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quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Rodrigo Maia, em fala absurda, ameaça o governo. Resta agora saber se foi loucura ou método

Quando se pergunta o que Maia pode fazer em favor do presidente, ele responde ser um magistrado; quando não é um magistrado, então atua contra o presidente. Aí não dá!

Que diabos se passa com Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara? Ainda voltarei à questão. Uma coisa é certa: a cada vez o presidente Michel Temer se ausenta do país, ele se comporta de modo, vamos dizer, polêmico. Desta vez, recebeu cineastas e políticos de oposição ligados ao “Fora Temer”. Nesta quarta, falando como se não houvesse amanhã, atacou o presidente, o governo, fez ameaças… Tudo porque o Palácio, por intermédio de dois ministros, teria cortejado, em favor do PMDB, políticos que estão se desligando do PSB… Sei lá por qual razão divina Rodrigo acha que o caminho natural dos dissidentes é o DEM.

E, aí, ele não economizou. Ouçam. O áudio tem duas falas, na mesma ocasião. A do comecinho, tem o som ruim. Depois melhora.
Como se vê, não faltou nem a metáfora-clichê da traição: “facada nas costas”.
Pergunto: quem dá facada em quem nesse caso? Quando o presidente viajou para reunião do G20, Maia, entre outras delicadezas, jantou com um vice-presidente do grupo Globo, empenhado, como se sabia, em depor o mandatário. Saiu de lá e se reuniu com deputados, passando as impressões, então, do que chamou “gente importante”: elas diziam que o presidente não teria como resistir no poder.
Todos vimos nos jornais e sites até o ministério de Rodrigo Maia…

Como ler estas palavras? “O presidente fez questão de jantar na residência da Câmara comigo e falar que não havia nenhum interesse do PMDB nos parlamentares do PSB. E, nas últimas semanas, o que a gente tem visto é o contrário, inclusive com a participação do ministro Moreira Franco e no ministro Eliseu Padilha na filiação do ministro Fernando Coelho [que deixou o PSB]. Então, se é assim que eles querem tratar um aliado, eu não sei o que é ser adversário. Então eu quero que isso fique registrado porque depois, quando a bancada do Democratas tiver em alguma votação uma posição divergente daquilo que o governo espera, que o governo entenda que há uma revolta muito grande dentro da nossa bancada — não virou rebelião ainda, mas é uma revolta muito grande — porque a gente não esperava, com a presença do presidente da República na residência do presidente da Câmara, desmentindo que a visita dele [de Temer a uma deputada] tinha sido para levar deputados para o PMDB, e depois a gente vê a ação do presidente do PMDB, junto com dois ministros do governo, fazendo exatamente o contrário, isso tem de ficar registrado, porque… que relação nós queremos? (…)”

Se isso é fala de um aliado, então não sei o que é ser adversário… Há tantos erros e absurdos aí que mal sei por onde começar.
– Maia não recusou as digitais do governo (para usar palavra sua), inclusive as de Moreira Franco, que é padrasto de sua mulher, para elegê-lo presidente da Câmara. E olhem que o adversário seu também era da base de apoio. Mais: seu pleito era inconstitucional. O Supremo, por intermédio de Celso de Mello, decidiu se omitir. A vedação à reeleição está na Constituição e no Regimento Interno da Câmara;
– que lei da natureza indica que o parlamentares que abandonarem o PSB têm no DEM o seu lugar natural?;
– é claro que o que vai acima é uma ameaça:
– na fala, caso ouçam a íntegra, Maia diz já ter mandando um e-mail ao presidente, restando a sugestão de que emite “diktats”. Bem, se mandou, que esperasse, então, a resposta de Temer, ainda que se sua reclamação fizesse sentido, não é mesmo?;

– mais: parece ético que um presidente da Câmara trate membros de outros partidos como damas, se é que me entendem, a serem cortejadas? Não creio.

Notem que pelo “aplomb”, quem fala ali é o presidente da Câmara, certo? Faz questão de deixar claro que foi Temer quem quis jantar com ele. Ao mesmo tempo, deixa escapar uma “revolta muito grande na NOSSA bancada”. Bem, aí já fala o chefe de facção. O DEM não tem líderes? Não tem presidente? Curioso esse Rodrigo Maia: quando janta com ou recebe líderes do “Fora Temer”; quando acena ao mercado financeiro com um discurso que sugere que o governo é fiscalmente irresponsável; quando dá a entender que o Planalto faz opções erradas; quando deixa claro que não moverá uma palha, ainda que no espaço institucional, em defesa de Temer, o aliado, ele evoca, então, a figura institucional do presidente da Câmara. Quando tem de lavar roupa suja, na ausência do presidente, aí baixa o chefe de facção?

