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Governo russo diz que está disposto a negociar o fim da guerra, mas pode destituição do poder da Ucrânia
O presidente russo, Vladimir Putin, disse, nesta sexta-feira (25/2), que
está disposto a negociar o fim da guerra com a Ucrânia. Porém, Putin
apelou para o exército ucraniano que "tome o poder" do país e destitua o
presidente ucraniano, Volodimir Zelensky. "Tomem o poder em suas mãos.
Acho que vai ser mais fácil negociar entre vocês e eu", disse.[não somos especialistas (aliás depois das mancadas dos chamados especialistas em covid-19, erraram todos os 'chutes', queremos distância dos assim denominados.) Temos a quase certeza que a saída do Ze4lensky é inevitável. Tem agido como um sem noção - será resquício da profissão anterior? Deixa a impressão que arrumou uma guerra para outros países guerrearem e estava preparado para ser espectador.]
Em pronunciamento à nação, o líder russo chamou as
autoridades ucranianas de "terroristas", uma 'gangue de viciados em
drogas e neonazistas'. Ele acusou o país do leste europeu de estar
usando civis como escudos humanos.
Neste momento, o exército russo já está na capital
Kiev. Segundo o porta-voz da Rússia, Dmitri Peskov, Putin aceitou enviar
uma delegação para Minsk, em Belarus, para discutir o fim da guerra. A
cidade já recebeu anteriormente negociações e acordos de paz entre os
dois países. Os russos esperam que a Ucrânia renuncie a entrar na
Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e na União Europeia.
Crédito, Marcos Corrêa/PR - Putin e Bolsonaro já se encontraram anteriormente, em novembro de 2019
Presentes eróticos para comemorar o aniversário de Putin, no poder na
Rússia há mais de duas décadas, são apenas um elemento da exaltação
pública costumeira a uma característica central na personalidade do
líder russo. Putin se tornou um modelo de virilidade e masculinidade a
inspirar políticos ao redor do mundo, como o americano Donald Trump, o
húngaro Viktor Orban e o brasileiro Jair Bolsonaro, que embarcou nesta
segunda-feira (14/2) para Moscou com objetivo de se reunir com o chefe
de Estado russo.
Além
do episódio do helicóptero dos bombeiros, Putin já se deixou fotografar
em uma série de situações másculas. Derrubou adversários num tatame em
lutas de judô. Examinou os dentes de um urso polar no Ártico e de um
tigre na Sibéria, ambos anestesiados. Pilotou um submarino e um barco e
voou em uma espécie de asa delta motorizada.
Posou de rifle em punho (e
sem camisa) durante caçada na Sibéria. Surgiu de dorso nu em cavalgadas e
pescarias. Preparou um churrasco. Exibiu-se com uma pistola em um
estande de tiro ao alvo. Ou apenas apareceu em roupas esportivas
enquanto treinava os músculos do peitoral, na academia.
Nenhum dos registros foi fortuito, fruto do trabalho de fotógrafos paparazzi.
"É um trabalho de imagem pensado e executado pelo Kremlin. E, como a
internet ainda é largamente livre na Rússia, se algo escapa ao controle e
ofende ou desagrada, o governo russo pune", disse à BBC News Brasil
Valerie Sperling, professora da Clark University, em Massachussets, e
autora do livro Sex, Politics and Putin (Sexo, Política e Putin, em tradução livre).
Com
altas taxas de popularidade, mesmo quando descontada a possível coerção
sobre a população em um regime crescentemente autoritário,
especialistas argumentam que Putin deve ao menos em parte ao perfil
"machão" a admiração que inspira nos russos.
Putin já se deixou fotografar em uma série de situações másculas- Getty Images
Ao
chegar ao poder, no fim dos anos 1990, Putin passou a comandar um país
que tentava se reerguer dos escombros da União Soviética. O bloco
soviético implodira em 1991, e os russos se viam diante de
questionamentos de identidade profundos, tendo que se acostumar ao
capitalismo, lidar com o fracionamento do território e com a perda do
status de potência global.
"Havia
uma sensação de derrota generalizada, uma instabilidade econômica
forte, com a desvalorização da moeda russa, e a derrota na Guerra Fria. A
fragilidade era ainda mais evidente entre os pais de família russos,
gente em seus 30, 40 e 50 anos que tinha perdido suas economias e seus
empregos, que já não conseguia mais sustentar a família enquanto via
jovens enriquecendo em novos negócios, e que era alvo de abertas
críticas, por sua ausência na vida familiar, por violência doméstica e
por problemas como o alcoolismo", afirma Amy Randall, professora de
História da Santa Clara University, na Califórnia, e organizadora da
edição especial "Masculinidades soviéticas", da publicação acadêmica
Estudos Russos em História.
