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sexta-feira, 30 de junho de 2023

Comunista com orgulho defende democracia relativa - Rodrigo Constantino

Gazeta do Povo   

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Lula não faz mais qualquer questão de manter aparências, de ficar dentro de um armário democrata para agradar seus companheiros tucanos que assinaram cartinha pela democracia contra Bolsonaro. O petista parece ter ligado o "dane-se" e resolveu expor o que qualquer pessoa minimamente atenta já sabe: ele, de democrata, não tem nada!

O presidente disse que os movimentos de esquerda “enfrentam” o discurso da direita de costume, família e patriotismo, ao mesmo tempo em que diz ter orgulho de ser chamado de comunista

 A declaração foi dada durante a abertura do 26º encontro do Foro de São Paulo, realizado em Brasília, com os movimentos de extrema esquerda da América Latina. “Aqui, no Brasil, enfrentamos o discurso do costume, da família e do patriotismo. Ou seja, enfrentamos o discurso que a gente aprendeu a historicamente combater”, disse durante o evento. Ainda durante o discurso, Lula elogiou o “companheiro Chávez”, em referência ao ditador venezuelano Hugo Chávez a quem diz ter uma admiração. “Fazia críticas pessoalmente e elogiava em público”, disse o presidente.

Essas falas ocorreram no dia seguinte em que Lula, numa entrevista, disse que não critica a "ditadura venezuelana" pois democracia é um conceito relativo, e a Venezuela de Maduro "faz mais eleição do que o Brasil". O editorial da Gazeta do Povo resumiu: "Esse tipo de apoio a ditaduras latino-americanas, que já seria um problema por si só, indica também que Lula as enxerga como modelo para o Brasil".

Lula nem tenta, portanto, parecer o Mandela pacifista que seus companheiros tucanos tentaram inventar. Ele rasgou a máscara bem diante de seus apoiadores envergonhados, que tentavam, no dia anterior, afirmar que o Foro de SP não é comunista.  
Lula sempre bajulou Fidel Castro, o maior tirano do continente, e foi com ele que fundou o Foro de SP para "resgatar na América Latina o que se perdeu no Leste Europeu", i.e., o comunismo.
 
Mas nossos militantes disfarçados de jornalistas fingem não saber de nada disso. Antes diziam que o Foro de SP sequer existia, que era paranoia de "reacionário" como Olavo de Carvalho. 
Hoje tentam mentir alegando se tratar de um espaço da esquerda para debates democratas. 
Aí vai lá o próprio Lula e esfrega a verdade em suas caras de pau!
 
Não é nada fácil a vida de militante que precisa defender um Lula democrata e pacifista
Essa patota demoniza quem fala em ameaça comunista no Brasil, mas o próprio Lula tem orgulho de ser chamado de comunista, ataca família e patriotismo, e relativiza o conceito da democracia, para defender o modelo ditatorial venezuelano, que persegue e tortura dissidentes críticos.
 
O Brasil vai de vento em popa! Parabéns aos envolvidos, aos "democratas" tucanos que assinaram aquela carta patética para ajudar na "volta do ladrão à cena do crime", como diria Alckmin. 
O modelo autoritário avança em nosso país, e todos aqueles que fizeram o L são cúmplices.
 Afinal, nada do que Lula disse essa semana é novidade, para quem não estava hibernando nas últimas décadas...

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 


terça-feira, 18 de abril de 2023

O triunfo do BEM - Revista Oeste

Ana Paula Henkel

Para a sua Páscoa e de sua família, desejo um sopro de coragem vindo não apenas de um líder religioso, mas um líder humano nato, forjado na luta contra o verdadeiro e cruel mal da humanidade

                                          Papa São João Paulo II

A essa altura, todos já devem ter visto ou lido as lamentáveis declarações do papa Francisco sobre Lula e Dilma. Se você ainda não viu, mesmo não sendo católico, como eu, tome um antiácido para ler o próximo parágrafo.

Numa entrevista para o canal de notícias argentino C5N, o papa Francisco sugeriu que o ex-presidiário Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado sem provas, apenas com indícios e sob uma Justiça que “não é justa”. De acordo com o pontífice, o pobre coitado do descondenado pelo STF, a mais alta Corte da Justiça brasileira, foi vítima de injustiça.

De acordo com o papa, o político mais corrupto de nossa história foi vítima de lawfare — termo muito usado pelos norte-americanos e que se refere ao uso indevido do sistema legal e das leis para fins políticos ou de perseguição pessoal. Tudo isso, segundo Francisco, com uma “ajuda” dos meios de comunicação — ou seja, a imprensa que noticiava o rumo das investigações e prisões da Lava Jato também perseguiu o amigo de Daniel Ortega o ditador da Nicarágua, amigo do coitado e perseguido Lula, que persegue cristãos. Não, Francisco não tocou nesse assunto.