Saibam que, em certos “bunkers”, a sanha golpista ainda não passou. Espero que a fala de Maia seja só destempero, um mau momento, não um cálculo e uma concertação. No seu destampatório, tenta a simpatia dos mártires para o seu DEM: seu partido estaria votando em pautas difíceis, impopulares… E dá a entender que faz isso em benefício de Temer. É curioso. Maia é um dos queridinhos do mercado financeiro. Quando fala aos bravos, ele dá a entender ser bem mais duro e mais austero do que o governo. Aquele discurso é incompatível com esse.

Escrevi aqui em julho que Maia tinha sido picado pela mosca azul. Agora, não sei. Seria a mesma mosca, com alguns detalhes platinados?
Essa turma tem de se conformar. O presidente Temer, a menos que algum delator resolva aderir aos métodos consagrados por Rodrigo Janot, não vai cair.

Para encerrar
Ao fazer suas ameaças, os jornalistas perguntaram o óbvio: ele estava acenando com a possibilidade de os deputados do partido votarem a favor da denúncia contra Temer. Ah, ele descartou. Assim: “Cada deputado vota de acordo com a sua consciência”.
Entendi.

Quem quer proibir o PMDB de conquistar parlamentares do PSB em nome da fidelidade entre aliados poderia dizer outra coisa. Que tal isto: “O DEM vai votar contra a denúncia porque ela é inepta, porque ela traz fatos anteriores ao mandato, porque ela elenca eventos que ainda estão sob investigação”.

Ah, mas isso Rodrigo Maia não diria porque não seria, como é mesmo?, comportar-se como uma magistrado, certo?
Ele só se esquece de sua toga simbólica quando é para encostar a faca não nas costas, mas no pescoço do presidente.
Lamentável que tenha dito o que disse que tenha sido sob a sua interinidade que a reforma política tenha ido para o brejo Pelo visto, o magistrado se ocupava do mercado de dissidências e filiações.

 

 

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Democratas contra Maia - Se o Temer sair e entrar o Rodrigo Maia, a crise só mudará de nome

Com o mandato de Temer sob risco, Maia trabalha para disputar a eleição indireta e pensa até em 2018. Mas Ronaldo Caiado, do próprio DEM, ameaça esse projeto

Em meio à crise política envolvendo o presidente Michel Temer (PMDB), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), dá sinais de que foi mordido pela mosca azul – expressão usada para designar o desejo irrefreável de qualquer político pela cadeira presidencial. De início discreto, ela agora faz o diabo, e à luz do dia, para alçar voos mais altos. Nos últimos dias, aumentou as articulações em direção ao Palácio do Planalto. Essa estratégia de Maia, no entanto, não é consenso nem dentro do seu partido, o Democratas, que já começou uma luta fratricida pela sucessão presidencial.

“A melhor saída para o País é a antecipação das eleições gerais. Não podemos mais viver de remendos” Ronaldo Caiado, senador do DEM-GO

 Maior expoente da legenda no Senado, Ronaldo Caiado (DEM-GO) vem trabalhando para ser o candidato do partido em eleições diretas e defende inclusive que o pleito direto seja antecipado caso Temer seja afastado. Ou seja, seus planos se chocam com os acalentados por Maia. “A melhor saída para o País é a antecipação das eleições gerais. Não podemos mais viver de remendos”, disse Ronaldo Caiado. Ele trabalha nos bastidores para inviabilizar as pretensões de Maia de assumir a Presidência por eleição indireta – o que o encaminharia para concorrer à reeleição em 2018. Para o ruralista, bom de voto e candidato à Presidência em 1989, quando enfrentou Lula e Collor, chegou a sua vez.

Discutir a relação
Antes de resolver a cizânia interna, porém, o DEM, que controla o Ministério da Educação, ainda precisa definir sua própria situação dentro do governo Temer.

