Determinação está em uma ordem de serviço emitida pela Polícia Militar do Distrito Federal. Segundo a PM, medida não prejudica o patrulhamento, pois outras viaturas podem atender as ocorrências feitas pelo telefone
Os 145 novos carros de luxo da Polícia Militar do Distrito Federal
estão nas ruas e são, mais uma vez, motivo de polêmica. Segundo uma
ordem de serviço emitida a quatro batalhões da cidade, as viaturas devem
ficar, até 8 de setembro, em exibição nas ruas, mas não podem atender
ocorrências feitas pelo serviço 190, "com exceção a situações
extremamente graves".
Ficam
permitidos aos policiais que estejam nas viaturas apenas os
atendimentos de casos com os quais ele se deparem nas imediações ou
"quando solicitados pela comunidade", o que deve "ser devidamente
comunicado ao COPOM (serviço do 190) e informado no Gênesis (sistema de
informática usado pela PM)".
A Ordem de Serviço Nº 1579, tornada pública pela Rede Globo, deixa
claro que a intenção da operação é criar uma sensação de segurança [percebam que o objetivo não é propiciar segurança à população - objetivo primeiro de qualquer força policial - e, sim, SENSAÇÃO DE SEGURANÇA, o que não impede crimes - aliás, crimes estão se tornado corriqueiros no DF, sendo 'faca' a arma preferida.] na
população ao posicionar os carros em pontos estratégicos. "Trata-se de
operação desencadeada pela Polícia Militar com intuito de trazer mais
visibilidade para o policiamento nas ruas do Distrito Federal e, com
isso, aumentar a sensação de segurança e diminuir a sensação de medo por
parte dos cidadãos do Distrito Federal", afirma o documento. [certamente o cidadão que estiver a 50 ou 100 metros da viatura estacionada, tem grandes possibilidades de não ser assaltado; já o bandido que for prudente e realizar o assalto a mais de 100 metros de distancia da viatura tem grandes possibilidades de ter êxito no assalto e não ser capturado.
Considerando que são apenas 145 viaturas para exibição em centenas de quilômetros se percebe que o melhor seria que tais viaturas estivesse circulando.]
No
detalhamento da ação, fica estabelecido que o serviço será executado
exclusivamente pelas novas viaturas de modelo Corolla em "pontos de
demonstração". Está no item 9, a determinação de não atender as
ocorrências de emergência: "As VTRs (viaturas) não poderão atender
ocorrências via COPOM, com exceção a situações extremamente graves, as
quais deverão ser justificadas no sistema Gênesis."
A explicação da PM
Em
nota, a PMDF afirmou que "a aquisição das novas viaturas tem o
propósito de oferecer maior agilidade no atendimento às ocorrências e de
melhorar a qualidade do trabalho policial. As viaturas estão sendo
utilizadas em locais com maiores índices criminais a fim de serem
facilmente avistadas e, dessa forma, inibirem o cometimento de crimes."
O
comunicado argumenta ainda que a determinação de os policiais nas novas
viaturas não atenderem as ocorrências do 190 não traz prejuízo ao
patrulhamento das cidades. "A exemplo disso, no primeiro dia da
Operação, uma equipe policial recuperou um veículo roubado na Asa Norte,
comprovando a eficiência da Operação e do policiamento realizado com as
novas viaturas", argumenta a PM. "Convém mencionar que existem outras
viaturas disponíveis para o atendimento de ocorrências, não apenas os
Corollas. Ressaltamos, ainda, que pontos de demonstração são apenas uma
das formas de policiamento entre todas as demais. Assim, as novas
viaturas poderão atender sim às solicitações da comunidade", finaliza.
Desde que foram anunciadas, as novas viaturas — entregues na última terça-feira (8/8) com quatro meses de atraso — causaram polêmica, devido ao grande custo de aquisição. Agentes de segurança pública questionaram o valor pago pelos veículos, acima do preço do mercado — o custo total da renovação da frota, que inclui outros veículos além dos Corollas, foi de R$ 26.103.823.
Fonte: Correio Braziliense
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