Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Mesmo com a Ucrânia não integrando a OTAN, novo cenário poderia trazer toda a Europa para a guerra
Todos sabem hoje que o argumento principal apresentado pela Rússia para invadir a Ucrânia (ou “fazer uma operação militar especial”, como dizem os russos)foi impedir que o país passasse a integrar a OTAN. Putin sabia que estava diante de uma contagem regressiva.
Ainda que Zelensky não tivesse entrado com um pedido oficial para integrar a aliança ocidental, o líder russo estava ciente que, caso isso acontecesse, uma investida contra Kiev faria com que fosse acionado o Artigo 5 da Organização do Tratado do Atlântico Norte.
Segundo o texto, os países membros do grupo “concordam que um ataque armado contra um ou mais deles na Europa ou na América do Norte deve ser considerado um ataque contra todos eles”.
Dessa maneira, caso Kiev fosse admitida no grupo, uma investida russa contra ele acionaria todos os 32 países do tratado contra Moscou, o que muito provavelmente iniciaria uma 3ª Guerra Mundial. O fato de a Ucrânia ainda não integrar a OTAN evita um cenário catastrófico como esse. Mas, e se eu dissesse que uma resolução recente do Senado americano pode mudar isso tudo, fazendo com que, mesmo não integrando a aliança ocidental, os 31 países da OTAN estariam prestes a declarar uma guerra aberta contra a Rússia, colocando em perigo a segurança global?
Poderia acontecer um desastre ou ataque contra a usina nuclear de Zaporizhzhia, que completou 16 meses ocupada pelos russos.
Entenda o contexto do novo problema. No dia 16 de junho, Putin anunciou que armas nucleares táticas (menos destrutivas) estavam sendo transferidas para a Bielorrússia.
Em resposta, o presidente americano afirmou que a atitude era completamente irresponsável. Isso levou os senadores Lindsey Graham (republicano) e Richard Blumenthal (democrata) a apresentarem uma resolução propondo que ações da Rússia que conduzam a uma contaminação radioativa no território dos aliados seja considerada um ataque direto à OTAN, ativando, dessa forma, ativando o Artigo 5 da aliança e abrindo caminho para uma 3ª Guerra Mundial. O problema é que não é apenas o uso das armas nucleares táticas armazenadas na Bielorrússia que poderia levar a este cenário.
A preocupação atual está no fato de que poderia acontecer um desastre ou ataque contra a usina nuclear de Zaporizhzhia, que completou 16 meses ocupada pelos russos.
Zelensky tem dito que Moscou poderia realizar um“ataque terrorista” contra a usina. Isso desencadearia um caos radioativo que traz à memória o desastre acontecido em Chernobyl em abril de 1986, que tinha o potencial para deixar a Europa completamente inabitável.
Isso porque, alguns dias após a explosão, especialistas descobriram que o núcleo do reator ainda estava derretendo, o que poderia gerar uma nova explosão, com capacidade de destruir toda a usina, danificando os outros três reatores do local. Estaria o mundo prestes a presenciar um novo incidente do Golfo de Tonquim, em 1964, que deu aos EUA a justificativa para entrar na Guerra do Vietnã?
O físico nuclear Vassili Nesterenko afirmou que essa segunda explosão poderia atingir uma potência de até 5 megatons,deixando todo o continente europeu inabitável por centenas de milhares de anos.
Veja o tamanho do pesadelo que retornou ao mundo agora.
Quem poderia imaginar que, quase 40 anos depois, estaríamos vivendo o mesmo perigo?
O cenário ficou ainda mais tenso quando, no final do mês passado, Zelensky afirmou que seus serviços de inteligência identificaram que as tropas russas instalaram objetos semelhantes a explosivos no telhado de várias unidades de energia da usina nuclear de Zaporizhzhia.
O problema é que isso abre margem para um ataque de bandeira falsa por parte de ambos os lados.
Os russos poderiam destruir a usina como medida de retaliação, e culpar a Ucrânia.
Os ucranianos, por sua vez, poderiam explodir a usina e colocar a culpa em Moscou.
Ou até mesmo os Estados Unidos poderiam destruir as estruturas(talvez como fizeram com o gasoduto Nord Stream, segundo Putin tem defendido),culpar os russos e usar a situação para justificar a entrada da OTAN no conflito. Vejam que loucura.
Tudo fica ainda mais tenso quando lembramos que recentemente foi destruída a usina hidrelétrica de Kakhovka, gerando prejuízos enormes à Ucrânia.
Na ocasião, houve uma troca mútua de acusações entre russos e ucranianos.
Pode acontecer a mesma coisa com a usina nuclear de Zaporizhzhia. Seria algo de proporções apocalípticas.
