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domingo, 18 de setembro de 2022

Brasil: uma ilha de prosperidade - Gilberto Simões Pires

ILHA DE PROSPERIDADE

Enquanto a INFLAÇÃO e a RECESSÃO avançam, sem dó nem piedade, deixando rastros de destruição econômica e social em praticamente todos os países do PRIMEIRO MUNDO, eis que no nosso Brasil, que também sente, e muito, os reflexos decorrentes da PANDEMIA e, mais recentemente, da GUERRA RÚSSIA/UCRÂNIA, passou a ser visto, comentado e apreciado como uma ILHA DE PROSPERIDADE em meio a um oceano economicamente revolto. 

INFLAÇÃO

No quesito INFLAÇÃO, que na realidade identifica a VARIAÇÃO DE PREÇOS DE PRODUTOS pelo efeito -ESCASSEZ e/ou DEMANDA MAIOR DO QUE A OFERTA-, os números atualizados apontam o que acontece, por exemplo, nos seguintes países: Lituânia: 15,5% ao ano; Polônia: 11%; Reino Unido: 9%; Índia: 7%; Coreia do Sul: 5%, etc.. Sem falar nos EUA, cuja taxa de inflação já superou o índice de preços do Brasil em 2022. Vejam que o CPI (índice de preços ao consumidor, na sigla em inglês) norte-americano acumula alta de 5,31% de janeiro a julho. Enquanto isso, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) do Brasil chegou a 4,77% no mesmo período. 

PIB

Já no que diz respeito ao PIB, um levantamento feito com 33 países que divulgaram números referentes ao segundo trimestre de 2022 mostra que o crescimento médio dessas economias foi de 0,5%, segundo dados disponibilizados pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). São 24 países com crescimento, 2 com estabilidade e 7 com retração, na comparação com o trimestre anterior. Pois, para surpresa geral, o nosso PIB cresceu 1,2% no segundo trimestre em relação ao anterior. E nesta semana o Banco Central informou que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado um indicador prévio de desempenho do PIB, subiu 1,17% em julho na comparação com junho. Que tal? 

DETALHE IMPORTANTE

Detalhe importante: Holanda, Romênia, Croácia, Arábia Saudita e Israel estão entre os que mais cresceram no trimestre passado. Na lanterna do ranking aparecem Portugal, Lituânia, Letônia, Polônia e China, que por sua vez teve forte desaceleração no trimestre. Já o continente europeu está nas duas pontas do ranking: o crescimento na ZONA DO EURO foi de 0,7% graças, principalmente ao turismo. 

DESEMPENHO COMPARATIVO

Pois é, meus caros leitores. Enquanto o mundo todo sofre com INFLAÇÃO EM ALTA E CRESCIMENTO EM BAIXA, o nosso Brasil desponta com desempenho bem melhor comparativamente. Atenção: isto é algo jamais visto na história. 
E neste caso há que se reconhecer e aplaudir as acertadas medidas tomadas e operadas pela ótima equipe econômica chefiada por Paulo Guedes, pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sob a liderança do presidente Jair Bolsonaro.  

 Ponto Crítico - Gilberto Simões Pires

 

quarta-feira, 1 de junho de 2022

Inflação atinge recorde e põe em xeque estratégia do BC local

 Para conter a escalada de preços, a possibilidade de um aumento maior na taxa de juros é levantada 

Calma pessoal - é a inflação da Europa 

Inflação na Europa atinge recorde e põe em xeque estratégia do BC europeu

O principal impulsionador da inflação na zona do euro é a guerra na Ucrânia, sem sinais de arrefecimento.

O principal impulsionador da inflação na zona do euro é a guerra na Ucrânia, sem sinais de arrefecimento.  Freepik/Domínio Público

As expectativas de desaceleração na alta de preços na Europa foram quebradas. A agência de estatísticas, Eurostat, aponta para um aumento recorde na inflação de maio, atingindo 8,1% na média anual dos 19 países da zona do euro. Os custos de energia e alimentos, impulsionados sobretudo pela guerra na Ucrânia, fizeram a inflação atingir a maior porcentagem desde 1999, quando a moeda única europeia surgiu.

O Banco Central Europeu esperava um nível inflacionário de 7,7% em maio, após os preços atingirem alta de 7,4% em abril, outro recorde. Com resultados negativos (e sucessivos), está em xeque a capacidade do BC europeu em conter a escalada de preços com aumentos graduais de 0,25 ponto na taxa de juros. Os bancos centrais da Áustria, Holanda e Letônia já defenderam aumento de 0,50 ponto, um movimento inédito na zona euro.

