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terça-feira, 12 de maio de 2015

Em sabatina, Fachin responde sobre poligamia, MST e atuação no PR



Nas primeiras horas da sabatina de Luiz Edson Fachin, indicado pela presidente Dilma Rousseff (PT) ao cargo de ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), realizada nesta terça-feira (12), o jurista respondeu a algumas das principais polêmicas nas quais ele se viu envolvido nas últimas semanas. Um dos temas mais recorrentes ao longo da sabatina tem sido a suposta irregularidade cometida pelo jurista ao advogar de forma privada ao mesmo tempo em que atuou como procurador do Estado do Paraná. A sabatina começou com mais de uma hora e meia de atraso.

O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) abriu os questionamentos a Fachin e questionou o jurista sobre o período entre 1990 e 2006, quando ele advogou e atuou como procurador do Estado do Paraná. Fachin voltou a falar que fez consultas à seção paranaense da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), que o autorizou a advogar desde que não fosse contra o Estado do Paraná. Fachin também disse que uma emenda constitucional de 1999 respaldava a autorização dada pela OAB.  "Para minha consciência, [essas documentações são] uma companhia que acalma a alma em todos esses anos de exercício profissional", afirmou Fachin.

O senador tucano também questionou o jurista sobre a contratação de uma agência de produção de conteúdo para um portal na internet a favor da nomeação de Fachin. O portal foi produzido por uma agência que já prestou serviços ao PT.  Fachin disse que não tinha conhecimento sobre a contratação do site.  "Contei com um profissional da área de comunicação que me auxiliou e em alguns momentos tomou algumas providências para prestar alguns esclarecimentos. Não tive conhecimento da contratação deste site. [sic] Lhe confesso que não tenho a informação de quanto foi pago mas não tenho nenhum problema em assim que a obter divulgar a vossa excelência", disse o jurista.

Poligamia e MST
Ao falar sobre a polêmica em torno da qual ele é apontado como simpatizante da poligamia (prática proibida pela Constituição Federal), Fachin reiterou que, ao contrário do que tem sido dito sobre o assunto, ele é defensor da "estrutura da família".  "Quanto à questão da poligamia ou direito da amante, isso que se disse a partir de trabalho acadêmico, a tese como tive oportunidade de explicitar coloca em questão a distorção que pode levar alguns princípios da família. Mas defendo a estrutura da família com seus princípios fundamentais", afirmou Fachin.

Ao falar sobre sua suposta simpatia a movimentos sociais como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), Fachin disse que defende manifestações desde que elas ocorram dentro da lei.  "As ações que são realizadas dentro da lei são ações legítimas. Algumas dessas ações, em determinados momentos, não obstante que carregue reivindicações legítimas, desbordam da lei. Mas aí, acabou a espacialidade da política e entra, evidentemente a espacialidade do limite (...) e a lei é, evidentemente, o limite desse tipo de manifestação. E é nisso o que o Estado democrático de Direito confia", afirmou Fachin.

Fachin foi novamente questionado pelo senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), da bancada ruralista, sobre seus entendimentos a respeito de questões agrárias e disse que, em casos de invasão de terra, a Constituição deve ser respeitada e que é preciso "pacificar" o campo. "A orientação que o STF tem, e que no meu sentimento, nessa perspectiva, deve ser mantida, é a da constitucionalidade da lei que integra a desapropriação de área invadida. É preciso pacificar essas equações no campo", afirmou. 

Mensalão, partidos e financiamento de campanhas
Ao falar sobre o julgamento do mensalão, em que 24 pessoas foram condenadas (incluindo dirigentes petistas), Fachin disse que não conhece os autos e nem as provas do processo. "Não conheço os autos, e não conheço as provas, mas obviamente tenho comigo a percepção de que nesse momento, o STF, ao julgar como julgou, deu uma resposta à sociedade brasileira", afirmou.

Questionado por Caiado sobre ser "um ponto fora da curva", o jurista disse: "nem ponto, nem curva, eu sigo a lei". A expressão de "ponto fora da curva" foi usada por Luís Roberto Barroso ao passar por sabatina no Senado antes de ser ministro do Supremo. Fachin também foi questionado sobre o financiamento privado de campanha. "Não vou me furtar de dizer com clareza, com todo respeito (...) há certas circunstâncias que o Supremo não deve atravessar a rua", afirmou.  Tramita no STF uma ação movida pela OAB que pede a proibição das doações de empresas privadas para campanhas eleitorais. Fachin, se tiver sua nomeação aprovada, não deverá votar sobre a matéria, pois o ex-ministro Joaquim Barbosa, a quem Fachin substituiria, já votou a favor da proibição.

