Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Em
certo momento de meu artigo anterior – “A liberdade pede socorro” –
olhos postos na realidade brasileira, eu afirmei o seguinte:
“Por isso,
devemos querer a liberdade sob uma ordem inspirada na Lei Natural, como
condição indispensável para sua sobrevivência. Uma ordem que nos
permita ir e vir sem temor, ordem que nos permita expressar nossa
opinião sem cerceamento e com responsabilidade, ordem que nos
proporcione segurança jurídica.”
Sobre o tema,
escreveram-me dois leitores contestando e desqualificando a Lei Natural
como inspiradora do bom Direito. Na opinião deles não existe essa tal
lei. Como já tratei da questão anteriormente e percebendo ser
conveniente retomar o assunto, escrevi a ambos sobre o erro descomunal
que o mundo pós-moderno comete ao considerar tal ideia ultrapassada e
intolerável. Retomo, aqui, o fio dessa meada.
Uma sociedade
pode afrontar a Lei Natural, tratá-la como papel picado imaginando que
com isso a reduz ao silêncio, mas não é ela a vítima dos maus tratos. É o
ser humano quem pagará a conta do estrago. Quando uma sociedade refuga a
Lei Natural, ela afaga e faz requebros ao relativismo moral,
primogênito da pós-modernidade, cadeira de balanço das consciências sem
rumo nem prumo e cerca derrubada aos avanços do Estado sobre os
indivíduos e a sociedade.
Por isso,
pergunto: será sensato afirmar que nada, absolutamente nada, se deduza
do ser em relação ao seu dever ser?
Será que os bons pais e mães que me
leem concordarão com isso ao contemplarem sua amorosa função pedagógica
para com os filhos?
No entanto, esse mal ataca e prospera, conduzido
pela letargia das consciências que, em vez de ajustarem suas ações ao
naturalmente bom e justo, buscam dar forma à lei segundo seus atos.
Se não
existir um Direito cuja essência se possa buscar na natureza do ser
humano, tudo será segundo o que estiver legislado, sem que haja qualquer
sentido em nos interrogarmos a respeito de seus fundamentos morais. É
por isso que temos ouvido falar tanto em "empoderamento",neologismo
parido na maternidade do relativismo moral, infectada pelos vícios que
corroem a vida social.
Empoderamento é aquisição de força para impor a
lei.
Ele está no cerne do debate político brasileiro e dos reiterados
assaltos ao Estado.
É ele que
explica, também, a ação de grupos que tentam tomar a laicidade do Estado
pelo seu avesso, fazendo com que ela deixe de ser uma proteção dos
cidadãos e suas crenças para criar uma devoção ao Estado. Enquanto isso,
convertem a laicidade em escudo protetor do Estado contra as opiniões
das pessoas.
Também é parte do cenário a pretensão com que alguns tentam
fazer do Estado um "educador moral",coisa que ele não é, não deve ser,
nem tem condições de vir a ser. Ao menos no que depender do meu
consentimento.
Percival Puggina (79)é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (-),
colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas
contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A
Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia
Rio-Grandense de Letras.
Gradualmente, viagens aéreas deixaram de ser bons momentos para se
converter em tormentos. Com as bênçãos da ANAC, os abusos são praticados
aos milhares, cotidianamente, e começam na total impossibilidade de
contato entre o viajante e essa coisa rara nas “aéreas”que é um ser
humano. Lida-se apenas com insensíveis plataformas e questões
catalogadas, fora das quais não há salvação para o cliente.
Telefonar?
Esqueça. Um dia, dois dias de tentativas infrutíferas e, por fim, o
telefone atende para que um robô, um desgraçado robô, jogue você de
volta à plataforma e suas xaradas. Os preços? Como assim, “preços”?
Voos
são mercadoria de preços flutuantes entre o caríssimo e o disparate!
Dependem do dia, da hora, das angulações entre Júpiter e Saturno. Se
você não se importa em sair de madrugada e chegar a seu destino nacional
no dia seguinte, depois de atravessar de ponta a ponta, com mala e
mochila, terminais de diferentes cidades, talvez a sorte lhe sorria com
uma tarifa um pouco mais simpática.
Estou
exagerando na ironia?Não mais do que as companhias aéreas em sua
perversidade. Elas esperam que você não meça mais de 1,60m, viaje com as
mãos no bolso e escova de dentes acomodada ao lado da caneta. Sua mala é
requinte pelo qual há que pagar caro.
Você já tentou por necessidade de
serviço, alterar o dia de uma viagem? Reze para que isso nunca lhe
aconteça! O telefone, lembre-se, será inútil. Procure uma loja da
empresa. Hein? Empresas aéreas não têm lojas? Só no aeroporto? Pois é.
Lá se inteirará de outras maldades. Empresas comerciais que transportam
passageiros pelos ares são as únicas no mundo que se sentem autorizadas a
cobrar multa de seus clientes!
Crie um
negócio e estabeleça multa aos clientes que precisarem reagendar algum
contato (não, não estou falando de atraso de pagamento, estou falando de
reagendar) e verá sua agenda esvaziar-se.
Não bastante esse insulto,
ainda lhe aplicam uma tal “nova tarifa” muito superior ao valor que você
já pagou para a mesma viagem, no mesmo horário há poucos dias. Isso
significa que sai mais barato jogar fora seu bilhete e comprar outro.
Perguntei à pessoa que me passou tal informação se aquele montante não a
constrangia e ela disse que sim. Quer mais? Tente pedir à companhia para
não voar o trecho final da passagem que comprou e pelo qual pagou. A
remissão implica multa e “nova tarifa” para todo o bilhete.
Aí você
começa a sentir aquela nostalgia que lhe vem da simples menção à palavra
Varig. Aí você começa a entender por que as “aéreas” não fazem mais
publicidade. Não têm o que dizer de bom sobre si mesmas. Com as bênçãos
da ANAC.
Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto,
empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de
dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o
totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do
Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
Ciência é pegar bilhões de dólares e sair comprando todo
mundo para legalizar os propósitos torpes da sua megalomania
Ilustração: Oeste/ Freepik
A pandemia trouxe uma série de discussões, controvérsias e embates sobre as formas de enfrentamento de uma moléstia de alcance global. O uso das referências científicas sobre virologia, ação epidemiológica, imunização e outros conceitos virou objeto constante de polêmicas.
Para dirimir essas dúvidas, vamos deixar clara aqui, de uma vez por todas, a definição de ciência:
Ciência é pegar bilhões de dólares, criar fundações lindas e sair comprando todo mundo para legalizar os propósitos torpes da sua megalomania;
Ciência é operar o milagre de fazer a imprensa silenciar solenemente diante de centenas de atletas caindo que nem moscas na cara de todo mundo durante competições oficiais com falta de ar, dores no peito, miocardite ou infarto no ano em que se iniciou a vacinação em massa contra covid. Sempre foi assim, segue o jogo;
Ciência é a aparição sumária de laudos voadores, velozes e furiosos, após reações adversas graves ou letais em jovens, adolescentes e até crianças pós-vacina de covid “atestando” em questão de horas que a vacina é inocente e o vacinado é que não era saudável, embora todos jurassem que fosse, pelo fato de nunca terem apresentado problema de saúde na vida. A vida não é nada. Um laudo certeiro é tudo;
Ciência é decidir que uma vacina feita às pressas, com desenvolvimento incompleto e anos de estudo pela frente proporciona mais proteção que a imunidade natural do ser humano. Ciência raiz é ver todos os estudos comprovando o contrário — que a imunidade natural do indivíduo que passou pela doença é indiscutivelmente superior à da novíssima vacina — e fingir que não viu;
Ciência é condicionar a vida em sociedade à apresentação de um passaporte sanitário que comprova o “esquema vacinal completo” porque, ainda que essa vacina não impeça a transmissão do vírus, esquema é esquema;
Agora a vacina é urgente para crianças porque o telejornal disse que é
Ciência é fingir que um atleta de ponta, líder do ranking, absolutamente saudável e capaz de comprovar isso coloca em risco a vida dos que têm o passaporte vacinal e podem entrar infectados onde quiserem;
Ciência é banir das redes sociais uma mãe que conseguiu provar que seu filho jovem e saudável foi morto pela vacina de covid e que, a partir daí, passou a usar essas redes para buscar e disseminar maior conhecimento sobre a segurança dessa novíssima vacina. Está certíssima a ciência: procurar saber os riscos que você corre ao inocular uma substância experimental faz mal à saúde. Sumam com essa mãe;
Ciência é se fantasiar de ético e empurrar pais para vacinarem seus filhos pequenos contra uma moléstia à qual crianças são pouco vulneráveis, como você sempre soube e repetiu, mas agora a vacina é urgente para crianças porque o telejornal disse que é (então é porque é) e você tem que fazer direito o seu papel de papagaio do lobby. O risco/benefício favorável à vacina não está demonstrado em nenhum estudo sério e serão necessários pelo menos cinco anos de pesquisa para descobrir o que essa vacina provoca no sistema cardiovascular das crianças, mas isso a gente vê depois, conforme manda a ciência;
Ciência é usar a sua credencial de juiz da infância para ameaçar arrancar os filhos dos pais que deixarem de dar uma vacina que não é obrigatória;
Ciência é ser um médico patrocinado por empresa farmacêutica e avalizar cientificamente um produto dessa empresa. Conflito de interesses tinha sua avó. Na moderna ciência, isso se chama sinergia.
Não sou de
esquerda porque essa posição ideológica é baseada em três crenças
equivocadas:a de que totalitarismo produz liberdade, a de que a
distribuição da riqueza é mais importante que sua criação, e a de que o
Estado deve dirigir nossas vidas nos mínimos detalhes.
Essas
crenças são a base do comunismo e do socialismo, que são a mesma coisa:
sistemas filosóficos, morais e políticos mórbidos, usados por psicopatas
e aventureiros para transformar o ser humano em um farrapo corroído por
fome, miséria e degradação.
Esse é o resumo breve do que é “esquerda”.
Faltou
dizer que a esquerda sempre contou com o apoio dos intelectuais e, por
isso, tem um marketing incomparável: foi assim que uma ideologia
totalitária, violenta e empobrecedora se tornou promotora da “justiça
social”(seja lá o que for isso) e ganhou o apelido de “progressista”.
Quando as
revoluções sangrentas saíram de moda, a esquerda abraçou as bandeiras
das minorias, do feminismo e da ecologia para se manter no poder.
Percebam a ironia de ter esquerdistas liderando movimentos feministas,
antirracistas e ecológicos:basta contar quantos negros já foram
presidentes de Cuba ou Venezuela, quantas mulheres já foram chefes do
Partido Comunista Russo ou Chinês, ou lembrar do desastre ambiental da
China e da usina nuclear russa de Chernobyl.
No ano
passado os Estados Unidos foram paralisados pelos protestos contra a
morte de George Floyd. Em qualquer país comunista, você jamais teria
ouvido falar do George Floyd;ele teria sumido rápida e completamente, e
toda sua família e amigos teriam sido internados em algum campo de
“reeducação”.
Todo os
regimes comunistas da história foram ditaduras.NÃO HÁ UMA ÚNICA
EXCEÇÃO. Opositores são perseguidos, presos, torturados e mortos.Os
países são cercados de muros para que ninguém escape. Apesar
disso, o comunismo ainda é apresentado como o regime da solidariedade e
do amor, onde “cada um dá o que pode e recebe o que precisa”. O comunismo
é um remédio que mata 100% dos doentes, mas que continua sendo vendido
até para crianças. “Pode confiar”, diz o fabricante. “Da próxima vez vai
dar certo”.
Essa
mentira assombrosa é divulgada nas artes plásticas, na literatura, na
arquitetura, no teatro, no cinema e na TV como verdade.
Livros
escolares usados por nossos filhos plantam, em suas mentes imaturas, uma
ideia que significará, para muitos, uma vida de frustração, revolta
vazia, vício e pobreza.
