Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
O presidente veio com a história de que “a democracia é relativa”. Não existe isso. O que há, no mundo das realidades, são democracias e ditaduras
Presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro, e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião privada | Foto: Ricardo Stuckert/PR
O sonho do presidente Lula, pelo que se constata ouvindo os
desvarios cada vez mais agitados que ele não para de produzir todas as vezes
que abre a boca para falar em público, é ser o ditador Nicolás Maduro.
É isso,
no fundo: ele quer ser um Maduro, e quer que o Brasil seja uma Venezuela.
Como
passa as 24 horas do dia cercado pelo cordão de puxa-sacos mais tóxico que já
se viu na história brasileira, ninguém tem coragem, nem a decência mínima, de
lhe dizer que tanto uma coisa quanto a outra são mais complicadas do que ele
imagina.
O resultado é que Lula continua, com o gás todo, nessa viagem
perturbada rumo às suas miragens;
- deu para dizer agora que tem “orgulho” de ser
chamado de comunista, e que o Brasil precisa acabar com essa conversa de
família, religião e patriotismo.
Isso é coisa de “faxista”, como diz, e ele tem
horror ao “faxismo”. Imagina-se com o cartaz de um Nelson Mandela, pronto a
receber o Prêmio Nobel,e o cordão à sua volta se ajoelha e diz: “Isso mesmo,
presidente”. Está tão perto de Mandela como o Jabaquara do Real Madrid; o que
acaba acontecendo, na prática, é a sua transformação em mais um projeto de
ditador bananeiro, um misto de Pancho Villa com João de Deus, que dá nesse
sub-Maduro que se vê por aí.
O crescente tumulto mental de Lula coincide com os piores
momentos que a Justiça brasileira já teve desde que o governador Tomé de Sousa,
há quase 500 anos, colocou em funcionamento um sistema judicial neste país, com
a instalação do ouvidor-geral da Bahia.
Desses piores momentos, possivelmente
nenhum foi pior que o mais recente — a cassação dos direitos políticos do
ex-presidente Jair Bolsonaro,em quem os 140 milhões de eleitores brasileiros
estão agora proibidos de votar, por decisão da junta judicial que hoje governa
o Brasil em parceria com Lula e o seu sistema.
É uma dessas espetaculares
coincidências da vida.
No mesmo momento em que as Cortes Supremas do Brasil
cassaram Bolsonaro, as Cortes Supremas da Venezuela cassaram María Corina, a
candidata mais forte do que sobrou de oposição por ali para as próximas
eleições presidenciais.
Essa eleição é uma piada — na Venezuela também existe
um TSE, e também lá ganha quem o TSE deles diz que ganhou.
É uma farsa em
estado puro, segundo atestam as avaliações de todas as democracias sérias do
mundo e, até, dos órgãos de militância esquerdeira, como as ONUs, as OEAs e as
coisas parecidas.
Mas, assim como aqui, o governo não quer correr o menor risco
de algum acidente;é mais prático, logo de uma vez, proibir o adversário de
concorrer.
Como é que Lula, Janja, Flávio Dino e os outros imaginam
deixar o Brasil do mesmo tamanho? Se querem uma democracia venezuelana, vão
precisar de uma economia venezuelana
Venezuela e Brasil, ao estilo do consórcio STF-Lula — tudo
a ver? Há, sem dúvida, um imenso esforço para que tudo tenha cada vez mais a
ver. O presidente da República, justo neste momento, resolveu ter mais um dos
seus surtos madureiros — disse que a Venezuela é uma formosa democracia, porque
tem “mais eleições que o Brasil”.
A declaração foi um assombro — China, Cuba,
Coreia do Norte têm eleições; todas as ditaduras do mundo têm eleições.
De que
adianta a Venezuela ter eleições se a oposição não pode ter candidato?
Lula,
diante do despropósito que tinha acabado de dizer, quis fugir, como sempre faz
nessas ocasiões — e, como sempre, disparou um despropósito maior ainda. Veio
com a história de que “a democracia é relativa; cada um acha que é uma coisa”.