“Esse assunto da sucessão com Rodrigo Maia sequer é considerado” José Agripino, senador e presidente nacional do DEM

“Não pode açodar, primeiro tem que resolver essa questão do Temer”, afirmou o deputado Onyx Lorenzoni (RS). “Esse assunto da sucessão com Rodrigo Maia sequer é considerado”, faz coro José Agripino, presidente nacional do DEM. Segundo Lorenzoni, dos 29 deputados, 60% devem manter a fidelidade a Temer ao examinar a denúncia do procurador-geral Rodrigo Janot, no plenário da Câmara. Em razão do racha, um grupo de deputados, além de Ronaldo Caiado, passou a trabalhar pela realização de uma reunião da Executiva do DEM a fim de discutir a relação com o governo. “Pode-se criticar o PSDB porque se reúne e decide não decidir, mas, pelo menos, os tucanos se reúnem e discutem”, sapecou o deputado Luiz Henrique Mandetta (RS), integrante do grupo independente. Não que isso represente uma grande vantagem.
[Ronaldo Caiado é uma excelente alternativa ao deputado JAIR BOLSONARO - cuja candidatura pode ser sabotada - mas, tem que largar a ideia sem sentido de antecipar eleições; 
antecipar eleições terá um único resultado: aumentar o CAOS, consolidar a política do QUANTO PIOR, MELHOR e até levar o Brasil a uma GUERRA CIVIL.
Se inevitável a alternativa INTERVENÇÃO MILITAR CONSTITUCIONAL é melhor que a antecipação das eleições gerais.]



Se o Temer sair e entrar o Rodrigo Maia, a crise só mudará de nome
 
 

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Alberto Fraga diz que FHC fumou “maconha estragada”

Aliados históricos, o PSDB e o DEM não passam por uma boa fase do relacionamento.  

O deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF), presidente regional do partido, atacou ontem nas redes sociais o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, principal expoente dos tucanos. “Depois que FHC passou a defender a liberação da maconha, suas ideias não andam nada boas! O que ocorreu? Fumou e tava estragada. Só pode”, afirmou Fraga. 

“FHC foi o responsável pela ascensão do Lula, não preparou a sucessão do seu governo e, agora, parece que quer trazer o ladrão barbudo de volta, acrescentou o parlamentar.

Fonte: Correio Braziliense 

 

terça-feira, 23 de maio de 2017

E agora, Janot?

Janot e Temer terão que explicar suas atitudes suspeitas à sociedade

A crise instalada com a delação premiada da família Batista, que põe o presidente Michel Temer sob suspeita e seu governo sob o risco iminente de ser deposto, não pôs fim ao Fla-Flu a que os desgovernos petistas submeteram a sociedade brasileira em seus 13 anos, quatro meses e 12 dias de mandarinato. E que se estendeu ao longo do ano e sete dias do mandato-tampão do indigesto ex-vice Michel Temer, conforme agora nos é revelado.

A esquerda, flagrada em ladroagem intensa e explícita e derrotada nas eleições de 2016 graças às revelações feitas nas investigações da Operação Lava Jato, comemora o fato e prega diretas já na esperança de iludir de novo a população na eleição com marketing político bilionário. Financiado, aliás, com as sobras do roubo na Petrobrás, no BNDES, nos fundos de pensão e em todos os cofres públicos durante o tempo em que o PT governou em sociedade com o PMDB e políticos de todos os partidos. E com o beneplácito da oposição, cuja leniência também foi comprada com dinheiro público, repassado por propinas de empresários amigos e sócios.

Um setor expressivo da população teme a queda do governo com medo de cair nas mãos de algum político aventureiro e não menos suspeito do que ele. E praticamente a sociedade inteira tem uma dúvida que se torna um dilema atroz: viver num país presidido por um suspeito, que até agora não justificou como caiu na armadilha que um delinquente confesso e espertalhão amarrou em seus tornozelos, ou mergulhar na treva do incerto.

O delator Joesley Batista, da JBS, estar solto, com a família, em Nova York, enquanto outros acusados nos mesmos processos a que ele responde foram condenados e optaram entre ficar presos e fazer delação premiada, é algo tão absurdo que pode ser caracterizado como abuso de autoridade de quem lhe concedeu essa condição. E para isso nem se precisa de lei nova.

Em pronunciamentos convocados para responder às denúncias do delator, Temer definiu-o como falastrão. Comprova-o a afirmação que o próprio Joesley fez de ter blefado ao dizer que teria comprado dois juízes. Esse crime põe em dúvida tudo o que não se comprovar nas delações. E também poderia servir de motivo para cancelar o acordo, além de comprometer o instituto da delação premiada e, com isso, o trabalho da Operação Lava Jato, que tem apoio amplamente majoritário na população.

