Direitos adquiridos serão preservados; projeto conta ainda com regras de transição
- O Ministério da Defesa confirmou que a reforma da Previdência das
Forças Armadas será acompanhada de uma reestruturação da carreira
militar e da remuneração, mantendo o regime diferenciado, como é
atualmente. A pasta informou que os direitos adquiridos serão
preservados, com regras de transição para quem ainda não completou os
requisitos de passagem para a inatividade. Pela proposta que está sendo
negociada com a área econômica do governo, os ajustes no regime
previdenciário serão condicionados à volta de alguns direitos perdidos
por esses servidores em 2001, quando foi alterada a lei que trata dos
salários dos militares.
Atuação no Rio. Militares fazem a segurança na Praia de Ipanema: segundo
proposta de reestruturação da carreira, tempo na ativa subiria dos
atuais 30 anos para 35 anos - Márcia Foletto / Agência O Globo
Entre os benefícios estão pagamento de auxílio-moradia para
quem está na ativa; contagem do tempo de serviço para fins de
gratificação; elevação do percentual de adicional militar e habilitação
militar, ao permitir acumular cursos realizados com aproveitamento na
própria carreira e especializações, como mestrado e doutorado. Segundo a
Defesa, a proposta está em fase de finalização, dependendo de cálculos
de impacto no Orçamento.
Segundo proposta do Exército, para militares com dependentes, o auxílio-moradia varia de 10% a 32% do soldo, de acordo com posto e graduação, sendo mais elevado no topo da carreira. Sem dependentes, a alíquota mínima é 5% e a máxima, de 16%. O adicional militar — que hoje está entre 13% e 28% do soldo — sobe para 20% e 50%. “As medidas buscam manter no longo prazo a atratividade da carreira, bem como a formação de profissionais motivados e capacitados”, diz a Defesa, em nota.
Em contrapartida, a contribuição para o regime
previdenciário subiria dos atuais 7,5% para 11% para todos os militares,
incluindo quem hoje não recolhe, como soldados, cabos e alunos de
escola de formação. O tempo da ativa também aumentaria dos atuais 30
anos para 35 anos — com a criação de postos na categoria “master” para
oficiais e graduados —, assim como a idade para permanência na ativa.
Atualmente, quando o militar atinge determinada idade, ele é obrigado a
pedir reserva.
Embora a equipe econômica queira acabar com a paridade (reajustes salarias iguais entre ativos e inativos) e a integralidade (provento integral na reserva), os militares não abrem mão dessas duas questões. O argumento é que, mesmo na reserva, eles podem ser convocados. — Estamos juntos na negociação, ativos e inativos. Não abrimos mão da paridade e integralidade — disse um interlocutor.
Segundo estimativas do Ministério da Defesa, a mudança na lei de remuneração dos militares realizada em 2001 gerou uma redução das despesas para a União de 23% em 15 anos. Na ocasião, a categoria perdeu alguns benefícios, como pensão vitalícia às filhas para quem ingressou a partir daquele ano, provento com salário de um posto acima na passagem para a reserva, licença especial e auxílio-moradia. “As medidas levarão em conta o fato de que a categoria já sofreu uma grande reforma em 2001”, diz a nota da Defesa, que defende as mudanças na carreira dos militares como contrapartida às alterações na Previdência das Forças. Segundo o texto, as mudanças vão reduzir despesas da União, “convergindo com o intento da reforma da Previdência anunciada pelo governo federal”.
Técnicos da equipe econômica, no entanto, avaliam que a
contrapartida dos militares não é suficiente para tornar o regime
sustentável, cujo déficit ultrapassa a casa dos R$ 30 bilhões. A
decisão, porém, será política, admitem. O Planalto vai esperar a
tramitação da proposta de reforma da Previdência que trata dos demais
trabalhadores no Congresso para enviar o projeto das Forças Armadas. — A preocupação é que a proposta seja suavizada, como já
ameaçam os parlamentares, ao passo que as Forças poderiam ficar sujeitas
a regras mais duras — disse um técnico do governo. [esse técnico - algum sem-noção que por engano participa dos estudos - e muitos da mesma laia odeiam os militares e fazem questão de 'esquecer' as especificidades da carreira militar. - felizmente pessoas como ele e seus pares estão fadados ao ostracismo, logo perceberão que são inúteis na Comissão que estuda a reforma da Previdência.]
O INSS começou o ano com déficit de R$ 10 bilhões (diferença entre receitas e pagamento de benefícios). Na comparação com janeiro de 2016, o rombo cresceu 78,3%.
Segundo proposta do Exército, para militares com dependentes, o auxílio-moradia varia de 10% a 32% do soldo, de acordo com posto e graduação, sendo mais elevado no topo da carreira. Sem dependentes, a alíquota mínima é 5% e a máxima, de 16%. O adicional militar — que hoje está entre 13% e 28% do soldo — sobe para 20% e 50%. “As medidas buscam manter no longo prazo a atratividade da carreira, bem como a formação de profissionais motivados e capacitados”, diz a Defesa, em nota.
Embora a equipe econômica queira acabar com a paridade (reajustes salarias iguais entre ativos e inativos) e a integralidade (provento integral na reserva), os militares não abrem mão dessas duas questões. O argumento é que, mesmo na reserva, eles podem ser convocados. — Estamos juntos na negociação, ativos e inativos. Não abrimos mão da paridade e integralidade — disse um interlocutor.
Segundo estimativas do Ministério da Defesa, a mudança na lei de remuneração dos militares realizada em 2001 gerou uma redução das despesas para a União de 23% em 15 anos. Na ocasião, a categoria perdeu alguns benefícios, como pensão vitalícia às filhas para quem ingressou a partir daquele ano, provento com salário de um posto acima na passagem para a reserva, licença especial e auxílio-moradia. “As medidas levarão em conta o fato de que a categoria já sofreu uma grande reforma em 2001”, diz a nota da Defesa, que defende as mudanças na carreira dos militares como contrapartida às alterações na Previdência das Forças. Segundo o texto, as mudanças vão reduzir despesas da União, “convergindo com o intento da reforma da Previdência anunciada pelo governo federal”.
O INSS começou o ano com déficit de R$ 10 bilhões (diferença entre receitas e pagamento de benefícios). Na comparação com janeiro de 2016, o rombo cresceu 78,3%.
Fonte: O Globo
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