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quinta-feira, 8 de setembro de 2022

7 de Setembro vira "comício" com multidão.

Oposição vai ao TSE [quem não tem voto, tenta judicializar; vão fracassar - afinal eles querem impedir a Comemoração dos 200 anos da Independência do Brasil e caso ocorresse comemoração -  conforme houve - o Presidente da República, comandante supremo das FF AA, fosse proibido de comparecer.

O senador Rodrigues tentou impedir, só que fracassou. Circularam boatos em Brasília que o senador estridente, colocou debaixo do suvaco um pedido de liminar ao STF,  para que Bolsonaro fosse proibido de comparecer ao desfile militar de 7 de setembro e que no evento as FF AA não poderiam usar nem a Bandeira Nacional nem qualquer detalhe em verde e amarelo.

Óbvio que o pedido seria negado - só que o Rodrigues fracassou - mais uma vez - não encontrou nenhum ministro do STF no DF. - CONFIRA.]

No palco montado para autoridades, Bolsonaro era o único chefe de Poder brasileiro. Os presidentes do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira, Câmara dos Deputados  e Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), não compareceram.[CONFIRA: Eles não fizeram falta.]

Em uma demonstração de força eleitoralo presidente Jair Bolsonaro (PL) transformou as comemorações do 7 de Setembro em comícios de campanha que mobilizaram multidões em Brasília, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Na capital federal, a Esplanada dos Ministérios foi tomada por apoiadores do chefe do Executivo. Após o desfile cívico-militar, em homenagem ao bicentenário da Independência do Brasil, o candidato à reeleição fez discurso em tom eleitoreiro e foi ovacionado pelo público.

Logo na chegada à Esplanada, em um Rolls Royce, Bolsonaro quebrou o protocolo de segurança, desceu do carro e, a pé, saudou os apoiadores. Em retribuição, os militantes entoaram gritos de "mito" e repetiram ataques ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder das pesquisas de intenção de voto. O chefe do Executivo chegou a abraçar uma apoiadora.

No palco montado para autoridades, Bolsonaro era o único chefe de Poder brasileiro. O chefe do Executivo teve ao seu lado o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, a primeira-dama Michelle Bolsonaro e o empresário Luciano Hang, dono da rede varejista Havan. Também estiveram no local os presidentes de Cabo Verde, José Maria Neves; e de Guiné Bissau, Umaro Sissoco Embaló; e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).

Ao fim do desfile, do outro lado da avenida, Bolsonaro subiu em um carro de som ao lado do vice de sua chapa, o general Braga Netto, e do vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos). No discurso, transmitido pela TV Brasil, uma emissora pública, o chefe do Executivo moderou nas críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF). "É obrigação de todos jogarem dentro das quatro linhas da Constituição. Com uma reeleição, nós traremos para as quatro linhas todos aqueles que ousam ficar fora delas", ressaltou.

A postura é diferente da adotada em 2021. No 7 de Setembro do ano passado, Bolsonaro disse que não cumpriria decisão do STF e chamou o ministro Alexandre de Moraes de "canalha". Na ocasião, também disse que o sistema eleitoral não oferece "qualquer segurança". "Hoje, todos sabem quem é o Poder Executivo. Todos sabem o que é a Câmara dos Deputados, sabem o que é o Senado Federal e o que é o Supremo Tribunal Federal", enumerou. Quando o presidente citou a Corte, manifestantes vaiaram. "A voz do povo é a voz de Deus", emendou o chefe do Executivo.

Sem citar o nome de Lula, Bolsonaro fez críticas aos governos anteriores. Ele voltou a falar em uma "luta do bem contra o mal". Um mal que "perdurou por 14 anos, que quase quebrou a nossa pátria e que agora deseja voltar à cena do crime". "Não voltarão", enfatizou. "A vontade do povo se fará presente no próximo dia 2 de outubro. Vamos todos votar. Vamos convencer aqueles que pensam diferente de nós. Vamos convencê-los do que é melhor para o nosso Brasil", convocou.

(...)

Logo depois, após beijar a mulher, o próprio Bolsonaro puxou um coro de "imbrochável, imbrochável, imbrochável" para os manifestantes. Michelle não chegou a discursar, mas endossou os gritos de "nossa bandeira jamais será vermelha", comandados pelos apoiadores do presidente.