Mas ser falastrão é o de menos. Agora Joesley está sendo acusado de ter cometido outro crime, o de ter embolsado US$ 400 milhões na compra e de dólares à véspera e venda no dia da divulgação da delação, que provocou uma alta expressiva no valor da moeda americana. Só isso justificaria um mandado de prisão e o cancelamento do acordo espúrio. A multa de US$ 220 milhões é ínfima, se comparada com os US$ 10 bilhões que os irmãos Batista tungaram no BNDES sob as bênçãos de outros delatados dele: Lula, Dilma, Palocci e Mantega. 

Isso precisa ser explicado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot o mais rapidamente possível, sob pena de o trabalho dos procuradores cair no descrédito geral.
Aliás, até agora não vi na delação de Joesley uma narrativa completa de como ele deixou de ser um pecuaristazinho dos ermos de Goiás, tornando-se com dinheiro nosso o maior processador de carne do mundo.

Mas isso não dispensa Temer de também dar explicações ao público. Estranhei notícia do UOL de que o criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, assessor jurídico do presidente, num jantar de desagravo a outro suspeito, Aécio Neves, atacou o juiz Sergio Moro, que nada tem que ver com o episódio, e o relator da Lava Jato no STF, Edson Fachin. Este, sim, terá ocasião de justificar sua participação no episódio suspeito da premiação excessiva aos delatores da JBS, no julgamento do episódio pelo STF. O problema é que, nos pronunciamentos de quinta-feira e de sábado, o presidente trocou seu estilo de circunlóquios, apostos e mesóclises por indignação, mas não foi convincente, pois nada justificou nem explicou.

Desde o início, Temer esforçou-se em desqualificar como prova a gravação do encontro clandestino que teve com o delator. No fim de semana, os meios de comunicação informaram sobre dúvidas levantadas por perícias. As perícias apresentadas levantam mais dúvidas do que as por elas mesmas levantadas. Nenhuma dessas dúvidas questiona o fundamental. O essencial a prevaricação ao receber um suspeito de ter cometido uma capivara de delitos, o silêncio sobre a tentativa deste de calar Eduardo Cunha e a omissão diante da notícia de que o delator obstruiu a Justiça subornando dois juízes e um procurador – não foi explicado. A rádio CBN atestou que o truque usado por Joesley de manter na gravação a transmissão da emissora à entrada e à saída do Palácio do Jaburu, funcionou. E a eventual edição da fita não elimina outros deslizes.

Entre esses deslizes destaco a reunião fora da agenda, às 23 horas, o truque usado pelo interlocutor para entrar sem ter de passar pelos controles de portaria e ainda o uso pelo visitante do nome de um terceiro, Rodrigo, por sinal citado na conversa gravada. Isso, aliás, tornou possível ao delator entrar com aparelho para gravá-la. A ação controlada na entrega de propina a Rodrigo Loures na pizzaria Camelo poderia agravar sua situação se a Polícia Federal (PF) conseguisse informar o roteiro do dinheiro entregue.  A Coluna do Estadão no fim de semana, no entanto, já levantava dúvidas a respeito do sucesso do rastreamento. E notícia mais recente deu conta do desaparecimento da mala do dinheiro. [atualizando: a mala apareceu;foi entregue intacta pelo Rodrigo Loures na PF de São Paulo.]
 
A tática do segundo pronunciamento de Temer foi desqualificar o delator. O próprio Joesley confessou pertencer à organização criminosa que assaltou a República nos quatro desgovernos petistas. Temer participou de dois deles. E hoje é legítimo presidente, pois, se não o tivesse como vice, Dilma não teria sequer chegado ao segundo turno nos dois pleitos.

Se Temer só descobriu os podres do interlocutor depois que este gravou a tal conversa, estamos diante de uma absurda ingenuidade de um político veterano que já foi secretário de Segurança do maior Estado do País e presidente da Câmara dos Deputados. Ou seja, não condiz com a lógica dos fatos. Mas pior é ele não ter noção de que desqualificar o interlocutor automaticamente o desqualifica.