Escolas de
direito doutrinam futuros juízes, promotores e defensores públicos no
ódio ao capitalismo e à prosperidade, e na promoção de um Estado
intervencionista, autoritário e onipresente.
O
esquerdismo, socialismo ou “progressismo”é isso: um equívoco moral e
lógico, um instrumento de violência e opressão, e uma armadilha
emocional e intelectual, glamourizada, divulgada e promovida pelos
segmentos mais influentes e charmosos da sociedade. Quem paga o preço disso são os que não podem se informar ou se defender.
Como disse Theodore Dalrymple, “os pobres colhem o que os intelectuais semeiam”.
Chegou ao meu conhecimento que o numero de suicídios entre jovens de 12
a 19 disparou, nos últimos anos. Não se conhecem as causas e nem a
proporção por região, até mesmo pela subnotificação, mas trata-se de um
fenômeno mundial, sobre o qual muito pouco tem sido falado.
Analisando
friamente a questão, entendo que há uma infinidade de circunstâncias, as
quais podem servir para justificar esse índice(inclusive o
confinamento imposto, em virtude da pandemia). Entretanto, ouso dizer
que a origem de todas elas é uma só, e reside em uma palavra: MOTIVAÇÃO.
Nassim
Nicholas Taleb, pesquisador libanês radicado nos EUA escreveu um livro
intitulado ANTIFRÁGIL: COISAS QUE SE BENEFICIAM COM O CAOS. Neste, Taleb
discorre sobre a trajetória da civilização, na modernidade, e na forma
como as pessoas foram se fragilizando perante a realidade,não
encontrando-se preparadas para o enfrentamento dos problemas e a remoção
dos obstáculos, com a dose de resiliência e força necessárias, na lida
com as situações cotidianas e com as extraordinárias.
Acontece
que o ser humano perdeu potência, à medida que a vida tornou-se mais
fácil, menos rodeada de perigos à subsistência, e com mais comodidades
para todos. “Tempos difíceis geram homens fortes, tempos fáceis geram
homens fracos”, já dizia o provérbio oriental. Além do
esvaziamento dessa força motriz, que fazia-nos lutar pela sobrevivência,
enfrentando todo tipo de perigos e obstáculos, houve uma outra perda,
mais significativa, e que retira toda a graça de viver: a perda da
motivação. Essa tem respingado nos jovens, fazendo com que muitos não
enxerguem propósito em suas vidas.
Mas de que
motivação eu estou falando? Bem, para que avancemos, em qualquer campo
da existência, somos regidos por motivações. Sejam estas morais,
imorais, lícitas, ilícitas, fúteis, valorosas, certas ou erradas, elas
são o motor de arranque das pessoas, para que exercitem desejos e
realizem coisas.
Acontece
que o tipo de motivação é o que faz a diferença, na vida da gente. Eu
explico: digamos que a motivação que te ordena seja uma compulsão por
álcool ou drogas. Ou por sexo. Ou por pornografia. Ou por dinheiro e
poder. O que irá orientar sua vontade e definir seus atos será a sua
compulsão.
Acontece
que por ser uma motivação voltada para coisas despidas de valor real,
mesmo que você se realize por um período de tempo, e a bebida, o sexo ou
o dinheiro te proporcionem um prazer, este será finito, impermanente,
baixo, e logo instalar-se-á um grande vazio, após a realização da sua
compulsão.
Posso
afirmar, inclusive, que todos nós possuímos compulsões, inclinações e
más tendências, com as quais temos que lutar. Ser um indivíduo ordenado
significa poder lidar com essas fraquezas, burilando-as, sopesando-as,
administrando sua vontade e seus desejos, buscando voltar-se para
motivações mais elevadas.
Desse modo,
um homem casado pode desejar uma mulher fora do casamento, mas colocar
sua relação na balança e afastar tal pensamento. Uma pessoa pode
perfeitamente levar uma vida honesta, com menos dinheiro, ou optar por
uma proposta muito generosa financeiramente, mas que ferirá sua
integridade. Isso consiste em equilibrar as virtudes cardeais da
fortaleza, da temperança, da justiça e da prudência, as quais devem
estar presentes na personalidade de todo indivíduo.
A crise
civilizacional que vivenciamos hoje, nada mais é do que um desequilíbrio
de motivações, tendo sido as mais elevadas relativizadas, substituídas
por prazeres banais, imediatos, fugazes e muitas vezes ilícitos ou
imorais, os quais, após serem desfrutados, deixam um sentimento de vazio
e vergonha, e uma impressão de que a vida não possui sentido.
Os jovens
da atualidade mergulham nesse vazio, uma vez que não aprendem sobre
virtudes e motivações elevadas, não são preparados para lidarem com a
dificuldade e a frustração, com as perdas inevitáveis e com os desafios.
Refugiam-se em pequenos prazeres, e perdem completamente o foco de suas
vidas.
Falta, aos
nossos jovens, que se consideram imortais, a sensação de que a vida é
finita, o tempo é curto, e é necessário fazer valer a pena, porque a
morte pode estar aguardando na próxima esquina... Isso aprendia-se bem
cedo, com a guerra e a fome batendo à porta, e a dificuldade de
sobrevivência pairando sobre as cabeças.
Eis que os
nossos frágeis filhos nascem em um mundo de fartura e abundância, que as
gerações pretéritas construíram e deixaram para que desfrutassem, onde a
paz é uma realidade, quase não há guerras, e a maior ameaça à
Humanidade é um vírus de laboratório.
As
motivações por eles desenvolvidas, então, tornam-se, também, mais
baixas, posto que, aparentemente, há todo tempo do mundo para serem quem
desejarem, terem o que quiserem, conquistarem o que sonharem... porque
esses símbolos vem sendo incutidos em suas mentes, ainda tão imaturas.
Erika Figueiredo - Publicado originalmente no excelente Portal Tribuna Diária
Uma das coisas mais prodigiosas da vida política atual do Brasil é o
significado dado à palavra“ódio” pelos donos do grande mundo oficial —
em particular o Supremo Tribunal Federal, no seu papel de manter o país
seguro para o exercício da democracia.