Não existe isso. Não há “democracia relativa”. Quem achava isso eram os
generais da ditadura militar do AI-5. O que há, no mundo das realidades, são
democracias e ditaduras. Se é democracia é democracia; se é ditadura é
ditadura. Até o ministro Gilmar Mendes (ele e Alexandre de Moraes são os únicos
que realmente contam no STF; os demais só cumprem a tabela, sem disputar o
campeonato) achou que assim também já era demais. Disse, e insistiu, que a
noção de democracia relativa é um completo disparate.
🚨NA
LATA
Porque o senhor e o seu governo tem tanta dificuldade em reconhecer a ditadura
na Venezuela? ✅ LULA tem alma de ditador! pic.twitter.com/o5Mik8Fu4f
Eis aí, então — há dificuldades, e não são poucas, com as
fantasias de Lula e dos extremistas que mandam em regiões inteiras do seu governo.
Ele pode querer ser um novo Maduro. Mais difícil é fazer com que o Brasil seja
uma nova Venezuela. Há, é claro, muita encenação, muito fingimento e muito
adereço de mão para exibir ao público — há o palavrório do “Foro de São Paulo”,
dos novos “empréstimos” para se somarem aos que a Venezuela nunca pagou e das
teorias sobre como seria bom juntar o Brasil com a miséria da América Latina.
Mas uma coisa é dizer bobagem. Fazer com que aconteça já são outros quinhentos.
Gilmar Mendes, por exemplo — Lula provavelmente não estava esperando levar uma
bronca, em público, dele. Democracia relativa? Só o STF tem o direito de
praticar democracia relativa no Brasil; para os demais, é exercício ilegal da
profissão. Quer dizer que o Supremo não assina embaixo de tudo o que o
presidente diz ou faz? Nesse caso não assinou. Tem dado a Lula tudo o que
interessa a Lula, como se dá a César o que é de César — ou se dava, nos velhos
tempos.
Mas outra maneira de ver a mesma coisa é refletir que o STF só dá o que
quer dar; não está claro o quanto quer, nem o que quer, mais exatamente. Há
ainda mais um ângulo: como na Bolsa de Valores, resultados do passado não
garantem resultados no futuro. A ver, portanto.
Outro problema é o Brasil em si. Lula, Janja, Flávio Dino e
outros dos grandes cérebros do seu governo talvez tenham chegado muito tarde à
cena do crime, como diria Geraldo Alckmin.
Se quisessem mesmo um Brasil
comunista, como o partido em que o ministro militou se propõe a criar, deveriam
ter começado uns 60 anos atrás, ou algo assim. De lá para cá, o Brasil virou
outro país. Tem um PIB de US$ 2 trilhões, tornou-se um dos dois ou três maiores
produtores de alimentos do mundo — o que vale mais que qualquer reserva de
petróleo — e criou uma cadeia de interesses grandes demais para ser desmanchada
com despachos no Diário Oficial.
A Venezuela, ao contrário, andou para trás. Já
tinha, antes da ditadura, uma economia de terceira categoria, que vivia
unicamente de um produto, o petróleo. Não tinha empresas privadas de verdade,
não tinha capital, não conseguia exportar um prego, nunca passou do
pré-capitalismo. De lá para cá, ficou muito pior — hoje não tem mais nem papel
higiênico, a não ser para Maduro e a casta de generais, de milicianos e de traficantes
de drogas que manda no país e fica com todos os dólares que ainda entram ali.
Dá para pagar as suas Maseratis. O Brasil já é bem mais complicado.
Com todos
os seus problemas, e põe problema nisso, o Brasil está com um PIB 20 vezes
maior que o da Venezuela de Maduro.
Como é que Lula, Janja, Flávio Dino e os
outros imaginam deixar o Brasil do mesmo tamanho?
Se querem uma democracia
venezuelana, vão precisar de uma economia venezuelana. É fácil transformar a
Venezuela numa Cuba — aliás, Cuba tem hoje um PIB maior.
Outra coisa, bem mais
difícil, é transformar o Brasil numa Venezuela. Fazer discurso no “Foro de São
Paulo”, proclamar-se comunista e ficar fazendo turismo pelo mundo com a mulher
e com Celso Amorim não vai ser suficiente.
