O presidente Bolsonaro atribui ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, e ao vice da corte, Alexandre de Moraes, a lista tríplice de indicados para a vaga aberta no tribunal eleitoral. Para o presidente, os nomes da “intragável lista”, como o assunto é tratado no Planalto, vieram de uma combinação entre Fachin e Moraes, vistos pelo presidente como seus “algozes”, em especial o segundo.
Em conversas recentes com aliados, Bolsonaro deixa claro que seu
plano atualmente para a vaga de ministro substituto aberta no TSE é
deixá-la como está, até as eleições de outubro. Ou seja, Bolsonaro
deixará a vaga aberta durante o pleito. Não há prazo para que o
presidente faça a nomeação para o TSE. [Presidente Bolsonaro, eles indicam e o senhor, por força de disposição da Constituição Federal, nomeia. O poder de escolher quem dos indicados nomear, ou de não nomear nenhum, é do Senhor. USE-O.]
Os nomes que integram a lista são André Ramos Tavares, que chegou a presidir a Comissão de Ética da Presidência da República. Os fatores que desabonam Tavares, na visão de Bolsonaro, são pareceres elaborados pelo advogado contra o impeachment de Dilma Rousseff e a favor derrubada da inelegibilidade do ex-presidente Lula, em 2018.
Já a advogada Vera Lúcia Santana é considerada de esquerda pelo presidente e faz parte do grupo de juristas Prerrogativas, que apoia Lula. O terceiro indicado, Fabrício Medeiros, tem “padrinhos” como Alexandre de Moraes e o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia, encarados inimigos do presidente.
Bela Megale, colunista - O Globo
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