No resto do mundo, cinco
continentes afora, “ódio” quer dizer algo muito preciso, definido
exatamente da mesma forma em centenas de dicionários diferentes;
basicamente, trata-se da aversão, da raiva e da repulsa extremadas, um
sentimento com características comuns e que pode afetar, sem distinções,
qualquer vivo.
Manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro, no último dia 12, foram um festival de discursos de ódio.| Foto: Joédson Alves/EFE
Numa determinada porção do planeta, porém, a que vai do Oiapoque ao Chuí, “ódio”quer dizer outra coisa. A palavra, aqui, exprime as sensações negativas de apenas uma parte da população; não está aberta a todos. Resultado: uns sentem ódio quando se comportam de um determinado jeito. Outros não sentem, de forma alguma, mesmo se comportando exatamente da mesma maneira. É assim que “ódio”, para a autoridade pública brasileira e para o mundo que vive pendurado nela, só pode ser sentido e praticado por seguidores extremados do presidente Jair Bolsonaro. Os outros, façam o que fizerem, não odeiam.
Até uma criança de dez anos sabe que, segundo determinam o STF, o inquérito das “fake news” e a elite encarregada de pensar por todos, você pode arrumar um problema e tanto se disser, por exemplo, que é a favor de fechar toda essa geringonça que leva o nome de “instituições” — e jogar a chave fora. Do mesmo jeito, é terminantemente proibido o sujeito dizer que é a favor de coisas como o AI-5, ou que gostava do regime militar. Nem queira tentar; o ministro Alexandre Moraes manda a sua polícia prender na hora.
Agora: se alguém escrever que quer que o presidente da República morra, de covid ou de soluço, não há problema nenhum — aí não é mais ódio. É o que, então? Melhor não perguntar ao STF.
Vai ser considerado como mais uma contribuição ao debate democrático, assim, o acesso de furor que um militante de esquerda e que se apresenta como historiador acaba de fazer pelo Youtube — a rede social que está 24 horas por dia na mira do STF. Numa reunião do Sindicato da Construção Civil de Fortaleza o homem disse que os brasileiros precisam “odiar” e “querer cuspir” na “burguesia”, nos patrões e até, vejam só, nos ministros do STF. Uma das principais tarefas do militante político moderno e consciente, disse ele, é “estimular o ódio de classe”. A coisa vai por aí afora. No fim, declamou que sem o ódio não será possível falar de “revolução” no Brasil.
Como se vê, o orador caprichou: disse a palavra “ódio” com todas as letras, de sua própria voz, três vezes, e só aí. No resto do planeta, obviamente, um negócio desses seria considerado discurso do ódio, como se diz na mídia e na vida política brasileiras. Aqui não é nada.
O presidente afirma que não vai 'melar' as eleições de 2022, garante respeito do governo ao teto de gastos e explica sua opinião sobre vacinas
Aos olhos de muita gente, Jair Bolsonaro deveria estar preocupado — aliás, muito preocupado. As pesquisas mais recentes mostram que o presidente atingiu um incômodo patamar de impopularidade. Cinquenta e três por cento dos brasileiros acham que o governo é ruim, 39% não enxergam qualquer perspectiva positiva no horizonte e apenas 28% creem que a situação pode melhorar. [pessoal, pesquisa que 'escuta' pouco mais de 3.500 brasileiros - somos quase 150.000.000 de eleitores - em 190 municípios b- o Brasil possui mais de 5.000 - faltando mais de ano para as eleições, tem VALOR ZERO.
Quanto aos problemas econômicos são consequência da pandemia, que com as Bênçãos de DEUS, está indo embora em definitivo. Até junho próximo o quadro econômico estará bem melhor, o que vai tornar impossível que pesquisas sejam manipuladas.] Muito desse pessimismo certamente é derivado dos problemas econômicos.
A inflação e os juros estão em alta,o emprego e o crescimento se recuperam lentamente e a prometida agenda de reformas estruturais emperrou. No terreno político, a CPI da Pandemia finaliza um relatório que vai acusar o presidente pela morte de quase 600 000 pessoas, a tensão com o Supremo Tribunal Federal diminuiu, mas não acabou, e a palavra impeachment voltou a ser citada em influentes rodas de conversa. [o lixo que a CPI Covidão pretende denominar relatório será apenas narrativas e com credibilidade ZERO. Impeachment os competentes editores de VEJA sabem que não decola - faltam os crimes de responsabilidade e aqueles 342 votos !!!] Nada disso, porém, parece atormentar o presidente.
(...)
Jair Bolsonaro: "Vai ter eleição, não vou melar" — Entrevista exclusiva
A equipe de VEJA tomou todos os cuidados necessários para realizar a entrevista — uso de máscara, álcool em gel e distanciamento. Sobre a política de combate à pandemia, aliás, o presidente reafirmou que faria tudo de novo. Ele continua cético em relação às vacinas, embora seus assessores ainda tentem convencê-lo a mudar de ideia. Em Nova York, em tom de brincadeira, o presidente chegou a propor uma aposta ao primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, para saber quem tinha o IgG maior. Tomar ou não o imunizante, segundo ele, deve ser uma opção, não uma obrigação — e cita como exemplo a primeira-dama Michelle Bolsonaro, que foi vacinada. “Não consigo influir nem na minha própria casa”, disse. A seguir, os principais trechos da entrevista, na qual o presidente também fala de eleições, Lula, voto impresso, CPI, crises políticas, economia e revela qual foi o pior e mais tenso momento de seu governo nesses quase três anos.
Existe uma leitura bastante difundida de que várias de suas ações e falas são preparação para um golpe de Estado.
Daqui pra lá, a chance de um golpe é zero. De lá pra cá, a gente vê que sempre existe essa possibilidade.
O que seria exatamente esse “de lá pra cá”?
De lá pra cá é a oposição, pô. Existem 100 pedidos de impeachment dentro do Congresso. Não tem golpe sem vice e sem povo. O vice é que renegocia a divisão dos ministérios.E o povo que dá a tranquilidade para o político voltar. Agora, eu te pergunto:qual é a acusação contra mim? O que eu deixei, em que eu me omiti? O que eu deixei de fazer? Então, não tem cabimento uma questão dessas.
