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terça-feira, 25 de outubro de 2022

Morador do Alemão vai ao STF contra Bolsonaro por mentiras sobre ‘CPX’

Administrador pede, na ação, que o presidente da República seja condenado por caluniar moradores do complexo com falas sobre crime organizado

Morador do Complexo do Alemão, no Rio, o administrador J. P. S. S. acionou Jair Bolsonaro no STF por crime de injúria. A queixa-crime é relatada pelo ministro Ricardo Lewandowski. [esse individuo ou está a serviço do 'crime organizado', ou do perda total, ou de interesses escusos ou quer simplesmente aparecer. 
Dentro da política do Prontidão Total de não conceder holofotes aos que não os merecem, em nossa transcrição ele vai ser o 'X' e sem direito a foto.]

No texto, X., sustenta que Bolsonaro cometeu crime ao associar indevidamente a sigla “CPX” que, na verdade, representa a expressão “Complexo de Favelas” – diretamente a traficantes e ao crime organizado é uma grave ofensa à reputação dos moradores do Complexo do Alemão.

 Vista aérea do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro (RJ) - 28/06/2014

 Vista aérea do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro (RJ)  Giuseppe Cacace/AFP

“Em 12 de outubro de 2022, durante um evento realizado no Complexo do Alemão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apareceu trajando um boné com a sigla ‘CPX’, um presente de R S – fundador do jornal Voz das Comunidades e articulador da caminhada que aconteceu no Complexo do Alemão. O boné, na verdade, é a abreviação da expressão ‘Complexo de Favelas’, sendo utilizado inclusive por autoridade em redes sociais e documentos oficiais para se referir à região”, diz X. na ação.

“No entanto, os apoiadores do querelado começaram a divulgar mensagens associando indevidamente a sigla CPX a traficantes e ao crime organizado – o que, obviamente, ofende a reputação dos moradores do Complexo do Alemão”, segue X. 

O morador do Alemão também cita a fala de Bolsonaro no debate da Band, quando disse a Lula que ele havia participado de uma agenda com moradores do complexo de favelas sem a presença de policiais, onde “só tinha traficante”. “Ressalte-se que o presidente, apesar de afirmar que conhece o Rio de Janeiro, confundiu o Complexo do Salgueiro com o Complexo do Alemão – onde de fato foi realizado o evento ao qual ele se referia. Mas o pior de tudo foi que, mesmo depois de ter tido tempo suficiente para se informar sobre o real significado de ‘CPX’, o querelado continuou desqualificando durante o debate todos os moradores e participantes do ato realizado na agenda de campanha do candidato Lula, afirmando que ao lado dele só havia ‘traficante’”, diz a queixa-crime de X.

“Não há como deixar de ressaltar, igualmente, que, por conta de discursos preconceituosos e, porque não dizer, criminosos, como o proferido pelo querelado, os moradores da periferia, especialmente das favelas do Rio de Janeiro, têm que provar diariamente sua inocência para além dos muros da comunidade, já que são obrigados a andar com nota fiscal dos produtos que carreguem como celulares, tablets, bicicletas…”, diz X.

Brasil - Revista VEJA

 

 

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