Para Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha, os investidores monitoram a possibilidade de subida em 0,5 ponto na taxa de juros, embora o BC da Europa não tenha apresentado indícios de tal movimento. “É um cenário desafiador e há uma incerteza em relação a capacidade do Banco Central da Europa em seguir com uma elevação em um ritmo tão gradual, porque de uma lado da balança tem a questão da atividade econômica já arranhada pelo conflito no leste europeu, e de outro lado, tem as consequências da pressão inflacionária e o risco de agir tardiamente para combater a inflação”, argumenta.

O principal impulsionador da inflação na zona do euro – guerra na Ucrânia – não apresenta previsão para arrefecimento. Nesta terça, 31, o preço do petróleo subiu para 123 dólares, após o anúncio oficial da União Europeia sobre o plano de bloquear mais de dois terços das importações russas de petróleo. Em última análise, esses indicadores pressionam ainda mais a inflação. “O grande problema é que essa alta de preços vem sendo observada há vários meses e ainda não há sinais de que vá se reverter. Como resposta a isso, deverá haver uma elevação das taxas de juros nas principais economias da Europa, o que terá reflexo negativo sobre o crescimento da economia este ano, podendo inclusive dar início a uma recessão antes mesmo do fim do ano”, analisa o Henrique Castro, Professor da Escola de Economia da FGV-SP.

Inflação por país

Divulgado nesta terça, 31, o relatório da Eurostat – o serviço de estatística da União Europeia – estima um aumento de 37,5% para 39,2%, ao considerar o setor de energia isoladamente em maio, na taxa anual. Em segundo lugar, o setor de alimentos, álcool e tabaco foi de 6,3% em abril para 7,5% em maio.

No entanto, quando o núcleo da inflação é excluído (energia e alimentos), a estimativa de alta do preços gerais é de 3,8%, distante da meta do BC europeu (ao redor dos 2%). Na análise individual, seis países já passam de 10% no nível inflacionários, considerando o acúmulo anual. Estão na lista: Grécia, Letônia, Lituânia, Eslováquia, Holanda e, por último, Estônia (que passa dos 20%).

Economia - VEJA


quinta-feira, 26 de maio de 2022

Por que o rápido ingresso da Ucrânia na UE é uma ilusão, e que perigos ela representa

Filipe Figueiredo

A ilusão de que a Ucrânia poderia rapidamente ser integrante da União Europeia foi bastante vendida nos últimos meses. A simpatia internacional em relação ao país, em solidariedade ao fato de ter sido invadido pela vizinha Rússia, contribuiu para a difusão dessa ilusão, que foi tomada como promessa factível. 
Nas últimas semanas, alguns políticos europeus foram criticados por trazerem uma salutar dose de realidade ao tema. 
Tais críticas são flagrantemente injustas em qualquer debate honesto sobre a participação da Ucrânia na UE.

No dia 10 de maio, o presidente francês, Emmanuel Macron, falando perante o Parlamento europeu, afirmou que “sabemos perfeitamente que o processo para permitir a adesão da Ucrânia levaria vários anos, possivelmente décadas. Essa é a verdade, a menos que decidamos baixar os padrões de adesão. E repensar a unidade da nossa Europa”. Seu discurso era em um contexto de propor uma “comunidade europeia paralela”, apenas política, para reunir os países vizinhos e conectá-los à mais poderosa UE, dando, inclusive, possíveis garantias de segurança.

No dia 19 de maio, foi a vez do chanceler alemão, Olaf Scholz, afirmar que “não existe atalho no caminho de adesão à UE” e que a existência de uma “fila de chegada” é um ”imperativo de equidade para todos os países dos Bálcãs que há muito tempo desejam entrar para o bloco europeu”. Ele fez esses comentários dois dias depois de conversar por telefone com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. A fala de Scholz possivelmente dialoga diretamente com comentários anteriores de Zelensky.

Processo de adesão
A Ucrânia já possuía acordos comerciais e de cooperação com a UE desde 2014, parte justamente dos eventos que levam ao que os nacionalistas ucranianos chamam de Revolução da Dignidade, ou Euromaidan, que derrubou o presidente pró-Rússia Viktor Yanukovych. Já os ucranianos russófilos, e a própria Rússia, vão classificar o ocorrido como um golpe de estado articulado por países ocidentais para enfraquecer a Rússia. Naquele contexto, a Crimeia é anexada pela Rússia e começa o conflito no Donbas, no leste ucraniano.