O senhor está dizendo que existe uma conspirata contra o governo? Quando você passa a ter o povo do teu lado, como eu tenho, bota por terra essa possibilidade. A não ser que tenha algo de concreto, pegou uma conta minha na Suíça, aí é diferente. Não tenho nada. Desligo o aquecimento da piscina, não uso cartão corporativo, não pedi aposentadoria na Câmara, não dou motivo. Estamos há dois anos e meio sem um caso de corrupção.
A CPI da Pandemia diz que houve corrupção no Ministério da Saúde. Tem gente que não pensa no seu país, ao invés de mostrar seu valor, ele quer caluniar o próximo. Vejo na CPI os senadores Omar Aziz e Renan Calheiros falando: “O governo Bolsonaro é corrupto”. Pois aponte quem por ventura pegou dinheiro. Com todo o respeito à PM de MG, um cabo da PM negociando 400 milhões de doses a 1 dólar, se encontrando fortuitamente num restaurante? É coisa de maluco. [presidente! para a maior parte dos senadores daquela CPI, mostrar valor é algo impossível - o que não se tem não pode ser mostrado.]
“Não errei em nada. Fui muito criticado quando falei que ficar trancado em casa não era solução. Eu falava que haveria desemprego — e foi o que aconteceu. Outra consequência disso é a inflação”
(.....)
Mas teve a sugestão de tratamento precoce, a hidroxicloroquina. Continuo defendendo a cloroquina. Eu mesmo tomei quando fui infectado e fiquei bom. A hidroxicloroquina nunca matou ninguém. O militar na Amazônia usa sem recomendação médica. Ele vai para qualquer missão e coloca a caixinha no bolso. O civil também. Você nunca ouviu falar que na região Amazônica morre gente combatendo a malária por causa da hidroxicloroquina. Criou-se um tabu em cima disso.
Mas o senhor está sendo responsabilizado pelas quase 600 000 mortes durante a pandemia.
Responsabilizado por quem? Pela CPI?Essa CPI não tem credibilidade nenhuma. No auge da pandemia, esses caras ficaram em casa, de férias, em home office, cuidando da vida deles. E agora vêm acusar? Não engulo isso aí. A história vai mostrar que as medidas que tomamos, concretas, econômicas, ajudando estados e municípios com recursos, salvaram as pessoas.
(.....)
Qual foi o momento mais tenso nesses 1 000 dias de governo?
Foi quando avolumou a pressão a apoios mediante concessões. Eu não podia ceder. Depois de 28 anos de Parlamento, eu conheço como essas coisas funcionam. Era muito comum acabar uma votação importante e chegar uma lista da fidelidade. Estava ali no fedor, na muvuca: “Olha nosso partido deu mais voto que o outro, que tem um ministério a mais que nós”. Era comum você ver nas manchetes de jornais: PSDB, PFL… era comum você ver acerto. Isso não tem mais. A gente precisa aprovar as coisas e alguns do Parlamento vão com tudo para cima de você. Foram quinze dias de tensão, mas foi tudo contornado. Considero que estou bem com o Parlamento hoje em dia. Não vou entrar em detalhes nem de quando e nem quem foi, mas pretendo destravar a pauta nesta semana.
O preço da gasolina, do gás de cozinha e dos alimentos pressiona o bolso do brasileiro.
Eu não vou tabelar ou segurar preços. Não posso tabelar o preço da gasolina, por exemplo, mas quero que o consumidor fique sabendo o preço do combustível da refinaria, o imposto federal, o transporte, a margem de lucro e o imposto estadual. Hoje toda crítica cai no meu colo. O dólar está alto, mas o que eu posso falar para o Roberto Campos (presidente do BC)? Quem decide é ele, que tem independência e um mandato. Reconheço que o custo de vida cresceu bastante aqui, além do razoável, mas vejo perspectivas de melhora para o futuro.
O ministro Paulo Guedes continua indemissível?
Não existe nenhuma vontade minha de demiti-lo. Vamos supor que eu mande embora o Paulo Guedes hoje. Vou colocar quem lá? Teria de colocar alguém da linha contrária à dele, porque senão seria trocar seis por meia dúzia. Ele iria começar a gastar, e a inflação já está na casa dos 9%, o dólar em 5,30 reais. Na economia você tem que ter responsabilidade, o que se pode gastar, respeitando o teto de gastos. Se não fosse a pandemia, estaríamos voando na economia. A inflação atingiu todo mundo, mas a melhor maneira de buscarmos a normalidade e baixar a inflação é o livre mercado.
Mas o senhor vê perspectiva de melhora, presidente?
Sim, sim. Como temos ainda um ano para a eleição, as decisões que devem ser tomadas ainda não estão contaminadas por interesses eleitorais. O Paulo Guedes tem dito que a eleição estimula você a gastar para buscar a reeleição. Estimula você a fazer certas coisas que você não quer, para buscar a reeleição, isso aí é natural do ser humano. E nós não furamos teto, não fizemos nada de errado no tocante a isso aí.
Presidente, é 100% de certeza que o senhor vai disputar a reeleição, instrumento que foi contra no passado?
Se não for crime eleitoral, eu respondo: pretendo disputar.[presidente! o Brasil, o povo brasileiro, precisam do senhor por mais quatro anos - além dos 15 meses que restam do seu primeiro mandato. Esses quinze meses serão necessários para o senhor consolidar o seu governo e dispor de mais quatro anos para governar para o BEM do BRASIL e de TODOS os BRASILEIROS.]
(........)
Presidente, o senhor foi eleito deputado federal cinco vezes com a urna eletrônica e foi eleito presidente do Brasil com a urna eletrônica. O que faz o senhor não acreditar nesse sistema?
Por que os bancos investem dezenas de milhões para cada vez mais evitar que hackers entrem e façam um estrago em seu banco?