Estaria o mundo prestes a presenciar um novo incidente do Golfo de Tonquim? Essa foi a operação de bandeira falsa, acontecida em 1964, que deu aos EUA a justificativa para entrar na Guerra do Vietnã.
Será que a usina de Zaporizhzhia será o estopim para a OTAN a entrar diretamente no conflito?
Será que isso conduziria o mundo à 3ª Guerra Mundial?Espero que não. Que Deus nos proteja.
Enquanto escrevo estas linhas,
representantes ucranianos e russos estão reunidos em Belarus para um
papo entre lobo e cordeiro. Nas últimas 48 horas, cerca de 350 mil civis
cruzaram a fronteira com a Polônia, abandonando o país. Desde os tempos
de Lênin,a Ucrânia tem sido o cordeiro da fábula em suas relações com a
Rússia.A história é sempre a mesma, a Ucrânia tem razão e perde; a
Rússia está errada e ganha.
Não surpreende, então, que os ucranianos
queiram ficar no agasalho do artigo 5º do Tratado do Atlântico Norte,
espécie de todos por um e um por todos em caso de agressão externa.
Putin considera isso inaceitável em suas fronteiras. Aliás,o tirano
russo considera inaceitável tudo que o desagrada.Convenhamos, a
propósito: aqui no Brasil tem gente exatamente assim, sentada em cadeira
de espaldar alto e caneta de ouro na mão.
Assisti, há bem poucos dias, uma
entrevista em que Putin se conduz como o lobo da fábula. Na perspectiva
dele, a Ucrânia está servindo às estratégias da OTAN. Esta, através da
Ucrânia, está sujando a água do lobo. A Rússia, no caso ele, seu tirano
há duas décadas, não pode permitir armamento da OTAN em suas fronteiras.
Essa eu acho que posso ensinar para o
Putin. Quem é natural de uma fronteira, como eu sou, tendo nascido em
Santana do Livramento(fronteira com o Uruguai),entende de fronteira.
Fronteira tem dois lados, Putin. Não existe zona neutra, terra de
ninguém, numa fronteira. Ao invadir a Ucrânia, Putin empurra a própria
fronteira e instalará nela bases militares. Com esse avanço, a Rússia
passará a fazer fronteira com Polônia, Romênia, Hungria Eslováquia e
Moldávia.
Ademais, Belarus, ou Bielorrússia, é
nação amiga da Rússia. Em plebiscito encomendado, aprovou a presença de
armas nucleares em seu território. Pouco se fala nisso, mas com tais
relações e a Rússia estende suas fronteiras militares até a Polônia e a
Lituânia, avançando ainda mais na direção do leste europeu. E da OTAN,
obviamente. [um comentário, talvez uma pergunta, defina melhor: a Otan a pretexto de evitar um hipotético avanço da Rússia rumo as suas fronteiras, impõe à Ucrânia uma associação à NATO, levando sua influência/presença militar até as fronteira da Rússia?]
O fato de o presidente da Ucrânia ser um
Danilo Gentili globalista, com cabecinha de Felipe Neto, apoiado pela
esquerda do Ocidente, não altera a natureza do perigo que está se
formando na Ásia com a tirania de Putin e o totalitarismo do Partido
Comunista Chinês.
Percival Puggina (77), membro da
Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e
titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites
no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da
utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo
Pensar+.
Alexander Lukashenko costuma ser astuto
em sua desumanidade. Currículo para isso ele tem, como primeiro e único
“presidente” da Bielorrússia desde que esse antigo Estado-satélite da
União Soviética tornou-se república, em 1990. Na última das eleições
fraudulentas realizadas no país — a de 2020, para um sexto mandato de
Lukashenko —, ele proclamou ter obtido 80% dos votos. E foi logo
avisando ao mundo democrático: “A menos que vocês me matem, não haverá
mais eleições”. O cara vive às turras com a União Europeia (UE), que lhe
aplica sanções múltiplas por seus modos ditatoriais, e alinha-se com
fervor à Rússia de Vladimir Putin, o vizinho imperial da fronteira
leste.
Em tempos recentes, Lukashenko encontrou a maneira mais infame de
ostentar seu poder e azucrinar a Europa democrática. Passou a importar
como gado humano milhares de errantes de nações desintegradas do Oriente
Médio e da África do Norte, para socá-los na soleira da porta trancada
da sonhada União Europeia — mais precisamente, nas fronteiras com a
Polônia, a Lituânia e a Letônia, todos países-membros da UE.
