Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Raoni. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Raoni. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Um espanto! - O Estado de S.Paulo

Eliane Cantanhêde

Negros contra negros, índios contra índios, aparelhamento da cultura, Funai e Ambiente

Um negro que nega o racismo, uma índia contrária aos movimentos indígenas, um diretor da Funai aliado aos ruralistas, a estrutura de Meio Ambiente descolada do Meio Ambiente, um secretário de Cultura que xinga Fernanda Montenegro, uma secretária de Audiovisual distante do cinema e da televisão. Sem falar em ministros.[a regra é simples, diria o ex-juiz de de futebol e vamos a ela:
- o presidente da República, JAIR BOLSONARO, no de suas atribuições constitucionais, nomeia um ministro. Por óbvio, ele procura saber o pensamento do nomeado, para concretizar o ato;
- o nomeado, tem todo o direito de recusar, mas, ao aceitar tem o DEVER de trabalhar de modo afinado com o governo que integra e que é regido pelo presidente Bolsonaro.
O ministro que não concordar, pede para sair - e os que querem um ministro ao seu gosto, esperem as próximas eleições e se candidatem ao cargo de presidente da República.]

O que que é isso, minha gente? O presidente Jair Bolsonaro vive criticando os antecessores pelo “excesso de ideologia” e rejeita indicações de políticos eleitos tão democraticamente quanto ele próprio, mas não faz outra coisa senão nomear pessoas que simplesmente se classificam “de direita”, mesmo que não tenham nada a ver com os cargos. Boa governança? O que dizer de Sérgio Camargo, que foi nomeado para a Fundação Palmares, apesar de negar o racismo, atacar a “negrada militante” e reduzir a injustiça e as humilhações contra os negros a um “racismo nutella?” Até o próprio irmão desse senhor, o músico e produtor cultural Oswaldo Camargo Júnior, abriu um abaixo-assinado contra a nomeação. Para Oswaldo, Sérgio é um “capitão do mato”. Um capitão do mato na Fundação Palmares...

Assim como pinçou um negro para desqualificar os movimentos negros, Bolsonaro levou para a abertura da Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, a youtuber índia Ysani Kalapalo, que vive entre São Paulo e sua aldeia no Xingu (MT). Isso tem nome: “Lugar de fala”. Brancos não podem atacar os movimentos, mas um negro contra negros e uma índia contra índios faz toda a diferença. [os movimentos que condenam o presidente Bolsonaro levar para Assembleia-Geral da ONU, são, certamente, os mesmo que apoiam Raoni - que vive mais fora do Brasil, da aldeia da qual diz ser cacique - para o Nobel da Paz.]


Tratada como troféu, a jovem se diz “80% de direita”, considera as queimadas “um acidente” e ataca os líderes como “índios esquerdistas que fazem baderna em Brasília”. Exultante, Bolsonaro decretou o fim do “monopólio do sr. Raoni”. Referia-se a um ícone, indicado para o Prêmio Nobel da Paz. Famoso por chamar Fernanda Montenegro de “sórdida e mentirosa”, o diretor de teatro Roberto Alvim foi nomeado secretário de Cultura e não apenas define a política cultural como nomeia direitistas por serem direitistas. Exemplo: Katiane Gouveia, da Cúpula Conservadora das Américas, manda na estratégica área de audiovisual.

No prestigiado ICMBio, o PM Homero de Giorge Cerqueira. Na resistente Funai, o delegado da PF Marcelo Augusto Xavier, com apoio da bancada ruralista – amiga de Bolsonaro, inimiga das comunidades indígenas. Ele substituiu o general Franklimberg Freitas, que é indígena. O embaixador júnior Ernesto Araújo virou chanceler depois de sabatinado pelo filho do presidente e jurar que é a favor de Deus, da família e de Trump e contra o “globalismo” e a China (que, segundo ele, quer destruir os valores cristãos do Ocidente).

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi escolhido por conhecer pouco o setor, não saber nada de Amazônia e se comprometer a entupir o ministério de militares da reserva, escanteando ambientalistas atuando há décadas em mares, rios, florestas e reservas. Ruralistas e parte do empresariado estão felizes. Não se pode dizer o mesmo de especialistas e da comunidade internacional. Damares Alves deu um salto de uma obscura assessoria do Congresso para um ministério que reúne Direitos Humanos, família, mulher e sei lá mais o quê. Assim, roda o mundo com visões muito peculiares, não raro estranhas, sobre família, gênero, educação infantil. Todos eles têm a mesma credencial poderosa: são “de direita”.

