O ministro vinha sendo alvo de ameaças desde que instaurou inquérito para investigar injúrias e ameaças virtuais contra ministros
Alvo das manifestações de domingo (26/5), o Supremo Tribunal Federal
(STF) comunicou nesta segunda-feira (27/5) que não vai mais divulgar
antecipadamente no site oficial a agenda do presidente da Corte,
ministro Dias Toffoli. A assessoria de comunicação informou, em nota,
tratar-se de uma medida baseada em avaliações internas de segurança.
Pessoas próximas confirmam que o magistrado lida com ameaças há algum
tempo e que a medida se tornou inadiável depois dos protestos.
O ministro vinha sendo alvo de ameaças desde que instaurou
inquérito — por conta própria, sem a participação do Ministério Público —
para investigar injúrias e ameaças virtuais contra ministros. Na última
quinta-feira (23/5), depois que a maioria do STF julgou a favor da
criminalização da homofobia, a decisão incendiou de vez os ânimos entre o
público conservador, fato que se materializou nas cobranças contra a
Corte durante os protestos a favor do governo.
Nesta
segunda-feira (27/5), o presidente do STF cumpriu pela manhã
compromisso no Conselho da Justiça Federal (CJF), mas a divulgação da
agenda no site da Corte ocorreu apenas após o início do evento. “Por
questões de segurança, a Presidência do STF avalia o melhor momento de
publicação dos compromissos ao longo do dia. Importante destacar que a
Lei de Acesso à Informação (Lei 12.527) ou qualquer outro normativo não
impõe prazo e/ou horário para a divulgação da agenda da autoridade”,
informou, em nota, a assessoria.
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