Mas Francisco ainda falou sobre Dilma Rousseff. E não poupou elogios à ex-presidente: “Falando ainda do Brasil, o que aconteceu com Dilma Rousseff? Uma mulher de mãos limpas. Excelente mulher”, afirmou o pontífice logo depois de o jornalista argentino ter dito que “tiraram Dilma por um ato administrativo menor”. Bergoglio disse que Lula e Dilma são “inocentes condenados” e completou que o papa e os políticos têm a missão de desmascarar uma Justiça “que não é justa”. [como católicos e cumprindo o DEVER de divulgar a VERDADE, sugerimos a leitura da matéria:

  O Papa erra? Bispo explica dogma da infalibilidade papal

que explica com clareza, conhecimento, isenção e responsabilidade a diferença entre a INFALIBILIDADE PAPAL quando fala ex-cathedra e quando fala como cidadão emitindo uma OPINIÃO.  

Oportuno ter em conta que toda a matéria, deve ser lida, analisada, como uma OPINIÃO de um cidadão, portanto, passível de falhas.  Saiba mais, clicando aqui.]

Mas isso, por incrível que pareça, não foi a única bobagem dita por Francisco. O papa afirmou que se preocupa com o avanço da “ultradireita” no mundo e usou um versículo bíblico para justificar seu posicionamento social atrelado ao comunismo. Interpelado sobre qual o “antídoto” para combater a chamada ultradireita, Francisco defendeu a “justiça social”, termo usado apenas pela ultraesquerda no mundo. “Não há outro (antídoto)”, argumentou o papa. “Se você quiser discutir com um político ou com um pensador da ultradireita, fale sobre justiça social.”

A oposição de João Paulo II ao totalitarismo surgiu de sua devoção à ideia dos direitos humanos dados por Deus

O papa é constantemente bombardeado com críticas e questionamentos sobre seus posicionamentos para lá de políticos, e de sua constante sinalização com a agenda da esquerda radical e do globalismo. Quando questionado se ele é comunista, Francisco tergiversou e utilizou a passagem bíblica de Mateus 25 para justificar seu posicionamento: “Padre, você é comunista? Minha carta de identidade é Mateus 25”, disse. “Leia Mateus 25 e veja se quem escreveu não era comunista. Tive fome e me deste de comer, tive sede e me deste de beber, estive nu e me vestisse. Essa é a regra de conduta. Comunista? Comunista!”

Diante dos absurdos profanados pelo líder oficial atual da Igreja Católica, não apenas os fiéis da igreja, mas cristãos como um todo derramaram críticas na internet sobre tais declarações. Alguns católicos, que, assim como outros seguidores de outras doutrinas, adoram usar a religião para sinalizar virtude, saíram em defesa do pontífice e fecharam os olhos para o perigoso caminho tomado por Francisco. Muitos, usando a mesma bobagem que a esquerda usa para balizar qualquer discussão e manter as opiniões dissidentes fora do debate, trouxeram a carta do “lugar de fala” — se você não e católico, feche a boca.

Bem, aqui não. Aqui, não apenas não fecharemos os olhos para qualquer declaração absurda a favor de comunistas, como também temos o tal “lugar de fala”. Sou batizada, catequizada e crismada na Igreja Católica, religião que sigo desde o meu nascimento

Vou à missa todos os domingos, rezo o meu terço todo santo dia (embora não tenha a necessidade de lotar minhas redes sociais com fotos de um assunto tão privado), e meu filho, 22 anos, será crismado no Domingo de Páscoa, depois de dez meses de intensos estudos. É “lugar de fala” que querem para criticar o papa? Check.

Dito isso, seguirei com as minhas críticas ao pontífice, principalmente pela razão que sempre foi destacada pelo nosso verdadeiro líder espiritual na terra, o papa São João Paulo II, de que os pilares da justiça e da honestidade na Igreja Católica seriam sustentados pelos fiéis vigilantes, que, estando alertas, lutariam contra qualquer tribulação.

Há pontos tão incômodos, eu diria até estarrecedores, no caminho de Francisco como papa que deixam até os católicos fervorosos mais apreensivos. O fato de ver sua defesa a membros de um partido que é uma quadrilha e a um corrupto condenado “com provas sobradas” (palavras do desembargador Gebran Neto — apontado ao TRF-4 pela administração petista — na chancela da condenação de Lula) não é o que mais choca, acreditem. O absurdo maior na fala de Francisco reside no fato de que esse partido, seus membros e seu líder estão enlaçados em páginas e mais páginas de relações íntimas com comunistas pelo mundo. Essa associação não pode ser colocada fora da equação quando criticamos essa entrevista e outros indícios de que Francisco se mostra um agente político de uma agenda que vai completamente contra os preceitos da Igreja Católica, e do próprio legado de João Paulo II, que, entre imensos trabalhos importantes para nós, católicos, lutou até seu último dia de vida contra regimes totalitários e, principalmente, o comunismo.

