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quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Bons e maus sinais

Tudo indica que o deputado Rodrigo Maia será reeleito presidente da Câmara, uma boa notícia para a reforma da Previdência, pois ele sabe a importância dela e vai tentar ajudar na tramitação
 
A notícia ruim é que Renan Calheiros aparentemente tem chance de se reeleger à presidência da Senado se a eleição for fechada, em vez de aberta, como está decidido. [difícil qualquer prognóstico sobre decisão judicial - especialmente decisões do STF, situação em que o supremo ministro pode acordar pensando de uma forma, votar de acordo com o seu pensamento, ir lanchar e mudar o voto em 180º - mas, arriscando um palpite, chute mesmo: Dias Toffoli deve reconhecer que o assunto é 'interna corporis' de cada casa parlamentar = vale o regimento interno da Câmara e o do Senado = votação fechada.] A reforma da Previdência apresentada pelo antigo governo Temer provavelmente vai ser aproveitada para que se ganhe tempo na tramitação, mas as modificações que serão feitas precisarão ser aprovadas no Senado, a Casa revisora.
O senador Renan Calheiros está mais ligado à oposição, especialmente ao PT, [Renan está ligado a partidos que tem integrantes enrolados com a Justiça - afinal, Renan precisa de proteção mais concreta para não ser preso.
Afinal, a melhor proteção é uma PEC que proteja políticos criminosos;
tem só um pequeno detalhe: sem o apoio de Bolsonaro uma PEC do tipo não passa e Bolsonaro fará o que for necessário para que Lula e outros mofem na cadeia.
O Brasil é mesmo um país estranho, uma PEC abolindo direitos individuais não pode sequer ser apresentada, já uma concedendo direitos a bandidos pode.]   e é provável que atue para impedir a reforma, o que será prejudicial não apenas ao governo, mas ao país.
Políticos de partidos como PT, PDT e PP estão se armando contra a reforma da Previdência, como também contra as propostas do ministro Sérgio Moro para endurecer o combate à corrupção. Boa parte dos que apoiam Rodrigo Maia tende a ficar contra as medidas. O projeto de reforma da Previdência está amadurecendo, e tudo indica que será enviado no início de fevereiro ao Congresso juntando o aumento na idade mínima com a criação do novo sistema de capitalização, destinado a quem estiver entrando no mercado de trabalho.

Um erro político
O caso da promoção do filho do vice-presidente Hamilton Mourão a assessor direto do novo presidente do Banco do Brasil, o economista Rubem Novaes, é daqueles que devem ser colocados na conta do ônus do poder. Funcionário há 19 anos do banco, onde entrou por concurso, Antonio Rossel Mourão trabalhou no grupo de transição do governo, onde conheceram-se.
Segundo Novaes, “o Antonio me impressionou pela inteligência, competência e conhecimento do Banco”. Para ele, a pergunta que deve ser feita é “por que não tinha cargos ainda mais altos entre os executivos do Banco”. O presidente do Banco do Brasil lembra que tem três cargos de livre provimento em sua assessoria “para indicar pessoas de minha confiança e não consigo entender a estranheza da imprensa sobre o assunto, já que o critério de mérito foi rigorosamente atendido”.
Além do fato de que Antonio Rossell Mourão foi promovido ganhando três vezes o salário que tinha, não há nada de tecnicamente errado na sua ascensão, embora a insinuação de que foi prejudicado na carreira nas gestões petistas por ser filho de General, como o próprio vice-presidente reforçou ao dizer que, naquele período, competência e mérito não eram valorizados, não seja justificativa para compensações.
Nem mesmo a indicação pode ser classificada como nepotismo, pois segundo decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), ele só se caracterizaria se o filho do vice tivesse sido nomeado pelo próprio, para cargo na mesma instituição pública. Foi o caso, por exemplo, do filho do prefeito do Rio Marcelo Crivella, impedido de assessorar o pai. Embora o governo seja seu sócio majoritário, o Banco do Brasil é uma empresa de economia mista, tem ações na Bolsa de Valores, e pessoa jurídica própria, sem conexão com a União. A questão do ônus do poder é que continua de pé.
Mesmo que tenha competência para tal função, o critério de meritocracia inspirará dúvidas. Só o tempo dirá. Não seria justo que Antonio Mourão fosse prejudicado por ser filho de quem é, mas é evidente que o anúncio da nomeação foi negativo para o governo, dando margem a todo tipo de especulação. Um erro político, em suma, não um pecado mortal. Todo governo, de qualquer tendência política, sente-se incomodado com o acompanhamento implacável da imprensa, e seus membros consideram-se atingidos por críticas e denúncias.
A relação entre a imprensa e os governos foi conturbada pelos novos meios de comunicação de massa, inicialmente pela possibilidade de seus apoiadores usarem esses meios para pressionar jornalistas críticos. Sem falar nas fake news. Mais recentemente, com a ação direta do presidente Donald Trump, que resolveu enfrentar a imprensa através do twitter, e utilizar seus poderes para cercear o trabalho de quem não gosta. O presidente Bolsonaro [digamos que ainda não segue: mas, nada nem ninguém pode impedir a caminhada do Brasil rumo ao desenvolvimento econômico.]  segue o mesmo caminho.
Em vez de acusar a imprensa profissional de distorcer fatos com má intenção, seria melhor que desse entrevistas com possibilidades de contraponto, e não apenas através do twitter ou a quem está disposto a ouvi-lo sem contestação. Sempre que houver indícios de distorção maliciosa, que se processe o (ir)responsável. [sugestão justa e condizente, combina com o seu autor; o complicador é o presidente já concede entrevistas demais, o que está enrolando o meio campo.]
 