Na era Lula e PT, “nós contra eles”, “cumpanheirismo”, ideologia e aparelhamento do Estado, que deu no que deu: desmandos, incompetência, corrupção. Saiu o aparelhamento de esquerda, entrou o de direita. A esquerda pela esquerda, a direita pela direita. Pobre Brasil. 

Eliane Cantanhêde, colunista - O Estado de S. Paulo


terça-feira, 24 de setembro de 2019

Fala de Guedes sobre atuação da Receita causa dúvidas e Bolsonaro desperdiça momento e o perdedor é o agronegócio - Míriam Leitão

O Globo

O ministro Paulo Guedes passou uma mensagem ruim sobre a Receita Federal. “Não queremos uma Receita abusiva e envolvida em tumultos político”, disse ele, em entrevista à rádio “Jovem Pan”. Guedes comentava que a atuação do órgão foi criticada por membros do STF, do Congresso e pelo próprio presidente da República, que acusou a Receita de perseguir sua família. O comando do órgão trocou de mãos semana passada, quando José Tostes assumiu a Secretaria.  

A fala é preocupante. A mensagem é que os auditores não podem investigar contas de contribuintes se eles forem do Supremo, do Congresso ou da família do presidente. Diante do estado, somos todos iguais. A Receita tem o dever de questionar os contribuintes, em caso de dúvida. Guedes também elogiou a instituição e seus 30 mil dedicados funcionários. Lembrou que Tostes tem experiência, ele é auditor aposentado.

Era avisado, desde a queda do ex-secretário Marcos Cintra, que a mudança no comando poderia ser o pretexto para outras intervenções na atuação da Receita. O trabalho do órgão tem que ser republicano. Todos os contribuintes precisam explicar caso haja alguma dúvida de auditores, de funcionários da Receita. Não cabe uma regra de que não se pode investigar determinadas pessoas porque haverá “tumulto político”.  

Se não foi isso o que o ministro quis dizer, foi essa a impressão que ele deixou. O país está assustado com as outras intervenções feitas por esse governo nas instituições de comando e controle. Aconteceu na área ambiental. O Coaf também foi alvo. O Conselho, que fazia inteligência financeira, praticamente deixou de existir. Uma decisão liminar do STF, que irá a plenário em novembro, vai decidir que dados o Coaf pode ou não compartilhar.

A Receita Federal tem os limites da lei. Ela é a detentora do sigilo fiscal e não pode usar isso de forma equivocada. É algo que ela sempre soube fazer. Em caso de prova de perseguição a alguém, o responsável responderá. Mas não se pode impor a um órgão de governo tão importante a ideia de que não se pode envolver em “tumulto político”.


Bolsonaro desperdiça momento e o perdedor é o agronegócio

O presidente Jair Bolsonaro perdeu uma grande oportunidade. Mirou o público interno, seus eleitores, fez um discurso agressivo tomado pelo sentimento da guerra fria, totalmente fora de época, e usou o plenário mais privilegiado que poderia ter para fazer um acerto de contas com uma lista de supostos inimigos.

Aquele ambiente não é para isso. Bolsonaro deveria ter aproveitado para romper o isolamento em que o país está numa questão diplomática central no mundo, que é o combate à emergência climática. Aquele era o fórum para convencer, por exemplo, os membros da União Europeia. O acordo de livre comércio não está garantido, precisa ser ratificado pelos parlamentos de cada país do bloco. Essa era a hora de dar mais garantias, de tranquilizar os parceiros. Era preciso apresentar dados e reforçar o compromisso do Brasil com o meio ambiente. O tom adotado não ajuda na aprovação do acordo lá fora. [já passa da hora do Brasil declinar de discursar na ONU;
a fundamentação do discurso nunca foi importante e agoirar o próprio palco perde valor.
Já que foi, Bolsonaro optou, corretamente, por usar o tempo e o espaço para deixar clara a posição do Brasil - SOBERANIA TOTAL sobre a Amazônia brasileira (invadir e manter ocupação da Amazônia, não é tarefa fácil, visto que lá não podem queimar as matas como fizeram no Vietnã... estarão queimando a galinha dos ovos de ouro.....-   que sabe o real interesse de alguns países sobre a Amazônia e que o líder Raoni não lidera nada.

