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quarta-feira, 11 de maio de 2016

Vem aí o Mandela do ABC



Se alguém se dispuser a governar o Brasil, a narrativa do coitadismo retornará a seu nicho folclórico
Atenção para a nova narrativa da elite vermelha (são os maiores narradores do mundo), de saída do palácio: estão sem grana. Começaram a espalhar que estão pagando seus advogados milionários do próprio bolso, a duras penas. É de cortar o coração. A razão, todos sabem: o produto do roubo de uma década, na corrente solidária do mensalão e do petrolão, foi integralmente doado a instituições de caridade. Os guerreiros do povo brasileiro não querem nada para eles. Só a glória de terem colocado um país na lona na base da conversa fiada.

A saudosa Dilma Rousseff avisou que vai resistir no Palácio da Alvorada. “É só o começo, a luta vai ser longa”, avisou a patroa do Bessias. E milagrosamente a gangue dos movimentos sociais S.A. saiu incendiando o Brasil, bloqueando ruas e estradas, difundindo os altos ideais do parasitismo profissional. Não pensem que sai barato uma mobilização cívica dessas. A mortadela é só o símbolo. É preciso um caixa poderoso para manter tantos vagabundos em estado de prontidão. Devem ser as famosas vaquinhas do Vaccari.

Pode-se dizer que o PT chegou, assim, ao nirvana. Passou um agradável verão de 13 anos e meio à sombra do contribuinte, fez o seu pé-de-meia muito bem feito e voltou para o seu lugar natural nesta existência: jogar pedra e reger a bagunça – protegido pelos melhores advogados e santificado pela fina flor da desonestidade intelectual.

A cena do escritor Adolfo Pérez Esquivel no Senado defendendo Dilma Rousseff de um golpe de Estado mostrou a importância do Prêmio Nobel da Paz: manter uma opinião pública em perfeita comunhão com suas ilusões pequeno-burguesas de bondade, enxergando no espelho um herói socialista. Enquanto Lula não for preso, continuará regendo esse repertório dos inocentes úteis e ativistas de aluguel, investindo sua gorda poupança no rendimento seguro do coitadismo. Depois que for apanhado por Sergio Moro, virará preso político – um Nelson Mandela do ABC, esperando para retomar o que é dele (o Brasil). Isso não tem fim.

A chance que o país tem de confinar a narrativa coitada no seu nicho folclórico é alguém se dispor a governar isto aqui. O Palácio do Planalto foi transformado num bilhete de Mega Sena, onde o felizardo e seus churrasqueiros vão passar longas férias inventando slogans espertos, botando ministro da Educação para caçar mosquito e outras travessuras do arraial. Se aparecer um governo por ali, a essa altura do campeonato, será uma revolução.

Se houver de fato a investidura de uma política econômica de verdade, com Henrique Meirelles na Fazenda e Ilan Goldfajn no Banco Central (ou qualquer outro que não aceite ser capacho de populista), as férias remuneradas da elite vermelha poderão começar a acabar. Se houver de fato a desinfecção da pantomima terceiro-mundista na política externa, faltará a ressurreição da democracia interna. O Brasil vive hoje uma democracia particular, na qual a gangue companheira que depenou o Estado faz chantagens emocionais ao vivo – constrangendo qualquer possível liderança legítima com seu exército de bolsistas sociais. Estamos na metade do caminho para a Venezuela, na metade do percurso para o chavismo e seu totalitarismo branco.