E a vida tem umas coincidências estranhas, não é mesmo… Pouco tempo depois de fecharmos nossa trilogia sobre o comunismo e na mesma semana em que lemos essas aberrações vindas daquele que deveria zelar por sua igreja, pela verdade e por seus fiéis, passamos por mais um 2 de abril, data da morte de João Paulo II.

Foi em 2 de abril de 2005 que os católicos perderam seu mais importante e significativo líder, o hoje santo papa João Paulo II. Os católicos amam João Paulo II por sua santidade, como demonstrado, entre outras formas, por seu evangelismo pregado na premissa do amor ao próximo. Karol Wojtyla, seu nome de batismo, viu e viveu o comunismo e o nazismo de perto em sua querida Polônia

Em tempos estranhos, quando um papa defende políticos que estão há décadas emaranhados com ditadores e comunistas pelo mundo, em tempos desconfortáveis quando um papa diz que Joe Biden, o presidente “católico” que defende o aborto na maior nação do mundo, “é um homem bom”, recorremos à sua força, João Paulo II, para seguir lutando pela nossa Igreja e seu legado de liberdade deixado no mundo.

Para muitos historiadores, nenhuma das realizações do falecido papa parece maior do que seu papel no final da Guerra Fria e na queda do comunismo soviético. A oposição de João Paulo II ao totalitarismo surgiu de sua devoção à ideia dos direitos humanos dados por Deus.

O legado de João de Deus, como era carinhosamente chamado pelos cristãos brasileiros, não foi deixado apenas para aqueles que vivem na fé católica, mas todos aqueles que entendem o real significado da palavra liberdade. Há muitas evidências nas ações desse homem fantástico, respeitado por pessoas de todas as religiões, inclusive, agnósticos, de que o mundo em que vivemos hoje talvez não seria tão livre e próspero se não fosse por muitas de suas obras com seus aliados Ronald Reagan e Margaret Thatcher.

Ronald Reagan, João Paulo II e Margaret Thatcher tinham a verdadeira perspectiva histórica e defendiam os temas que estão na civilização ocidental desde os tempos greco-romanos e mesmo bíblicos. Eles entenderam que a liberdade não é o estado natural nem normal da sociedade, mas algo que é estabelecido por meio de um contrato social em que seus valores fundamentais devem ser reforçados e, quando necessário, defendidos contra as forças do estatismo, como o da União Soviética e seus fantasmas ao longo dos anos, e as forças do mal, como o comunismo.

John Lewis Gaddis, professor de História Militar da Universidade de Yale, uma vez escreveu que, quando João Paulo II beijou o chão no Aeroporto de Varsóvia, em 2 de junho de 1979, em sua primeira viagem como papa, ele iniciou o processo pelo qual o comunismo na Polônia — e finalmente em todos os lugares — chegaria ao fim.

O professor de Yale, que não é católico, mostra por que a sua perspectiva sobre a queda do comunismo começa naquele dia de junho. Um milhão de poloneses se reuniram dentro e ao redor da Praça da Vitória, em Varsóvia, para uma missa pública — impensável na Polônia comunista, exceto pelo fato de que ela não pôde ser negada a um papa polonês. Enquanto João Paulo pregava a verdadeira história da Polônia — a história de um povo formado por sua fé —, um canto rítmico ecoava pelas ruas até a praça: “Queremos Deus! Queremos Deus!”. Era a voz da Polônia, parte do bloco comunista, onde a guerra contra a religião da doutrina marxista-leninista imperava, gritando “Queremos Deus!” para todo o mundo ver e ouvir que a fé e a esperança não sucumbiriam ao comunismo, regime fortalecido quando o ateísmo se inicia.

Não hesito em dizer que, além de meus pais, a pessoa que mais influenciou minha vida foi o papa João Paulo II. Ele foi o papa com quem cresci, e, portanto, olhei para ele como um pai espiritual durante minha adolescência, início da idade adulta e agora. Há tantos motivos para agradecer a Deus por este homem, e tantos motivos pelos quais busquei inspiração nele em tantas ocasiões da minha vida. Admirei sua coragem, seu espírito de missão, sua defesa intransigente da dignidade da pessoa humana, seu amor pelos jovens, seu trabalho pela paz e sua contribuição para a queda do comunismo no Leste Europeu.

É impossível colocar em apenas um artigo os muitos ensinamentos do Santo Papa, seja em entrevistas, discursos, missas ou mesmo em suas encíclicas, tão bem fundamentadas e ao mesmo tempo acessíveis aos fiéis. Chegue ali na internet e procure por “Fé e Razão”, você irá se surpreender com a profundidade com que as palavras de João Paulo II chegam até sua alma, seja você religioso ou não.