Bolsonaro voltou a acenar à base eleitoral ao repetir ser contra aborto, legalização das drogas e ideologia de gênero. Ele também elogiou seu governo, ao destacar a queda no preço dos combustíveis, recuperação da economia e as turbinadas nos programas sociais, como o aumento do Auxílio Brasil para R$ 600.

(...)
 
Chefes de Estado

Líderes mundiais parabenizam o Brasil pelo bicentenário da Independência. A rainha Elizabeth II, da Inglaterra, usou a rede social para enviar felicitações ao Brasil. Ela aproveitou a mensagem para mencionar a visita que fez ao país em 1986, da qual disse que lembra "com carinho"."Que continuemos trabalhando com esperança e determinação para superar os desafios globais juntos", desejou a rainha. A mensagem foi compartilhada pela encarregada de negócios do Reino Unido no Brasil, Melaine Hopkins.

Os Estados Unidos, por meio do secretário de Estado, Antony Blinken, preferiu destacar a democracia que, em suas palavras, está entre as maiores do Ocidente. "Os EUA e o Brasil compartilham o compromisso de apoiar a democracia em toda a região e demonstrar seus benefícios para todas as pessoas", assegurou.

Segundo ele, os países podem "garantir a paz e a segurança nacional", além de reforçar os direitos humanos para as próximas gerações e trabalhar para "aprofundar nosso relacionamento estratégico e econômico vital".

Vladimir Putin, presidente Rússia, que recebeu a visita de Bolsonaro em fevereiro, parabenizou o Brasil e destacou a "parceria estratégica" entre os países. "Estou seguro de que, pelos esforços mútuos, asseguraremos o reforço da parceria estratégica entre a Rússia e o Brasil em prol dos nossos povos", divulgou a agência de notíciasa Sputnik.

O presidente da China, Xi Jinping, declarou que o Brasil se desenvolveu de forma pacífica, com "independência e autonomia" e tem projeção importante nos assuntos regionais e internacionais. Na avaliação do chefe de Estado, as relações sino-brasileiras estão em ascensão.

Judicialização
PSol e PT vão acionar o TSE apontando abuso de poder...
[a corja esquerdista quer judicializar a Comemoração do BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA, proibir o presidente da República de discursar e contando as realizações de seu governo. A trupe esquece que em aniversário não se 'malha' o aniversariante, ao contrário, os seus feitos, suas realizações e sucessos são destacados - Bolsonaro apenas destacou os feitos  dos nacionais da Pátria que aniversariava.
Entendam de uma vez por todas que nossa Bandeira não será vermelha e não será criticando, e judicializando ATOS PATRIÓTICOS e DEMOCRÁTICOS do presidente Bolsonaro, que vocês vão conseguir retirá-los. Para retira nosso Presidente vocês precisam de votos e isto vocês não possuem. 
Aceitem a derrota, dói menos, e curtam a imagem abaixo:
 
Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

Algumas pessoas na Esplanada dos Ministérios, 7 set 2022, apoiando Bolsonaro
 
Política - Correio Braziliense

quarta-feira, 27 de julho de 2022

Como foi a reunião dos banqueiros em defesa do Estado Democrático de Direito - Gazeta do Povo

Paulo Polzonoff Jr.

Os banqueiros começaram a chegar ao local do encontro, no centro de Osasco City, às 18h. Cada qual chegou em seu Rolls Royce elétrico, provocando um rápido apagão na "Davos brasileira" e um pequeno congestionamento diante do edifício ao estilo neoclássico de periferia. Menos o Waltinho, claro, que preferiu vir montado em sua bicicleta de ecoplatina custom made by Paco Rabanne. Apesar de secreta, a reunião foi registrada pelas lentes hábeis e ferozes do João, que pretende lançar um documentário chamado “Nós, o Povo” no próximo Festival de Veneza.
 


Skyline de Osasco, a “Davos brasileira”.| Foto: Reprodução/ Twitter
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Na ampla sala toda revestida em madeira nobre (“de reflorestamento! de reflorestamento!”, grita um assessor de imprensa aqui nos meus ouvidos), os banqueiros se reuniram em torno do Escritor de Periferia, contratado especialmente a ocasião. Munidos de charutos e taças de papel (ideia da Neca!) abastecidas com os melhores Romanée Conti, Rothschild e Château Margaux disponíveis, eles deram início à discussão sobre o teor do manifesto. Enquanto isso, Waltinho ensinava pacientemente o Escritor de Periferia a usar a Montblanc.