Um governo de verdade pode dar meia volta com relativa facilidade, bastando algo que os políticos atuais de todas as correntes rezam para não ter de exercer: autoridade. Bloqueou rua? O Estado vai lá e desbloqueia. Ele serve para isso, seus funcionários e representantes são pagos para issozelar pelo interesse da coletividade. Os monopolistas do bem gritarão que estão sendo reprimidos, na sua velha tática de jogar areia nos olhos da plateia. Cabe a um governo de verdade enxotá-los com a lei, esteja a plateia enxergando ou não. No Plano Real, antes de nascer gloriosa a moeda forte, o governo penou para implantar a responsabilidade fiscal – essa que está depondo Dilma Rousseff – contra a gritaria geral. Isso dói. Tem alguém aí disposto a esse sacrifício, prezado Michel Temer? Se não tiver, ouça um bom conselho: melhor ficar em casa. A lenda petista continuará dizendo que se trata de um golpe para entregar o país ao PMDB de Eduardo Cunha. Só há um antídoto eficaz para essa praga renitente: um governo que governe.

Fonte: Guilherme Fiuza – Época

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

África do Sul, a roubalheira

Tristes trópicos

O presidente Jacob Zuma está enterrando de vez o que resta da confiança tão duramente conquistada pela África do Sul

A nação irrompera no século 21 com motivos de sobra para andar de cabeça erguida. Um líder amado e representativo de sua gente fora eleito em pleito histórico, injetando gosto por democracia e apetite por cidadania aos redutos mais esquecidos do vasto território. O resto do continente olhava para esse Bric emergente com um misto de curiosidade, e que até mesmo Copa do Mundo abrigou!

Hoje orgulho e esperança se esfarelaram. “Estamos rumando para um Estado predador, onde uma elite poderosa, corrupta e demagoga de hienas políticas usa cada vez mais o Estado para enriquecer”, acusa um sindicalista histórico. “Estamos traindo os mais pobres, parece pacto com o diabo”, acrescenta outro companheiro.

Estamos falando da África do Sul, é claro.
Dias atrás, após anos de escandalosas tergiversações e delongas, o presidente Jacob Zuma achou prudente aceitar devolver pelo menos parte do dinheiro público que gastou na reforma de sua residência. Dessa forma ele tenta encerrar um processo judicial cuja audiência está marcada para esta terça-feira e que arrasta seu corrupto governo ladeira abaixo.

No continente africano, abusar de fundos públicos para erigir mirabolantes domínios privados costumava fazer parte do receituário de cleptocratas ditatoriais como Jean-Bedel Bokassa ou Mobutu Sese Seko. “O Grande Leopardo” Mobutu, por exemplo, que reinou no antigo Zaire (hoje República Democrática do Congo) por 32 anos, tinha uma Versalhes privada na selva de Gbadolite com aeroporto capaz de receber aviões Concorde, um bunker nuclear para 500 pessoas, vários palácios e um elaborado complexo de pagodes construído por chineses.

Bokassa, o autoproclamado imperador da República Centro-Africana, cuja cerimônia de coroação foi tão extravagante que consumiu algo como um terço do orçamento do Estado, manteve-se no poder por 13 anos. Já o tirano-mor de Uganda Idi Amin, que enviava telegramas à rainha Elizabeth II da Inglaterra tratando-a de “Liz”, costumava chegar a reuniões de cúpula do Commonwealth em cima de um andor carregado por quatro esquálidos caucasianos.

Mas a África do Sul democrática do pós-apartheid que emergiu orgulhosa junto com seu fundador Nelson Mandela em 1994 tinha outros parâmetros e lições de retidão a dar ao continente. E de início assim foi. A erosão veio com o apego à máquina do poder pela elite do histórico Congresso Africano Nacional pós Mandela. Lambuzaram-se, diria o ministro Jacques Wagner. E o atual presidente Jacob Zuma, no poder desde 2009, está enterrando de vez o que resta da confiança tão duramente conquistada pelo país.

Não é de hoje que ele se vê enredado em acusações pesadas de corrupção, tráfico de influência, lotação de cargos para apadrinhados, estelionato e até mesmo um caso de estupro, dos quais sempre conseguiu escapulir. O que nunca sumiu da lupa da Defensora do Povo, cargo equivalente a um ombudsman dos cidadãos, foi a tal reforma “de segurança nacional” iniciada em sua residência particular pouco após tomar posse.