Em encontro do Foro de São Paulo, Lula diz que sente
orgulho de ser chamado de Comunista e diz que as pautas dos Costumes, da
Família e do Patriotismo são discursos fascistas pic.twitter.com/Ee07omW1Ux
Lula e o Sistema “L” ficam muito animados, naturalmente,
quando veem aberrações em modo extremo, como a cassação dos direitos políticos
de Jair Bolsonaro.
É esse o paraíso venezuelano que pediram a Deus — um país
onde nenhuma lei vale nada, e a Constituição pode ser anulada a qualquer
momento do dia ou da noite para atender aos desejos e interesses de quem manda
no governo.
Nunca existiu qualquer fato, mesmo daqueles mais ordinários, que
pudesse ser apresentado para dar um mínimo de legalidade, ou mesmo de simples
lógica, à decisão tomada pelo complexo STF-TSE. Bolsonaro não fez nada de
errado, ou proibido por lei, para ser declarado “inelegível”; estava condenado antes
do processo começar, pela única razão de que Lula e o Comissariado Supremo que
governam o Brasil de hoje não admitem que os brasileiros possam votar nele, em
nenhuma hipótese ou circunstância.
Fabricaram, então, uma desculpa para dar
alguma roupagem jurídica ao que tinham decidido fazer — e a desculpa que
escolheram foi um desastre sem nexo, sem inteligência e sem qualquer contato
com os fatos.
Bolsonaro foi cassado, como se viu, porque fez uma reunião
com embaixadores na qual reclamou das urnas eletrônicas do TSE, que nenhuma
democracia do mundo, mesmo da segunda divisão, utiliza.
E daí? O ministro Edson
Fachin, aquele que descondenou Lula por erro no CEP, tinha feito uma reunião
com os mesmos embaixadores — só que para falar bem das urnas.
Dilma Rousseff, a
mártir da esquerda nacional que hoje está num empregão de R$ 300 mil por mês
doado por Lula, também se reuniu com embaixadores pouco antes do seu
impeachment, para ver se arrumava alguma coisa. Não arrumou nada — mas fez
exatamente a mesma coisa que Bolsonaro. Dizer que ele gerou “desconfiança no
sistema eleitoral”, então, é ainda mais prodigioso.
O presidente do PDT, que
pediu ao TSE a cassação de Bolsonaro, fez um discurso inflamado contra esse
mesmo sistema, tempos atrás; disse que onde há voto eletrônico a “fraude
impera”.
A ministra do Planejamento, a quem Lula se refere como “Simone
Estepe”, exigiu que as urnas do TSE tivessem comprovante impresso. O próprio
Flávio Dino, com todo o seu comunismo, disse, repetiu e disse de novo que o
sistema de votação não merecia confiança e tinha de ser reformado. Por que está
certo com eles e está errado com Bolsonaro? Poderiam dizer, já que era para
inventar alguma coisa, que ele cometeu genocídio; talvez ficasse um pouco menos
idiota.
Jair Bolsonaro | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência
Brasil
Lula se livrou de Bolsonaro — em boa hora, já que na sua
última entrevista, no programa Pânico, da Jovem Pan, o ex-presidente teve uma
audiência final de 1,4 milhão de ouvintes, enquanto Lula não conseguiu passar
de miseráveis 6 mil, ou coisa que o valha, nas suas lives produzidas com toda a
majestade da máquina do Estado e um caminhão de dinheiro público.
Será que vai
ter o apoio do TSE, ou STF, ou STJ, ou seja lá o “S” que for, se fizer as
mesmas coisas que a democracia da Venezuela faz — como torturar presos
políticos, prender jornalistas e levar 7 milhões de venezuelanos a fugir do
país para não morrer de fome?
Enquanto isso não fica claro, Lula também não
governa nem fica no Brasil; ultimamente andava mais uma vez pela Argentina, e
só neste mês de julho tem mais duas viagens para o exterior, agora para a
Colômbia e a Bélgica.
