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sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Janot, como antecipei em março, prepara candidatura ao governo de MG. Deve ser pela Rede

Com o poder que o Estado brasileiro lhe garantia, Janot causou um prejuízo gigantesco ao PSDB, a principal legenda daquele Estado. Feito o estrago, ele pode se oferecer como salvador

No dia 22 de março de 2017, publiquei em meu blog um post cujo título era este: “Janot, o tuiuiú, quer Planalto ou governo de MG. E ataque covarde”. Essa parte do ataque covarde referia-se a uma investida do ainda procurador-geral contra o ministro Gilmar Mendes. Acesse o link para mais informações.


Rodrigo Janot: parece só um aloprado, mas age com cálculo

Quero tratar do Janot candidato. Sim, fui o primeiro a dar essa notícia e sei bem o que me custou, não é? Pois as coisas estão aí. A menos que volte atrás, e eu não creio, Janot vai se filiar à Rede Sustentabilidade, o partido de Marina Silva. A notícia foi publicada na madrugada de ontem pelo site  da revista “Exame”, confirmando a minha apuração de março.

Como todos vocês sabem, no dia 28 de maio, alguém do Ministério Público Federal ou da Polícia Federal — um inquérito apura o crime vazou uma conversa minha com Andrea Neves, que havia acontecido em fevereiro. E qual era o conteúdo? Eu lembro:
a) eu fazia uma crítica a uma reportagem da revista “Veja”, que hospedava meu blog;
b) citava o poeta Cláudio Manuel da Costa;
c) dizia que Janot seria candidato ao governo de Minas, o que deixou a interlocutora espantada e meio incrédula.

Que coisa criminosa, não? Pois é…

Antes de deixar a Procuradoria Geral da República e partir para a política, Janot ainda joga suas flechas de bambu. Sim, já vazou a informação de que vai apresentar a nova denúncia contra o presidente Michel Temer. Desta feita, ela se ancora na delação premiada de Lúcio Funaro. Em entrevista, o procurador-geral já havia deixado claro que o preço para o rapaz conseguir um acordo era alvejar o presidente. E há quem ache que nunca antes se combateu tanto a impunidade no país.

Nesta quinta, o presidente Michel Temer lembrou a prática absolutamente heterodoxa de Janot: resolveu pegar um único inquérito e produzir ao menos duas denúncias. A intenção original eram três. Com que propósito? O próprio Temer assim o resumiu: Para que fatiar a denúncia se o inquérito é um só, e os fatos estão ali elencados? Foi para dizer: se ele ganhar a primeira, eu venho com a segunda. Se ele ganhar a segunda, eu venho com a terceira. Isso não é tipicamente uma função para a estatura de um chefe do Ministério Público Federal”.

Decoro nunca foi algo que fizesse muita diferença para este senhor.  O caso envolvendo Aécio Neves (PSDB-MG) não é menos assombroso. Janot o denunciou por corrupção passiva sem especificar que contrapartida o senador teria oferecido a Joesley Batista — e por obstrução da investigação. Nesse particular, a coisa é mais assombrosa porque os atos que a caracterizariam dizem respeito às funções de um senador.

Ora, é evidente que o tsunami que colheu Aécio criou dificuldades enormes para a suas pretensões de se candidatar à Presidência e provocou um alvoroço no quadro eleitoral em Minas. Sim, eu tinha as informações, de fontes certas — não sei se tais conversas também estão gravadas — , que Janot cuidava, já em fevereiro, de seu futuro político. Marina Silva não quer descartá-lo desde já para a Presidência, mas a disputa pelo governo de Minas é seu destino mais provável.

Com o poder que o Estado brasileiro lhe garantia, Janot causou um prejuízo gigantesco ao PSDB, a principal legenda daquele Estado. Feito o estrago, ele pode se oferecer como salvador.  Ah, não custa lembrar: seus, digamos assim, principais operadores no Congresso, hoje em dia, são justamente o senador Randolfe Rodrigues (AP) e o deputado Alessandro Molon (RJ). Ambos pertencem à Rede.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo

 

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