EUA deixam aliança internacional contra o aborto apoiada por Bolsonaro
Junto com o ex-presidente Donald Trump, o governo brasileiro foi um dos principais apoiadores do grupo de 32 países
O governo de Joe Biden anunciou nesta quinta-feira, na Organização Mundial da Saúde (OMS), que vai apoiar ações em educação, saúde e direitos sexuais reprodutivos, além de voltar a financiar organismos internacionais e organizações que trabalham com esses temas. Com essa nova posição, Biden põe uma pá de cal sobre a política abraçada por seu antecessor, Donald Trump, de combater o aborto internamente e em fóruns internacionais. Ao mesmo tempo, indica a saída dos EUA de uma aliança internacional contra o aborto, anunciada em outubro do ano passado, apoiada com ênfase pelo presidente Jair Bolsonaro. [com apenas um dia de governo, o novo presidente americano adota medidas covardes e cruéis, contra seres humanos inocentes e indefesos. Com tais medidas um apelido já usado para identificar os Estados Unidos, volta a ter motivos para ser empregado: "Grande Satã".
A propósito: o que o mundo pode esperar de um governo de esquerda? adepto do politicamente correto e da política de desvalorizar VALORES do BEM, que incluem, sem limitar: a FAMÍLIA, a MORAL, à RELIGIÃO, à VIDA.]
A aliança internacional, denominada Consenso de Genebra, é formada por 32 países. Além de Brasil e EUA, aderiram ao documento Arábia Saudita, Polônia, Iraque, Indonésia, Egito, Congo, Paquistão e Zâmbia, entre outros.
Os governos dessas nações decidiram vetar todos os termos relacionados à saúde reprodutiva e direitos sexuais em programas e resoluções internacionais.
Eles argumentam que o uso desses termos seria uma abertura para a legalização do aborto, o que as organizações internacionais negam, já que as resoluções não se sobrepõem às leis nacionais
Para fontes da área diplomática do Brasil, não há como essa aliança internacional não ser afetada negativamente com a saída de um de seus principais integrantes. Porém, durante sua intervenção na reunião desta quinta-feira na OMS, a delegação brasileira informou que está "pronta e disposta" a trabalhar com os EUA e todos os outros países para fortalecer a organização.
No Brasil, o aborto só é permitido em três situações: quando há risco de morte para a mulher, causado pela gravidez; a gravidez é resultante de um estupro; ou se o feto é anencefálico.A participação dos EUA na reunião da OMS marcou a volta do país à organização, depois do rompimento promovido por Trump no ano passado e revogado por decreto por Biden logo depois da sua posse na quarta-feira.
Segundo o chefe da delegação americana na reunião, Anthony Fauci — que há décadas é diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos EUA —, o governo Biden vai acabar, nos próximos dias, com as restrições que impedem que o governo federal americano repasse verbas para organizações dentro e fora dos EUA que lidam com o planejamento familiar e não refutam explicitamente o aborto. Ele também anunciou na reunião que os EUA passarão a financiar o consórcio Covax, que visa distribuir vacinas contra a Covid-19 para países pobres.
Fauci disse que a nova política em relação ao aborto faz parte do compromisso de Biden de revogar a chamada "Política da Cidade do México", adotada no governo de Ronald Reagan (1981-1988) e pelos governos republicanos desde então. Trump ampliou a política, com proibição de repasse de recursos para qualquer tipo de ajuda à saúde — como tratamentos de HIV, tuberculose e malária — se as organizações beneficiadas não firmassem um compromisso contra o aborto. [as crianças, assassinadas pelas mães no aborto - ainda na barriga de quem as concebeu = que deveria, e deve, ser o lugar mais seguro do mundo para elas = possuem mais direitos à vida do que os portadores de HIV, tuberculose, e malária (esses tem direitos à vida e a todo o tratamento médico, são seres humanos, só que como é sabido as crianças são prioridade em qualquer ação de salvamento = especialmente as que são vítimas da sanha assassina das próprias mães.]
Em direção contrária a Donald Trump, Fauci elogiou a OMS e chamou o diretor-geral do organismo, Tedros Adhanom, de "querido amigo".— Tenho a honra de anunciar que os Estados Unidos continuarão sendo membros da OMS. Os EUA também pretendem cumprir suas obrigações financeiras com a organização — disse.[o número de mortos pela covid-19, nos EUA e no mundo, comprovam a eficiência de Fauci no combate à pandemia nos EUA e do Adhanom no comando da OMS.] no mundo, comprova.
Mundo - coluna de Eliane Oliveira em O Globo