A Rede Globo e suas vizinhanças descrevem essa alucinação
como “intensa atividade internacional”, e Lula, para eles, é uma “liderança
latino-americana”. É por onde estamos indo — cuesta abajo, como no tango de
Gardel. Lula, Venezuela e mídia brasileira: uma só paixão.
Lula e Maduro espancam os fatos para ocultar o verdadeiro rosto da ditadura venezuelana
Ópera dos farsantes
Lula e Maduro espancam os fatos para ocultar o verdadeiro rosto da ditadura venezuelana
“Chorei de emoção!”, derreteu-se no Twitter o presidente
Hugo Chávez no começo da madrugada de 16 de julho de 2010. “Que momentos
impressionantes vivemos esta noite! Vimos os ossos do grande Bolívar! Aquele
esqueleto glorioso é de Bolívar, pois sua chama pode ser sentida! Bolívar
vive!”. Como prometera aos venezuelanos, o militar que se considerava a
perfeita reencarnação do herói nacional resolveu exumar os restos sepultados
numa tumba em Caracas para provar que El Libertador não morreu de tuberculose,
como afirmam todos os historiadores.
Na cabeça do presidente, foi assassinado
por conspiradores liderados por um general colombiano.
Durante uma semana,
dezenas de especialistas em distintas ciências perseguiram a verdadeira causa
mortis e, por determinação do chefe, examinaram com especial empenho a hipótese
de envenenamento. Ao fim de sete dias, o bolívar de hospício informou que as
investigações haviam sido “inconclusivas” e devolveu à sepultura a ossada
original.
Abatido pelo câncer, Chávez avisou meses antes da morte que
seu sucessor seria Nicolás Maduro. Em 2 de abril de 2013, descobriu-se que
continuava por aqui, mas em forma de ave. “Eu estava sozinho numa sala quando,
de repente, entrou um passarinho pequenininho que me deu três voltas por cima”,
contou Maduro, girando o anular sobre a cabeça. “Parou numa viga de madeira e
começou a cantar. Então eu disse: ‘Se você canta, também canto’. Comecei a
cantar. O passarinho me estranhou? Não. Cantou mais um pouquinho, deu uma volta
e foi embora. Eu senti o espírito de Hugo Chávez.” O fenômeno alado foi
reprisado pelo menos cinco vezes. Não é pouca coisa. Mas não seria tudo: graças
aos conselhos do padrinho, Maduro sentiu-se pronto para façanhas muito mais
audaciosas. Em 20 de janeiro de 2019, por exemplo, procurou tranquilizar
venezuelanos atormentados pelo presente com a informação animadora: “Já fui ao
futuro. Vi que tudo estava bem e voltei. A união cívico-militar garante a paz e
a felicidade ao nosso povo”.
Conversa de vigarista. A taxa de miséria é desesperadora, a
inflação alcança dimensões siderais, milhões de habitantes cruzaram as
fronteiras em busca da sobrevivência. A consolidação da ditadura chavista
eliminou direitos humanos, liberdades democráticas, partidos de oposição,
imprensa independente. Centenas de adversários do regime foram executados,
outros continuam encarcerados sem julgamento. O que parecia sólido nos anos
1970 desmanchou-se no ar. Conheci a Venezuela Saudita. Não existe mais. Decidido
a permanecer no trono até o fim, Maduro recorre ao petróleo para assegurar o
apoio de militares corruptos, milícias homicidas, burocratas assassinos,
policiais. O país está subordinado a uma ditadura sórdida. Sabem disso até os
ossos de Simón Bolívar. Só Lula não sabe de nada. Nesta semana, enquanto
procurava um ângulo que aumentasse seu 1,68 metro de altura,e reduzisse a
diferença de 22 centímetros que acentua o status de anão diplomático,o
presidente brasileiro repetiu a obscenidade: tudo o que se diz de ruim sobre a
Venezuela não passa de “narrativa”. Ou “desinformação”. Ou fake news. Ou ato
antidemocrático. Ou coisa de golpista.
“Narrativas” são versões. Há muitas. A verdade é uma só, e
se ampara em fatos. O animador de auditório fantasiado de presidente não sabe
disso — ou finge não saber, o que dá na mesma. De cinco em cinco minutos,
reiterava o convite: “Apresente a tua narrativa, Maduro”. O visitante mentia:
tudo vai bem por lá.
O sorriso de Lula berrava que as coisas por aqui não param
de melhorar. Ele não conseguiu ressuscitar a Unasul e deixar Maduro melhor no
retrato dos governantes sul-americanos.
Em contrapartida, estreitaram-se os
laços entre a Presidência da República e o Supremo Tribunal Federal.
Num
churrasco na Granja do Torto, ficou acertada a transferência para o Egrégio
Plenário do principal advogado do ex-presidiário.
Outras combinações
guilhotinaram o mandato do deputado federal Deltan Dallagnol, colocaram na mira
do STF o presidente da Câmara e mandaram recados a parlamentares
oposicionistas. A sede da cúpula do Poder Judiciário agora enxerga no espelho o
prédio do Congresso.
Aos ouvidos dos dois parceiros, a “narrativa” dos
deserdados é armação de lacaio do imperialismo norte-americano. Para os
compassivos, é um soco no peito. “Ansiedade e repulsa”, resume o costureiro
Ricardo Seijas, 26 anos, quando lhe perguntam o que sentiu ao saber da chegada
de Maduro ao Brasil. “Foram inevitáveis as lembranças de um passado que me
machuca bastante”, disse o jovem que, aos 21 anos, abandonou o sonho de ser
dentista na cidade natal para livrar-se da repressão feroz. “Meu mundo caiu
quando a diretora da universidade informou que eu estava numa lista de
procurados, por participação em protestos estudantis.” Seijas arrumou as malas,
despediu-se às pressas da mãe e juntou-se à diáspora venezuelana. Hoje ele é
costureiro em Brasília, perto da mãe, que chegou em 2020. “Ela não tinha
condições de continuar por lá”, explicou Seijas. “A crise econômica é brutal.”
Em 2011, quando era adolescente, o pai comprou um apartamento.
Com tudo pago e
a chave nas mãos, recebeu por telefone o aviso do governo Chávez:como ele
tinha outros imóveis, a propriedade fora confiscada para cumprir a obrigatória
“função social”.
“Eu me senti tremendamente desrespeitada, porque o que o
ditador faz na Venezuela é desumano”, lamentou a dona de casa Elizabeth Jimenez,
39 anos. “Fico mais indignada ainda ao ver que isso é ignorado pelo presidente
do país que escolhi para ser meu refúgio. Ao receber Maduro e declarar
publicamente que o que se passa na Venezuela é ‘narrativa’, Lula legitima todas
as violações aos direitos humanos que ocorrem lá.” Elizabeth aparentemente
ignora que, se as duas faces dos governos do PT são escuras, é sempre mais
sombria a que escancara a política externa da canalhice, que vigorou de 2003 a
2015 e foi ressuscitada no primeiro minuto deste ano.
Juscelino Kubitschek afirmava que fora poupado por Deus do
sentimento do medo. No caso de Lula, defeitos de fabricação revogaram o
sentimento da vergonha e proibiram qualquer espécie de remorso
Em abril de 2006, numa discurseira em Curitiba, Hugo Chávez
pediu à plateia que reelegesse “o herói do Brasil”. Em novembro, num comício na
Venezuela, Lula recomendou aos espectadores que mantivessem Chávez no poder. Em
outubro de 2009, Chávez comparou Lula a Jesus Cristo e virou cabo eleitoral de
Dilma Rousseff. Em abril de 2013, o candidato Nicolás Maduro animou a turma no
palanque em Maracaibo com a apresentação do vídeo em que Lula afirma que a
vitória do sucessor era essencial para a consolidação da Venezuela sonhada pelo
bolívar de hospício. Comovido, Maduro agradeceu a Lula “por todo o apoio que
deu a Chávez, por todo o apoio que deu à revolução bolivariana”. Em fevereiro
de 2017, Lula e Dilma apoiaram publicamente a candidatura de Maduro. Nos anos
seguintes, o coração de Dilma Rousseff sempre bateu em descompasso nos
encontros com o topete desprovido de cérebro a 1,90 metro de altitude.