A tecnologia muda. O que estou pedindo? Transparência. Muita gente diz: “Eu não vou votar porque o meu voto não vai ser contado para quem eu votei”. Uma vez conversei com o ministro Luiz Fux, presidente do STF, sobre esse assunto. Ele ia implementar 5% do voto impresso no Brasil. 5% do voto impresso, ao lado da urna eletrônica. E depois o Supremo pulou para trás e disse que é inconstitucional, não sei por quê. Se o Lula está tão bem, como diz o Datafolha, por que não garantir a eleição dele com o voto impresso?
O senhor apresentou MP para restrição de combate a fake news e depois um outro projeto. Qual a urgência desse assunto?
A urgência é dado o que está acontecendo no Brasil, os inquéritos de fake news, por exemplo. Onde está a linha sobre o que se pode ou não publicar. O que está ali são dispositivos da Constituição.
Você só pode ter a página da internet retirada depois do contraditório e de uma ação judicial. Não se pode monocraticamente excluir ninguém com uma canetada…
Estão nos acusando de fake news. O que a esquerda faz? O pessoal faz jogo de futebol com minha cabeça de borracha. Por que não tomar providência contra essas pessoas também? Só para cima da gente? O objetivo das mídias sociais é liberdade. Você vai deixar de frequentar minha página no Facebook se eu escrever besteira, vai descurtir e tem que ser assim.
A crise com o Judiciário está superada?
Não sou o Jairzinho paz e amor, mas a idade dá certa maturidade. Depois das manifestações de 7 de setembro, houve a reação do STF. Teve o telefonema do Temer, ele falou para mim:“O que a gente pode fazer para dar uma acalmada?”. Respondi que o que eu mais queria era acalmar tudo. Acabou o 7 de Setembro, é um movimento, talvez um dos maiores do Brasil, o povo está demonstrando espontaneamente o que quer, como liberdade. Então ele (Temer) falou que tinha umas ideias. “Você pode falar para mim?” “Eu prefiro conversar pessoalmente.” “É um prazer.” Mandei um avião da Força Aérea trazer ele para cá, ele trouxe uns dez itens, mexemos em uma besteirinha ou outra, duas ou três com um pouquinho mais de profundidade, estava bem-feito, casou com o meu pronunciamento e divulguei.
Troca do nome da Ponte Costa e Silva por Honestino Guimarães vai a debate[com o devido respeito aos familiares dos mortos pela covid-19 no DF, o tema proposto pelos deputados é realmente importante.
Decidir se a ponte vai se chamar ponto "A" ou "B" é, para os distritais do DF, mais importante do que mesmo a eliminação do coronavírus.
Pena que o resultado do debate dos parlamentares do DF, vai resultar em uma lei inútil ou inconstitucional = mais uma produção legislativa da CLDF a ir para o lixo.]
Câmara Legislativa promove audiência pública em junho para discutir mudança de nome da ponte que liga o Lago Sul à via L2
A Ponte Costa e Silva, também chamada de segunda ponte, pode deixar de
homenagear o militar para lembrar a memória do líder estudantil
Honestino Guimarães, desaparecido durante a ditadura militar. Em 7 de
junho, às 10h, a Câmara Legislativa promove uma audiência pública para discutir a mudança no nome do monumento.O evento será transmitido pelo canal do Youtube da casa
e foi convocado pelo deputado Leandro Grass (Rede). "Primeiro a mudança
de nome é importante para que se cumpra a lei nº4.052 de 2007, que
impede que bens públicos levem nomes de pessoas que cometeram crimes
contra a humanidade, como o presidente Costa e Silva. Era ele o
presidente quando o AI-5 foi editado", ressaltou o parlamentar. [alguém precisa lembrar a esse distrital, em ótima colocação no ranking de produção de leis inúteis, que essa lei de 2007, é uma produção legislativa distrital (na prática poucas leis distritais resistem ao exame da constitucionalidade,utilidade e quesitos do tipo = a maior parte delas é derrubada pelo Poder Judiciário)e que tem como base outra excrescência jurídica (ao nosso entendimento assinada pelo Ibaneis para se livrar da 'enchição de saco' )já que a "comissão nacional da INverdade", ou da MENTIRA, não tem poderes para proferir condenações pela prática de crimes contra a humanidade,além do que lá cita um relatório que tem um amontoado de mentiras e acusações falsas.
Aliás, nos tempos do azarado ex-governador do DF, Rodrigo Rollemberg (o azar é que em sua gestão teve terremoto no DF, um viaduto caiu e começou um tsunami no Lago Paranoá)a mesma Câmara Legislativa, talvez com uma composição um pouco melhor, aprovou um projeto de lei mudando o nome da ponte e a Justiça determinou que o mesmo fosse para o lixo)] Placa Em 2015, a Câmara Legislativa aprovou o projeto de lei que mudava a placa com nome do marechal para Honestino Guimarães. A medida chegou a ser sancionada pelo então governador Rodrigo Rollemberg (PSB). Em 2018, após uma ação popular movida pela hoje deputada federal Bia Kicis (PSL), a justiça determinou que o nome do presidente militar voltasse a batizar o monumento.
Memória Arthur da Costa e Silva governou o país entre 1967 e 1969 e capitaneou um dos períodos mais duros do regime militar no país.
Durante o governo do militar foi editado o Ato Institucional nº 5
(AI-5), que institucionalizou a repressão e que dava prerrogativas para o
então chefe do Executivo fechar o Congresso Nacional e cassar
políticos. [Não fosse a firmeza do Marechal Arthur da Costa e Silva, na adoção das medidas necessárias para o retorno da Ordem Pública ao Brasil, hoje estaríamos um pouco pior que Cuba e Venezuela.
Foram medidas duras, porém, necessárias na ocasião. Bombas explodiam em guaritas de quartéis, pessoas eram sequestradas, bancos eram assaltados.
Infelizmente, o ser humano tem o péssimo hábito de após a cobra ser morta, sempre reclamar que não precisava ter matado a serpente, bastava assustá-la.]
