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quinta-feira, 22 de julho de 2021

Brasil está no alvo do novo imposto verde da Europa e dos EUA José Casado

VEJA

Decisões de tributação de produtos importados de países sem políticas ambientais restritivas deixa exportadores preocupados com a vulnerabilidade brasileira. 

Empresas de comércio exterior, bancos e indústrias têm relatado ao governo e ao Congresso sua crescente preocupação com decisões dos Estados Unidos e da União Europeia de avançar na tributação extra de produtos importados de países sem políticas ambientais restritivas.

Há duas semanas, os europeus definiram um plano (“Mecanismo de Ajuste de Fronteira”) com previsão inicial de impostos sobre empresas estrangeiras fornecedoras de commodities como petróleo, gás e carvão, e produtos cuja fabricação é intensiva na emissão de poluentes, como aço, alumínio, concreto e fertilizantes, entre outros.

O objetivo é proteger os fabricantes domésticos em transição tecnológica para cortar emissões de poluentes, principalmente o dióxido de carbono (CO2), um gás liquefeito, incolor, inodoro, não inflamável, levemente ácido, mais pesado que o ar e é solúvel em água. Eles disputam mercado com importadores de produtos adquiridos em países que não adotam restrições ambientais equivalentes às da União Europeia. Nas palavras de Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, “o princípio é simples: a emissão de CO2 deve ter um preço, um preço que incentive consumidores, produtores e inovadores a escolher as tecnologias limpas, a ir em direção a produtos limpos e sustentáveis.”

Os Estados Unidos resolveram avançar na mesma direção. Semana passada, com aval da Casa Branca, o Partido Democrata apresentou um esboço de legislação para arrecadar US$ 16 bilhões por ano com um imposto verde sobre importações da China, Brasil e outros países que não estariam agindo com eficácia para reduzir emissões de poluentes que contribuem para o aquecimento global.[dois aspectos a considerar: 1) a China deve estar ardendo em preocupação com esse imposto; 2) os autores da ideia esquecem que o preço final do produto - incluindo custo de produção, transporte, impostos, lucros, se somam e produz o preço final que é bancado pelo consumidor final - que com certeza não é o Brasil,nem a China. Até a mudança tecnológico pretendida (parágrafo adiante) os habitantes dos países impostores (EUA,União Européia e outros) vão ter maiores despesas. Imposto subiu = custo final mais alto = produto mais caro para o consumidor final.]

Como no caso europeu, essa nova tributação nas fronteiras equivaleria aos custos assumidos pelas empresas americanas na mudança tecnológica prevista em regulamentações federais e estaduais para diminuição das emissões de gases de efeito estufa na queima de combustíveis fósseis. Inicialmente, seria aplicável a 12% das importações realizadas pelos EUA.

A previsão é de aprovação do imposto ainda neste ano, dentro do novo orçamento, para cobrança já a partir de 2024. Em tese, a maioria parlamentar democrata pode fazer isso acontecer até novembro, antes da Conferência do Clima na Escócia, promovida pela ONU. Cerca de duas centenas de nações, inclusive o Brasil, subscreveram o Acordo de Paris, em 2015, concordando em cortar as respectivas emissões de poluentes. Mas não há uniformidade em critérios, nem nos prazos.

Essas iniciativas europeia e americana tendem a desestabilizar o comércio global baseado nas regras atuais de organismos multilaterais, como a Organização Mundial de Comércio. Além de conveniências políticas domésticas, no aspecto protecionista, não existem parâmetros comuns definidos para se determinar um preço do carbono por cada produto-alvo de um imposto verde.

É parte do jogo de pressões da Europa e dos EUA para induzir países como a China a acelerar sua política de redução de gases de efeito estufa, o que resultaria em aumento de custos na mudança tecnológica de toda a base produtiva. O Brasil pode ser considerado alvo secundário, mas não menos relevante por causa dos sucessivos recordes de devastação florestal na Amazônia — 51% de aumento na área desmatada (8,3 mil km2) nos últimos 11 meses, segundo dados oficiais. O país já foi um protagonista do acordo climático global, agora é percebido como vilão ambiental.

José Casado, jornalista - Blog VEJA 


 

sábado, 11 de novembro de 2017

Perseguição: A nova história oficial da Europa apaga o Cristianismo e promove o Islã

 Covardia e Medo dos muçulmanos? enfraquecimento da consciência cristã do Ocidente Europeu? influência da Ortodoxia e do Islã?