Os eufemismos que Temer usou não ajudam a tornar sua versão crível. Clandestino não quer dizer ilegal e lamúria não é sinônimo de delito. Joesley confessou muitos delitos e Temer não o contestou nem o recriminou nenhuma vez. Tampouco tomou atitude alguma. Poderia tê-lo denunciado. Por que não o fez? Agora ele tem o dever de confirmar que recebe rotineiramente jornalistas, empresários, trabalhadores e cidadãos comuns, divulgando sua agenda, pelo menos, do último mês.

Temer escorregou ainda ao dizer que Joesley criticou o governo. O delator, de forma desabusada e incorrendo em tráfico de influência, não criticou sua gestão, mas pediu autorização para pressionar o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que foi empregado dele. Em vez de repreendê-lo e, depois expulsá-lo, autorizou-o a usar seu nome na pressão.

Ainda espero do presidente um laivo de lucidez, que, pelo visto, falta a quem está mais próximo dele para assessorá-lo neste momento crítico, seu ex-quase ministro da Justiça. Temer deve um pronunciamento submetido a perguntas de jornalistas, para corrigir os deslizes a que recorreu nos pronunciamentos sem perguntas. E, sobretudo, demitir os investigados que o cercam no palácio e ainda estão no seu governo. Mantendo-os, atesta que continua resistindo a se livrar dessa patota, o que, aliás, foi comprovado no número de vezes que se referiu a seu ex-secretário de governo afastado por suspeição, Geddel Vieira Lima.

Agora, como não acredito que ele tome essas providências, nem que os tucanos desçam do muro, nem que o DEM se desapegue do poder da hora, só resta esperar a decisão final do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). Tudo isso seria menos traumático se Temer tivesse renunciado, mas, como  não o fez e, assim, não facilitou o desenlace do imbróglio em que nos encalacrou, não adianta chorar pelo leite derramado. Teremos, pois, de aguardar o desfecho legal, a ser imposto pelas instituições.

Outra decisão importante será o julgamento da ação do PSDB contra a chapa Dilma-Temer na reeleição de 2014. E assegurar que a Constituição seja cumprida tanto no julgamento quanto na eventual sucessão. Tudo feito rigorosamente dentro da lei é o mínimo a esperar para evitar o caos.
E agora, Michel?

Fonte: Blog do José Nêumanne - O Estado de S. Paulo 

 

 

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

A força da direita. Qual direita? - Revista VEJA

A força da direita.

Qual direita? É inequívoco que o pensamento conservador vem numa crescente. É inequívoco que nossa população é ideologicamente, de maioria conservadora. E nesse contexto, é natural que o eleitorado opte por políticos com viés conservador.

O problema é que no Brasil, tudo isso tem funcionado de forma a ludibriar o eleitorado e, muitas vezes, basta o político apresentar um discurso mais ou menos. Que seja, mais liberal economicamente e menos favorável a estatização, e logo é visto como um digno representante da direita.

Em tempos em que o PT jogou o país na lama, a tarefa ficou ainda mais facilitada. Basta mandar ver no “fora PT” e pronto! O político em questão cai nos braços dos conservadores. É claro que o pensamento conservador é muito mais complexo e não se restringe apenas à economia. E essa é a grande jogada. Fazem-nos crer que apenas a economia é o que importa.

Adiante.
A revista Veja traz uma matéria de capa que com certeza suscitará debates acalorados. E o Voltemos a Direita já dá a largada. (risos). Afinal, qual é a direita que a revista Veja apresentará com toda essa força?

De cara nos deparamos com um problema. Não temos partidos genuinamente da direita, ou, conservadores. Um dos poucos, se não o único que mais se aproxima do pensamento conservador, é o DEM.  Assim, o que temos são candidatos que podem comungar de ideias caras à direita, porém, em partidos declaradamente de esquerda, como o PSDB.

E qual o problema? Cedo ou tarde, esses políticos são engolfados pelos tucanos de alta plumagem.  Não obstante, esse não é o único nem o principal problema que cerca a “direita”. Isso porque, existe a direita que está ganhando corpo no Brasil e há a “direita” que setores da imprensa e formadores de opinião querem que ganhe força.

No primeiro caso, um dos principais nomes, goste-se ou não, é o deputado Jair Bolsonaro. No segundo, Geraldo Alckmin. Apenas pra ficarmos em um exemplo.
Quando constatamos que por décadas a fio a esquerda foi onipresente em todos os setores da sociedade, devemos ficar alertas e vigilantes quando determinados seguimentos dessa mesma sociedade, em especial a imprensa, Veja aí incluída, querem nos oferecer políticos da “direita”.

Há o risco de se tratar de mais uma estratégia, afim de manter-se o status quo. Estratégia cara e conhecida da esquerda que finge se opor ao PT: Um passo para trás e dois para frente.  Por fim, é importante lembrarmos que essa é a estratégia de um dos mais conhecidos nomes abrigados no site de Veja. Falo do formador de opinião, Reinaldo Azevedo. Já escrevemos a respeito dele algumas vezes e coincidentemente, nosso colunista e editor, Renan Alves, publicou há pouco um excelente artigo tratando justamente da ferrenha oposição que Reinaldo faz à família Bolsonaro.

Qual direita Veja enxerga fortalecida? 

Fonte: Voltemos à Direita - Por: Jakson Miranda



quinta-feira, 14 de julho de 2016

O governo Temer se deu bem

Eleição de Rodrigo Maia para presidência da Câmara é uma benesse para o Planalto 

A eleição de Rodrigo Maia, do Democratas, à presidência da Câmara dos Deputados é uma benesse ao governo interino de Michel Temer. Fica maior ainda porque surgiu em meio a uma confusão na Casa, proporcionada pela renúncia do presidente afastado Eduardo Cunha, do PMDB, e após dois meses sob a gestão interina do improvável Waldir Maranhão, ainda do PP. Maia foi eleito no segundo turno, na madrugada desta quinta-feira (14), em uma disputa que começou com 12 candidatos. Havia na Casa, ainda, o resquício de que era dominada pelo Centrão, o apelidado resgatado da década de 1980 para nomear uma massa amorfa de partidos pequenos e médios, que caminhavam sob a liderança de Cunha.

Maia foi eleito em uma articulação que contou com a ajuda do Palácio do Planalto. Oficialmente, o governo repetiu – e repetirá – o clichê político de que não interferiu na disputa. Mas, como todos os governos, interferiu. Para quem observou a intervenção tosca e desastrada do governo Dilma Rousseff na eleição anterior, a do governo Temer foi discretíssima na aparência. Sem ela, Rodrigo Maia teria mais dificuldade. Ele teve os votos de seu partido e do PSDB, mas conseguiu o de muitos outros graças ao trabalho do Planalto nos gabinetes da Câmara e no telefone. Não por força do governo, mas das circunstâncias, o PT votou em Maia. Foi uma vitória inequívoca do governo, a mais importante nesse período de interinidade.

 Com Maia, Temer terá um aliado a comandar as votações, um trunfo para quem precisa aprovar matérias difíceis em pouco tempo de mandato pela frente. Rodrigo Maia é um parlamentar com opiniões alinhadas às da equipe econômica de Temer, percebe a gravidade da situação fiscal e concorda com as medidas de austeridade a serem tomadas. Será um aliado importante para votações difíceis, como a da reforma da Previdência. Tem a vantagem também de estar em um partido antigo e estabelecido, o DEM, antigo PFL, com estrutura e deputados experientes. É uma grande vantagem em uma Câmara esfacelada em 27 partidos, que vinha sendo dominada pela união de pequenos e médios. Com Eduardo Cunha incapaz de liderar como antes, essa turma custa cada vez mais caro ao Planalto. Ainda vai custar, mas sua dispersão na votação de ontem mostra que está difícil conciliar os interesses internos do grupo. Sem isso, seu poder de negociação se reduz um pouco.

Até o início da eleição, o candidato do Centrão era Rogério Rosso, líder do PSD, e também simpático ao Planalto. Rosso seria uma forma de agradar e tentar ter o Centrão fiel a governo, mas carregava o resquício de ser um aliado de Eduardo Cunha. Maia concorria com apoio dos partidos mais tradicionais. O governo frangou feio quando um pedaço do PMDB lançou a candidatura do ex-ministro Marcelo Castro: com apoio do PT e do PC do B, sua eleição colaria na testa de Temer uma derrota para Dilma; seria um possível início de ressurreição do PT. Mas Castro ficou. No final, PT e PC do B votaram em Maia, ao contrário do discurso disperso publicamente de “não votar em candidato golpista”. O pragmatismo, na política, é sempre mais poderoso.