Seu esquema é tão azeitado quanto vil. Primeiro, agentes de viagens
bielorrussos instalados no Iraque, Turquia e outros países oferecem
voos, vistos de entrada e um possível recomeço de vida no Ocidente. Ao
custo de alguns milhares de dólares por cabeça, aviões de carga da
estatal Belavia transportam a carga humana até Minsk, capital da
Bielorrússia. Mas dali são transferidos para uma viagem terrestre sem
volta. Quando descarregados, têm à frente uma intransponível muralha de
arame farpado como fronteira e, às costas, a guarda armada da
Bielorrússia a impedi-los de sair dali. Pelas contas da revista The
Economist, perto de 2 mil migrantes já foram estocados nesse limbo em
pleno início de inverno, e outros 20 mil estariam aguardando seu destino
em outros cantos do país-cilada.
A lógica de Lukashenko consiste em gerar uma crise política europeia
semelhante à de seis anos atrás, quando uma avalanche migratória de
proporções bíblicas, vinda do mar, quase derrubou vários governantes. Na
tentativa de forçar a UE a levantar as sanções impostas contra seu
regime, o homem forte de Minsk também ameaça interromper o trânsito de
gás natural russo que atravessa a Bielorrússia antes de aquecer e manter
a Europa em funcionamento.
Por ora, esse plano B de Lukashenko tem
poucas chances de ser levado adiante, pois não atende aos interesses
atuais de Putin.
Essa é uma arma cujo direito a eventual uso somente o
Kremlin quer ter. Mas resta a massa de manobra de quem hoje foge da
miséria e da violência. Expulsos de suas raízes, arriscam-se por
caminhos incertos, sem rumo claro, a esperança minguando.
Nem sempre foi assim. Basta ver o notável acervo de fotografias
reunido pelo chefe do Departamento de Registros de Ellis Island,
Augustus Frederick Sherman, entre 1905 e 1914, nos Estados Unidos. Por
aquela ilha vizinha à Estátua da Liberdade, fincada na Baía de Nova
York, passaram mais de 12 milhões de imigrantes entre sua inauguração
como porta de entrada nos EUA e novembro de 1954, ano em que se tornou
obsoleta. Mais especificamente, imigrantes de terceira classe, pois
passageiros marítimos da primeira e segunda classes podiam desembarcar
diretamente nos cais de Nova York e Nova Jersey.
É extraordinário o garbo com que esses desprovidos da terceira classe
procuravam se apresentar no desembarque, para a inspeção médica contra
doenças contagiosas e regulamentação de documentos.
Fosse o
recém-chegado ao Novo Mundo um pastor de ovelhas da Romênia ou um
mineiro da Baviera, um padre ortodoxo da Grécia ou um soldado albanês,
uma família de ciganos da Sérvia ou uma mãe com duas filhas vindas da
Holanda, quanto zelo em se mostrar com a melhor roupagem!
Graças ao
interesse pessoal do funcionário Sherman por fotografia, existe um
registro impactante e comovente dessa gente. Vale a pena consultar esses
retratos de fácil acesso na internet para admirar o zelo orgulhoso de
indivíduos e famílias ao pisar em Ellis Island. Portavam o que tinham de
mais bonito, mostrando suas raízes.
Tinham motivo para desembarcar
esperançosos, pois, apesar das agruras e sacrifícios que só desterrados
conhecem, haviam chegado ao destino escolhido.
O que dizer do amontoado de vidas na fronteira bielorrussa? Não há
garbo possível nem orgulho identitário nos agasalhos de plástico, jeans e
tênis surrados, nem em bonés, toucas de lã ou xales misturados. No
fundo, seja em terras europeias ou rumo aos Estados Unidos via México, o
desterrado de hoje veste uniforme globalizado: quase tudo made in China
ou em Bangladesh. Das 60 toneladas de roupas descarregadas anualmente
no porto chileno de Iquique, para revenda na América Latina, mais da
metade encalha e forma pirâmides de lixo no Deserto de Atacama, como
noticiado nesta semana.
Esse lixo de roupas usadas e descartadas nos
Estados Unidos, Europa e Ásia por consumidores globalizados forma um
triste retrato do capitalismo perverso. Na outra ponta, temos os
descartados de suas terras a perambular pelo mundo. É torcer para que
não venham, também, a ser considerados lixo.
A ameaça da covid serviu para camuflar o vazio de quem foi criado numa redoma emocional de privilégios e justificativas rasas
O paranaense Mário era o tipo de pessoa que viajava todos os fins de semana para percorrer trilhas ou passear em alguma praia. Estava sempre pronto a rechear a mochila e cair na estrada. Até que veio a pandemia de covid-19. Apavorado com o que via na TV, Mário se trancou no apartamento. Por quase um ano. Amigos e parentes traziam comida e remédios e deixavam os pacotes do lado de fora. Quando partiam, Mário colocava a máscara, abria cuidadosamente a porta, empunhando a garrafinha de álcool como uma arma. Antes de levar as encomendas para dentro do apartamento, borrifava cada embalagem, e cada produto. Quando abria as janelas, procurava não respirar muito fundo. Um ano depois de se trancar, pegou covid — a qual, por sua vez, se revelou uma gripe chata. Mas Mário ainda não teve coragem de voltar a suas trilhas.
