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domingo, 12 de junho de 2016

“Bom, barato, belo. E inútil” e outras sete notas de Carlos Brickmann

As obras públicas mostram que trabalhar direito por aqui sempre foi difícil. O problema? Acertar o troco, sem pixulecos, sem ladroeira


O estádio mais caro da Copa, o Mané Garrincha, de Brasília, foi declarado pela Justiça incapaz de receber jogos de futebol. [estádio para a Copa 2014, a Copa da Vergonha, a Copa dos Alemanha  7 x Brasil,  1, construido na gestão do governador petista Agnelo Queiroz.] Corinthians e Palmeiras jogam lá, agora, por falta de tempo de remarcar a partida. A lindíssima ciclovia à beira-mar, no Rio, seria perfeita se pudesse ficar à beira-mar. O aquário do Pantanal, iniciado em 2011, deveria ser inaugurado em 2013. Não foi: até agora só serviu para matar peixes. Na bela reforma do porto do Rio, para as Olimpíadas que começam daqui a dois meses, sumiram seis vigas de aço de 20 toneladas cada uma. Como? De que jeito?

Mas o melhor exemplo de desperdício do dinheiro público é o novo bonde fluminense. Ficou pronto tarde demais, entra em serviço sem testes. Testes de tecnologia do bonde? Sim: o bonde se chama “veículo leve sobre trilhos”, VLT, e portanto não é um bonde, embora seja um bonde, inspiradíssimo nos bondes que, do início do século 20 até mais ou menos 1970, prestaram excelentes serviços de transporte por bonde.

É difícil. Mas trabalhar direito por aqui sempre foi difícil: Luiz Gonzaga e Miguel Lima brincaram num divertido forró com nossa dificuldade em fazer contas: “Sou diplomata, frequentei academia, conheço geografia, sei até multiplicar (…)” Qual o problema? Acertar o troco, sem pixulecos, sem ladroeira. Como hoje. Divirta-se com Luiz Gonzaga.

Lucros e perdas
O governo federal calculou o custo dos Jogos Olímpicos em R$ 28 bilhões (só dinheiro público, sem contar iniciativa privada, se houver). Os gastos públicos já alcançaram R$ 39,2 bilhões. Na Copa, gastou-se menos: R$ 27,1 bilhões. Mas ainda sairá mais dinheiro: a estrutura da cobertura, 225 toneladas espalhadas por 1.809 m², ainda não chegou da Espanha. E vai custar caro transportá-la até Campo Grande e remontá-la todinha.

Briga da boa
Quando Marcelo Odebrecht nasceu, Delfim Netto já tinha sido secretário da Fazenda do Estado de São Paulo, comandante com plenos poderes da economia nacional, ministro do Planejamento, Agricultura e Fazenda, embaixador na França. Sabe mais sobre política e política econômica do que qualquer outra pessoa. Sabe muito sobre política nuclear brasileira. E sabe muito sobre muitos políticos, de todos os partidos. Ao intimá-lo para depor em Curitiba, a delegada da PF Renata da Silva Rodrigues pode estar abrindo novas e pesadas frentes de trabalho. Quer investigar R$ 240 mil recebidos por ele da Odebrecht? Então, tá.

A energia de Delfim
Curitiba? Para quem respondeu a comissões militares de inquérito e enfrentou o Relatório Saraiva, documento hostil em que um coronel da ativa o acusava de ter recebido US$ 6 milhões de propina de financiadores de usinas hidrelétricas, Curitiba não deve causar muitas preocupação.

Pequena, mas espaçosa
Diálogo do governador mineiro Fernando Pimentel, PT, pressionado por investigações, com sua filha:Ela disse: ‘Pai, você foi militante político desde a juventude. Foi pro mundo político. Depois se engajou na militância partidária. Foi prefeito, ministro, agora é governador. Tantas coisas agora neste momento, maldades, acusações. Será que vale a pena?’ Me lembrei daquele verso de Fernando Pessoa: ‘tudo vale a pena quando a alma não é pequena’ ”. Pois é. Mas nunca é pequena a energia para buscar recursos que, naturalmente, serão destinados com generosidade, alegria e boa-vontade a quem deles estiver mais necessitado.