Por isso mesmo, Rodrigo Maia não vai mudar o establishment da Câmara em sete meses. Como todos os candidatos anteriores, ele fez acordos em torno de cargos e vantagens para obter apoio dos colegas. Terá de honra-los a partir da volta do recesso, no final do mês. Como todos os antecessores, apanhará quando alguns deles forem conhecidos. Não haverá uma limpeza dos piores modos da Casa, coisa que só o eleitor pode fazer. Não será imposta uma pauta positiva, como a aprovação urgente do pacote de medidas contra a corrupção, por exemplo. A Câmara ainda tem a mesma composição, com os mesmos interesses. O que se pode esperar é uma Câmara um pouco menos instável. Menos apenas, porque o grau de instabilidade depende mais da Operação Lava Jato do que dos parlamentares.  


>> Ter nascido no Chile quase atrapalha Rodrigo Maia

 O presidente interino Michel Temer será um beneficiário da eleição de Maia. Seu aliado Eduardo Cunha, no entanto, teve outra demonstração de derrota por vir. Rodrigo Maia foi aliado de ocasião, não histórico, de Cunha. Há algum tempo defendia a renúncia de Cunha. Ao final da votação, enquanto Maia comemorava, parlamentares puxaram no plenário um coro de “fora, Cunha!”. O grito mostra claramente o destino final do pedido de cassação de Cunha, quando chegar ao plenário no segundo semestre.

Fonte: Revista Época
 

Rodrigo Maia é o novo presidente da Câmara dos Deputados

Rodrigo Mais é melhor opção que Rogério Rosso, que não é confiável - muda de lado muito rápido - e sair da política de bairro para segundo na linha sucessória do Poder Executivo certamente iria fazer mal a ele e pior ainda ao Brasil

DEM volta a ocupar o posto após 13 anos com nome apoiado pelos principais partidos da base de Temer. E também pelo Planalto

Já era madrugada desta quinta-feira quando o painel eletrônico da Câmara dos Deputados finalmente anunciou o nome daquele que comandará a Casa pelos próximos sete meses: o democrata Rodrigo Maia (RJ) foi eleito em segundo turno com 285 votos. O deputado do DEM venceu a disputa contra Rogério Rosso (PSD-DF), que teve 170 votos. O outro favorito, Marcelo Castro (PMDB-PI), ex-ministro de Dilma Rousseff e apoiado pelo PT, ficou de fora, tendo recebido apenas 70 votos no primeiro turno. A poderosa cadeira coloca Maia no posto de substituto do presidente interino Michel Temer quando este se ausentar do país.

No discurso antes do segundo turno, Maia defendeu a independência da Câmara e falou em “acabar com o império dos líderes”. “Os lideres são fundamentais, mas não são os únicos que têm direito à palavra. Cada um de nós tem direito a usar esse microfone. Vamos devolver ao plenário a sua soberania”, afirmou. Depois de confirmada a vitória, o deputado tomou posse imediatamente como presidente da Câmara, agradeceu à família e chorou.

Maia obteve apoio do PSDB, PPS, DEM, PSB e contava também com a simpatia do Palácio do Planalto. Publicamente, o presidente interino Michel Temer manteve o discurso protocolar de que não pode interferir na definição do sucessor de Cunha, embora tenha operado diretamente para evitar a todo custo a vitória de Marcelo Castro.  A cautela é justificada pela necessidade de Temer implementar e ver aprovadas com urgência no Congresso medidas de seu governo interino. E de resto sepultar o risco de prosperar um pedido de impeachment contra ele – o tema adormeceu nas mãos do presidente Waldir Maranhão (PP-MA), a despeito da ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o processo seguisse adiante.

Maia trabalhou arduamente pelo afastamento de Dilma Rousseff, ao contrário de Marcelo Castro, que votou contra o impeachment da petista. Maia não responde a processos no STF, mas teve seu nome envolvido na Operação Lava Jato após aparecer em troca de mensagem de Léo Pinheiro, da OAS, pedindo doações. O deputado é alvo de um pedido de inquérito da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Já o diagnóstico de enfraquecimento do favoritismo do segundo colocado Rosso se deve essencialmente à pulverização de candidatos do maior bloco partidário na Câmara, que buscam no mandato-tampão nacos de influência para projetos pessoais de poder, ainda que todos sejam da base de sustentação do governo provisório de Michel Temer.  Para além do amplo racha entre partidos alinhados a Temer, os indícios de desidratação da candidatura de Rosso são creditados também às revelações feitas por VEJA de que duas testemunhas assistiram ao vídeo em que o deputado aparece recebendo propina do ex-secretário do governo do Distrito Federal Durval Barbosa, delator da Operação Caixa de Pandora e responsável pelo escândalo do mensalão do DEM no DF. Na festa de aniversário do ministro da Educação Mendonça Filho (DEM) nesta terça-feira, um dos temores de apoiadores de Rosso era o de que o vídeo viesse à tona a qualquer momento e eles sofressem desgaste por ter apoiado um parlamentar que poderia ser confrontado com imagens em que embolsaria propina.