Merval Pereira - O Globo
 

terça-feira, 7 de março de 2017

“Ninguém deve ser obrigado a fazer nada”



Ao se ausentar do Carnaval, Crivella sinalizou que a prefeitura está longe de ser laica. Isso é perigoso 

Essa foi a justificativa do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, para sua ausência total da principal festa da cidade, o Carnaval. A frase sintetiza alguns dos piores defeitos num político: omissão e arrogância. Ele deixou todos em suspenso, inclusive sua equipe, e, quando a primeira escola de samba entrou na Avenida, Crivella assistia a uma partida de tênis na Gávea, Zona Sul do Rio. Na véspera, não cumpriu o ritual simbólico de entregar as chaves da cidade ao Rei Momo. Deixou Guarda Municipal, músicos, todo mundo esperando, sem saber se o prefeito daria o ar da graça. [Ruth com todo o respeito a você e a sua competência profissional, defendemos que nada obriga um prefeito, governador ou presidente da República a comparecer a um evento festivo - exceto os que forem de cunho patriótico e que envolva PATRIOTISMO, tipo o 7 de Setembro.
O governante, de qualquer um dos três entes federativos, tem o direito de comparecer em eventos festivos SE e QUANDO lhe convier.
Não estamos defendendo a Igreja Universal, que inclusive não tem a nossa simpatia, mas, defendemos o direito de qualquer autoridade, ateu ou praticante de alguma religião, não frequentar um evento.
Por Carnaval ser considerado uma forma de 'cultura' a presença do secretário municipal de Cultura já  é mais que suficiente.]

Não apareceu na abertura nem no fechamento da folia. Disse que a mulher “estava com uma gripe forte”. Mas ela também estava no torneio de tênis. Sylvia Crivella reza pelo credo do marido. Em livro recente de sua autoria, ela compara a homossexualidade a uma tragédia como os tsunamis e os suicídios. [mesmo partindo de uma 'fiel' da IURD é uma comparação extremamente oportuna e adequada.] O prefeito ignorou o manual de boas maneiras e deu uma de Trump tupiniquim ao dizer que o Carnaval pode ser “agenda da imprensa”, mas não dele, prefeito. A Igreja Universal é contra a participação de seus fiéis no Carnaval. A prefeitura carioca está longe de ser laica. Isso é só o começo. E é perigoso.

O vice de Crivella e secretário de Transportes do Rio, Fernando MacDowell, não é obrigado a pagar impostos. Ele deve R$ 215 mil de IPTU desde 2001. Deve quase R$ 235 mil de ISS. MacDowell não é obrigado a fazer nada. Crivella também não é obrigado a substituir seu vice para dar exemplo. Não é obrigado a desistir de nomear seu filho para o mais alto cargo de confiança na prefeitura. Não é obrigado a saber que nepotismo às claras se tornou muito impopular. 

Crivella não está nem aí. E não está mesmo em lugar nenhum. Não revela sua agenda nem para seus assessores, que ficam boiando, constrangidos. No Carnaval, divulgou um vídeo dizendo que “a gente não sabe sambar, mas sabe trabalhar”. Até agora, o Rio não viu nem uma coisa nem outra. Mais fácil Crivella aprender a sambar.  “Me perguntaram por que não fui ao Sambódromo. Não fui porque no meu caso seria demagogia. E os malefícios da demagogia na vida pública são extensos. A demagogia é a máscara da democracia. E o povo do Rio rejeita um prefeito com máscara ainda que seja no Carnaval.” O povo do Rio votou em Crivella, elegeu-o prefeito. Mas seu discurso na campanha eleitoral era claro: prometia não misturar religião com política. O prefeito deve ser obrigado a cumprir sua promessa. Na verdade, Crivella nem queria estar no Rio durante o Carnaval.

