer
ilegalidade ou mesmo tenha abusado do poder econômico por qualquer meio".
Segundo
os advogados de Dilma, não há até agora qualquer informação, nem em depoimentos,
nem em termos de colaboração premiada, que de a presidente tenha participação
direta ou indireta no esquema investigado pela Lava Jato. "O mesmo não pode ser afirmado em relação ao adversário Aécio
Neves, cujo nome já fora mencionado, no âmbito da Operação Lava Jato em
depoimentos de Alberto Youssef, Carlos Alexandre de Souza Rocha (vulgo 'Ceará')
e Fernando Moura", aponta o documento.
A defesa
da presidente argumenta que não existem provas de abuso de poder político e
econômico na campanha eleitoral de 2014 e que a ação é baseada em "ilações fantasiosas". Pelo
uso indevido da Justiça, os advogados pedem a responsabilização dos autores da
ação. "Face a inexistência de
qualquer prova juntada aos autos de que a chapa vencedora tenha incorrido em
qualquer ilegalidade ou mesmo tenha abusado do poder econômico por qualquer
meio, mesmo que minimamente, o que existe são ilações fantasiosas que se
arvoram em premissas, devendo os Autores serem responsabilizados pelo manejo
temerário da AIME (ação de impugnação de mandato eletivo".
Os advogados sustentam na peça que os tucanos já tentaram, em três tentativas frustradas, fazer "uso político da justiça eleitoral". "Inconformados com a derrota eleitoral imposta pelo voto popular e com a reeleição de Dilma e Temer, os Autores buscam, em vão, a terceira tentativa de obter perante a Justiça Eleitoral aqueles inúmeros votos que não conseguiram nas urnas", escrevem os advogados. Eles citam o questionamento às contas de campanha da chapa Dilma-Temer, que foram aprovadas com ressalvas pelo TSE; a alegação de fraude nas urnas eletrônicas e o pedido de auditoria do resultado do pleito; e as demais ações eleitorais que tramitam no TSE.
Os advogados sustentam na peça que os tucanos já tentaram, em três tentativas frustradas, fazer "uso político da justiça eleitoral". "Inconformados com a derrota eleitoral imposta pelo voto popular e com a reeleição de Dilma e Temer, os Autores buscam, em vão, a terceira tentativa de obter perante a Justiça Eleitoral aqueles inúmeros votos que não conseguiram nas urnas", escrevem os advogados. Eles citam o questionamento às contas de campanha da chapa Dilma-Temer, que foram aprovadas com ressalvas pelo TSE; a alegação de fraude nas urnas eletrônicas e o pedido de auditoria do resultado do pleito; e as demais ações eleitorais que tramitam no TSE.
Atualmente,
além da ação de impugnação de mandato, outras três ações que podem gerar a
cassação do mandato da presidente Dilma Rousseff e de seu vice, Michel Temer,
estão em trâmite na Corte Eleitoral. Os advogados da petista alegam que os
fatos são "repetidos e já apreciados
na Corte". A defesa da
presidente pede que, caso o processo não seja extinto, ao menos a Corte admita "ampla produção de provas" com
oitiva de testemunha, juntada de "documentos,
laudos e perícias" que venham a ser solicitadas. Os advogados pedem, a
princípio, a oitiva do ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea) Marcelo Neri.
A peça responde, ponto a ponto, 11 itens citados pelo PSDB e que apontam ilegalidade no pleito de 2014. Entre eles, além da acusação de financiamento de campanha com recursos ilegais, há outras como uso indevido da máquina pública, massiva propaganda eleitoral usando recursos geridos por entidades sindicais e manipulação na divulgação de indicadores socioeconômicos.
A peça responde, ponto a ponto, 11 itens citados pelo PSDB e que apontam ilegalidade no pleito de 2014. Entre eles, além da acusação de financiamento de campanha com recursos ilegais, há outras como uso indevido da máquina pública, massiva propaganda eleitoral usando recursos geridos por entidades sindicais e manipulação na divulgação de indicadores socioeconômicos.
Fonte: Estadão - Gustavo Aguiar e Beatriz
Bulla.
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