Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

INsegurança Públic no DF - sistema de identificação de criminoso da Polícia Civil está parado

Segundo sindicato, cerca de 1.200 suspeitos deixaram de ser identificado nos últimos dias

Polícia Civil do DF está sem sistema de identificação de digitais

Segundo o sindicato dos policiais, até 1.200 criminosos podem não ter sido identificados nos últimos 40 dias. PCDF diz que está sendo feita a transição do sistema e que problema estará resolvido até o dia 30

 Sistema é responsável, sobretudo, pelo trabalho de confronto de impressões coletadas em locais de crime
 A contratação de uma nova empresa para realizar as buscas de impressão digital provocou um verdadeiro apagão nas investigações da Polícia Civil do Distrito Federal. A companhia contratada, a Griaule Biometrics — a mesma que fornece o sistema de biometria ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) —, ainda não se mostrou capaz de realizar o serviço, que está paralisado. 

Segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF), o serviço passou a apresentar problemas em 14 de julho. Pelos cálculos da entidade, a identificação de até 1.200 criminosos pode não ter sido feita desde então. “É um atraso de duas décadas em 40 dias. E a população é quem tem sentido os prejuízos”, afirma o presidente da entidade, Rodrigo Franco. Em nota, a Polícia Civil afirma que está sendo feita uma transição do sistema e que tudo estará resolvido até o dia 30.
Conhecido por Afis sigla em inglês para Sistema de Identificação Automatizada de Impressões Digitais —, o sistema é responsável, sobretudo, pelo trabalho de confronto de impressões coletadas em locais de crime com o objetivo de identificar os autores. Quando os agentes colhem uma digital, ela é inserida no Afis na tentativa de identificar as pessoas envolvidas no crime. 

O novo contrato previa que a empresa implementasse um software próprio para a realização desse trabalho, mas, de acordo com o Sinpol-DF, o trabalho automatizado não tem sido executado por falta de funcionamento das máquinas. Nem mesmo um teste anterior ao contrato foi exigido da nova empresa, afirma o sindicato, que não entende o motivo da mudança de empresa que presta o serviço. “Antes, tínhamos o mesmo sistema que outras polícias do mundo, como a Polícia Federal brasileira e o FBI. Agora, com a incapacidade técnica da empresa contratada em operar o sistema, os agentes teriam que checar, manualmente, cada uma das 40 milhões de impressões digitais cadastradas, até encontrar semelhanças que indiquem o autor de um crime. Impossível”, explica Franco.

O presidente do Sinpol acrescenta que as investigações criminais não são o único serviço prejudicado. “Se uma pessoa morre sem ser identificada por alguém conhecido, não há como identificá-la, correndo-se o risco de ela ser enterrada como indigente, por não conseguirmos contactar os familiares”, alerta. A falha pode afetar até mesmo a doação de órgãos, diz Franco, caso algum hospital receba o corpo de um doador que precise ser identificado pelo sistema. 
O outro lado
Em nota, a Polícia Civil do DF afirma que está sendo feita uma transição entre o sistema antigo e o da nova empresa contratada, que tem melhor qualidade. A previsão para a conclusão da transição é dia 30.  "O sistema de perícia criminal foi perdendo sua capacidade de processamento gradativamente, à medida que estava sendo substituído pelo novo sistema. As pesquisas criminais foram interrompidas no último dia 18 (sexta-feira), em razão do esgotamento do sistema antigo. Mas essa dificuldade momentânea não impede que o trabalho de pesquisa de identificação criminal seja realizado por outros meios, até a instalação plena do novo sistema informatizado, prevista para o próximo dia 30", afirma o comunicado.
O Correio entrou em contato com a Griaule Biometrics e até a publicação desta matéria ainda aguardava resposta. 

 

Nenhum comentário: