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domingo, 19 de fevereiro de 2017

A jararaca está viva e engordou - cada povo tem o presidente que seus eleitores estúpidos escolher e, infelizmente, a escolha nojenta prejudica os que pensam

Lula cresceu em todas as simulações e ganha com folga de todos os candidatos

O primeiro aviso veio em dezembro, com uma pesquisa do Datafolha. Lula tinha 25% das preferências dos eleitores para o primeiro turno da eleição presidencial de 2018. À época havia um consolo, num segundo turno, ele perdia para Marina Silva. Agora saiu a pesquisa da CNT/MDA. Lula cresceu em todas as simulações e ganha com folga de todos os candidatos, em todos os turnos. Salvo Jair Bolsonaro, todos os seus adversários caíram. Com 6,5% na resposta espontânea, Bolsonaro tem mais preferências que Aécio Neves, Marina, Temer, Geraldo Alckmin e Ciro Gomes somados. E Lula, com 16,6% janta todos, inclusive o paleozoico Bolsonaro. [felizmente, Lula tem um percentual irrisório, já que míseros 16,6% e isto é o limite do jararaca.
Mesmo que consiga não ser encarcerado - hipótese improvável e que não elide ser condenado várias vezes - não chegará daqui a quase dois anos sequer aos míseros 205.
Também não pode ser olvidado a hipótese de manipulação de pesquisas, visando manter a serpente viva.]

Na resposta espontânea mais da metade dos entrevistados declararam-se indecisos, o que reduz o peso dessas percentagens. Na pesquisa induzida, quando o entrevistado deve escolher um nome numa lista de seis, Lula repetiu o desempenho. Foi de 24,8% para 30,5%. Todos os outros mandarins caíram, salvo Bolsonaro, que saltou de 6,5% para 11,3%.

Não se pode ir longe nas projeções de uma pesquisa realizada a mais de um ano de distância das eleições, mas alguns resultados da CNT/MDA são fotografias do presente. Apesar da exposição que seus cargos lhes dão, Michel Temer, Aécio Neves e Geraldo Alckmin estão derretendo. Derrubaram-se também Ciro Gomes com seu estilo tonitroante e Marina Silva com seu plácido absenteísmo. As artes do Planalto levaram para 62% o índice de desaprovação de um governo que vive num mundo de trapalhadas, fantasias e marquetagens.

A jararaca engordou e dificilmente o risco Lula será liquidado pela Lava-Jato. Primeiro porque não será fácil torná-lo inelegível, com uma condenação de segunda instância, antes do pleito do ano que vem. Mesmo que isso aconteça, Lula poderá tirar um poste da manga. Joaquim Barbosa, por exemplo.  [poste, triste classificação para alguém que alguns eleitores sem noção chegaram a considerar com chances de ser presidenciável com luz própria.] A jararaca está viva, engordou e arma o bote. Quem o viu no velório da mulher pode ter percebido uma emoção verdadeira, dentro da qual havia instantes úteis a uma retórica eleitoral.

(...) 
 
Os papéis de Teori
O ministro Teori Zavascki tinha o hábito de tomar pequenas notas, nas quais comentava a dura vida que levava. Quem viu alguns desses papéis garante que as relações do ministro com o procurador-geral, Rodrigo Janot, não iam bem.

Teori estava insatisfeito com a lentidão da Procuradoria (chegou a mostrar isso numa rara entrevista) e dispunha-se a chutar o balde no fim deste mês, caso Janot não colocasse a papelada em dia. Teori reclamou também da má qualidade de denúncias que o procurador lhe mandou. A primeira relacionada com o senador Renan Calheiros estava vazia. A de Delcídio do Amaral tinha um ponto cego.

Silêncio do marujo
Morreu o almirante da reserva Sérgio Doherty. Foi-se embora em silêncio e em silêncio viveu. Levou consigo grandes histórias. Ele foi um dos responsáveis pela desarticulação das conspirações de militares indisciplinados contra a eleição e a posse de Tancredo Neves, em 1985.

Doherty não falou, mas o repórter Etevaldo Dias, com quem ele conversava, lembra-se de tudo. A preguiça patrulheira da Comissão da Verdade listou Doherty entre as 377 pessoas envolvidas com a repressão política durante a ditadura. Doherty caiu na rede porque chefiou o Centro de Informações da Marinha de abril de 1984 a março de 1987. (Em abril de 1984, cinco anos depois da promulgação da anistia, o Brasil já não tinha presos políticos, e, de março de 1985 a março de 1987, o país tinha um governo civil.)

Fala, Cavendish
Fernando Cavendish, o outrora poderoso dono da empreiteira Delta, barão das obras superfaturadas de Sérgio Cabral, está com um problema de subfaturamento de memória.
Até agora botou pouca carne no feijão nas suas negociações com o Ministério Público. Se Cabral contar o que sabe, a colaboração do amigo Cavendish valerá muito menos.

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