Mário é um nome fictício que representa muitos casos reais. Afinal, além daquela bolinha vermelha cheia de farpas conhecida como Sars-CoV-2, outra pandemia se alastrou pelo Brasil e pelo mundo:
- um surto de pânico que em muitos casos se revelou tão perigoso e prejudicial quanto a própria covid.
A hashtag #ficaemcasa, a campanha de terror de boa parte da mídia, a indecente exploração política da doença, os relatos (verdadeiros ou não) que se espalhavam nas redes sociais pariram um monstro. Quem escapou da covid quase morreu de medo.
O psiquiatra Giovani Missio ficou particularmente interessado pelo fenômeno do isolamento. Observando seus pacientes, percebeu que todas as questões de ordem emocional — transtornos de estresse pós-traumático, de ansiedade generalizada, do pânico, hipocondria, transtorno obsessivo-compulsivo, depressão — pioraram muito com o isolamento forçado por prefeitos e governadores querendo “salvar vidas”.
“Se considerarmos ainda que apenas uma em cada nove pessoas com problemas de saúde emocional busca atendimento”, declarou o doutor Missio a Oeste, “poderemos concluir que existe uma quantidade enorme de pessoas sofrendo mais com as consequências do isolamento do que diretamente com a pandemia.” Situações surpreendentes começaram a surgir no seu consultório. “Me marcou o caso de um casal de idosos, sem nenhuma história prévia pessoal ou familiar de problema emocional e que passou a apresentar sintomas graves de depressão, após 90 dias de total isolamento, no início da pandemia. Houve uma dificuldade muito maior que a esperada em conseguir uma melhora com o tratamento, dado que eles mantinham o isolamento absoluto, sem contato com nenhum conhecido, vizinho ou familiar. Outra paciente, que já estava bem, com dois anos sem precisar de tratamento, voltou a apresentar um quadro de transtorno do pânico depois de oito semanas de home office e isolamento social”.
Um caso exemplar desse clima de histeria ocorreu na redação doJornal Nacional, na Rede Globo. Em 9 de julho a apresentadora Renata Vasconcellos tossiu no estúdio. Foi imediatamente mandada para casa. Era uma “forte gripe”, declarou Renata. Uma semana depois, ela ligou para o âncora e editor William Bonner avisando que estava pronta para voltar. E, na ligação, tossiu de novo.
“Não pode”, declarou Bonner a jornalistas. “O resfriado não passou totalmente. A gente tem um protocolo aqui segundo o qual, enquanto tiver sintoma do resfriado, da gripe, o que for, você não volta. Você pode passar para alguém.” A partir de agora, aparentemente, quem soltar um mísero espirro na redação do Jornal Nacional poderá ser imediatamente isolado por uma equipe de descontaminação e mandado em carro lacrado para casa.
O Brasil parece ter sido especialmente atingido por esse pânico. Um ano atrás uma equipe da Universidade Federal do Paraná participou de uma pesquisa internacional sobre o grau de medo provocado pela covid-19. Concluiu-se que 53% dos 7.430 brasileiros entrevistados revelavam “alto nível de medo”. Como comparação, o estudo mostrou que esse “alto nível de medo” tinha alcançado 22,7% dos pesquisados em Cuba e apenas 16,6% na Bielorrússia.
Algumas pessoas passaram a desenvolver um tipo de culto inconsciente à covid-19
No Brasil, a parcela etária mais afetada estava entre os 18 e os 29 anos, assustados com a possibilidade da morte prematura e de infectarem os pais. O estudo registrou que, quando pensavam em covid-19, a grande maioria dos entrevistados relatava que sentia “medo, desconforto, ansiedade e sensação de morte”. Outros, em menor número, desenvolviam reações psicossomáticas — “suor nas mãos, taquicardia e insônia”.
Ninguém pode negar que toda a experiência da covid-19 foi e é assustadora. É normal que causasse muito medo. Mas existiram outros fatores que potencializaram a pandemia de pavor e se alimentaram dele. O medo é, como sabemos, uma arma fundamental para qualquer tirania. A psicóloga Adriana de Araújo, autora de O Segredo para Vencer o Medo, garante que a sensação em si pode ser muito útil. “O medo é um sentimento natural, quando está em proporção adequada dentro de nós, e com isso consegue nos proteger”, diz Adriana. Mas, quando foge ao controle, pode nos prejudicar de duas maneiras importantes: 1) impedindo-nos de “fazer uma leitura saudável da vida e dos fatos” e 2) “privando-nos profundamente da capacidade de ação e tomada de escolhas”.