Foram adicionados um conjunto de edificações de estilos e formas variadas, uma piscina, um heliporto, um anfiteatro, um centro de recepção com cúpula, um estábulo para gado e um galinheiro — tudo em nome da segurança do chefe da nação e em meio à paisagem rural e paupérrima de Nkandla, sua terra natal, na província de KwaZulu-Natal, uma das mais desoladas do país. Ali, apenas 10 mil domicílios têm energia elétrica, 7 mil não têm água encanada e dos cerca de 120 mil habitantes da região mais de 40% estão desempregados.

O terreno agora ocupado por Zuma equivale a oito campos de futebol e a reforma engoliu o equivalente a 246 milhões de rands (equivalente a R$ 60 milhões), enquanto o upgrade do último governante branco do país, F. W. de Klerk, custara 236 mil rands uma década antes.

A primeira tentativa de fazê-lo responder a processo fracassara devido à imaginativa defesa das reformas encaminhada pelo ministério da Polícia. Um bombeiro chamado a depor afirmara que a piscina representava “a melhor fonte de água disponível para abastecer as bombas em caso de incêndio de grandes proporções”. O anfiteatro fora necessário para prevenir a erosão do solo por onde circulam os pesados veículos blindados, o centro de recepção poderia ser necessário para abrigar a grande família do presidente polígamo (ele tem 20 filhos) em caso de emergência, estábulo e galinheiro têm “valor espiritual”.

Só que a Defensora do Povo Thuli Madonsela manteve a pressão. Titular do cargo instituído pelo Artigo 181 da Constituição de 1996 e cuja indicação é feita pela Assembleia Nacional, ela se sabe amparada pela indignação popular. O relatório 2015 da Transparência Internacional com a rede Afrobarometer aponta a África do Sul, seguida de Gana e Nigéria, como o país africano em que a corrupção é citada como tendo piorado mais ao longo do último ano.

Jacob Zuma, o menino zulu que cuidava de rebanhos, frequentou a escola apenas por alguns anos e não recebeu nenhuma educação formal além do primário, engajou-se cedo na luta pela sua gente e tornou-se um competente líder do Partido Comunista sul-africano e do ANC. Não foi por acaso que penou dez anos na prisão de Robben Island ao lado de Nelson Mandela. Sempre teve sintonia fina com o homem do povo, em contraponto com seu antecessor mais austero, Thabo Mbki. Pena que tenha perdido o rumo quando o caminho ficou fácil.

No ano em que o movimento de libertação comemora 104 anos especula-se se o presidente de 73 anos conseguirá chegar ao término de seu segundo mandato, em 2019. Uma declaração de Ronnie Kasrils, ex-ministro dos Serviços de Inteligência, ao jornal “The Guardian” dois anos atrás, diz tudo: “Mais importante do que o partido são as ideias do partido. São elas que devemos defender. Se o partido esquece essas ideias, vamos ficar do lado do povo que exige o que lhe prometemos a vida toda — uma vida melhor. Não podemos ficar calados quando vemos esses crimes de corrupção.” 


Fonte: Dorrit Harazim é jornalista - O Globo

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Lula, o estadista de galinheiro e sua morte que nunca acaba






O estadista de galinheiro que resolveu virar passarinho e voar para longe da Lava Jato pode estar batendo asas na rota da gaiola


Anunciada na entrevista à rádio Itatiaia e reiterada horas depois num palavrório em São Bernardo, a novidade foi confirmada nas escalas que o palanque ambulante fez no Paraguai e na Argentina: Lula resolveu ser passarinho. Embora seja sempre uma proeza, essa não tem nada de mais. Quem resolveu em oito anos todos os problemas acumulados em mais de 500 nem precisa de muito esforço para fazer o que Hugo Chávez anda fazendo quando precisa dar conselhos ao filhote Nicolás Maduro.