E se, no fim de todas as contas, o presidente Jair Bolsonaro estiver certo e os radicais do combate ao coronavírus estiverem errados – ou, pelo menos, se ele estiver mais certo do que errado na guerra de palavras e de ações para enfrentar a pandemia? Vamos ter um problema, e a única saída será ignorar por completo que as coisas tenham sido assim e mudar de assunto. O fato é que mais e mais cabeças de primeira classe vão se sentindo livres para dizer o que pensam. Mais e mais o raciocínio lógico tem encontrado oportunidade de dividir o espaço com o pensamento predominante de que é preciso “fechar tudo” para combater o vírus. O resultado é que muita gente que tem credenciais impecáveis para falar sobre o tema está dizendo que a opção pelo pânico, adotada no Brasil e em dezenas de países tidos como sérios, está fundamentalmente errada. Thomas Friedman, sem dúvida um dos observadores mais qualificados das realidades em nossa época – sua opinião vale, pelo menos, tanto quanto à do vereador de Brejo do Fim do Mundo que fala todos os dias na televisão sobre a necessidade de “aprofundar” a paralisação do planeta – é um bom exemplo disso. Quem está resolvendo as coisas é a turma do vereador de Brejo do Fim do Mundo, claro, mais uma manada de autoridades e burocratas em pânico, mas Friedman é um homem que usa a cabeça para pensar. É muito mais negócio ouvir o que ele diz do que aquilo que você vê publicado por aí. Ele acaba de escrever, no The New York Times, o que os jornalistas Geraldo Samor e Pedro Arbex definiram como “o mais contundente até agora sobre o risco do breakdown global” imposto ao mundo. Esse risco é muito claro. A abordagem extremista no combate à epidemia pode transformar a“vitória sobre o vírus” numa derrota insensata para o ser humano. “Alguns especialistas”, escreveu Friedman em seu artigo, “estão começando a questionar: ‘Esperem um minuto. O que estamos fazendo com nós mesmos? Com a nossa economia? Com a próxima geração? Será que essa cura não acabará sendo pior que a doença?” Friedman tem uma recomendação que parece imbatível. “Cuidado com o ‘pensamento de grupo’, pois mesmo pequenas escolhas erradas podem ter grandes consequências.” A base de sua argumentação está num ponto no qual muitos dos infectologistas mais competentes do mundo tem insistido desde o começo de tudo isso. (Eles não são, necessariamente, aqueles que os jornalistas procuram em São Paulo, como se a ciência médica fosse uma exclusividade confinada aos limites territoriais do estado; existem em outros lugares, também).O ponto é a baixa, possivelmente baixíssima, taxa de mortalidade do coronavírus – a “taxa de letalidade”, como dizem. Ela pode ser de 1%, ou menos ainda – e isso tem, obrigatoriamente, de ser levado em conta pelos governantes que estão tomando decisões fundamentais sobre as nossas vidas. Essas autoridades que resolvem tudo, escreve Friedman, “estão tendo de tomar decisões de vida ou morte, enquanto guiam um carro no meio da neblina, com informação imperfeita” e pressionados pela gritaria de todo mundo que viaja no banco de trás do carro. É claro que o risco de fazerem a coisa errada é extremamente alto – ou você acha que não? Leia Também: Decisões - Decisões precipitadas não vão salvar o Brasil do coronavírus É o que está acontecendo. Esqueceu-se a natureza do vírus: apavorados com a rapidez da sua proliferação, os governantes se recusam a examinar qualquer outro dos seus aspectos. Em vez de se concentrarem no tratamento dos que ficam efetivamente doentes, dando prioridade ao atendimento nos hospitais, à distribuição de equipamentos, ao treinamento de pessoal, partiram para a quarentena como a grande salvação de tudo.
“Paralisar o mundo com consequências potencialmente tremendas pode ser totalmente irracional”, diz Friedman. “É como atacar um elefante com um gato doméstico”. J. R. Guzzo, jornalista - Vozes - Gazeta do Povo
”A xenofobia, a misoginia, a homofobia, a justiça pelas
próprias mãos e o desrespeito aos direitos e às garantias individuais
são ameaças à democracia, ainda que aparentemente sejam isolados os
casos”
O consagrado ator José de Abreu anunciou no Instagram que embarca
hoje para a Nova Zelândia, onde pretende morar. Depois de muita
malcriação nas redes sociais — para dizer o mínimo —, resolveu dar um
tempo e curtir a namorada Carol Junger, com quem recentemente fez um
périplo de 75 dias, por 11 países. Radical aliado do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, cai fora do rodamoinho em que entrou depois das
grosserias que fez com a também consagrada atriz Regina Duarte, que
aceitou o convite para ser secretária de Cultura do governo Bolsonaro.
Os ataques de José de Abreu a Regina Duarte deixaram perplexos até
mesmo os seus aliados: “Fascista não tem sexo. Vagina não transforma uma
mulher em um ser humano. Eu não vou parar, eu sou radical mesmo e estou
em um caminho sem volta”, declarou ele, em áudio enviado para a
colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, depois de várias
postagens nas redes sociais atacando a atriz. Saiu de cena como quem resolveu curtir a vida sem maiores
compromissos: “Amanhã, começaremos uma nova fase de nossa vida em comum,
vamos morar na Nova Zelândia. No começo, em Auckland. Se gostarmos,
ficamos. Se não, Wellington ou Christchurch. Opções não faltam: país
lindo, padrão de vida comparado aos países escandinavos, mas sem o ônus
do frio. Pequeno, povo bacana, natureza… Que Deus nos ilumine e proteja
#newzealand #newzealandlife #auckland #expatlife #novazelandia
#vidamaluca”, escreveu.
Um radical que bate em retirada por livre e espontânea vontade da
cena política brasileira deve ser motivo de comemoração, seja ele de
esquerda, seja de direita. Às vésperas do Oscar, a cineasta Petra Costa,
cujo filme Democracia em vertigem está entre os finalistas da categoria
documentário, também sofre uma campanha intensa na internet por causa
de sua abordagem sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff. De
forma inédita, a secretaria de Comunicação do governo classificou a
cineasta como uma “ativista anti-Brasil”.
Mas quem acabou indo para o pelourinho foi o jornalista Pedro Bial,
que fez duras críticas ao filme e à cineasta, que narrou o filme.
Segundo ele, Petra protagonizou uma“miada” insuportável. Em sua
crítica, Bial disse que a cineasta ficou choramingando o filme inteiro, o
que mobilizou uma cadeia de solidariedade à diretora, liderada pela
ex-presidente Dilma Rousseff, personagem central do documentário. Bial
está sendo atacado até mesmo por ex-colegas da TV Globo. Estabeleceu-se uma polêmica sobre o filme que mistura alhos com
bugalhos. O simples fato de ter sido selecionado como finalista do Oscar
já garante à diretora Petra Costa o reconhecimento pela qualidade de
sua obra, o que não tem nada a ver com concordar com a sua interpretação
dos fatos, ainda mais quando sabemos que os documentários
norte-americanos nunca primaram pela isenção política e ideológica. Onde
está a intolerância? Nos ataques pessoais à diretora, não nas críticas
ao filme, que podem ser consideradas justas ou injustas, dependendo do
interlocutor.
Os limites A tolerância requer aceitar as pessoas e consentir com suas práticas
mesmo quando as desaprovamos fortemente, não é uma atitude intermediária
entre a absoluta aceitação e a oposição imoderada. Um assassinato, por
exemplo, não é tolerável. Nossos sentimentos de contrariedade ou
desaprovação são intoleráveis quando movidos por preconceito racial ou
étnico, por exemplo. Não se trata de tolerar aqueles que execramos, mas
de não execrar as pessoas só porque parecem diferentes ou provêm de uma
origem diferente.
Conflitos e desentendimentos políticos e ideológicos são totalmente
compatíveis com o pleno respeito por aqueles de quem discordamos. A
democracia, a rigor, existe para que isso ocorra num ambiente de
coexistência, no qual o direito ao dissenso seja respeitado pela
maioria. A tolerância religiosa, por exemplo, é o legado histórico das
guerras religiosas europeias, ainda que muito sangue ainda seja
derramado em alguns lugares do mundo, em nome do Criador. No Brasil,
hoje, essa questão está vivíssima, porque a radicalização política e a
intolerância estão instrumentalizando valores religiosos de uma forma
que nunca deu bons resultados.
A tolerância exige valores e tem seus riscos, mesmo numa ordem
democrática consolidada. A xenofobia, a misoginia, a homofobia, a
justiça pelas próprias mãos e o desrespeito aos direitos e às garantias
individuais são ameaças à democracia, ainda que aparentemente sejam
isolados os casos. Ou seja, o limite da tolerância é o respeito à
Constituição de 1988.
Temos o maior respeito pela JUSTIÇA, pelo seu representante o Poder Judiciário, mas, situações existem que nos obrigam ao exercício da crítica sobre fatos, condutas.
O Supremo Tribunal Federal consumiu ontem o seu segundo dia de trabalho - dos três que comumente labora a cada semana - no julgamento de uma questão menor e que em qualquer país sério sequer chegaria a segunda instância - no máximo, o segundo grau se manifestaria mandando arquivar o processo que tivesse sido acolhido em primeira instância.
A matéria cuja pré-análise consumiu dois terços do expediente semanal do STF cuida de decidir se homofobia deve ser considerada crime.
O esperado é que qualquer conduta que por acaso ofenda um homossexual, seja tratada em função do ato praticado e não de uma suposta preferência sexual da 'vítima'.
Exemplos:
- assaltou um homossexual, que o autor seja
punido pelo assalto, com as agravantes e atenuantes da lei;
- matou um homossexual, seja aplicada a pena
cominada ao homícidio, se aplicando as qualificadoras que podem resultar até na
tipificação como crime hediondo.
O procedimento vale para qualquer crime em que a vítima seja portadora do homossexualismo; aliás, que tem a ver se a vítima é homossexual ou não?
Só que no Brasil a matéria assume importância inconcebível. Ocupa tempo da Suprema Corte, envolve partidos políticos (que recebem verbas públicas) e é feito um auê danado para CRIMINALIZAR o que chamam de HOMOFOBIA.
Foi a vítima homossexual o crime se torna mais grave - ainda que a motivação nada tenha a ver com a opção sexual da vítima, que muitas vezes o agressor desconhece.
Mas, o que torna a conduta do Supremo mais absurda, mais condenável, mais inaceitável é que ao discutir se tem o Poder Judiciário - no caso, o STF - competência para criminalizar a 'homofobia', a Suprema Corte cogita de se apropriar de uma competência privativa do Poder Legislativo - pela Constituição Federal, cuja guarda é competência do STF, quem legisla é o Poder Legislativo, o Congresso Nacional = Câmara dos Deputados e Senado Federal.
Mas, o mais grave é o que vem agora: enquanto desrespeita a Constituição Federal = ao legislar o STF se torna um usurpador, violando a Carta Magna da qual é o guardião = para criminalizar a homofobia, se apoiando na interpretação de que ser homossexual é um direito fundamental do individuo, o Supremo se prepara para em julgamento próximo DESCRIMINALIZAR o aborto - em outras palavras, se prepara para facilitar as situações em que o assassinato de um ser humano, inocente e indefeso, possa ser praticado, o que equivale a cassar da vítima inocente o MAIS IMPORTANTE dos DIREITOS FUNDAMENTAIS: o DIREITO À VIDA.
Resumo do SUPREMO ABSURDO:
- CRIMINALIZA o ato de dar um tapa em um homossexual, entre outros, muitas vezes sem que o agressor saiba que a vítima do tapa é homossexual - aliás, o tapa já pode ser tipificado como agressão, levando até mesmo ao indiciamento por lesão corporal;
- DESCRIMINALIZA o ASSASSINATO de um SER HUMANO INOCENTE e INDEFESO, pela própria mãe,que o abriga em sua barriga e tudo deveria fazer para ser o local mais seguro para o abrigado, - violando o MAIS IMPORTANTE dos DIREITOS FUNDAMENTAIS: o DIREITO À VIDA.