Estudiosos de comunicação religiosa, como Eduardo Refkalefsky, professor da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO-UFRJ), acreditam que, ao abrir mão do papel tradicional de porta-voz e anfitrião no Carnaval do Rio, Crivella perdeu muito mais do que ganhou, num momento em que ainda precisa conquistar a boa vontade do eleitorado.  “Até quando a religião pode afetar o trabalho de um gestor? De um lado, ele deveria promover a cidade”, disse o professor. Mas, ao mesmo tempo, “ele tem a questão do conflito com o Carnaval: ou ele faria uma transição de sacerdote para a postura de gestor, que tem de representar toda a população, correndo o risco de perder eleitores, ou mantinha as atitudes de quando estava na igreja, com um discurso excludente”, afirmou Refkalefsky. Crivella preferiu a exclusão, a arrogância. Esse é um pecado capital. [exceto para os ateus e os 'a toa' a religião deve ser prioridade na vida de qualquer ser humano; no caso do prefeito do Rio apenas é lamentável que sua opção tenha sido por uma religião que não foi fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo, SUPREMA HONRA que só cabe à Igreja Católica Apostólica Romana.]

Seria menos nocivo para o Brasil se somente Crivella, o pastor e bispo licenciado da Igreja Universal, agisse assim. Sua afirmação em tom de desafio remete a uma anarquia tropical que tem desmoralizado governantes, congressistas, juízes – e muitos cidadãos. Se ninguém deve ser obrigado a fazer nada que não queira, homens públicos e privados não devem assumir compromissos.

Policial não é obrigado a proteger, médico não é obrigado a atender, professor não é obrigado a ensinar, aluno não é obrigado a estudar, motorista não é obrigado a saber dirigir, pais e mães não são obrigados a educar, filhos não são obrigados a respeitar. Escolas de samba não são obrigadas a ter carros alegóricos seguros que não saiam desabando e atropelando foliões na Avenida. No fim, ninguém é punido mesmo. [não foi feliz comparar o DEVER de um médico, de um policial, de um professor, com o suposto DEVER do prefeito ir assistir a atropelamentos em massa no Sambódromo.]

A Câmara e o Senado não devem ser obrigados a descontar o dia dos congressistas que passam por lá só para bater o ponto. Os empresários não são obrigados a agir com lisura quando políticos de todos os partidos passam o chapéu pedindo dinheiro. A chapa Dilma Rousseff-Michel Temer não era obrigada a se comportar com ética e evitar o caixa dois em plena Operação Lava Jato. Somos bobos da corte, nós que nos sentimos na obrigação de protestar.


Fonte: Ruth de Aquino - Época

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sábado, 4 de fevereiro de 2017

Crivella cuida do filho Marcelinho



O prefeito invisível do Rio nomeia filho para Casa Civil. Seu vice deve R$ 580 mil em impostos 

"Chegou a hora de cuidar das pessoas", dizia o pastor Marcelo Crivella na campanha para a prefeitura do Rio de Janeiro. Ninguém pode acusá-lo de não cuidar do filho, Marcelinho Crivella, nomeado agora, para orgulho do papai, secretário da Casa Civil. O salário polpudo é o que menos conta. Marcelinho começa a ser preparado para ser eleito senador em 2018.

Tem cara de nepotismo, tem cheiro de nepotismo, é nepotismo por definição e semântica. É imoral, neste momento do país. Mas não é ilegal. O Supremo Tribunal Federal, numa súmula 13 que considero equivocada, autoriza nomear parentes para os mais altos escalões políticos, como ministros e secretários estaduais ou municipais. Soa como inversão de valores: quanto mais alto o escalão, mais censurável deveria ser a nomeação de um parente.

Nepotismo (do latim nepos, neto ou descendente) é o termo que designa favorecimento de parentes em detrimento de pessoas mais qualificadas. Marcelinho só está na posição-chave da Casa Civil por ser filho do homem. Nunca ocupou um cargo na gestão pública. Será responsável pela nomeação de 10 mil cargos comissionados. É um escândalo. Alguém da oposição deveria entrar com recurso, porque toda lei tem interpretações subjetivas. Não podemos apelar para um algoritmo salvador? Não há competência técnica comprovada de Marcelinho para essa função.

