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sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Hora de cair na real - Nas Entrelinhas

O governo está desorientado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, parece enveredar pelo “quanto pior, melhor”, para prorrogar a “economia de guerra”

Vinte e quatro horas passaram-se, e as eleições para a Presidência dos Estados Unidos continuam no rumo de uma crise institucional, porque Donald Trump não quer sair da Casa Branca como derrotado e, por isso, constrói uma narrativa de que a votação de Joe Biden foi fraudada. Desde ontem, a contagem dos votos estava 264 a 214, faltando apenas seis delegados para o desfecho já previsível — a vitória de Biden —, mas a chicana republicana, além de atrasar o resultado final e acirrar a tensão social, pode resultar na sobrevivência do trumpismo como robusta força de oposição, negacionista, [A ideologia TRUMPISTA, vai se consolidar ainda que Trump venha a perder a Presidência dos EUA = tal ideologia defende, sem limitar, os valores conservadores da MORAL, BONS COSTUMES, CRISTÃOS, FAMÍLIA. Tais valores precisam voltar a ser valorizados e a crescerem, ainda que seja preciso sufocar valores insignificantes, imorais.] ainda mais antidemocrática e reacionária. Não devemos subestimar esse fato aqui no Brasil, porque isso se reproduzirá como discurso da ala ideológica do governo Bolsonaro.

Amplos setores da sociedade e uma parte significativa do governo torcem por Biden, na esperança de que isso signifique uma mudança de rota na nossa diplomacia e na política ambiental. “O homem é o homem e a sua circunstância”, dizia o filósofo espanhol José Ortega e Gasset, 100 anos atrás. Bolsonaro precisa cair na real de que a situação na economia é perigosa e tanto a política externa quanto a ambiental complicam desnecessariamente a vida de nossos agentes econômicos. O Brasil está em apuros financeiros, a conta da pandemia do novo coronavírus está chegando a passos de ganso. O governo está desorientado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, parece enveredar pelo “quanto pior, melhor”, para prorrogar a “economia de guerra” e fugir à responsabilidade do ajuste nas contas públicas. [a turma do 'quanto pior, melhor' é a turma que somada aos  inimigos da liberdade + turma do mecanismo + inimigos dos valores conservadores + inimigos da democracia = inimigos do Brasil.

Não devemos esquecer que governos estrangeiros - que destruíram suas florestas, exploraram colônias, mataram indígenas - que agora querem preservar nossas florestas e cuidar de nossos indígenas, ainda que aliados dos já citados inimigos do Brasil, nada conseguirão.
Atacar o Brasil exige uma logística formidável, armas nucleares não poderão ser utilizadas - minérios e produtos agropecuários, (constituem o que mais interessa aos invasores e aos maus brasileiros que os apoiam)  serão contaminados.
Usar armas convencionais, ainda que sofisticadas, destruirão de forma irreparável as nossas florestas e matarão os indígenas. 
A luta será renhida, nossos infantes na selva são os melhores.

E qualquer ação belicosa contra o solo soberano do Brasil será retaliada,  com suspensão da venda de produtos aos estrangeiros apoiadores dos que  atacarem o Brasil tanto necessitam. Países ricos não estão acostumados a ver seus naturais famintos.]

Há sinais de recuperação da indústria, muito positivos, que poderiam apontar noutra direção, se fossem acompanhados de uma proposta efetiva de retomada da economia. Entretanto, o governo não tem prioridades, improvisa. A política de Bolsonaro é feita sem estratégia, na base da transa com objetivos eleitorais imediatos. Nesse aspecto, as eleições municipais estão mostrando um cenário em que os eleitores estão sendo bem mais pragmáticos e objetivos, estão refratários a aventuras e apostam nos políticos com propostas e bons serviços prestados.

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo, jornalista - Correio Braziliense - MATÉRIA COMPLETA



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