Quem pediu a palavra foi um membro do clã Setubal. João deu um close no rosto do homem que, ao se imaginar na tela grande de um cinema art déco no meio de Veneza, abriu seu melhor sorriso popularesco, aquele que oferece juros de apenas 50% ao ano. “É importante nos posicionarmos pela democracia”, disse ele. Todos riram. Inclusive o Waltinho e a Neca. Sem entender a piada, o Escritor de Periferia perguntou se "democracia" era com “c” ou com “ss”.

O texto avançava com os melhores lugares-comuns e slogans possíveis, cortesia do team de storytelling da Y&R, agência da qual o Escritor de Periferia ainda sonha virar estagiário um dia. “Já sei! Já sei!”, gritou um Villela. “Escreve aí que ‘vivemos em um país de profundas desigualdades sociais, com carências em serviços públicos essenciais, como saúde, educação, habitação e segurança pública'”, sugeriu. Todos riram. Desta vez, até o Escritor de Periferia.

Alguém propôs que o grupo se posicionasse firmemente contra a possibilidade de um golpe. “Mas até que não seria tão ruim para os negócios”, provocou um Salles não-artista. “Nunca é”, respondeu rápido um Setubal, todo feliz com a velocidade e perspicácia do seu raciocínio. Depois de algum debate sobre a pronúncia correta de “treze” em francês, os banqueiros deram ordem para que o Escritor de Periferia escrevesse que “ao invés de uma festa cívica, estamos passando por momento de imenso perigo para a normalidade democrática, risco às instituições da República e insinuações de desacato ao resultado das eleições”.

Waltinho, quem diria!,
protestou, dizendo que o correto é “em vez de”. Acusado de elitismo gramatical, porém, ele se deu por vencido. João andava de um lado para o outro, a claquete ecoando insanamente pelo set de filmagens. Foi quando o holograma da Olívia, assistente virtual da XP, até então quieta num canto, decidiu sugerir um trecho do manifesto. “Nossa consciência cívica é muito maior do que imaginam os adversários da democracia. Sabemos deixar ao lado divergências menores em prol de algo muito maior, a defesa da ordem democrática”, disse a inteligência artificial com sua voz e raciocínio robóticos.

Todes aplaudiram. Menos a Neca, que estava de mau humor. “Faltam pontos de exclamação no texto!”, reclamou ela, não pela primeira vez. Os demais banqueiros, num gesto de extremo machismo, reviraram os olhos tudo devidamente captado pelo olhar sincerão do João. Que usou sua voz mais doce para dizer: “Em vigília cívica contra as tentativas de rupturas, bradamos de forma uníssona...”. As reticências ficaram pairando no ar, dramáticas. Os banqueiros se levantaram, ergueram as taças de papel e, emocionados, bradaram de forma uníssona: “Estado Democrático de Direito Sempre!”.

Paulo Polzonoff Jr., colunista - Gazeta do Povo - VOZES


sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Confusão cerimoniosa

Até mísseis anti-aéreos foram usados na solenidade de posse de Bolsonaro, mas a proibição à entrada de maçãs na festa, sob a alegação de que poderiam ser atiradas no presidente, marcou a paranóia no forte esquema de segurança [o que justifica o aqui chamado, erroneamente, de paranóia é consequência da maçã não ser uma maçã - em matéria de segurança, do presidente da República, cuja morte foi muito desejada, vale tudo em termos de medidas de segurança. ]

No começo da humanidade, segundo a versão do catolicismo, Adão e Eva foram expulsos do paraíso por comerem o fruto proibido, no caso a maçã. Milhares de anos depois, justo no primeiro dia de 2019, o presidente Jair Bolsonaro proibiu o porte da maçã na solenidade de sua posse no Palácio do Planalto. A redonda fruta vermelha sucumbiu ao rigor exagerado imposto pela segurança. Alegou-se que ela poderia ser usada como arma, atirada de encontro ao presidente quando ele circulasse em carro aberto pela Esplanada dos Ministérios. Mesmo os jornalistas que cobriram o evento foram tratados como suspeitos de serem potenciais atiradores de maçãs. Avisados de que teriam de levar lanches – porque teriam de ficar confinados nos lugares a eles destinados na cobertura -, tiveram as maçãs confiscadas ou cortadas em pedaços pelos agentes de segurança. A suposta letalidade da fruta marcou o excesso de rigor com a segurança na posse.