Crivella jurou “proteger a família” ao tomar posse. Está cumprindo a promessa: “Você precisa entender que ninguém conhece melhor meu filho. E quem nomeia sou eu”. Pouco sabemos sobre as qualidades de Marcelinho para o cargo. Mora nos Estados Unidos, é formado em psicologia cristã na Califórnia, casado desde 2011, e abriu uma rede de escolas de computação gráfica, Seven, que foi rebatizada de Red Zero. Uma palestra sua ensina como ganhar sempre numa negociação. Ah, e Marcelinho também gosta de pizza com rúcula. 

A reação da sociedade teria sido mais branda se Crivella tivesse, de fato, assumido o desafiador papel de prefeito de um Rio em crise aguda pós-Olimpíada, nas finanças e na segurança. Onde está Wally? Crivella é invisível como prefeito. Começou mudando a logomarca da prefeitura, substituindo o azul de Eduardo Paes pelo “verde” no brasão e trocando as palavras de lugar. Gastar dinheiro com isso? É essa a austeridade prometida?
São mais de 30 dias de mandato e o que fez o prefeito do Rio além de decretar um mutirão de cirurgias? Até agora, não sei se Crivella vai mesmo cortar à metade as despesas com cargos comissionados e gratificações. Ninguém sabe, talvez nem ele. Quem está na prefeitura não sabe se vai continuar. Ao tomar posse, prometeu reduzir de 26 para 12 as secretarias, mas não consegue finalizar nada. Crivella não divulga balanço de um mês de administração. Não se pode denunciar uma obra irregular, porque não há diretores no Urbanismo. As praias estão mais bem patrulhadas? Sim, era o mínimo no verão carioca.

Crivella recuou de cinco nomeações após revelar os nomes. Nomeou e exonerou em 24 horas. Todos tinham problemas com a Justiça. Deveria cair em si e exonerar o vice-prefeito e secretário de Transportes Fernando Mac Dowell, dono de mansão que deve R$ 215 mil de IPTU e dono de empresa que deve quase R$ 235 mil de ISS à prefeitura e R$ 137.300 à União. Crivella diz que todo contribuinte tem direito de negociar sua dívida. Verdade. Mas um endividado compulsivo não pode ser vice-prefeito nem comandar o setor turbulento e carente do transporte. Não pode. Nem rezando para o bispo. Repetindo: Mac Dowell não tem ficha fiscal compatível com o cargo.

É óbvio que, como o PRB é um braço ou uma fachada política legal para a Igreja Universal, falta “corpo técnico”. Difícil governar somente em nome do pai, do filho e do espírito santo. Funcionários da prefeitura me disseram em off que Crivella faz uma gestão amadora, como se administrasse uma paróquia. E que acalenta planos como criar o Rio 10, a Saúde 10, a Segurança 10. Usando sempre seu número, que tentou até enfiar no brasão da prefeitura. Não sei se Crivella é adepto da numerologia, mas assumir a prefeitura seria um bom começo para o Rio acéfalo.

Quanto ao “Marcelinho”, Crivella padece do mesmo problema de muitos machos brasileiros, públicos ou privados. Primeiro, anseiam por ter filho varão. Depois, fazem questão de colocar seu próprio nome no bebê. E aí temos o Michelzinho (Temer), o Rodriguinho (Maia) e tantos outros. Muitos exibem os garotinhos como troféus de masculinidade. Querem  cena mais deslocada e surreal que a do peemedebista Rodrigo Maia erguendo o Rodriguinho na mesa da Câmara em Brasília, após ser reeleito presidente? Não há fronteira entre público e privado em nosso país. Falta compostura.

Fonte: Ruth de Aquino - Revista Época
 

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Eduardo Paes diz que mulher vai 'trepar muito'e vira alvo de críticas; veja vídeo

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, foi bastante criticado na manhã deste domingo nas redes sociais. Os comentários se referiam a um vídeo onde o político usa vocabulário chulo ao entregar um apartamento da prefeitura a uma mulher.

Ao entrar no imóvel, Paes diz: “Vai trepar muito nesse quartinho”, “Vai trazer muitos namorados para cá”. O prefeito do Rio ainda continua: “Faz muito sexo aqui, Rita”. Ao deixar o apartamento, ele grita para os vizinhos “Ela disse que vai fazer muito ‘canguru’ perneta aqui. Tá liberado. A senha primeiro”.


VÍDEO: Eduardo Paes entrega apartamento e diz para proprietária 'trepar muito'

Antes do fim da gravação, Eduardo Paes pede que o cinegrafista corte a parte das brincadeiras com a moradora. Nas redes sociais, o prefeito não foi poupado.