No dia em que Bolsonaro fez MP do trabalho com mais sacrifícios para trabalhador privado, Maia propõe sacrifício também para privilegiados da elite política e da alta burocracia federal, ponto para ele
José Nêumanne Pinto I Pobres serão sacrificados, mas marajás não
A semana considerada crucial para a redução da velocidade do contágio da covid-19 começou com a notícia de uma medida provisória do governo Bolsonaro permitindo que patrões dispensem do trabalho funcionários por quatro meses, sem lhes pagar salário. Ao tomar conhecimento da péssima repercussão da medida, o próprio presidente trocou não pagamento por redução de salários.
Mas isso não muda o essencial: como acontece desde sempre, primeiro os trabalhadores e depois os patrões da iniciativa privada assumem os sacrifícios necessários para enfrentar as crises econômicas e os problemas de caixa. Desta vez, na ocorrência de uma pandemia contra a qual a humanidade declarou guerra, tudo se repete, e os maganões que não servem ao público, mas se servem da República, mantiveram seus altos salários, suas aposentadorias integrais, os auxílios de todo o tipo, etc. A injustiça se perpetua. Direto ao assunto. Inté. E só a verdade nos salvará.
[O 'primeiro-ministro' e 'corregedor-geral' dos Poderes, cargos para os quais se autonomeou, deputado Maia, mais uma vez tenta enganar o povo.
Apareceu na TV com uma proposta de redução de salários de todos os funcionários públicos - ficando claro que a ideia do parlamentar é incluir na redução salarial todos os servidores públicos, do servidor concursado ao de salário mais elevado (ficam de fora os que ganham até R$ 5.000,00 - desanimador, uma regra de corte, que começa com uma exceção, mas vamos em frente) incluindo parlamentares = deputados federais e senadores - MEMBROS do Poder Judiciário e MEMBROS do Ministério Público.
Tem tudo para encalhar:
Pagamos para ver o deputado apresentar um projeto reduzindo salários de MEMBROS do Poder Judiciário e do Ministério Público e de todos os MEMBROS do Poder Legislativo = Congresso Nacional.
Lembramos que para retirar o auxilio-moradia dos magistrados foi necessário conceder um reajuste 'compensatório'.
Reduzir os salários dos MEMBROS do LEGISLATIVO federal, MEMBROS do JUDICIÁRIO e MINISTÉRIO PÚBLICO, dando uma compensação perde o sentido qualquer redução, sem uma compensação não conseguirá aprovação.
Reduzir só o dos servidores desmoraliza de vez a medida.
Deputado Maia, para o senhor ficar bem na fita - e não sofrer uma redução de votos nas próximas eleições (a votação do senhor não admite redução, já é pouca, quase insuficiente para elegê-lo, imagine sendo reduzida) o ideal é que apresente um projeto reduzindo o salário dos PARLAMENTARES FEDERAIS e ESTADUAIS, dos MEMBROS do Poder Judiciário e do Ministério Público, também acabando acabando com subsidio dos aluguéis de todos os alcançados pela redução salarial - em Brasília e onde mais existir tal mamata.
Caso contrário é melhor desistir agora,nem tentar começar.]
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