Há poucos dias, uma parcela dos intelectuais mais prestigiados da Europa, entre eles o filósofo britânico Roger Scruton, o ex-ministro da educação da Polônia, Ryszard Legutko, o conceituado intelectual alemão Robert Spaemann e o professor Rémi Brague da Sorbonne da França, emitiram A Declaração de Paris“. Nesta ambiciosa manifestação, eles rejeitam a “falsa cristandade dos direitos humanos universais” e a “utópica e pseudoreligiosa cruzada em favor de um mundo sem fronteiras”. Contrapondo, eles defendem uma Europa calcada em “raízes cristãs”, inspirada na “tradição clássica”, rejeitando o multiculturalismo:
“Os patronos da falsa Europa estão enfeitiçados com superstições do inexorável progresso. Eles acreditam que a História está do lado deles e essa convicção os torna altivos e desdenhosos, incapazes de reconhecerem as impropriedades do mundo pós-nacional e pós-cultural que eles estão concebendo. Além disso, são ignorantes no tocante às verdadeiras origens da decência misericordiosa que eles próprios tanto estimam, assim como nós também estimamos. Eles ignoram, até mesmo repudiam as raízes cristãs da Europa. Ao mesmo tempo, eles tomam o maior cuidado para não ofenderem as susceptibilidades dos muçulmanos, que eles imaginam irão adotar entusiasticamente sua visão secular e multicultural de mundo”.

Em 2007, refletindo sobre a crise cultural do velho mundo, o Papa Bento XVI disse que a Europa está duvidando da sua própria identidade“. Em 2017 a Europa deu mais um passo: criou uma identidade pós-cristã, pró-Islã. Os edifícios governamentais e exposições oficiais da Europa estão efetivamente apagando o cristianismo e acolhendo o islamismo.

Uma espécie de museu oficial foi recentemente inaugurado pelo Parlamento Europeu: Casa da História Europeia“, ao custo de 56 milhões de euros. A ideia era criar uma narrativa histórica do pós-guerra em torno da mensagem pró-UE de unificação. O edifício é um belíssimo exemplo de Art Deco em Bruxelas. Conforme realçou o estudioso holandês Arnold Huijgen, o casarão é culturalmente “vazio”:
A Revolução Francesa parece ser o lugar onde a Europa nasceu, há pouco espaço para qualquer outra coisa que possa tê-la precedido. Ao Código Napoleônico e à filosofia de Karl Marx está reservado um lugar de destaque, enquanto a escravidão e o colonialismo são destacados como o lado mais negro da cultura europeia (…) O que mais impressiona na exibição do museu é que a narrativa não menciona nada sobre a religião, é como se ela não existisse. Na verdade, ela nunca existiu e nunca impactou a história da Europa (…) O secularismo europeu não briga mais com a religião cristã, ele simplesmente ignora todo e qualquer aspecto religioso da vida“.

A burocracia em Bruxelas chegou a ponto de apagar as raízes católicas de sua bandeira oficial, as doze estrelas que simbolizam o ideal de unidade, solidariedade e harmonia entre os povos da Europa. Ela foi concebida pelo designer francês, católico, Arséne Heitz, que ao que tudo indica, se inspirou na iconografia cristã da Virgem Maria. Mas a explicação oficial da União Europeia sobre a bandeira não menciona essas raízes cristãs.

O Departamento Monetário e Econômico da Comissão Europeia determinou que a Eslováquia redesenhasse suas moedas comemorativas, eliminando os santos cristãos Cirilo e Metódio. Não há menção ao cristianismo nas 75 mil palavras constantes no rascunho, cancelado, da Constituição EuropeiaO Ministro do Interior da Alemanha, Thomas de Maizière, do Partido Democrata Cristão de Angela Merkel, sugeriu recentemente introduzir feriados oficiais muçulmanos. “Em lugares onde há muitos muçulmanos, por que não pensar em introduzir um feriado oficial muçulmano?”, salientou ele.

“A proposta está indo em frenterespondeu Erika Steinbach, influente ex-presidente da Federação dos Desterrados – alemães expulsos de diversos países da Europa Oriental durante e após a Segunda Guerra Mundial. Beatrix von Storch, líder política do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), acaba de tuitar: “NÃO! NÃO! NÃO!”  A proposta de ‘de Maizière’ mostra que quando o assunto é Islã, o secularismo oficial “pós-cristão” está simplesmente engessado.

Há poucas semanas, a exposição financiada pela União Europeia: Islã. Ele também é nossa história!”, foi apresentada em Bruxelas. A exposição mostra o impacto do Islã na Europa. O anúncio oficial sustenta que:
A evidência histórica apresentada pela exposição, a realidade de uma presença muçulmana antiga na Europa e a complexa interação de duas civilizações que lutaram uma contra a outra mas que também se entrelaçaram, sustenta um empreendimento educacional e político: ajudar os muçulmanos europeus e não muçulmanos a compreenderem melhor as raízes culturais que eles têm em comum e cultivar a cidadania que eles também têm em comum“.
Isabelle Benoit, historiadora que ajudou a projetar a exposição, salientou à AP: “queremos deixar claro aos europeus que o Islã faz parte da civilização europeia, que o Islã não é nada novo e que tem raízes que remontam 13 séculos”.

O establishment oficial europeu deu as costas ao cristianismo. O establishment parece desconhecer até que ponto o velho mundo e seu povo ainda dependem da orientação moral de seus valores humanitários, especialmente quando o Islã radical lança uma ameaça civilizacional ao Ocidente. “É como se um pacote tentasse preencher um “vazio”, ressaltou Ernesto Galli della Loggia no jornal italiano Il Corriere della Sera.
“É impossível ignorar que por trás do pacote há duas grandes tradições teológicas e políticas: a da Ortodoxia Russa e a do Islã, enquanto por trás do “vazio” há apenas o enfraquecimento da consciência cristã do Ocidente Europeu”.