O governo Zelensky oficializou o processo de solicitação de adesão à UE no dia 28 de fevereiro deste ano, quatro dias após a invasão russa. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou apoiar a adesão da Ucrânia ao bloco e, no dia 1º de março, o Parlamento europeu recomendou que a Ucrânia fosse considerada candidata oficial ao processo de adesão. Ursula von der Leyen, ao visitar a Ucrânia no início de abril, afirmou que apoiava uma “via rápida” de adesão para os ucranianos, diga-se.

O pedido ucraniano já está em sua segunda fase. Considerando a emergência da situação atual, o presidente ucraniano solicitou uma “admissão imediata” sob um "novo procedimento especial", que recebeu apoio de oito estados da UE. Provavelmente é isso que Scholz chamou de “atalho”, para críticas do ministro de Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba. Ele afirmou que “a ambiguidade praticada por alguns países da UE em relação à perspectiva europeia da Ucrânia deve acabar” e que “não precisamos de comentários que demonstrem um tratamento de segunda classe à Ucrânia e firam os sentimentos dos ucranianos”.

A questão é que, como dito, essa onda de apoio e solidariedade aos ucranianos, embora muito bonita e encorajadora num momento trágico, vende uma ilusão. Não é algo factível. Mesmo quando se diz que o “atalho” ucraniano tem apoio de oito estados, quais são eles? Bulgária, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Tchéquia, Letônia, Lituânia e Polônia. Nenhum deles é das grandes economias europeias, os que “pagam a conta” da UE. Ao contrário, quando se olha para os comentários dos líderes de Alemanha e de França, as duas maiores economias da UE.

Problemas da adesão
São três os tipos de problemas para uma entrada da Ucrânia na UE, que tornam esse processo, nas palavras de Macron, algo que depende de décadas, não de semanas ou de anos. Com um detalhe importantíssimo, que é o fato desses problemas existirem mesmo antes da guerra ou antes da crise de 2014. Hoje tudo isso é agravado pelo conflito, pelas objeções russas e pelas questões territoriais, especialmente a anexação da Crimeia pela Federação Russa em 2014.

O primeiro problema é o aspecto geográfico e demográfico. A Ucrânia é o maior país localizado exclusivamente na Europa. Com 600 mil quilômetros quadrados, o país tem o dobro do tamanho da Itália. Com uma população na casa dos 45 milhões de pessoas, seria o quinto país mais populoso da UE. Tudo isso representa um pesadelo logístico para os países desenvolvidos da UE, com mais fronteiras, maior fluxo de pessoas e eventual imigração em massa para os grandes centros.

Como exemplo, a adesão de Romênia e da Bulgária, em 2007, ainda possui etapas por concluir, como a entrada desses dois países no Espaço Schengen de livre-trânsito. E esses dois estados não representam nem de perto os desafios que seria uma adesão ucraniana. Os dois países balcânicos também são ótimos exemplos dos outros problemas para uma entrada da Ucrânia na UE. Inclusive, esses mesmos problemas, no contexto da adesão desses países, foi parte das razões da grave crise da Eurozona, em 2008.

Um deles é a discrepância econômica. A Ucrânia possui um PIB per capita na casa dos 14 mil dólares, enquanto a média da UE é de 35 mil dólares per capita, mais que o dobro. 
Mesmo a Bulgária, o menor índice do bloco, possui um PIB per capita de 24 mil dólares. Ou seja, trata-se de um país muito mais pobre, com uma população também mais pobre, o que criaria uma grave discrepância interna. Para isso existe o mecanismo de equilíbrio, que transfere recursos para os países mais pobres da UE, como a Hungria.

O Índice de Desenvolvimento Humano ucraniano é de 0,779, um pouco acima do Brasil e um pouco abaixo do Irã. A média da UE é de 0,897, uma distância enorme. O piso novamente é o búlgaro, de 0,816, ainda consideravelmente acima do IDH ucraniano. Inserir um país tão grande e com tamanha discrepância socioeconômica representaria um desafio enorme para as finanças europeias, ao mesmo tempo em que a mera população ucraniana daria um peso considerável ao país no Parlamento europeu, gerando um desequilíbrio entre o poder econômico e a representação política.