Uma parcela mais elitista da população foi além do simples medo. Algumas pessoas passaram a desenvolver um tipo de culto inconsciente à covid-19. Foram apelidadas de “coronalovers” nas redes sociais. A pandemia serviu para que projetassem alguns sonhos ocultos e revelassem suas reais condições psicológicas.
1) Imaturidade— A geração “floco de neve” está assumindo seu papel na sociedade, o de se esconder debaixo da cama e esperar a chuva passar. O sociólogo britânico Frank Furedi, autor de A Cultura do Medo, define muito bem a situação: “Vivemos numa cultura em que o medo está sempre no ar. Somos avisados a todo momento: não seja um herói. Não se permite mais que crianças saiam de casa para brincar. Toda alegria e aventura que existe em brincar fora de casa, onde as crianças começam a aprender sobre suas forças e fraquezas e interagir umas com as outras, já não é possível sem a supervisão de adultos. Que tipo de mensagem estamos passando aos jovens quando eles imaginam que qualquer pessoa acima dos 17 ou 18 anos é uma ameaça em potencial à sua vida?”. Para essa turma snow flake, a pandemia se tornou uma capa para a falta de coragem e de vontade. A ameaça da covid serviu para camuflar o vazio de quem foi criado nessa redoma emocional de privilégios e justificativas rasas. Mas a grande maioria dos jovens brasileiros teve de frequentar ônibus lotados, rezando para não perder o emprego. Para esses, o fantasma da covid ficou de um tamanho mais próximo ao real.
2) Ideologia— Coronalovers, em geral, definem-se “de esquerda”. E a esquerda, especialmente a brasileira, imagina o socialismo como um regime no qual ninguém precisa trabalhar, pois o Estado dá tudo aquilo de que a gente precisa. É a imaginária fábrica estatal de leite e mel que nunca acabam, alimentada pela magia das boas intenções. Mas o Brasil real continua capitalista. E o capitalismo só cresce e distribui riqueza na insegurança do risco e do esforço individual. Prossegue Frank Furedi: “‘Risco’ se tornou sinônimo de perigo. Em outros tempos, as pessoas se arriscavam, sorriam e comemoravam ter-se arriscado, como uma maneira de ganhar maturidade. Hoje, arriscar-se é quase sempre associado a um ato de irresponsabilidade”. A pandemia despertou essa fantasia insustentável —a de um país inteiro em casa, de pijamão, assistindo a filmes no streaming, ganhando ajuda emergencial ou salário em troca de nada, só se levantando do sofá para gritar na janela “Bolsonaro genocida” nos momentos combinados pelo Instagram. É uma fantasia frágil, parte de uma estratégia política tosca que poderá enfrentar momentos difíceis quando a pandemia estiver sob controle.
A covid-19 continua solta, é perigosa, e as medidas básicas para que seja controlada devem continuar sendo levadas a sério. É uma doença que pode matar ou deixar sequelas graves.
Mas sentir pavor paralisante de um vírus justificava-se na miséria abjeta de 1350, durante a peste negra(que também se originou na China e durou quatro anos). Agora o medo não pode ter o mesmo tamanho. Temos o que não havia na Idade Média: ambulâncias, respiradores, antibióticos, comunicação instantânea, redes de médicos e hospitais, máscaras cirúrgicas, laboratórios, anestésicos, equipamentos para avaliação clínica. Mortes por covid ocorrem, como também ocorrem em acidentes, nos crimes e nas doenças ainda sem cura. Mas não temos mais cadáveres em decomposição empilhados no meio da rua ou fome generalizada como nos tempos medievais. No conforto do século 21, esse apego exagerado ao medo não mais se justifica.
Não se trata aqui de enviar adolescentes para lutar contra a máquina nazista na 2ª Guerra.Ou de arriscar a vida combatendo um surto de ebola no coração da África. Ou de se alistar na primeira onda de colonização de Marte. Contra a covid-19, nossas lutas e vitórias serão bem mais simples: voltar a abraçar nossos amigos e parentes, comer um pastel na feira, torcer por nosso time num estádio de futebol, dançar numa festa. Para que essas coisas voltem a acontecer um dia, temos de nos vacinar contra o medo antes mesmo de vencer o vírus.
O golpe de Estado que depôs o governo de Myanmar há uma semanae levou de volta à
prisão a ativista e Prêmio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi devolveu o país à
lista dos regimes autoritários depois de apenas uma década de democracia (e
duas eleições livres). Myanmar só é exceção pela forma do retrocesso: um golpe
militar clássico, não o encolhimento gradual de instituições se curvando a
autocratas, como na Venezuela, Rússia ou Hungria. O resultado é idêntico, uma
democracia a menos, tendência resumida pelo cientista político Larry Diamond na
feliz expressão “recessão democrática”.
