“Tem-se a sensação, de que a fumaça de satanás entrou no templo de Deus por alguma fissura”. A fala do papa Paulo IV é relembrada no filme Eles Estão no Meio de Nós. Lançado na segunda-feira 24, o documentário é dirigido por Bernardo Küster e Viviane Princival.
“Essa produção faz uma análise histórica, social e filosófica da Teologia da Libertação como nunca visto antes”, explicou Küster, em entrevista a Oeste. “Construí uma tese nova sobre o assunto. Resolvemos antecipar o lançamento do filme em razão da dimensão que o debate religioso tomou nessas eleições.”
Conforme o diretor, o documentário conta a “história da infiltração esquerdista na Igreja Católica por meio da Teologia da Libertação”. O movimento surgiu na própria Igreja Católica no início do século 20 e, por meio de uma análise da realidade social, tem como pauta principal a luta pela libertação dos “pobres e oprimidos” para conquistar seus direitos.
“A Teologia da Libertação é um movimento revolucionário atuante dentro da Igreja Católica que busca reinterpretar os ensinamentos cristãos e usá-los como motor de uma revolução social comunista”, disse Küster.O documentário sobre as origens, estratégias e planos da maior ação anticristã contra a Igreja no mundo: a Teologia da Libertação. A Teologia da Libertação é uma heresia modernista que busca reinterpretar os ensinamentos Católicos e usá-los como motor de uma revolução social.
A produção conta com diversos entrevistados como o filósofo Olavo de Carvalho (1947-2022); Dom José Luiz Azcona, bispo emérito de Marajó; Ricardo Vélez, filósofo, escritor e ex-ministro da educação; entre outros. Ao todo, são 20 participantes.
Segundo o diretor, no Brasil, a Teologia da Libertação tornou-se o “alicerce para a fundação do Partido dos Trabalhadores (PT) e está profundamente ligada a partidos de esquerda. “O PT, que critica Bolsonaro por se unir aos evangélicos e católicos, nasceu nas sacristias e paróquias”, afirmou. “O partido apenas finge que não usou a religião”.
O documentário arrecadou recursos via financiamento coletivo — cerca de R$ 750 mil, conforme Küster. Quando os produtores iniciaram as gravações, em 2018, o diretor foi incluído na lista de investigados do Supremo Tribunal Federal (STF) no “inquérito das Fake News”.
Eles Estão no Meio de Nós
“Devido ao inquérito, os equipamentos de trabalho e de gravação do filme foram confiscados, e alguns estão até hoje sob posse da Justiça”, explicou Küster. Segundo ele, com toda a exposição, ele e Viviane tiveram suas redes sociais derrubadas e desmonetizadas.
“Sofremos ameaças de morte e perdemos até parcerias”, disse. “Mudamos de cidade. Desse modo, o lançamento do documentário teve de ser adiado. Em 2022 retomamos os trabalhos”. Foram quatro anos de produção e cerca de dois anos de gravação em cinco países: Brasil, EUA, México, Itália e França.
Rute Moraes - Redação - Revista Oeste
Nenhum comentário:
Postar um comentário