“Se Cuba não tivesse o bloqueio dos Estados Unidos, poderia
ser uma Holanda”, garantiu o torturador de fatos. Fruto do acasalamento de
stalinistas farofeiros do PT e nacionalistas de gafieira do Itamaraty, esse
aleijão subiu a rampa do Planalto em 1° de janeiro de 2003.
Nos oito anos
seguintes, fantasiado de novo-rico caridoso, o Brasil acoelhou-se com
exigências insolentes do Paraguai e do Equador, suportou com passividade bovina
bofetadas desferidas pela Argentina, hostilizou a Colômbia democrática para
afagar os narcoterroristas das Farc, meteu o rabo entre as pernas quando a
Bolívia confiscou ativos da Petrobras e rasgou o acordo para o fornecimento de
gás. Confrontado com bifurcações ou encruzilhadas, Lula fez invariavelmente a
escolha errada e curvou-se à vontade de parceiros abjetos.
Quando o Congresso de
Honduras, com o aval da Suprema Corte, destituiu legalmente o presidente Manuel
Zelaya, o Brasil se dobrou aos caprichos de Hugo Chávez. Decidido a reinstalar
no poder o canastrão que gostava de combinar chapelão branco-noiva com bigode
preto-graúna, convertido ao bolivarianismo pelos petrodólares venezuelanos,
Chávez obrigou Lula a transformar a embaixada brasileira em Tegucigalpa na
Pensão do Zelaya.
Em 2007, para afagar Fidel Castro, o governo deportou os
pugilistas Erislandy Lara e Guillermo Rigondeaux, capturados pela Polícia
Federal quando tentavam fugir para a Alemanha depois de abandonarem o
alojamento da delegação que participava dos Jogos Pan-Americanos do Rio. Entre
a civilização e a barbárie, o presidente da República sempre cravou a segunda opção.
Com derramamentos de galã mexicano, prestou vassalagem a figuras repulsivas
como o faraó de opereta Hosni Mubarak, o psicopata líbio Muammar Kadafi, o
genocida africano Omar al-Bashir, o iraniano atômico Mahmoud Ahmadinejad e o
ladrão angolano José Eduardo dos Santos. Coerentemente, o último ato do
mitômano que se julgava capaz de liquidar com conversas de botequim os
antagonismos milenares que sangram o Oriente Médio foi promover a asilado
político o assassino italiano Cesare Battisti.
Herdeira desse prodígio de sordidez, Dilma manteve o país
de joelhos e reincidiu em parcerias pornográficas. Entre o governo
constitucional do Paraguai e o presidente deposto Fernando Lugo, ficou com o
reprodutor de batina. Juntou-se à conspiração que afastou o Paraguai do
Mercosul para forçar a entrada da Venezuela. Rebaixou-se a mucama de Chávez até
a morte do bolívar de hospício. Para adiar a derrocada de Nicolás Maduro,
arranjou-lhe até papel higiênico. Ao preservar a política obscena legada pelo
padrinho, a afilhada permitiu-lhe que cobrasse a conta dos negócios
suspeitíssimos que facilitou quando presidente, em benefício de governantes
amigos e empresas brasileiras financiadas pelo BNDES. Disfarçado de
palestrante, o camelô de empreiteiras que se tornariam casos de polícia com a
descoberta do Petrolão ganhou pilhas de dólares, um buquê de imóveis e
agradecimentos em espécie de países que tiveram perdoadas suas dívidas com o
Brasil. Enquanto Lula fazia acertos multimilionários em Cuba, Dilma
transformava a Granja do Torto na casa de campo de Raúl Castro, também
presenteado com o superporto que o Brasil não tem.
Juscelino Kubitschek afirmava que fora poupado por Deus do
sentimento do medo.No caso de Lula, defeitos de fabricação revogaram o sentimento
da vergonha e proibiram qualquer espécie de remorso. Essa conjunção de avarias
talvez explique a naturalidade com que Lula reincide na louvação de regimes
liberticidas.
Ele pertence à subespécie dos criminosos que voltam assoviando ao
local do crime. Faz sentido: faltam adversários capazes. Sobram aliados capazes
de tudo.
E tem ao lado a conselheira Janja.
É por isso que já não se compara a
ninguém. Nossa metamorfose delirante já foi Juscelino Kubitschek, Getúlio
Vargas, Tiradentes, Nelson Mandela e Jesus Cristo.
Parece ter descoberto que,
no paraíso dos culpados impunes, nada é melhor que ser Lula.[o único personagem ao qual o presidente petista pode se comparar é a Judas Iscariotes - quando posava de líder sindical, deixava os companheiros em assembleia no estádio da Vila Euclides e se dirigia para a FIESP para conversar com empresários, após passava no DOPS para cumprir a função de informante do delegado Romeu Tuma - tanto que seu codinome era 'boi']
Na Ucrânia estão sendo cometidas atrocidades que exigiriam a
instauração de tribunal de crimes de guerra. Mas justiça requer
paciência. Leia aqui nosso boletim informativo sobre a guerra na
Ucrânia.
Ben Ferencz nunca pensou que voltaria a ver uma guerra na Europa. O
jurista americano de 102 anos de idade é o último procurador dos
julgamentos de Nuremberg ainda em vida, que reuniu provas dos crimes de
guerra nazistas após o fim do conflito. Ferencz nos explica como vê a
guerra na Ucrânia. “É difícil dizer quem é o criminoso”, respondeu Ferencz, “mas invadir
outro país é certamente um crime de guerra”.Vladimir Putin deve ser
julgado? “Qualquer pessoa que inicia uma guerra ilegal, por megalomania
ou qualquer outra razão, merece ser tratada como um criminoso.”
A brutalidade da guerra contra a Ucrânia é difícil de suportar. Tais
crimes podem ficar impunes? Os perpetradores poderão ser punidos algum
dia? E pode haver paz sem justiça? A jornalista Elena Servettaz, da
swissinfo.ch, questionou personalidades internacionais. A ex-procuradora internacional Carla Del Ponte atuou no Tribunal
Penal Internacional para a ex-Iugoslávia (TPII) e de Ruanda. Ela
confirma o que diz Ferencz. “Seu maior crime é a invasão. Ele é um
criminoso de guerra, sim, com certeza”, diz. Mas a jurista suíça vê
grandes desafios em levar o presidente russo à Justiça. Afinal, um
tribunal especial da ONU dificilmente seria realizável frente ao poder
de veto da Rússia no Conselho de Segurança da ONU.
Beth Van Schaack aponta para outro desafio. Ela é a embaixadora dos
EUA para a Justiça Internacional e diz: “Os responsáveis por essa
campanha de atrocidades estão na Rússia. Eles só podem ser pegos quando
deixarem o país.”
Algo que levará muito tempo. E esta é a percepção de especialistas: a
justiça requer paciência para ser executada. Pois a base de toda
acusação é a evidência. Como diz o advogado Philippe Currat: “Crimes
contra a humanidade, crimes de guerra e genocídio são delitos
extremamente complexos. São o resultado de um grande número de atos
cometidos por muitas pessoas.”
A Suíça coleta testemunhas de refugiados ucranianos desde junho de
2022 a fim de estar preparada para qualquer processo criminal ou pedido
de assistência. A Procuradoria Geral da Suíça também criou um grupo de
trabalho relacionado à Ucrânia e Rússia, com foco no direito penal
internacional. “Claro que chegará a hora da lei, mas quando e perante qual
tribunal?” se questiona François Zimeray. Esse advogado no Tribunal
Penal Internacional de Haia já lidou com vários crimes de guerra.
No
momento também vê poucas chances de punir a Rússia em um julgamento
internacional.
A Ucrânia, por outro lado, está legitimada e predestinada
a assumir essa tarefa.