O público estimado foi de 115 mil pessoas, abaixo do que se esperava, já que a previsão era a presença de um público de 500 mil. Foi um número bem maior, porém, que os das posses dos governos petistas. Na primeira posse de Lula, em 2003, estimou-se a presença de 70 mil pessoas. Na segunda posse de Dilma Rousseff, 40 mil. Desta vez, porém, as pessoas ficaram bem mais distantes dos acontecimentos, separados por cercas e barreiras. Para chegar ao Congresso e à Praça dos Três Poderes, em frente ao Palácio do Planalto, tiveram que passar por quatro pontos diferentes de revista. Além das maçãs, estavam proibidas garrafas, latas de refrigerante, guarda-chuvas, carrinhos de bebê. Até carregadores de celular.

Atiradores de elite permaneceram no alto dos Ministérios. O espaço aéreo foi bloqueado. Mesmo assim, baterias anti-aéreas foram instaladas em pontos estratégicos. Seis mil agentes das Forças Armadas atuaram. Integrantes do GSI justificaram as medidas adotadas no dia 1º como forma de anular qualquer possibilidade de ataque terrorista contra o presidente. Tanto que Jair Bolsonaro estava com um colete à prova de balas debaixo do seu paletó azul-marinho. Seu filho, Carlos Bolsonaro, não teve pudor em pisar nos bancos de couro marrom do Rolls Royce conversível da Presidência, um modelo Silver Wraith de 1952 e sentou-se na traseira do carro para servir de “escudo humano” ao pai. “Ele é meu pit bull”, justificou o presidente.


Jornalistas tratados como gado
Os jornalistas acabaram virando vítimas preferenciais da paranóia. As restrições ao trabalho da imprensa fizeram com que correspondentes da França e da China abandonassem a cobertura, quando descobriram que teriam que ficar confinados numa sala do Itamaraty durante o dia inteiro e que só poderiam sair para cobrir a recepção aos chefes de Estado estrangeiro que começaria às 19h. Todos os jornalistas tiveram de chegar ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) às 7h para serem transportados de lá em vans até seus locais de cobertura. O que significa, no caso de quem estava escalado para o Itamaraty, uma espera de 12 horas. No Salão Verde da Câmara, as poltronas desenhadas por Oscar Niemeyer foram retiradas e os jornalistas tiveram de aguardar sentados no chão.

“Não é aceitável que repórteres e cinegrafistas sejam mantidos durante horas em determinados locais, como se estivessem em cárcere privado. Não se pode confinar a imprensa em alambrados como gado de corte”, escreveu a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) em dura nota. “O que se viu em Brasília é incompatível com o regime democrático. O respeito à imprensa é um dos principais indicadores das nações que se consideram civilizadas”, acrescentou a ABI. Ao final, a nota lembra que “o novo mandatário precisa ser alertado que a campanha eleitoral terminou”. [a campanha terminou e Jair Bolsonaro, com as bençãos de DEUS, governará o Brasil por, no mínimo, quatro anos
causam estranheza de correspondentes da França (que não adam muito bem com Macron) e da China (que dispensa apresentações em matéria de liberdade de imprensa) tenham sido os mais incomodados.]  Depois do atentado que sofreu, Bolsonaro tem razões em se preocupar com sua segurança, mas acabará por gerar antipatias se tal preocupação se transformar em obsessão.

IstoÉ

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Segurança é a maior preocupação para a cerimônia de posse de Bolsonaro

Grupo que coordena a cerimônia analisa a possibilidade de o presidente eleito, Jair Bolsonaro, fazer o trajeto da Catedral ao Congresso em carro fechado e não no tradicional conversível. Número de policiais deve passar dos 10 mil

[a segurança deve receber atenção especial, ser rigorosa e meticulosa.

Na dúvida, devem ser previstas todas as possibilidades e tudo que possa parecer suspeito deve ser tratado como comprovadamente suspeito.

Um alerta: o assassinato do ex-prefeito Celso Daniel, do Toninho do PT e o próprio atentado contra Bolsonaro devem estar sempre presentes - até hoje faltam  esclarecer como Adélio Bispo conseguiu fazer face a várias despesas, ter ótimos advogados, passando a maior parte do tempo desempregado e quando trabalhava o valor do seu salário era pouco maior que o valor do salário mínimo.]

