Presidente depôs pessoalmente na noite de quarta-feira (3/11).
Procurador-geral da República, Augusto Aras deverá decidir se Bolsonaro
será denunciado
O presidente Jair Bolsonaro prestou depoimento à Polícia Federal no inquérito
que apura suposta intervenção política na corporação. A oitiva foi
realizada na noite de quarta-feira (3/11), em Brasília, a quatro dias do
fim do prazo judicial. O depoimento ocorreu após determinação do
ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal
Federal (STF).
[atualizando: o depoimento não ocorreu após determinação do ministro Moraes; em fase anterior do processo, um ministro do STF, atualmente aposentado, determinou que o depoimento do presidente fosse presencial, em local, dia e hora marcados pela PF.
O presidente recorreu ao Supremo, no sentido de que o depoimento fosse prestado por escrito. O STF demorou a tomar uma decisão e Bolsonaro decidiu prestar depoimento pessoalmente no inquérito
que apura sua suposta interferência na Polícia Federal e manifestou sua intenção ao Supremo = o que gerou perda do objeto da ação recursal em curso.
O ministro Alexandre de Moraes que poderia simplesmente ter arquivado o processo por 'perda do objeto', optou por analisar o prejuízo ao recurso, concordando, por fim, com o depoimento na forma proposta pelo presidente.]
Bolsonaro tentou depor por escrito, mas depois voltou atrás. Esse é um dos últimos andamentos do inquérito. Agora,
a Polícia Federal deverá remeter os autos ao procurador-geral da
República, Augusto Aras, que deve decidir sobre uma eventual denúncia do
presidente.
Em uma decisão monocrática, no mês passado, Moraes determinou que o mandatário tivesse possibilidade de depor em local,
dia e hora que fossem previamente ajustados. O presidente tinha
encaminhado uma manifestação ao Supremo afirmando querer prestar
depoimento pessoalmente.
O chefe do Executivo passou a ser investigado
após as acusações do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio
Moro. [apesar das acusações do ex-juiz Moro, a Polícia Federal continua subordinada ao Ministério da Justiça, que permanece subordinado ao presidente da República. A propósito, estrutura hierárquica que vigora desde o milênio passado. O ex-juiz Moro, por sua vez, segue acumulando títulos de ex.]
Política - Correio Braziliense
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