Irwin Cotler, ex-advogado de Nelson Mandela, então promotor federal
do Canadá, trabalha atualmente com uma rede da ONU parar criar um
tribunal para julgar os crimes cometidos na Ucrânia. Ele espera que a
Suíça desempenhe um papel nesse sentido. “A comunidade internacional não
interveio quando a Rússia invadiu a Chechênia e a Geórgia. Também não
tomou posição com a anexação da Crimeia e os bombardeamentos na Síria”,
acusa Cotler, considerando que essa passividade possa ter encorajado
Putin a invadir a Ucrânia.
Cotler é o único dos especialistas entrevistados que vê a agressão
russa como um possível crime humanitário, dentre outros, devido ao apelo
direto e público de genocídio.”
Mas afinal o que é genocídio?
E qual é um crime de agressão segundo o
direito internacional?
Sua classificação é difícil devido à
complexidade da questão. Nossa jornalista explica as diferenças.
Por que alguém que se considera a pessoa mais popular do Brasil e do
mundo, amado por todos e apresentado por sua própria propaganda como uma
combinação de Jesus Cristo e Nelson Mandela, precisa fazer uma festa de
casamento secreta?
É o que Lula, candidato à Presidência da República
como marechal-de-campo da esquerda nacional, tentou.
Não deu certo, é
claro, porque esse tipo de coisa vaza mesmo, e vaza rápido. Mas tentaram
esconder, e é aí que está o problema:esconder por quê?
Lula discursa em Belo Horizonte na semana passada: ex-presidente só participa de eventos controlados - Foto: Ricardo Stuckert/PT
A explicação oficial é a necessidade de segurança, como na festa de qualquer burguesão desses que andam por aí. Tudo bem: rico é assim mesmo, faz suas comemorações atrás de uma muralha de homens de terno preto e fones de ouvido, em fortalezas defendidas por equipamento eletrônico, armamento de último tipo e tudo mais que pode isolar quem está dentro de quem precisa estar fora. Vale tudo, desde que a pobrada fique longe. Some daqui, pobre – é este o mandamento número 1 de qualquer festa de magnata. Mas Lula não poderia ser assim.Ele não é o pai universal dos pobres e dos coitados? Nessas horas deveria ter o povo em volta de si, em vez de fazer tudo para ficar isolado como um paxá. A explicação para isso é a mais simples de todas: é mentira que Lula seja um“homem do povo”, que tenha mesmo essa “popularidade” que encanta os institutos de pesquisa e que viva cercado pelo amor da população brasileira.
Lula foi homem do povo, 40 anos atrás – hoje é apenas um milionário a mais deste Brasilzão de sempre, igualzinho a todos os que fazem festas como a sua, circulam em carro blindado com motorista e levam uma vida sem nenhum ponto de contato com o dia a dia de pelo menos 95% da população deste país.
Sua popularidade, ao mesmo tempo, sofre há anos de uma deficiência terminal: ele não pode sair na rua, pelo medo invencível que tem de levar vaia, ouvir xingação de mãe e ser chamado de ladrão.
A prova disso é que não sai nunca. Só vai a eventos fechados da CUT, do MST, da militância petista, de empresários em busca de oportunidades, de artistas e mais do mesmo – sempre em ambiente fechado, com entrada controlada e garantia de que o povo não chega perto.
Lula, em plena campanha eleitoral, não pode nem dar uma volta no quarteirão. Passa ao longe, de cara fechada, inatingível,escondido por vidros escuros e defendido por um batalhão de seguranças armados com submetralhadoras.
É natural, assim, que a sua festa de casamento seja idêntica às festas dessa “elite” que ele denunciou como a praga fatal do Brasil durante toda a sua vida política. É uma prova a mais, depois de tantas, de que na vida real ninguém é mais da elite do que ele próprio. Na discurseira que a mídia publica, Lula continua fazendo de conta que é o grande combatente mundial contra o capitalismo, o homem do povo inconformado com o excesso de gastos da classe média e o santo protetor dos pobres brasileiros.
Na hora da sua festa de casamento,os únicos pobres presentes são os garçons, os ajudantes de cozinha e os manobristas – todos eles, por sinal, proibidos de comparecer ao trabalho com os seus celulares, para que não possam dizer nem mostrar para ninguém o que acontece dentro. Lula, o PT e os seus devotos são isso.