Países menores
Finalmente, o terceiro problema é que, independente dos sentimentos em relação ao país vítima de uma invasão, a Ucrânia não cumpre a maioria dos critérios europeus sobre governança, corrupção, democracia, transparência da máquina pública e combate ao crime organizado. Novamente, mesmo países membros como Bulgária e Romênia, bem menores, representam desafios nessas áreas. E todos esses problemas independem da guerra, antecedendo a invasão e sendo parte do debate sobre a participação ucraniana na UE desde o início do século.

Quando Scholz aponta a necessidade de “respeitar a fila” de países balcânicos candidatos, ele também é motivado pelo fato de que se tratam de países muito menores, que representarão uma adaptação muito mais fácil em seu processo de adesão. Também países cujos eventuais custos de adaptação serão muito menores. O provável próximo integrante da UE é o pequeno Montenegro, que tornou-se membro da OTAN em 2017. Montenegro possui um IDH maior que o búlgaro e uma população de apenas 600 mil pessoas, em uma área que é pouco mais da metade de Sergipe, o menor estado brasileiro.

O problema dessa venda de ilusões é que, no final das contas, a UE conseguirá apenas pessoas desiludidas. Milhões de ucranianos se sentirão enganados, a própria coesão interna ficará ameaçada, entre os “pró-Ucrânia” e os realistas, e a imagem da UE vai sofrer internacionalmente

Solidariedade é importante, mas não pode parecer apenas da boca pra fora. Provavelmente os atores que colherão os frutos disso serão EUA e China, possíveis parceiros econômicos numa necessária reconstrução do país. E que não prometeram o que não poderão cumprir logo.

Felipe Figueiredo, colunista - Gazeta do Povo -  VOZES


quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

A TOLERÂNCIA E OS INTOLERANTES - Percival Puggina

A manifestação de um “influenciador” digital dizendo-se favorável à criação de um partido nazista causou surpresa e justa indignação. Quando algo assim acontece, retoma-se, simetricamente, o tema da legitimidade ou não da existência de partidos comunistas no Brasil e a circulação de seus símbolos. 

 https://www.puggina.org/admin/files/artigo_galeria/artigo_galeria11311509022022_1_.png

A simetria se aplica ao caso. As duas doutrinas e os regimes delas derivados são genocidas. Causaram terríveis sofrimentos à humanidade quando alcançaram o poder. São contra e atuam contra direitos fundamentais da pessoa humana. Na semana passada, em Curitiba, liderados por um vereador do PT, portando bandeiras de um partido comunista, baderneiros invadiram a igreja do Rosário durante a celebração da missa. Dá-lhes poder e logo verás os resultados.

Países que viveram sob o comunismo proibiram a exibição de seus símbolos. Entre eles, nomeadamente, Hungria, Letônia, Polônia, Lituânia, Ucrânia, Geórgia, e Moldávia. Na Polônia, até camisetas de Che Guevara [o porco, o fedorento, o mijado]são proibidas.

[Comunismo e esquerda mataram mais de 100.000.000 de inocentes

Comunismo e esquerda mataram
mais de 100.000.000 de inocentes

VITIMAS do COMUNISMO e da
ESQUERDA]

Em agosto de 2020 circulou na Internet que Os Estados Unidos proíbem filiados de partido comunista ou de qualquer outro partido totalitário de obterem residência no país. O fato causou reboliço e alguém  pediu à Lupa (agência verificadora, ou de fact checking) que averiguasse a autenticidade da informação. A Lupa retornou pela tangente. “Verdadeiro, mas...”, carimbou na matéria. Em resumo, a informação é verdadeira, mas não recente, como dava a entender a notícia.

Ou seja, não era bem assim, era pior. Acontecera que, poucos dias antes, o Serviço de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos emitira uma nota relembrando o teor da Lei de Imigração e Nacionalidade, vigente desde 1952. Quem redigira a informação tomara o lembrete como se fosse norma nova.

Em relação à sua segurança interna, os Estados Unidos não são bobos há muito mais tempo. Por isso, os comunistas lá nativos percorrem o caminho da tomada, por dentro, dos espaços culturais, como tão bem observou – com razão – o Olavo de Carvalho. Daí para o poder político há um caminho curto e indolor. É o que acontece, de modo sistemático, em todo o Ocidente. Mas este é outro assunto.

Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.