De muitos dos caminhos que podem ser tomados para conhecer o santo pontífice, talvez o fio de ouro que pode ser grandemente útil para todos nós nesse momento seja a virtude com que João Paulo II impregnava tudo o que ele representava: a esperança. O papa São João Paulo II foi e continua a ser, conforme identificado por seu principal biógrafo, George Weigel, uma “Testemunha da Esperança” (Witness of Hope).

Na Semana Santa, mais especificamente hoje, Sexta-Feira da Paixão, é preciso voltar àquilo que é foco de destruição daqueles que, de algum maneira, pregam a submissão através de postos de líderes, onde quer que estejam. É preciso beber na fonte da esperança de São João Paulo, fundamentada na convicção de que a vitória final pertence a Cristo, uma vitória que ele já conquistou na cruz. Era uma esperança fundada na promessa de Jesus na Última Ceia: “No mundo, tereis aflições, mas tende coragem, porque eu venci o mundo” (João 16:33).

João Paulo II viveu a perda de toda a sua família, o horror da Segunda Guerra Mundial, o comunismo, foi baleado e quase morto, teve um câncer no intestino, doença de Parkinson e muitas outras provações. No entanto, ele nunca perdeu a esperança.

Em uma entrevista publicada no final de sua vida, ele relembrou a crueldade dos regimes nazista e comunista em que viveu, descrevendo-os como “ideologias do mal” que surgiram por causa da rejeição de Deus como Criador e fonte determinante do que é parte do bem e do que é parte mal. No entanto, através de tudo isso, João Paulo olhou para trás neste período e falou sobre os limites que Deus impôs ao mal naquela época da história europeia. Esses limites foram impostos pelo bem divino, tornado visível por Cristo com sua vida, batalha heroica contra o pecado, morte e ressurreição vitoriosa. Para João Paulo II, este era o poder divino que havia entrado de vez na história e seria para sempre a fonte de esperança para aqueles que acreditam Nele. Com Cristo, explicou, o mal seria vencido e a esperança triunfaria em todos os lugares e circunstâncias.

Aqui estava a fonte inabalável da esperança de João Paulo como sacerdote, bispo, papa e um dos grandes líderes mundiais da história.

Hoje, precisamos de esperança. O mundo inteiro precisa de esperança. Há sinais preocupantes em nossas sociedades de que as pessoas estão perdendo a esperança e estão se entorpecendo com drogas, redes sociais e outros tantos vícios do atual mundo. Muitos estão caindo em desespero e, com frequência alarmante, morrendo por suicídio. Somos tentados a perder a esperança quando confrontados com os muitos desafios que enfrentamos hoje.

Então, o que podemos esperar? Qual pode ser a razão de nossa esperança? O mesmo foi para São João Paulo II: que Cristo já venceu todas as coisas e continua presente e ativo no mundo, mesmo em meio a todas as paixões, pandemias, ditadores, regimes totalitários e tensões sociais desta época. Seu amor vencerá todo mal, escuridão e desespero. E isso é um fato.

É o que João Paulo testemunhou durante toda a sua vida de cristão na esperança pascal e é o que testemunharemos — por mais que as circunstâncias mundanas nos mostrem outra coisa. Elas, por mais que sejam reais e doloridas aos nossos olhos, ainda são “apenas” mundanas. A força da oração, do pensamento baseado nesta esperança de João Paulo II de que um mal maior que permeia o mundo vai ser vencido, começa com “pequenas” esperanças cotidianas. Esperança para aqueles que perderam o emprego — que você consiga seu emprego de volta ou encontre outro que seja ainda melhor para você. Esperança para os idosos que se sentem solitários em uma sociedade moldada em valores que parecem não existir mais — que vocês ainda sejam amados e lembrados por todos nós. Esperança para jovens e estudantes neste tempo de incertezas, julgamentos e imediatismo — que vocês possam discernir, com fé e confiança, o projeto de Deus para suas vidas. Esperança para toda a família humana, que tomemos consciência, nesta Páscoa, de que estamos unidos pela morte e pela ressurreição de Cristo — em pequenos e grandiosos atos.

Como São João Paulo nos lembraria, Deus impôs limites ao mal.

Tive o privilégio de conhecer um ex-assessor de Ronald Reagan que teve a honra de encontrar o papa João Paulo II nos anos finais de sua vida. Ele me contou que, quando apertou as mãos que santificaram o trabalho quebrando pedras em uma pedreira nos arredores de Cracóvia, mãos que abençoaram o mundo por quase um quarto de século; que, quando ele ouviu a voz que inspirou milhões em todo o mundo a uma nova esperança; e que, principalmente, quando olhou nos olhos sorridentes de um homem que sobreviveu aos nazistas, ao comunismo, à bala de um assassino, e duas doenças graves, só conseguia pensar: “Se ele ainda tem esperança, que desculpa encontraremos para não ter qualquer tipo de esperança como ele?”.