Como diz o provérbio
Esposas de Eduardo Cunha e de João Santana, ambas enfrentando processos, têm características em comum: gastos pessoais altos, cartões de crédito bem fornecidos, facilidade de estabelecer novos contatos, disposição para enfrentar problemas delicados, até mesmo os que lhes são impostos pelo Judiciário e parecem intransponíveis. São mulheres especiais, que atraem políticos poderosos. A razão é simples, considerando-se as pessoas citadas: como diz o provérbio, duas cabeças pensam melhor do que uma.

Voa, Dilma!
Dilma está sem jatinho? Não faz mal: alguém lhe alugou um para que fosse conversar com aliados, em Campinas. E por que não viajou em avião comercial? Porque não pode, uai. Jatinho é o único veículo (fora aquele outro que todos os piadistas vão citar) que lhe permite voar sem ser vaiada.

Dia de folga
São João cai numa sexta, 24 de junho. Boa parte dos tribunais comemora o dia do santo com um descanso extra:  em Alagoas e Piauí, fecham por uma semana, de 24 em diante. Na Bahia e Paraíba, fecham no dia 23 e só reabrem em 4 de julho. A menos que alguém queira festejar também o Independence Day.

Publicado na coluna de Carlos Brickmann

 

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Golpe às ruas



Ao contrário dos movimentos sociais oficiais, patrocinados com dinheiro público, os milhares que vão as ruas neste domingo não têm tutela de ninguém
Dilatação do prazo para o julgamento das pedaladas fiscais, pedido de vistas protelatório no TSE, manifestações de apoio, Agenda Renan. Acertados por debaixo do pano, os arranjos da semana passada foram um alento à presidente Dilma Rousseff. Mas não parecem ser suficientes para dar fôlego ao seu governo, rechaçado por 71% da população. Os ares das ruas – com panelaços e manifestações - que o digam.

Ao contrário dos movimentos sociais oficiais, patrocinados com dinheiro público, os milhares que vão as ruas neste domingo não têm tutela de ninguém. Nem a mesma palavra de ordem previamente ensaiada. Seus gritos de Fora Dilma, Fora PT traduzem uma gama de insatisfações. Do caos econômico ao desemprego, dos privilégios de alguns aos conchavos para proteger os mesmos de sempre. Reagem à roubalheira, aos saqueadores do Estado.
Repudiam a corrupção. Algo que em instante algum se ouviu dos líderes do MST, CUT, UNE e outras entidades no convescote do Planalto, quinta-feira, apelidado de Diálogo. Para eles, que prometem defender com unhas, dentes e até armas qualquer tentativa de “golpe”, que só eles enxergam, Mensalão não existiu, Lava-Jato é invenção, José Dirceu não está preso, Dilma não era ministra e presidente do Conselho da Petrobrás quando a roubalheira tomou conta da estatal. Lula não era presidente da República.

Um mês antes do início da Lava-Jato, em fevereiro de 2014, a Petrobras fechou, sem licitação, contrato de patrocínio do Congresso Nacional do MST, realizado em Brasília. A estatal confirmou ter colocado R$ 650 mil no evento. Outros R$ 550 mil foram custeados pela Caixa e pelo BNDES.  Para as “margaridas” que ouviram os arroubos de Lula e Dilma no Mané Garrincha, Caixa, BNDES e Itaipu Binacional gastaram mais de R$ 850 mil.

Dinheiro pequeno perto de generosidade permanente com o MST, gestor de convênios de mais de R$ 200 milhões, de cuja prestação de contas não se tem notícia. Perde para a CUT, que de 2008, quando Lula incluiu as Centrais na partilha dos recursos do imposto sindical – um dia de trabalho de cada assalariado - para cá arrecadou mais de R$ 340 milhões. Recursos suficientes para custear muitas guerras.