[Perguntas que precisam de respostas:
- Será que o declínio da democracia - no mundo; em 167 países avaliados houve queda em 116 e apenas 8,4% da população global vivem na democracia plena - não decorre, digamos, da 'fadiga' do sistema?
A prodigalidade na distribuição de Prêmio Nobel da Paz - qualquer um recebe (até o presidiário Lula foi cotado, e outros com a mesma insignificância e falta de méritos receberam ou foram indicados) basta se dizer ativista de alguma coisa - não aponta as falhas na avaliação de quem deve ser indicado? ]
Os
últimos dois relatórios que diagnosticam o estado da democracia no planeta
constatam que a pandemia deu oportunidade para ataques aos direitos civis e
liberdades individuais. É o caso da Bielorrússia, onde Alexander Lukashenko
ainda mantém controle absoluto, apesar dos protestos desde as eleições
contestadas de agosto. Ou da China, que endureceu a vigilância sobre os
cidadãos e a perseguição aos uigures em Xinjiang. Ou ainda do Sri Lanka, onde o
premiê Mahinda Rajapaksa endureceu a agenda autoritária nos últimos seis meses.
“A
pandemia de Covid-19 está exacerbando os 14 anos consecutivos de declínio na
liberdade”, afirma o relatório da Freedom House lançado em janeiro. Dos 192
países avaliados pela organização, houve declínio da democracia e dos direitos
humanos em 80. O índice de democracia global da Economist Intelligence Unit
(EIU), publicado na última quarta-feira, corrobora a conclusão. A nota média
atingiu o nível mais baixo desde que a avaliação foi criada, em 2006: 5,37. Dos
167 países avaliados pela EIU, a nota caiu em 116. Apenas 23, correspondentes a
8,4% da população global, podem ser considerados democracias plenas.
“O
resultado de 2020 ocorreu em boa medida — embora não apenas — por causa das
restrições impostas por governos às liberdades individuais como resposta à
pandemia do coronavírus”, afirma a EIU. “A crise da governança democrática,
tendo começado muito antes da pandemia, deverá continuar depois que a crise
sanitária arrefecer, pois as leis e normas que têm sido implantadas serão
difíceis de revogar”, diz a Freedom House.
O
avanço do autoritarismo não se restringe mais a casos contumazes como Rússia,
China, Irã ou Venezuela. A invasão do Capitólio em Washington mostra que nem a
democracia mais longeva do planeta está a salvo. E nem tudo é declínio lento e
gradual, como mostra o golpe em Myanmar. Nesses dois casos, o pretexto para a
violência foi idêntico: acusações fajutas de fraude eleitoral. Só não deu certo
nos Estados Unidos, porque as instituições americanas são mais robustas.
No
Brasil, os militares têm tradição de apoiar rupturas ao longo da história. O
presidente Jair Bolsonaro vive fazendo acusações falsas sobre o sistema
eleitoral e já insinuou que aqui poderá ser “pior” que nos Estados Unidos se
ele perder em 2022. Para preservar nossa democracia, será preciso ficar de
olho.
Se for o que resta para mostrar a que ponto chegou Bolsonaro, compare-se o seu comportamento com relação à vacinação em massa contra o vírus com o comportamento dos governantes mais autoritários do mundo, todos, como ele, de extrema-direita. O ditador da República da Bielorrússia, Aleksandr Lukashenko, anunciou que não se vacinará porque a Covid-19 já o pegou faz algum tempo – como se não pudesse pegá-lo outra vez. Mas a imunização no seu país começou uma semana antes do previsto.
Até abril serão vacinadas 1,2 milhão de pessoas. Numa segunda etapa, mais 5,5 milhões. Na Hungria do primeiro-ministro Viktor Orbán, um dos poucos chefes de Estado a comparecer à posse de Bolsonaro, a vacinação começou no último sábado. A Polônia tem um governo nacionalista conservador admirado pelo presidente brasileiro. Pois bem: ali, ontem, os dois líderes dos partidos rivais Plataforma Cívica (liberal) e Lei e Justiça (conservador) foram filmados vacinando-se juntos.
Ontem também, os países da Comunidade Econômica Europeia compraram mais 100 milhões de doses da vacina da Pfizer. Em colapso desde a explosão do seu porto em Beirute, o Líbano comprou à Pfizer duas milhões de doses de vacina. Aqui, onde nas últimas 24 horas o vírus matou 1.075 pessoas e infectou mais de 57 mil, a Pfizer indicou em nota que no momento não irá pedir autorização de uso emergencial do seu imunizante porque as exigências do governo demandam tempo.