Há mais de 30 anos o Muro de Berlim caiu, sinalizando o colapso mais amplo do comunismo na Europa Oriental. No entanto, poucos se lembram do evento crucial alguns meses antes, em junho de 1989, quando a Polônia finalmente realizou eleições livres e justas. Os comunistas não ganharam um único assento. E tudo começou com uma homilia de João Paulo II na Praça da Vitória, em Varsóvia, dez anos antes.

Os (poucos) fiéis que ainda tentam defender as declarações progressistas de Bergoglio e que insistem que o silêncio sobre as igrejas queimadas no Chile, a perseguição a cristãos no mundo, os campos de concentração de uigures na própria China, e tantos outros eventos sérios que não mereceram a palavra da Santidade, é um silêncio sábio e humilde, enquanto defendem as lamentáveis declarações de Francisco. Eles ainda não entenderam que o papa pop já não está mais entre nós, mas continua sendo o norte espiritual de milhões pelo mundo.

Para a sua Páscoa e de sua família, desejo um sopro de coragem vindo não apenas de um líder religioso, mas um líder humano nato, forjado na luta contra o verdadeiro e cruel mal da humanidade. Como João Paulo II sempre dizia: “NON ABBIATE PAURA” (não tenham medo). Cristo venceu o mal e a morte. E nós venceremos também.

Leia também “O mundo precisa de homens fortes”

Ana Paula Henkel, colunista - Revista Oeste

 

 

O aparelhamento da Educação e a criminalidade - Percival Puggina

         O fenômeno aqui descrito é gravíssima causa de múltiplas tragédias humanas e sociais. Não me refiro apenas aos educadores, embora o que digo inclua muitos deles. Refiro-me ao que acontece no sistema como um todo.  
São nefastas a cultura pedagógica, a visão de Economia e a interpretação da História, a posição ideológica, filosófica, sociológica e pedagógica dominantes. Geram miséria. O livro “Pedagogia do Oprimido” cria oprimidos por opção e sua ideologia, hoje oficialmente conduzindo a nação, estimula a tolerância e as causas dos crimes contra o patrimônio e a vida. Basta ouvi-los.

Dezenas de milhões de brasileiros não percebem isso porque é um tipo de informação que não recebem. No entanto, o fenômeno vai se tornando crescente e as consequências se ampliam quando entramos no mundo acadêmico e nos espaços do poder. Nesses ambientes, ouvimos ao longo de tantas décadas que “prender não resolve”, que o “criminoso é a vítima e a sociedade é a culpada”, que “o sistema penal é vingativo”, que “é preciso legalizar as drogas”, que “família já era”, que “é proibido proibir” e blá blá blá.  Inevitavelmente a criminalidade ganha extensão quando a má lição vem de baixo e o mau exemplo vem de cima.[afinal temos um ex-presidiário na presidência da República - prova incontestável que no Brasil o crime compensa.]

De modo simultâneo, poderosa máquina publicitária trabalha para deslegitimar a função orientadora da Igreja e das famílias, transferindo a formação de crianças e jovens para si mesma e para o aparelho do Estado, já infiltrado, capturado e manipulado pelos agentes da guerra cultural. Grosseiro caldo em que se multiplicam a criminalidade e o número de seus dependentes. 

Há os dependentes químicos. Por vezes, é dito que são um fato novo na cena social, agravando a criminalidade. Errado. As drogas sempre existiram. Seus dependentes cresceram em número quando a sociedade perdeu suas referências. Eles são o numeroso grupo daqueles de quem tudo foi tomado ou que de tudo se extraviaram: conhecimento, família, limites, possibilidade de trabalho honrado, futuro e esperança.

Há os dependentes econômicos do grande criminal business. Quando a atividade criminosa é de baixíssimo risco, conta com simpatia social, chega a ser glamourizada, desfila nas passarelas, ganha manchetes e proporciona mandatos eletivos, é evidente que mais e mais atores se instalem nessa nova e multiforme “Hollywood” de celebridades.

Há, os dependentes ideológicos. Compraram a utopia pelo preço de capa e apostaram nela o futuro de uma nação. Onde depositam suas apostas políticas, criam em vida um inferno de Dante, sem porta de saída e sem poesia
A estes eu interrogo, perguntando como percebem sua cumplicidade com as consequências de suas ações e omissões, do que ensinam e do que deixam de ensinar, do que protegem e do que deixam à própria sorte?

Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

 

segunda-feira, 27 de março de 2023

Em 107 minutos Lula provou que não está à altura do cargo - Deltan Dallagnol

Gazeta do Povo - VOZES  

Existem numerosas fábulas que contam histórias sobre a importância de dizer a verdade. Uma delas é a do menino que pastoreava ovelhas e mentia que havia um lobo. Ele gritava por ajuda falsamente
Quando ele realmente precisou de ajuda, ninguém veio em seu auxílio. Acabou sendo devorado por um lobo e expondo as suas ovelhas a um verdadeiro perigo.  
Lula mente, mas vive numa realidade um pouco diferente, um “multiverso da loucura” na expressão usada por Sergio Moro. E muita gente o acompanha nessa realidade paralela. 
Mesmo quando Lula mente e engana, é idolatrado e aplaudido por muitos na esquerda, [tão estúpidos,  idiotas, ignorantes e imbecis quanto o 'pinóquio' do Planalto apedeuta] ainda que suas mentiras exponham a sociedade ao perigo de lobos reais.
 
[Leiam e, por favor, respondam: depois de um esculacho desse,só com VERDADES, sobrou alguma coisa do ex-presidiário?]

Ontem, Lula riu do plano do PCC para matar a família de Sergio Moro. Afirmou ser uma “armação de Moro”. Com isso, chama de mentiroso seu próprio ministro da Justiça, os presidentes da Câmara e Senado, a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, o GAECO de São Paulo e a Justiça, que afirmam de forma unânime existirem provas do plano para matar Moro e o promotor Lincoln Gakiya. Ao mesmo tempo, Lula negou os investimentos de R$ 5 milhões pelo PCC no plano de assassinato, os imóveis alugados para monitorar a família, os carros e o dinheiro apreendido e o mapeamento da rotina dos filhos e dos postos de gasolina usados para abastecer os carros. Como na Lava Jato, Lula nega as provas e constrói uma teoria da conspiração.

A atitude de Lula enfraquece a importante comoção e resposta da sociedade contra o crime organizado para proteger as famílias ameaçadas.

Lula se coloca ao lado do PCC, que se torna vítima de uma armação, e contra os agentes da lei ameaçados. Como o garoto pastor, Lula mente. Contudo, Lula faz o contrário: grita que não há lobo por meio do seu megafone presencial, mas aqui o lobo é de verdade. O efeito é perigoso. Ele desmobiliza a reação social e moral contra o crime organizado. 
Como presidente, ele é a personalização máxima das instituições e sua atitude enfraquece a importante comoção e resposta da sociedade contra o crime organizado para proteger as famílias ameaçadas. É um falso pastor, que abandona as ovelhas aos lobos, violando a dignidade e o decoro do cargo e traindo seus deveres de proteção dos brasileiros.
 
O propósito da mentira é claro. Um grupo de jornalistas entrevistou Lula pelo blog 247, nesta mesma semana, aceitando suas mentiras e elogiando fatos inexistentes. Nessa entrevista, Lula revelou que, na prisão, afirmava: “Só vou ficar bem quando ‘f0der’ esse Moro”. 
A verdade é que Sergio Moro confrontou duas perigosas organizações criminosas: o PCC e o sistema corrupto de Brasília.  
A reação do crime organizado das ruas e dos palácios vem com suas próprias armas. O PCC reage com fuzis e pistolas
Os corruptos palacianos reagem com o poder da caneta, da articulação política e das instituições.

Essa entrevista de Lula é assustadora, não só pelas mentiras, mas porque as ilusões que cria são repercutidas como se fossem reais.

Esse posicionamento de Lula revela um desejo claro de vingança em relação à Operação Lava Jato e aos que combatem a corrupção como um todo. 
Ele parece estar obcecado com a ideia de se vingar daqueles que o impediram de morar em um triplex de luxo. 
 Não é à toa que os agentes da lei que trabalharam na Lava Jato vêm sendo atacados de todos os lados. 
Enquanto Cabral fica solto, Bretas é punido pelo Conselho Nacional de Justiça e o procurador El Hage, pelo Conselho Nacional do Ministério Público, sem que nada consistente tenha sido provado contra eles. 
O Tribunal de Contas da União avançou contra procuradores da Lava Jato, numa investida que a Justiça Federal afirmou estar recheada de “manifestas e evidentes ilegalidades”, destacando ainda a existência de indícios de “quebra de impessoalidade” – leia-se, perseguição. Quem capitaneou a investida é o mesmo ministro Bruno Dantas que agora pretende ser nomeado ministro do STF por Lula.
 
Essa entrevista de Lula ao blog é assustadora, não só pelas mentiras de Lula, mas porque as ilusões que cria são repercutidas pelos jornalistas blogueiros como se fossem reais
Um dos pontos mais chocantes foi exatamente este: a revelação do projeto de vingança de Lula, juntamente com seus absurdos insultos a Moro. A cena de um presidente da República proferindo tamanha violência verbal a um senador é um sinal alarmante do quão grave é o atual período político no Brasil. 
Em tempos de polarização política e desinformação, é preocupante observar como Lula atacou Moro, criando um ambiente favorável para crimes de ódio na mesma semana em que um petista matou um bolsonarista após uma briga em Mato Grosso.
 
Contudo, as mentiras de Lula vão muito além disso e são endossadas por seus apoiadores. Em contraste com a fábula em que o menino que mentia muito é punido pela sua desonestidade, Lula é idolatrado mesmo quando mente, engana e suas falsas narrativas colocam em risco a vida de terceiros
Infelizmente, o espaço limitado deste artigo não é suficiente para abordar todas as mentiras e hipocrisias proferidas por Lula durante sua entrevista de apenas 107 minutos com esse grupo de blogueiros. Páginas e mais páginas de crítica poderiam ser escritas para desmenti-lo e apontar suas próprias contradições.
Uma afirmação de Lula, por exemplo, beirou um incidente diplomático ao atacar a maior potência mundial: ele afirmou que a imprensa e a Lava Jato agiram contra ele, na Lava Jato, por influência do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.  
 
Segundo Lula, o governo americano agiu assim porque a Odebrecht ganhou uma licitação em Miami. Essa declaração descaradamente mentirosa levanta suspeitas infundadas sobre as instituições de um país estrangeiro – o segundo com o qual o Brasil mais tem relações comerciais.[sobre conduta de mandatário estrangeiro que foi anfitrião do casal Lula, não há suspeitas infundadas - só pensam assim os que são, ... natos.] Tudo isso apenas para tentar apagar os seus crimes e os de seus aliados, que foram apontados em condenações e confessados por vários deles, como Antonio Palocci e Sergio Cabral.

A Lava Jato tirou a oportunidade de que o programa "meu triplex, minha propina" fosse ampliado em todo o país.

Outro ponto interessante da entrevista é sobre como a Lava Jato atrapalhou as empresas brasileiras de engenharia. Eu assumo a responsabilidade por isto: a Lava Jato realmente atrapalhou a corrupção das empresas de engenharia com os políticos – inclusive com ele, segundo a condenação de Lula proferida por três tribunais que examinaram o mérito do seu caso, antes de ser anulada pelo STF por razões formais.  
 
Com nosso trabalho, impedimos desvios de verbas e corrupção bilionária em licitações de várias construtoras brasileiras que conjuntamente com políticos assaltaram os cofres públicos. 
Ao expor sua corrupção, a Lava Jato impactou sim o valor de mercado dessas empreiteiras, campeãs nacionais da corrupção. 
Além disso, a operação dificultou que elas realizassem obras em países sérios enquanto não fizessem um acordo para devolver o dinheiro roubado e não se comprometessem com a honestidade em seus negócios. E, assim agindo, a Lava Jato simplesmente fez valer a lei.

É bom ressaltar que enquanto Lula pede e dá segundas chances aos criminosos, viajando com Joesley Batista para a China e aplaudindo o multicondenado José Dirceu na cerimônia de aniversário do PT, ele condena os agentes da lei que descobriram seus crimes. Se tivéssemos ignorado a corrupção, a Odebrecht cresceria, roubaria mais e conseguiria construir mais triplex.

 A Lava Jato certamente tirou a oportunidade de que o programa "meu triplex, minha propina" fosse ampliado em todo o país pela organização criminosa que tomou conta do governo no Brasil.

Além de atacar homens e mulheres da lei que incomodaram ao prender corruptos como nunca, Lula pretende culpar outros por sua má decisão de governança.

Além disso, Lula ocultou o fato de que a depressão econômica e das empresas foi causada pela política econômica desastrosa do PT, que no final do governo Dilma conduziu o Brasil à maior crise econômica da história. 
Entre 2015 e 2016, o PIB caiu 7,56% – a pior queda desde que o número começou a ser medido pelo IBGE em 1948.  
Em quase 70 anos, não havíamos tido dois resultados negativos anuais. Até mesmo na pandemia, tomados os anos de 2020 e 2021, o saldo do PIB foi positivocaiu 3,9% em 2020, mas avançou 4,6% em 2021. Um estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro apontou que Dilma teve o terceiro pior PIB em 127 anos e atribuiu 90% da culpa disso à inépcia do seu governo. A diretriz do seu governo, segundo o professor responsável pelo estudo, Reinaldo Gonçalves, foi “errar, errar de novo, errar pior”. Contudo, para Lula, a culpa é da Lava Jato.
 
Lula se vangloriou ainda, na entrevista, de ter iniciado a construção de 12 estádios enquanto era presidente da República. No entanto, é preciso ressaltar a péssima decisão de investir em algo desnecessário em detrimento de questões urgentes do país.  
A Copa do Mundo foi um gasto que resultou em corrupção equivalente à vergonhosa derrota de 7 a 1 e em prejuízos aos cofres públicos. 
É irônico que Lula, que proibiu falar sobre gastos com educação no início da entrevista, tenha deixado cortes nos investimentos de educação enquanto construía estádios. No mundo ideal da esquerda que fica babando durante a entrevista, esse é um tópico jamais mencionado.

As palavras de um presidente têm consequências: fomentam o ódio, enfraquecem a governança, expõem os agentes da lei e a sociedade a riscos.

Não satisfeito em culpar a Lava Jato por todos os males do país, Lula agora afirma que não seguirá a lista tríplice para indicar o procurador-geral da República, porque os promotores eram "moleques". Isso é um absurdo. Os “moleques” atacados conseguiram recuperar 25 bilhões de reais aos cofres públicos brasileiros que estavam com corruptos, algo nunca antes feito na história desse país. 
Além de atacar homens e mulheres da lei que incomodaram ao prender corruptos como nunca, Lula pretende culpar outros por sua má decisão de governança da mesma forma como quer culpar a Lava Jato pelos males do país, transferindo uma responsabilidade que é dele e unicamente dele. Foi ele quem criticou Bolsonaro por não seguir a lista tríplice, quando a Lava Jato já havia acontecido. Nada mudou. O que ele faz agora é renegar uma promessa que fez, mostrando que não cumpre sua palavra.
 
Outra afirmação interessante de Lula na entrevista é que todos os envolvidos nos crimes do dia 8 de janeiro serão punidos, mas como podemos ter certeza disso se ele próprio busca impedir a instauração da CPI? 
 Pairam no ar acusações de que teriam prometido 60 milhões de reais para deputados que retirassem suas assinaturas. 
É no mínimo hipócrita criticar a falta de investigação mais profunda sobre os culpados se ele próprio tenta impedir que isso aconteça – e, segundo acusações feitas, por meios que não seriam nem republicanos.

Lula não está à altura do cargo que ocupa. E quem diz isso é a lei, que estabelece que é crime de responsabilidade proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo.

Na entrevista, Lula também criticou o atual presidente do Banco Central, Campos Neto, indicado por Bolsonaro, por manter os juros altos. No entanto, é curioso que ele próprio, Lula, tenha aprovado e aceitado a mesma política quando Henrique Meirelles era o presidente do Banco Central durante o seu governo. Meirelles, aliás, apoia e elogia a decisão de Campos Neto. 
Por que, então, Lula ataca tanto uma política que ele próprio usou no passado? 
É importante lembrar que a questão dos juros é sensível e pode ser facilmente usada para assustar a população. Como o Banco Central é independente agora, Lula gera suspeitas sobre a economia sugerindo que ela não está crescendo como deveria por causa dos juros altos.
 
Como um menino que grita “lobo” e aponta para um inocente, Lula insinua que o Banco Central é composto por inimigos do povo. Tudo isso é uma estratégia política irresponsável para buscar apoio para revogar a independência do Banco Central, a qual é essencial para sua boa governança. 
A autonomia do banco o torna mais técnico e menos suscetível a interferência política. 
Além disso, Lula cria antecipadamente um bode expiatório para possíveis falhas econômicas ou insucessos de seu ministro da Fazenda, um político sem as competências exigidas para o cargo que até mesmo o PT tem criticado.

Ao se aproximar do final da entrevista, Lula surpreendeu ao afirmar que, para ser um bom presidente, é preciso ter sorte. A sorte de Lula parece ser nosso constante azar, pois vivemos em um país marcado pela injustiça e impunidade, governados por um condenado por corrupção, sem a sorte de ter nossos problemas resolvidos por governantes que destilam ódio para além de suas promessas vazias.

Falando em promessas vazias, uma outra promessa feita por Lula nesta mesma entrevista me chamou a atenção: a de que ele irá trabalhar pela paz mundial. Diante de um cenário de conflitos e tensões internacionais cada vez mais preocupantes, é reconfortante ouvir um líder político se comprometer com uma causa tão nobre e urgente. [concordamos que reconforta  um líder politico se comprometer com a paz mundial - um líder político, ressalte-se, que Lula NÃO É, NUNCA FOI e NUNCA SERÁ líder  político ou de qualquer coisa que produza algo de útil.] 
Resta saber como alguém que não tem nem conseguido a paz entre Senado e Câmara dos Deputados irá conseguir entre a Ucrânia e a Rússia. Os jornalistas acharam provável que consiga, afinal, no multiverso da loucura, nunca antes na história desse país Lula mentiu.
 
O problema dessas ilusões é que não são inofensivas. Diferentemente do menino pastor que mentia e sofreu ele mesmo as consequências, Lula coloca a sociedade em risco com as suas mentiras
As palavras de um presidente têm consequências: fomentam o ódio, enfraquecem a governança, criam problemas nas relações internacionais e expõem os agentes da lei e a sociedade a riscos de segurança.  
De fato, para ficar só neste último ponto, se os agentes da lei não forem protegidos quando combaterem o crime organizado, ninguém mais ousará enfrentá-lo no futuro. As falas do presidente fazem vítimas. Lula não está à altura do cargo que ocupa. 
E quem diz isso é a lei, que estabelece que é crime de responsabilidade proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo. Lula precisa ser chamado à responsabilidade.
 
 Deltan Dallagnol, colunista  - Gazeta do Povo - VOZES