De
acordo com Randall, a humilhação e o constrangimento russos perante o
mundo nos anos 90 acabaram personificados pelo então líder do país,
Boris Yeltsin, flagrado bêbado e em atitudes embaraçosas em eventos
internacionais. Ele chegou a fingir que regia uma orquestra em uma
solenidade militar e deu declarações sobre o desejo de desarmamento
nuclear russo depois de passar da conta na bebida, tendo que ser
desmentido por seus auxiliares.
Relativamente
desconhecido do grande público, Putin surge no cenário político russo
pelas mãos de Yeltsin, a quem viria a suceder. "Putin oferece aos russos
essa imagem sóbria de agente durão, das artes marciais, egresso da KGB
(o serviço secreto soviético). Se apresenta como o homem que iria
levantar a Rússia, então de joelhos, e reestabelecer sua força no
cenário internacional", diz Sperling.
É
claro que não só de imagem se construiu a trajetória de Putin. Sob seu
comando, o Exército russo retomou o controle da Chechênia, invadiu a
Geórgia e anexou a Crimeia. Agora, o país vive às voltas com a
possibilidade de um conflito armado com a Ucrânia. Desde o fim do ano
passado, Putin mantém mais de cem mil soldados na fronteira entre os
dois países e exige que a Ucrânia não seja admitida na Organização do
Tratado do Atlântico Norte, a OTAN, uma aliança militar liderada por EUA
e Europa Ocidental que Putin vê como ameaça à segurança de seu país.Segundo professora Amy Randall, Trump tomou seu slogan ("fazer os EUA grandes outra vez)de empréstimo de Putin
"Sob
a liderança de Putin, a Rússia tem se estabelecido como uma potência
masculina mundial, exibindo sua virilidade política, sua independência
econômica e seu poderio tecnológico e militar. Putin deve sua
popularidade -e sua habilidade de se manter por tanto tempo no poder - a
mecanismos como seu nacionalismo masculinizado, à ambição de fazer a
Rússia grande outra vez, ao seu uso de ideais patriarcais e à noção das
diferenças de papéis sociais entre gêneros, além da aberta homofobia".
'Melhores qualidades masculinas' Foi a partir dessa
perspectiva que Putin disse, em novembro de 2020, que Jair Bolsonaro
apresentava "as melhores qualidades masculinas" no comando do Brasil. O
elogio aconteceu durante o discurso do mandatário russo no encontro dos
BRICS, bloco composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e
fazia referência ao modo como Bolsonaro lidou com a pandemia de
covid-19.
"Você
até foi pessoalmente infectado por essa doença e resistiu à provação
com muita coragem. Sei que aquele momento não deve ter sido fácil, mas
você o encarou como um verdadeiro homem e mostrou as melhores qualidades
masculinas, como força e força de vontade", disse Putin, segundo
transcrição que o próprio governo brasileiro postou.
No
léxico de Putin, esse é um elogio típico de quem pretende agradar e
conhece bem o interlocutor. Bolsonaro já repetiu a performance de Putin
em situações altamente fotografáveis: ele nadou em mar aberto, comandou
motociatas, praticou tiro ao alvo, pilotou uma churrascada, jogou
futebol, deu cavalo de pau em carro de competição. Quando a covid
surgiu, disse que, no seu caso, uma eventual infecção seria leve "graças
ao seu histórico de atleta".
Mas,
de acordo com Sperling, "apenas mostrar que é durão não esgota as
possibilidades de obter legitimidade política a partir da
masculinidade".Ela
afirma que as demonstrações públicas de tais habilidades costumam se
somar também com questionamentos sobre a masculinidade dos oponentes. "E
isso é feito, por exemplo, sugerindo que seu adversário não é homem o
suficiente, ou é gay, ou ainda dizendo que a mulher dele é feia, não
desejável", diz Sterling, que mapeou o comportamento masculino em
diferentes líderes mundiais.
Há
uma semana, Putin chamou a atenção do mundo com uma declaração em que
censurava o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, crítico dos acordos
de paz de Minsk. "Goste ou não, minha linda, você tem que aturar",
disse Putin, usando uma expressão em feminino para se dirigir ao líder
da Ucrânia.