Como uma das muitas vacinas que já foram aprovadas em outros países e que estão sendo aplicadas por toda parte não pode estar rapidamente disponível para os brasileiros? É a pergunta que Bolsonaro e seus cúmplices se recusam a responder.
Na melhor das hipóteses, segundo o Ministério da Saúde, a vacinação contra o vírus está prevista para começar em 20 de janeiro, e na pior até o final da primeira quinzena de fevereiro.Quantas vezes você não leu previsões furadas? [especialmente quando apresentadas pelo Joãozinho Doria e diretores do Instituto Butantan - diretores que estão apequenando, retirando a credibilidade, de uma instituição centenária e mundialmente reconhecida pela seriedade e competência.]
Por outra parte, por que o espanto com a incompetência do governo Bolsonaro em dar início à vacinação? Quando foi que o governo dele revelou-se competente para tentar resolver um só grande problema do país nos últimos 2 anos? O prefeito Alexandre Kalil, de Belo Horizonte, reeleito com uma votação recorde, estoca há meses seringas de sobra para vacinar os habitantes de sua cidade e de cidades próximas. O que impediu o governo federal de fazer a mesma coisa?
Fracassou o pregão eletrônico realizado ontem pelo Ministério da Saúde para a compra de seringas e agulhas. De um total de 331 milhões unidades previstas para serem adquiridas, o ministério conseguiu fornecedor para apenas 7,9 milhões. Uma titica.
Não se brinca impunemente com vidas alheias, mas Bolsonaro insiste em brincar. Gosta de viver em perigo. Por que não brinca com a própria vida, quando nada para relembrar os antigos e bons tempos de paraquedista do Exército?
Só a vacinação em massa já, e bem-sucedida, salvará o sonho de Bolsonaro de se reeleger daqui a dois anos, e mesmo assim não será tão fácil como parecia. O contrário disso será com toda certeza a abertura de um processo de impeachment. Crime de responsabilidade é razão para a abertura de um processo de impeachment do presidente. [crime de responsabilidade cometido; a quase totalidade da mídia acusa o presidente Bolsonaro da prática de crime de responsabilidade, só que tudo não passa de relatos de supostas ocorrências = denúncia com tipificação fundamentada, juridicamente correta, do crime de responsabilidade não é apresentada.
As vezes chamam de denúncia um emaranhado de narrativas que além de não comprovadas, não constituem crime, seja de responsabilidade ou qualquer outro.
Além da necessidade do denunciado ser provado, o presidente da Câmara dos Deputados tem competência para receber o pedido e pautar sua apreciação pelo plenário da Câmara.
São os deputados que apreciam o pedido encaminhado que só se transforma em processo se receber, no mínimo, 342 votos favoráveis à transformação. 341 votos ou menos não são suficientes para sequer abrir a sessão. Decidido pelos deputados a abertura do processo o presidente da Câmara passa a ser apenas um espectador privilegiado.]
Falhar gravemente em garantir a vida das pessoas é o maior crime de responsabilidade que um presidente pode cometer. E daí? Daí que é por isso que Bolsonaro precisa tanto eleger Arthur Lira (PP-AL) presidente da Câmara dos Deputados. A abertura de um processo de impeachment depende exclusivamente do presidente da Câmara. Por lá, mais de 50 pedidos repousam numa gaveta. [Alguém em sã consciência, é capaz de achar que o deputado Maia, contrário ao capitão quanto é, iria desperdiçar a oportunidade encaminhar um pedido de impeachment contra Bolsonaro?
Claro que não.
Não faz, nem fez, por saber que receberá atenção de alguns holofotes, mas o arquivamento do pedido causará mais prejuízos a ele e a outros inimigos do presidente, do que a tentativa de abertura.]
Congresso e STF dão tapa com luvas de pelica em Bolsonaro Churrasco era amoral
[ontem, sábado, 9 de maio, a TV Globo de Brasília, exibiu no DF-TV, matéria do dia 8, sexta-feira, na qual mostrava claramente o presidente Bolsonaro falando para um apoiador: 'não vai haver churrasco'. Frase que deixou claro não ser intenção do presidente realizar nenhuma comemoração.
Assim, o presidente da República apenas jogou uma isca para o MBL - que se apressou e ingressou na Justiça com ação para impedir o presidente de realizar o churrasco.]
A decretação pelo Congresso e Supremo Tribunal Federal de luto oficial por três dias por termos atingido a fatídica marca de mais de 10 mil mortos devido à Covid-19 é o segundo tapa com luva de pelica que o presidente Bolsonaro recebe esta semana. Enquanto isso, ele andava de jet ski no Lago Paranoá.