Em resposta a questionamento feito pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR), o advogado negou que foi ou seja filiado a partido político. "Não tenho inscrição em partido partidário", declarou. "Tenho uma percepção da vida, me considero alinhado com pessoas progressistas. Sou progressista, preservando o Estado, a autodeterminação dos direitos privados", disse.  

A sabatina de Luiz Edson Fachin começou com pelo menos uma hora e meia de atraso devido ao debate entre parlamentares governistas e oposicionistas sobre a forma como as perguntas seriam feitas ao jurista. O presidente em exercício da CCJ, José Pimentel (PT-CE), havia determinado que as perguntas fossem feitas em bloco, mas a oposição conseguiu reverter a decisão e as perguntas passaram a ser feitas de forma individual.

Fonte: Folha de São Paulo

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

O Brasil precisa que a Oposição volte as ruas e com força total até a saída definitiva da Dilma – ante de tudo, porém, precisa que a Oposição parlamentar permaneça unida



A oposição continuará nas ruas?
Sim. Denúncias de corrupção na Petrobras, mais força no Congresso e a maior votação já obtida pelo PSDB inflamam o combate ao governo Dilma
A votação alcançada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) na eleição presidencial deste anoa maior de um candidato derrotado após a redemocratização – revigorou a oposição. Os 48,36% dos votos obtidos por Aécio aproximaram os oposicionistas de parcela da sociedade descontente com o governo. O encontro de ressonância nas ruas e o desenrolar das denúncias relacionadas à Petrobras deverão estimular Aécio e companhia a adotar uma postura mais combativa que no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff (PT). “A oposição tem de ser proporcional à indignação da sociedade com a corrupção e com a baixíssima qualidade da gestão do PT. Faremos oposição com muita intensidade”, diz Duarte Nogueira, deputado federal e presidente do PSDB paulista.

A aposta para tornar real a promessa de confronto permanente está na nova composição do Congresso Nacional. No Senado, a oposição contará com reforços renomados a partir de fevereiro. Três ex-governadores de grandes Estados do país – José Serra (PSDB-SP), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Antonio Anastasia (PSDB-MG) – chegarão à Casa, com o atual deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO), conhecido pelo estilo combativo. Ao lado de Aécio Neves, Aloysio Nunes (PSDB-SP), Álvaro Dias (PSDB) e José Agripino (DEM-­RN), eles formarão um grupo que pretende mostrar seu cartão de visitas já na CPI da Petrobras. Ela protagonizará os trabalhos do Congresso no primeiro semestre.

Na Câmara, Casa em que o PSDB cresceu 22%, a ideia é aproveitar a alta taxa de renovação para adaptar a estrutura do partido às mudanças de uma sociedade mais conectada e engajada na política. “Fomos o único grande partido que cresceu, de 44 para 54 deputados. Dos que chegam, 29 são novos na Câmara. A maior parte tem entre 25 e 40 anos. Eles contribuirão com sangue novo e ajudarão nessa nova linguagem de comunicação com a sociedade”, diz o deputado federal Marcus Pestana (PSDB-MG).

Impressionados com o poder das redes sociais na mobilização popular durante as eleições presidenciais, os tucanos pretendem criar um comitê para tentar manter a interlocução criada com movimentos sociais. É algo que sempre faltou ao PSDB, não só durante a eleição. “Este novo momento que o PSDB vive se deve à vitalidade que a campanha de Aécio deixou como herança. Sou fundador do partido e não me lembro de um momento recente em que estivéssemos tão animados. Recuperamos a autoestima dos tucanos, que andaram anos acuados”, diz Pestana. A outra ideia do PSDB para os próximos quatro anos é criar um governo paralelo. Mesclando nomes técnicos e políticos, o partido organizará dez grupos para verificar o cumprimento dos compromissos firmados pelo PT durante a campanha.

A chegada de partidos como o PSB à oposição deverá ajudar PSDB, DEM e PPS a aprovar pedidos de CPI e causar problemas ao governo. Algo que, no primeiro mandato de Dilma Rousseff, dependeu de rachaduras na própria base aliada. A última grande vitória da oposição no Congresso aconteceu no distante dezembro de 2007. Numa sessão histórica, o Senado derrubou a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). O fim do tributo tirou R$ 40 bilhões do orçamento às vésperas da enorme crise econômica internacional que se avizinhava. 