A menos de um mês para a cerimônia de posse, Palácio do Planalto, Congresso Nacional, Itamaraty e Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) estão a todo vapor para garantir que nada saia do protocolo durante o evento. A maior preocupação do comitê de organização é em relação à segurança e à saúde de Bolsonaro. Por isso, ritos tradicionais da cerimônia estão sendo revistos, a começar pelo clássico passeio em carro aberto.

Bolsonaro comentou com a equipe que gostaria de seguir o costume de fazer o trajeto entre Catedral e Congresso Nacional no Rolls Royce conversível, veículo utilizado na posse de todos os presidentes do país e em alguns eventos públicos desde 1953. Porém, o desejo do futuro presidente pode não se concretizar. A equipe de segurança analisa a possibilidade de fazer o percurso em carro fechado para minimizar riscos. O que também pode atrapalhar os planos de Bolsonaro é a chuva, frequente em Brasília em janeiro.

Em relação à assistência médica, o nível de alerta é alto. Uma ambulância exclusiva para o presidente eleito seguirá todo o percurso. Além dos enfermeiros que já vêm acompanhando Bolsonaro, ele terá um médico exclusivo no Congresso e no Palácio do Planalto. Por prevenção, um helicóptero também estará de prontidão durante o evento.

O número de pessoas integrando a segurança, em 1º de janeiro, também foi modificado. A expectativa inicial era de que 10 mil homens das Forças Armadas, das polícias Federal, Civil e Militar, e do GSI fariam a segurança do futuro presidente. Porém, com a confirmação da presença do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, essa quantidade deve aumentar. O contingente corresponde a mais do que o dobro de agentes que participaram da posse da ex-presidente Dilma Rousseff, que foi de quatro mil.



Torto

O itinerário começa na Granja do Torto, ponto de partida protocolar. Por volta das 15h, Jair Bolsonaro deve sair da residência oficial e seguir pelo Eixão em direção à Esplanada dos Ministérios. Com a esposa, Michelle Bolsonaro, ele se dirigirá à Catedral de Brasília. Apesar da localização, não haverá cerimônia religiosa, como explica Maria Cristina Monteiro, diretora de Relações Públicas do Senado e coordenadora do Grupo de Trabalho para a posse no Congresso. “Não tem missa nem culto. Tradicionalmente, (o local de encontro) passou a ser a Catedral, porque é um ponto de destaque arquitetônico mesmo”, disse. “Eles vão até lá para se encontrar com a cavalaria, que fica aguardando na Catedral. Na verdade, todo o agrupamento militar já fica aguardando ali. Bolsonaro se encontra com o vice, general Hamilton Mourão, e sua esposa, Paula Mourão, e troca de carro. O vice vai em um carro atrás.”


De carro, seja aberto, seja fechado, Bolsonaro fará o trajeto com duração aproximada de 15 minutos até o Congresso. Lá, ele será recebido pelo presidente da Casa, Eunício Oliveira (MDB); pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM); pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e pelos parlamentares eleitos. Em sessão solene, no plenário da Câmara, Bolsonaro fará o juramento constitucional e será empossado. Terminada essa etapa, ele deve se encaminhar a um gabinete, enquanto espera a formação da guarda.

Como presidente da República, Bolsonaro, então, descerá a rampa do Congresso e ouvirá a execução do Hino Nacional. Depois, passará as tropas em revista, momento em que se tornará chefe de poder das Forças Armadas, e voltará ao carro para fazer um percurso de, aproximadamente, 1km até o Palácio do Planalto. No seu futuro local de trabalho, ele receberá a faixa presidencial das mãos de Michel Temer e fará um discurso à nação. A cerimônia seguirá com a posse dos futuros ministros no Salão Nobre. O evento se encerrará à noite, com um coquetel oferecido aos chefes de Estado no Itamaraty.

A expectativa, segundo Maria Cristina Monteiro, é de que a cerimônia completa da posse seja mais rápida. “Estamos prevendo discursos mais curtos. O próprio presidente eleito já sinalizou que quer uma cerimônia mais rápida. O que delonga são os discursos. O de Dilma, em 2015, durou cerca de 40 minutos, mas depende muito do presidente”, afirmou.


Correio Braziliense