A UNE abocanhou R$ 57 milhões para a reconstrução de sua sede, no Rio, e outros R$ 12,9 milhões em convênios questionados pelo TCU. Dinheiro público empenhado para cooptar movimentos sociais. Reconheça-se, que eles retribuem sempre que o governo solicita. Mas ainda pedem ajuda de custo – transporte e lanche – para formar a claque.  Descem a rampa interna do Planalto ao lado da presidente aos gritos de “não vai ter golpe” – como se o Palácio estivesse cercado por canhões -, rechaçam o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e Eduardo Cunha, pouco se lixando se ele preside a Câmara dos Deputados

Fazem tudo estimulados por Lula e o PT, sem qualquer reprimenda.
Sob o manto do diálogo, pregam o litígio. E chamam de golpistas quem vai às ruas. 
Em entrevista a Serginho Groisman nos tempos em que liderou movimentos pró-impeachment de Collor de Mello, Lula explicou aos jovens que a Constituição previa a destituição de um presidente. Foi mais longe: defendeu o recall do voto -seria a salvação da lavoura”.  Hoje, na sua doutrina impeachment é golpe.  Dilma respirou. Depende ainda de aparelhos, materializados em movimentos sociais pagos e políticos encrencados. Pode ir mais longe – ou não.

As dívidas dela com as ruas são maiores. Não adianta tentar golpeá-las.

Por: Mary Zaidan É jornalista. E-mail: zaidanmary@gmail.com Twitter: @maryzaidan

Golpe às ruas 

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Falta pulso ao governador Rollemberg. Não há o que contemporizar com professores e demais categorias



Eixo Monumental é bloqueado por taxistas e trabalhadores da educação
Uns pedem mais concessões de táxis, enquanto outros protestam contra o parcelamento de salários
Trabalhadores da área da educação, terceirizados e taxistas realizam manifestação em frente ao Palácio do Buriti desde o início da manhã desta sexta-feira (16/1).

[as categorias não estão recebendo por falta de recursos – que o Agnelo gastou de forma irresponsável e mesmo ilegal (construiu um estádio de futebol que em dois anos o orçamento inicial triplicou).
A única falha do Rollemberg nesta questão foi não ter tido o discernimento para antecipar o que ocorreria a partir da sua posse.
O Distrito Federal não tem o poder de emitir moeda o que torna impossível o pagamento.
Resta aos dignos professores – em sua maioria defensores do PT – e demais categorias aceitar o parcelamento.
Quanto a manifestação dos taxistas está mais para baderna e deve ser coibida com rigor.
A título de informação: NÃO VOTEI no Rollemberg e JAMAIS VOTAREI. VOTEI no Frejat. Mas, a bem da verdade, da justiça, sabemos que o culpado pela crise do GDF é o Agnelo e o maldito PT.]

O primeiro grupo protesta contra o pagamento dos salários de forma fracionada — medida anunciada pelo GDF nesta quinta-feira (15/1) a fim de equilibrar as contas do Executivo. O segundo, pelo reajuste da data-base. Os taxistas, por sua vez, pararam os veículos na altura do prédio do governo, em três faixas, para pedir por mais concessões de táxis. Segundo a categoria, atualmente, há 3 mil permissões, contra 1,5 mil locatários desses automóveis. 

Depois dos taxistas ocuparem algumas faixas, os professores bloquearam as demais. Em seguida, os terceirizados seguiram rumo ao outro lado da via, na altura do Tribunal de Justiça do DF. A Polícia Militar precisou interromper dois trechos do Eixo Monumental em função da ocupação dos manifestantes.  Uma reunião entre o secretário da Casa Civil, Hélio Doyle, e representantes das categorias terminou, há pouco, sem qualquer negociação entre as partes. O governo não voltou atrás na proposta de parcelamento dos salários  — questão reivindicada pelas categorias descontentes. O Eixo Monumental ficou totalmente fechado, na altura do Buriti, até 12h45. Depois disso, apenas três faixas permaneceram ocupadas.

Depois de ocupar as faixas do Eixo, os taxistas seguiram para o Estádio Nacional Mané Garrincha. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) espera que cerca de mil pessoas se juntem ao movimento ao longo do dia. Na segunda-feira (19/1), os representantes das categorias envolvidas no movimento se reúnem com o governo para tratar da nova modalidade de pagamento. Eles são contra o novo modelo de calendário de pagamento. 

Fonte: Correio Braziliense