É também improvável que alguma ave possa alcançar as alturas históricas atingidas por personagens a que o ex-presidente se comparou. Ele já se apresentou, por exemplo, como uma reencarnação melhorada de Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Jesus Cristo, Tiradentes, Abraham Lincoln e Nelson Mandela. O estadista de galinheiro interrompe o sono eterno de qualquer um sempre que precisa de ajuda para escapar do tribunal, de fiascos eleitorais ou quaisquer outras enrascadas cabeludas em que vive se metendo.

A primeira vítima foi exumada para abafar os estrondos decorrentes da descoberta do Mensalão. “Em 1954, Getúlio Vargas teve a coragem de dizer ao Brasil que a gente iria fazer a Petrobras e foi achincalhado como eu”, fantasiou Lula em 4 de agosto de 2005. Hoje, a Petrobras é, sem dúvida nenhuma, a empresa brasileira de maior orgulho para todos os 186 milhões de brasileiros. É por isso que a elite quer fazer comigo o que fez com Getúlio”. (A Petrobras é que seria alvejada no peito por disparos de Lula e seus bucaneiros).

Em março de 2006, tangido pelo medo de ver o segundo mandato sair pelo ralo das ladroagens mensaleiras,  Lula escolheu o alvo da comparação infamante depois de assistir a um capítulo da minissérie da Globo inspirada na figura de Juscelino Kubitschek. Hoje, JK está sendo vendido como herói, mas a novela mostra como é que os que estão me atacando hoje atacavam JK”, ensinou num falatório em Salvador. (Nem Carlos Lacerda ousaria enxergar semelhanças entre o construtor de Brasília e o inventor do Brasil Maravilha).


No fim do inquilinato no gabinete presidencial, quando fazia o diabo para eleger Dilma Rousseff, incorporou simultaneamente o filho de Deus e o mártir da Inconfidência Mineira. “Todo santo dia eu sou perseguido por aqueles que não se conformam com um presidente operário que pensa só nos pobres”, recitava o animador de comício antes de invocar uma das estações do seu calvário malandro: “Diziam que eu era comunista porque tinha barba comprida, mas Jesus também tinha, Tiradentes também tinha”.

Em fevereiro de 2013, ainda convencido de que seria secretário-geral da ONU depois de contemplado com o Nobel da Paz, começou a violar sepulturas em terra estrangeira. “A imprensa batia no Abraham Lincoln em 1860 igualzinho batem em mim”, descobriu o médium de botequim. (Nem o mais feroz antagonista do presidente americano ousaria acusar Lincoln de ser um lula). Meses mais tarde, sobrou para Nelson Mandela.

 
“Tive uma grata satisfação de fazer parte de uma geração que lutou contra o apartheid”, reincidiu em 5 de dezembro. “Não tinha sentido a maioria negra ser governada pela minoria branca lá. Aqui, acontecia comigo a mesma coisa”. (O gigante sul-africano que acabara de morrer daria um jeito de viver mais alguns séculos se desconfiasse que reencarnaria no Brasil como camelô de empreiteira e caso de polícia).  Foi para afastar-se das arapucas da Operação Lava Jato, aliás, que Lula providenciou a mais recente metamorfose. “Você só consegue matar um pássaro se ele ficar parado no mesmo galho”, explicou ao anunciar o advento do Lula alado. “Se ele ficar pulando, é difícil. Então é o seguinte: eu voltei a voar outra vez. Eu agora vou falar, vou viajar, vou dar entrevistas”.


Dado o recado, foi bater asas longe da Lava Jato (e do governo em decomposição da herdeira Dilma Rousseff). Estava na Argentina quando chegou ao Supremo Tribunal Federal o documento em que o delegado da Polícia Federal Josélio Sousa pede autorização para incluir Lula na devassa do Petrolão. Trecho da petição:
“(…) a presente investigação não pode se furtar de trazer à luz da apuração dos fatos a pessoa do então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que, na condição de mandatário máximo do país, pode ter sido beneficiado pelo esquema em curso na Petrobras, obtendo vantagens para si, para seu partido, o PT, ou mesmo para seu Governo, com a manutenção de uma base de apoio partidário sustentada à custa de negócios ilícitos na referida estatal”.
 

“Pode ter sido beneficiado” é muita gentileza. Aí tem — e como!, sabe até o distintivo do delegado. Pelo que já confessaram comparsas convertidos em colaboradores da Justiça, pelo que a Polícia Federal já descobriu, pela montanha de provas acumuladas em Curitiba, pelo que logo se saberá sobre as maracutaias em Pasadena, na Refinaria Abreu e Lima, no Itaquerão e no Instituto Lula, fora o resto, pode-se afirmar que o passarinho espertalhão escolheu a rota errada.

Está voando perto demais da gaiola.

Enquanto os brasileiros estão cansados desta morte que nunca acaba, Lula, mesmo já tornado cadáver, continua onipresente. A onipresença é constitutiva da tirania e Lula é figura tirânica, como todo ególatra. Para tentar entender o fenômeno pelo qual a Alemanha se submeteu por um homem ridículo e obtuso como Hitler, o brilhante filósofo alemão, Eric Voegelin, se vale do spoudaios estabelecido por Aristóteles.

Evitando o insustentável paralelo entre nazismo e lulopetismo, pois, além de outras razões, o lulopetismo não passa de uma esculhambação vigarista reprimível por alguns camburões, talvez seja interessante contemplar pelo spoudaios a figura obtusa do passarinho vigarista. O modelo de Aristóteles é o homem que, tendo desenvolvido suas potencialidades, aprendeu que para governar e comandar é necessário governar a si mesmo, principalmente dominar as paixões. Mas Lula sucumbe à paixão pelo poder e por si próprio, em dramático autodesconhecimento.
 
O spoudaios desceu ao inferno do autoconhecimento de onde voltou com o desvelamento da própria alma. Assim, é capaz de conhecer a alma de seus governados, compreendendo as necessidades deles. Mas o Lula que só pensa nos pobres jamais se pôs ao lado deles se comparando a homens simples, preferindo paralelos com Jesus ou estadistas como JK e outros porque só pensa nos pobres sim, mas como objeto do populismo truculento que enriquece e perpetua no poder o pai dos pobres que os traiu incansavelmente.

O spoudaios é lúcido e humilde perante o real. Mas a arrogância de Lula repele a lucidez e, com a ajuda da compulsão pela mentira, combate a realidade. O spoudaios não é um condutor de homens como um peão que tange gado; é um líder autêntico, mais do que institucional e político, à frente de homens preenchidos de consciência e alma, não de um rebanho acrítico que o segue por necessidade, conveniência ou convicção insana. Em Lula vê-se o oposto: o líder néscio de uma ralé que, com a autoridade da ignorância, é governante medíocre e cruel.

No réquiem prolongado cujo final será na cadeia, a cria parva do passarinho-jeca contribui declarando que “não faço essa renúncia porque não devo nada, não fiz nada de errado”. Certamente Dilma não deve nada ao projeto soterrado pelas ruínas da nação arruinada por ele; também não fez nada de errado além de mentir, fraudar, trapacear e trombar com as leis. Tudo contornado com a adesão um Brasil primitivo guiado pela figura imaginária de líder até que a matasse o ladrão miserável que a habita.

Na progressão do réquiem, o Lula que nunca foi esquerdista nem direitista para ser apenas oportunista e nem elite ou povo para ser apenas escória, faz o que sabe: vadiar enquanto mente jactando-se de vadiar enquanto mente. Agora de galho em galho, esperando interromper sua descida ao inferno. Descobrirá que, conforme Anaxágoras ensinou para quem pretende driblar a realidade – e no caso do passarinho vigarista, a cadeia –, a descida ao inferno é a mesma de qualquer lugar.

Fonte: Coluna do Augusto Nunes