Já Bolsonaro, no auge de suas discussões com o presidente
Emmanuel Macron acerca das queimadas na Amazônia, em 2020, republicou
uma postagem que comparava a primeira-dama Michelle Bolsonaro, de 39
anos, com Brigitte Macron, de 68. A postagem dizia: "entende agora por
que Macron persegue Bolsonaro?". E o próprio presidente comentava "Não
humilha, cara Kkkkkk".
Outra
tática comum é fazer "piadas" com estupro e misoginia. Em 2014, em
discussão com a colega Maria do Rosário, do PT, o então deputado Jair
Bolsonaro afirmou que"Jamais estupraria você, porque você não merece." Bolsonaro explicou que Rosário seria feia demais para seu gosto. Já
Putin, em 2006, teria dito a um repórter israelense, a propósito de
acusações de estupro contra o então presidente de Israel Moshé Katsav:
"Diga olá a seu presidente. Ele se mostrou um sujeito muito poderoso.
Estuprou dez mulheres. Estamos todos surpresos. Todos o invejamos".
Depois da repercussão negativa do episódio, o Kremlin culpou uma falha
na tradução pelo teor do comentário.
Em
2014, quando a então secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton,
comparou a invasão da Crimeia ao assalto do alemão Adolf Hitler sobre a
Polônia, Putin foi sucinto: "Melhor nem discutir com mulheres". Disse
ainda que o comentário de Hillary revelava "fraqueza". E que "fraqueza
não é algo necessariamente ruim em mulheres". Já Bolsonaro, em 2017,
afirmou sobre sua filha Laura: ""Eu tenho cinco filhos. Foram quatro
homens, aí no quinto eu dei uma fraquejada e veio uma mulher".
Sperling
nota que esse tipo de recurso à masculinidade para legitimar - ou
deslegitimar - políticos não é uma exclusividade da direita. Mas que
talvez fique mais evidente entre políticos direitistas cuja pauta é
socialmente conservadora, categoria em que tanto Bolsonaro quanto Putin
se enquadram.
Crédito, EPA - Putin
se tornou um modelo de virilidade e masculinidade a inspirar políticos
ao redor do mundocomo Donald Trump, Viktor Orban (foto) e Jair Bolsonaro
Putin
se coloca como feroz defensor da família nuclear tradicional. "Quanto a
esse papo de 'pai número 1' e 'pai número 2', já falei publicamente
sobre isso e vou repetir novamente: enquanto eu for presidente isso não
vai acontecer. Haverá papai e mamãe",disse Putin, em 2020. Em 1997,
quando era deputado, Bolsonaro afirmou: "ninguém gosta de gay. A gente
suporta".
Ao
contrário do Brasil, no entanto, na Rússia o casamento homossexual é
ilegal. Casais homoafetivos também não podem adotar crianças em
conjunto. Se feita, a adoção é registrada apenas no nome de um dos pais.
Quanto
à questão da violência doméstica, no Brasil, a Lei Maria da Penha
completou 15 anos. Já na Rússia, a agressão de companheiros contra
mulheres foi descriminalizada em 2017. A partir de então, apenas agressões dos maridos que provoquem graves lesões corporais nas esposas são passíveis de punição legal.
A mudança legislativa representou um ganho do governo Putin, que tem ficado cada vez mais conservador com o passar dos anos.
"Putin e Bolsonaro se admiram e juntos reforçam esse senso de orgulho
em relação à masculinidade. Bolsonaro tem claramente tentado emular
Putin em suas posturas misóginas e homofóbicas, e em sua confrontação de
lideranças europeias e multilaterais. Ele claramente vê em Putin um
homem forte. E essa imagem do homem forte tem se tornado mais e mais
popular e prevalente no mundo atual", diz Randall.
Alexander Lukashenko costuma ser astuto
em sua desumanidade. Currículo para isso ele tem, como primeiro e único
“presidente” da Bielorrússia desde que esse antigo Estado-satélite da
União Soviética tornou-se república, em 1990. Na última das eleições
fraudulentas realizadas no país — a de 2020, para um sexto mandato de
Lukashenko —, ele proclamou ter obtido 80% dos votos. E foi logo
avisando ao mundo democrático: “A menos que vocês me matem, não haverá
mais eleições”. O cara vive às turras com a União Europeia (UE), que lhe
aplica sanções múltiplas por seus modos ditatoriais, e alinha-se com
fervor à Rússia de Vladimir Putin, o vizinho imperial da fronteira
leste.