O primeiro desferiu o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, que se portou com altivez diante da afronta que o presidente fez ao praticamente invadir a sede do STF para pressioná-lo pelo fim do isolamento, justamente no dia em que o país registrava mais de 700 mortes por dia e chegava ao número macabro de 10 mil mortos, indiferentes para o presidente.
Toffoli salientou o bem que o isolamento social tinha trazido ao país, reduzindo o número de mortes, e sugeriu com enorme presença de espírito que o governo coordenasse uma ação conjunta de diversos ministérios para traçar planos de combate à Covid-19 juntamente com Estados e Municípios que, pela Constituição, são os responsáveis pelas ações regionais. [Fica difícil para o Governo Federal coordenar estados e municípios na elaboração de táticas de combate à Covid-19, quanto decisão recente do STF concede autonomia àqueles entes federativos.
Doria, Witzel, Caiado e outros vão oferecer dificuldades na implantação de qualquer medida apresentada pelo Governo Central.]
Bolsonaro, como sempre, fez aquela exibição para tirar de seu colo os mortos que seu egocentrismo provocou. Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e o do Senado, Davi Alcolumbre, fizeram o que os que dirigem o país sem olhar apenas seus umbigos devem fazer em momentos de comoção nacional. Nada mais do que prestar solidariedade à família dos mortos, em vez de programar churrasco que, se realizado, seria mais afrontoso ainda por usar um imóvel do Estado brasileiro para uma confraternização aviltante. [mais rápido do que decretar luto oficial no âmbito das instituições que presidem, foi o presidente do Senado para ingressar na Justiça contra o uso da grana dos Fundos Eleitoral e Partidário em ações de combate à Covid-19.]
O presidente acha que o povo que deveria presidir é composto de imbecis, pois desmente até mesmo o que os vídeos com suas falas atestam. Dizer que o churrasco era uma fake news de “jornalistas idiotas” é típico de uma pessoa com comportamento antissocial e amoral, incapaz de aprender com as próprias experiências. Ele não realizou o churrasco porque foi obrigado a cancelá-lo devido à péssima repercussão de mais esse gesto amoral de indiferença diante da morte de brasileiros que, infelizmente e muito por causa dele, está longe do fim. Até mesmo porque o presidente da República se esmera em dar exemplos cotidianos que incentivam o não cumprimento das medidas de proteção recomendadas pelas autoridades médicas do Brasil e do mundo.
Com isso, dá margem a que aliados seus como o pastor Valdomiro Santiago, líder da Igreja Mundial do Poder de Deus, venda por mil reais sementes de feijão supostamente milagrosos contra a Covid-19. [a ação de vender produtos supostamente milagrosos, configura o crime de estelionato, cabendo prisão em flagrante do estelionatário, ação que é de competência das polícias estaduais (militar ou civil).
Caso o estelionatário não tenha sido preso, cabe ao governador do Estado ver junto ao seu secretário de Segurança as razões da omissão policial.] Mais ou menos o que Bolsonaro fez irresponsavelmente durante semanas seguidas ao receitar a cloroquina como a solução para os pacientes da pandemia, que se demonstrou inócuo em testes científicos.
Não há um governante sério no mundo que assuma posição tão absurda quanto Bolsonaro. Iguala-se a ele o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, que prescreve vodka e sauna para combater a Covid-19, enquanto exige que todos trabalhem normalmente.
Mas Lukashenko é um ditador há 26 anos à frente da presidência da Bielorrússia, e Bolsonaro é um aspirante a ditador num país em que as instituições democráticas vão resistindo às suas investidas cada vez mais frequentes.
A sorte dos democratas, que são a maioria da população, é que Bolsonaro e seus seguidores mais fanáticos cometem tantos erros que eles mesmos vão criando obstáculos em seu caminho insensato. Nossa situação é tão dramaticamente ridícula que vizinhos como o Paraguai, Uruguai e Argentina fecham-nos suas fronteiras para evitar o contágio.
No meio médico internacional já somos classificados como o país que mais fica a dever no combate à Covid-19, e estamos atingindo recordes trágicos de mortes, com uma previsão de superarmos até os Estados Unidos em número de mortos este ano.
Ao mesmo tempo em que nossa imagem como país vai ladeira abaixo, Bolsonaro volta-se para fazer acordos ilegítimos que tentam salvar seu pescoço. Os manifestantes, bizarros mas perigosos, que mais uma vez aviltaram o Congresso e o Supremo na Praça dos Três Poderes, e o notório Roberto Jefferson bancando o xerife com uma espingarda em punho, defendendo o fechamento do Supremo e o controle de empresas jornalísticas, é o fim que Bolsonaro merece. Sua tábua de salvação é o lumpesinato e o baixo clero do Congresso, onde ele e seus filhos sempre chafurdaram.
Talvez as luvas de pelica sejam insuficientes para contê-los.