A vitória de Maia recoloca o DEM no comando da Câmara dos Deputados pela primeira vez em treze anos: o último nome do partido a comandar o posto foi Efraim de Moraes, entre 2002 e 2003. E representa uma vitória da articulação do Planalto – um cenário muito diferente do que se viu em fevereiro do ano passado, quando Eduardo Cunha derrotou o petista Arlindo Chinaglia (SP) com acachapantes 267 votos. O resto é história.

Fonte: Veja Redação

 

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Juiz manda intimar Dilma e Aragão sobre melar Lava Jato. Oposição recorre a STF e Janot contra Bolsa-Deputado



Veja resumo das frentes jurídicas contra a sujeira petista
A batalha jurídica da oposição contra Lula, Dilma Rousseff e o ministro da Justiça, Eugênio Aragão, têm várias frentes.

1) Uma delas já rende frutos: o juiz federal Augusto César Pansini Gonçalves, da 1ª Vara Federal de Curitiba, determinou abertura de ação “com urgência” contra Dilma e Aragão pela suposta (não para este blog) tentativa de interferir nas investigações da Operação Lava-Jato.
“Intimem-se e em seguida citem-se os réus”, escreveu Pansini em resposta à ação popular ajuizada pelo deputado Fernando Francischini (SDD-PR). Em seu despacho, o magistrado destaca as intimidações petistas contra o trabalho policial:
“Próceres do Partido dos Trabalhadores, especialmente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (investigado, ressalte-se, na Operação Lava-Jato), vinham fazendo seguidas críticas à atuação do antigo ministro da Justiça e atual Advogado Geral da União, José Eduardo Cardozo, alegando que ele não controlava a atuação da Polícia Federal, intimidações que, aliás, precipitaram a sua saída do Ministério da Justiça”.
Pansini afirmou ainda que a fala de Aragão quando assumiu o cargo, de que promoveria uma remoção nos quadros da PF caso sentisse “cheiro de vazamento”, serviria para deter investigações: “Nessas circunstâncias, soa inadequado o pronunciamento de Eugênio Aragão. Sua fala sugere, prima facie, que a troca de comando na PF não terá a finalidade de punir servidores faltosos, mas a de manietar a Operação Lava-Jato”.
É exatamente esta a intenção, senhor juiz. Parabéns por mostrar a eles que a Justiça está de olho.

2) O DEM recorreu ao STF para impedir o governo de liberar dinheiro em forma de emendas parlamentares em troca de votos contrários ao impeachment de Dilma e para anular a execução das emendas já liberadas com este propósito.
O senador Ronaldo Caiado – que, nesta semana, também representou contra Dilma na PGR por uso político do Palácio do Planalto -, acusa o governo de articular “negociatas políticas” em um “verdadeiro balcão de negócios” em busca de apoios para enterrar o processo; e afirma que, em plena crise econômica, foram liberados de forma seletiva 6,6 bilhões de reais em emendas individuais.
Isto, sim, é “vazamento seletivo”, querida.

3) Já o deputado Raul Jungmann, do PPS, está preparando uma representação contra Lula, segundo o Radar de VEJA.
O material será enviado ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e pedirá que um processo seja aberto contra o petista devido ao bunker montado num hotel em Brasília onde Lula tem negociado votos de deputados para evitar o impeachment de Dilma. O ex-presidente tem de ser enquadrado por desobediência à decisão judicial do STF de suspender sua posse como ministro, usurpação de função pública, além de seu velho conhecido tráfico de influência.

Que Lula compre parlamentares à luz do dia, enquanto o Supremo não toma a decisão definitiva em plenário sobre sua entrada ou não para o governo (que poderá nem mais existir), é uma das maiores vergonhas da história recente deste país.

Avante, oposição.

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