Em tempos recentes, Lukashenko encontrou a maneira mais infame de
ostentar seu poder e azucrinar a Europa democrática. Passou a importar
como gado humano milhares de errantes de nações desintegradas do Oriente
Médio e da África do Norte, para socá-los na soleira da porta trancada
da sonhada União Europeia — mais precisamente, nas fronteiras com a
Polônia, a Lituânia e a Letônia, todos países-membros da UE.
Seu esquema é tão azeitado quanto vil. Primeiro, agentes de viagens
bielorrussos instalados no Iraque, Turquia e outros países oferecem
voos, vistos de entrada e um possível recomeço de vida no Ocidente. Ao
custo de alguns milhares de dólares por cabeça, aviões de carga da
estatal Belavia transportam a carga humana até Minsk, capital da
Bielorrússia. Mas dali são transferidos para uma viagem terrestre sem
volta. Quando descarregados, têm à frente uma intransponível muralha de
arame farpado como fronteira e, às costas, a guarda armada da
Bielorrússia a impedi-los de sair dali. Pelas contas da revista The
Economist, perto de 2 mil migrantes já foram estocados nesse limbo em
pleno início de inverno, e outros 20 mil estariam aguardando seu destino
em outros cantos do país-cilada.
A lógica de Lukashenko consiste em gerar uma crise política europeia
semelhante à de seis anos atrás, quando uma avalanche migratória de
proporções bíblicas, vinda do mar, quase derrubou vários governantes. Na
tentativa de forçar a UE a levantar as sanções impostas contra seu
regime, o homem forte de Minsk também ameaça interromper o trânsito de
gás natural russo que atravessa a Bielorrússia antes de aquecer e manter
a Europa em funcionamento.
Por ora, esse plano B de Lukashenko tem
poucas chances de ser levado adiante, pois não atende aos interesses
atuais de Putin.
Essa é uma arma cujo direito a eventual uso somente o
Kremlin quer ter. Mas resta a massa de manobra de quem hoje foge da
miséria e da violência. Expulsos de suas raízes, arriscam-se por
caminhos incertos, sem rumo claro, a esperança minguando.
Nem sempre foi assim. Basta ver o notável acervo de fotografias
reunido pelo chefe do Departamento de Registros de Ellis Island,
Augustus Frederick Sherman, entre 1905 e 1914, nos Estados Unidos. Por
aquela ilha vizinha à Estátua da Liberdade, fincada na Baía de Nova
York, passaram mais de 12 milhões de imigrantes entre sua inauguração
como porta de entrada nos EUA e novembro de 1954, ano em que se tornou
obsoleta. Mais especificamente, imigrantes de terceira classe, pois
passageiros marítimos da primeira e segunda classes podiam desembarcar
diretamente nos cais de Nova York e Nova Jersey.
É extraordinário o garbo com que esses desprovidos da terceira classe
procuravam se apresentar no desembarque, para a inspeção médica contra
doenças contagiosas e regulamentação de documentos.
Fosse o
recém-chegado ao Novo Mundo um pastor de ovelhas da Romênia ou um
mineiro da Baviera, um padre ortodoxo da Grécia ou um soldado albanês,
uma família de ciganos da Sérvia ou uma mãe com duas filhas vindas da
Holanda, quanto zelo em se mostrar com a melhor roupagem!
Graças ao
interesse pessoal do funcionário Sherman por fotografia, existe um
registro impactante e comovente dessa gente. Vale a pena consultar esses
retratos de fácil acesso na internet para admirar o zelo orgulhoso de
indivíduos e famílias ao pisar em Ellis Island. Portavam o que tinham de
mais bonito, mostrando suas raízes.
Tinham motivo para desembarcar
esperançosos, pois, apesar das agruras e sacrifícios que só desterrados
conhecem, haviam chegado ao destino escolhido.
O que dizer do amontoado de vidas na fronteira bielorrussa? Não há
garbo possível nem orgulho identitário nos agasalhos de plástico, jeans e
tênis surrados, nem em bonés, toucas de lã ou xales misturados. No
fundo, seja em terras europeias ou rumo aos Estados Unidos via México, o
desterrado de hoje veste uniforme globalizado: quase tudo made in China
ou em Bangladesh. Das 60 toneladas de roupas descarregadas anualmente
no porto chileno de Iquique, para revenda na América Latina, mais da
metade encalha e forma pirâmides de lixo no Deserto de Atacama, como
noticiado nesta semana.
Esse lixo de roupas usadas e descartadas nos
Estados Unidos, Europa e Ásia por consumidores globalizados forma um
triste retrato do capitalismo perverso. Na outra ponta, temos os
descartados de suas terras a perambular pelo mundo. É torcer para que
não venham, também, a ser considerados lixo.