É por esta razão que é tão difícil entender a “lógica” que está por trás da animosidade europeia oficial em relação ao cristianismo e a sua atração por um Islã fundamentalmente totalitário. A Europa poderia facilmente ser secular sem ser militantemente anticristã. É mais fácil entender a razão dos milhares de polacos que acabam de participar de uma manifestação em massa ao longo das fronteiras da Polônia para expressar sua oposição à “secularização e à influência do Islã“, que é exatamente a linha oficial da UE.

Durante a Segunda Guerra Mundial os Aliados evitaram bombardear Bruxelas porque ela deveria ser o local do renascimento europeu. Se a elite europeia continuar com este repúdio cultural de sua cultura judaica\cristã\humanista, a cidade poderá vir a ser a sua sepultura.

Giulio Meotti, editor cultural do diário Il Foglio, é jornalista e escritor italiano
Publicado no site do Gatestone Institute https://pt.gatestoneinstitute.org
Tradução: Joseph Skilnik


sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Schengen - fronteiras abertas da Europa - dá boas-vindas ao terror

Fronteiras abertas sem checagem ajudam e encorajam terroristas

O acordo de fronteiras abertas da Europa, que permite viagens através de 26 países sem controle de passaportes ou nas fronteiras, é efetivamente uma zona internacional livre de passaportes para terroristas executarem ataques no continente e fugirem. Esta é uma das lições mais óbvias dos horrendos atentados a Paris. E tem uma das soluções mais simples. O acordo deve ser suspenso, e os países devem começar imediatamente a examinar todos os passaportes, checando o banco de dados de passaportes roubados e perdidos da Interpol, a organização policial internacional.

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Nenhum dos países europeus atacados faz checagens em terra, nos portos ou aeroportos. É um cartaz de boas-vindas para terroristas na Europa. E eles foram aceitando o convite. O terror em Madri e Londres, além do assassinato do premier (Zoran Djindjic, em 2003) da Sérvia, estavam ligados a passaportes falsos ou roubados. Agora temos Paris. 
 Um dos terroristas de Paris pode ter usado um passaporte sírio falso para entrar na Grécia, pedindo asilo. Autoridades sérvias prenderam um homem cujo passaporte continha detalhes idênticos ao encontrado na cena dos ataques na capital francesa, sugerindo que ambos foram produzidos pelo mesmo falsificador.

O tratado europeu de fronteiras abertas foi negociado em 1985, em Schengen, cidade em Luxemburgo. Desde 1995, o Acordo de Schengen tem uma política comum de vistos, eliminando fronteiras e reduzindo custos: 22 países da União Europeia (UE) e quatro outros — Islândia, Noruega, Suíça e Liechtenstein — aderiram.

Em setembro, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, chamou o Acordo de Schengen de “símbolo único de integração europeia”. Mas o que antes parecia uma ideia sensata agora é um perigo real. Passaportes roubados, adulterados e falsos da área de Schengen estão entre as formas de identificação mais desejadas pelos terroristas, traficantes de drogas e de seres humanos, dentre outros criminosos. Desde 2014, oito países Schengen estavam na lista das dez nações que mais relataram passaportes roubados ou perdidos, segundo a Interpol.

O Reino Unido, fora de Schengen, começou a triagem de passaportes junto à Interpol após os atentados de 2005, que mataram 52 pessoas e feriram 700. Hoje, checa 150 milhões de passaportes por ano, mais do que todas as outras nações da UE juntas: mais de dez mil são presos, anualmente, por tentar entrar usando documentos inválidos. O que demonstra o valor do banco de dados da Interpol, criado após o 11 de Setembro. Hoje, a base contém informação de 169 países sobre mais de 45 milhões de passaportes e documentos de identidade perdidos ou roubados.

Fronteiras abertas sem checagem ajudam e encorajam terroristas. O fracasso em examinar passaportes nas fronteiras é simplesmente irresponsável em face do terrorismo global. Com base em 14 anos administrando a Interpol, sei que os terroristas terão muito mais possibilidades de êxito enquanto os países não verificarem adequadamente as identidades daqueles que cruzam suas fronteiras.

Após esses últimos ataques, alguns países europeus estão repensando a política de fronteiras abertas. Hoje, a pedido da França, espera-se que ministros do Interior da UE considerem imediatamente reforçar os controles nas fronteiras, para quem entre ou saia da zona de Schengen.

São passos positivos. O Estado Islâmico poderia atacar de novo hoje, amanhã ou semana que vem. Até que os passaportes sejam checados sistematicamente em cada ponto de entrada, os 26 países do espaço Schengen devem suspender, por toda a Europa, o acordo de fronteira aberta.

Só então palavras de pesar e solidariedade dos chefes de Estado terão um significado real. 

Por:  *Secretário-geral da Interpol de 2000 a 2014