Nas eleições seguintes, em 2010, os principais nomes da oposição no Senado foram derrotados e, na Câmara, PSDB e DEM minguaram. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, embalado por uma popularidade na casa dos 80%, além de eleger a presidente Dilma, conseguiu fortalecer o governo no Congresso e trabalhou contra as reeleições de adversários, como os senadores Arthur Virgílio (PSDB-AM), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Marco Maciel (DEM-PE) e Heráclito Fortes (DEM-PI). Desde então, a oposição nunca mais conseguiu impor ao governo petista derrotas contundentes no Parlamento.

Se parecem animados com a chegada de fortes quadros no Senado e com o crescimento na Câmara a partir do ano que vem, os oposicionistas já apresentam as primeiras dificuldades para permanecer unidos. Na disputa pela presidência da Câmara, em fevereiro, enquanto PSDB, PV e PPS apoiarão a candidatura do deputado Júlio Delgado (PSB-MG) ao comando da Casa, o DEM anunciou que estará ao lado de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Caminhar unida deve ser um dos principais desafios da oposição em 2015, caso queira mesmo encarar a forte máquina governista. 

Fonte: Leopoldo Mateus – Revista Época


quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Renan silencia galerias para votar manobra fiscal



A serviço do Palácio do Planalto, o presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu silenciar as galerias do plenário da Câmara dos Deputados para tentar aprovar a manobra fiscal proposta pelo governo para maquiar o descumprimento do chamado superávit primário – a gestão de Dilma Rousseff não conseguiu cumprir a meta de economia para pagar juros da dívida neste ano. O projeto deverá ser analisado nesta quarta-feira após a aprovação de vetos presidenciais que estão na pauta.

A sessão desta quarta-feira começou acalorada, a exemplo do tumulto que marcou a tentativa de votação desta terça, marcada por uma briga entre seguranças da Polícia Legislativa, manifestantes contrários ao projeto do governo e congressistas de oposição que tentaram impedir que a confusão terminasse em pancadaria nas galerias. Durante a tentativa de esvaziar o espaço destinado ao público, a Polícia Legislativa utilizou uma arma taser, que dá choques elétricos, em um jovem. Uma idosa de 79 anos foi imobilizada por um segurança com uma ‘gravata’. No grupo, havia moradores de Brasília e manifestantes de São Paulo. Parte dele havia feito uma vigília em frente ao Congresso contra a aprovação do projeto que poderia ser batizado de “lei de irresponsabilidade fiscal”. Diante do tumulto provocado por sua decisão truculenta, Renan suspendeu a sessão, reaberta na manhã de hoje.

Desde ontem, o Palácio do Planalto está em alerta: o Congresso encerrará suas atividades em vinte dias e a aprovação do projeto de lei, custe o que custar, é prioritária para fechar as contas. Não por acaso, a presidente Dilma Rousseff editou um decreto presidencial  no qual promete a liberação de 444 milhões de reais em emendas parlamentares – recursos para pequenas obras em redutos eleitorais – se a manobra fiscal passar.

Nesta quarta, com as galerias fechadas, cerca de cinquenta pessoas foram barradas e permanecem na entrada do Congresso Nacional. A cena é rara no Parlamento brasileiro: a presença de pessoas nas galerias é uma prática comum desde a redemocratização do país, mesmo em votações controversas. Três micro-ônibus e uma viatura da Polícia Militar estão a postos no acesso à Casa.

A sessão teve início às 10 horas. Mais de uma hora e meia depois, o quórum ainda estava abaixo do necessário – 257 deputados e 42 senadores. O líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (PT-SP), conclamou os colegas da base para tentar agilizar o atropelo: “Peço que os parlamentares que estão nos gabinetes venham ao Plenário. E recomendo que não peçam a palavra: o importante é votar”, disse. O pedido foi atendido por volta das 12 horas, quando Renan determinou o início do processo de votação.

Por volta das 13 horas, na primeira votação do dia, um requerimento de encerramento de discussão, foram registrados 297 votos de deputados – o quórum mínimo é de 257. O pedido foi aprovado com 282 votos sim, 9 votos não e 6 a favor. O baixo número de votos contrários se deve à obstrução de partidos oposicionistas, que não votaram para tentar impedir a formação de quórum.  

A oposição ocupou a tribuna para criticar o governo: “Debatemos um tema de enorme importância para a sociedade vendo as galerias fechadas à população. É uma violência ao próprio Regimento desta Casa”, disse o senador Aécio Neves (PSDB-MG). “A presidente coloca essa Casa de cócoras. Para o governo, cada parlamentar desta Casa tem um preço. Os senhores que votarem a favor da manobra fiscal valem 748.000 reais”, afirmou, em referência ao decreto presidencial.

O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), eleito senador neste ano, alfinetou Renan Calheiros: “O senhor não é o presidente da presidente Dilma Rousseff. É o presidente do Congresso”.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo