Gazeta do Povo
Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.
Pensei comigo: puxa, bom dia Brasil! O escárnio é mesmo total: Deltan Dallagnol tem seu mandato cassado pelo TSE (missão dada, missão cumprida), no que até Globo e Foice consideram interpretação elástica da lei, e um dos maiores ladrões de todos os tempos da política nacional (mercado bem disputado) estava lá, livre, leve (ou mais leve) e solto.
Em seguida, vem essa notícia: Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) retomam nesta quinta (18) o julgamento da ação penal que investiga o envolvimento do ex-senador Fernando Collor de Mello na assinatura de contratos irregulares com a BR Distribuidora, entre os anos de 2010 e 2014.
Edson Fachin disse, no voto, que está devidamente comprovada a lavagem de capitais por Collor mediante a realização de 42 depósitos em contas correntes do ex-senador e 65 em contas de empresas por ele controladas, para burlar os mecanismos de fiscalização das autoridades financeiras. Além de Fachin, o ministro Alexandre de Moraes, revisor da ação penal, também votou a favor da condenação.
Gilmar, Gilmar... aquele que afirmou que o PT criou uma cleptocracia no país, mas que depois foi o grande arquiteto da volta do ladrão à cena do crime, como diria Alckmin. Primeiro com seu voto pela revogação da prisão em segunda instância, depois com a inestimável ajuda da VazaJato, que lhe permitiu chamar a República de Curitiba de quadrilha e germe do fascismo.
É como constatou Leandro Ruschel: "Vão condenar o Collor pelo 'crime' mais grave da sua vida: ter apoiado Bolsonaro". Isso a turma do andar de cima não perdoa mesmo. Se o Collor ao menos tivesse apenas ficado só na velha e conhecida corrupção...
Todos são livres para discordar de mim, mas tomei uma decisão que não traz de volta nem minha liberdade de expressão, nem minha conta bancária, mas certamente evita estresse extra: não levo o Brasil a sério. Quem leva está fadado a sofrer muita, mas muita decepção. Eu encaro a coisa toda como um grande circo, uma enorme piada, ainda que bem sem graça.
Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES