A julgar
pela contrariedade que despertou, o ministro Dias Toffoli deu um passo maior do
que a perna ao negociar em nome do Supremo Tribunal Federal um pacto com o
Executivo e o Legislativo. Em privado, pelo menos dois membros da Corte
desaprovaram a iniciativa. Ambos consideram temerário envolvimento de Toffoli
num acordo em torno de temas sobre os quais o Judiciário fatalmente terá de se
pronunciar nos processos que estão por vir —a reforma da Previdência, por
exemplo. Seria uma "grave imprevidência", disse um dos críticos de
Toffoli. Avalia-se, de resto, que a articulação do pacto expõe o Supremo a
riscos políticos desnecessários.
Bolsonaro é visto no Supremo como um governante politicamente
inconfiável. A polêmica é um "atributo congênito" do capitão, uma
"condição de vida", declarou o segundo opositor do pacto.
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