Aliás, nessa sua viagem ele vende sua concordância com os planos colonialistas  dos que o recebem.]

LEIA MAIS:
Entenda em oito pontos os recados de Bolsonaro no discurso da ONU
Bolsonaro dedicou um tempo enorme atacando o “socialismo”, guerra que não existe no mundo há pelo menos 30 anos, desde a queda do muro de Berlim. Em seguida, um longo tempo foi dedicado a criticar Cuba, uma pequena ilha que não há de ser um adversário de um país continental como o Brasil. Em seguida, críticas à Venezuela. Houve também ataques indiretos à França e acusações frontais às ONGs e à imprensa. Ou seja, o presidente do Brasil se apresentou no principal palco do mundo com uma pessoa cheia de inimigos, ressentimentos, raiva. Na questão indígena Bolsonaro investe contra Raoni, um líder de 89 anos.

Aquele é um ambiente onde a serenidade é bem-vinda e o tempo é usado para lançar pontes nas quais passarão os diplomatas para fazer acordos e parcerias. E apontar princípios que defenderá nas negociações bilaterais.

Seu discurso sobre a Amazônia não ajudou a derrubar a impressão de que está havendo falta de controle no desmatamento. Bolsonaro apenas repetiu o que vem dizendo, sem qualquer evidência e dados. O grande prejudicado com isso é o setor do agronegócio exportador, que precisa que seus clientes internacionais possam ampliar os negócios com o Brasil sem a pressão dos seus mercados consumidores.

Míriam Leitão, jornalista - O Globo


domingo, 22 de setembro de 2019

Amazônia, Clima, Nível dos Mares - Felix Maier

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Pelo visto, os árabes do Golfo Pérsico não temem o aumento do nível dos oceanos devido à mudança climática. Constroem prédios cada vez mais altos, ao nível do mar. Por que será? Ignorância e falta de informação é que não deve ser. Eu gostaria de ouvir os engenheiros e empresários de Dubai explicando isso numa Cúpula sobre o Clima, se eles não estão com medo do degelo das calotas polares e da Groenlândia (outrora Green Land), que inundariam todas as cidades costeiras do mundo, como NY, Rio e - obviamente - Dubai.

Um cubo de gelo jogado numa piscina transbordaria uma piscina? Pois parece ser isso que tentam nos provar. Há muitas coisas com que possamos nos preocupar com respeito ao clima terrestre, evitando desertificação de áreas extensas, emissão de poluentes na atmosfera, poluição dos oceanos (nossa principal fonte de oxigênio), embora muitas das manifestações da natureza não sejam controláveis pelo ser humano, como terremotos e furacões.

Muito do que se noticia sobre mudança climática me parece ser puro embuste. Principalmente se for para atacar o agronegócio brasileiro - um sucesso mundial absoluto - e, especialmente, o presidente Bolsonaro, "queimado" pelo presidente francês Emmanuel Macron, que leva a tiracolo o cacique para gringo ver, Raoni, em criminosa campanha mundial contra os interesses e a soberania do Brasil no caso da Amazônia.

E vem aí o Sínodo sobre a Amazônia, no Vaticano, em outubro, para jogar mais um pouco de gasolina nas queimadas que estão sendo apagadas por militares, bombeiros e as primeiras chuvas da primavera. O interessante é que existem cerca de 15.000 ONGs operando na Amazônia. Se cada ONG tiver em média 10 componentes, seriam 150.000 baldes de água para apagar as queimadas. [considerando baldes pequenos, com 10 litros de capacidade, seriam 1.500.000 litros = capacidade média equivalente a 1.000 aviões usados no combate às queimadas.] Alguém viu um ongueiro, um único ongueiro com balde na mão? 

É mais fácil achar um ongueiro com tocha na mão, em vez de balde d'água, já que Bolsonaro fechou a torneira de recursos monetários para muita ONG fajuta. O Outubro Vermelho do Vaticano promete!

Félix Maier foi Capitão do EB.