Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Javier Milei, candidato da direita,está à frente na disputa das
eleições presidenciais na Argentina.
Adepto da Escola Austríaca de
Economia, é contra intervenções estatais e prega estado mínimo.É
católico, pró-vida e contra pautas globais. Qualquer observador da
Argentina sabe que o país precisa de um reformador para desmontar o
modelo criado por Perón, que dura quase um século, gera instabilidade e
pobreza históricas.
Mas Milei conseguirá vencer esse fantasma?
A história
política da Argentina divide-se em antes e depois do Peronismo. Em 4 de
junho de 1943, um golpe militar deu início a um novo governo, e Juan
Domingo Perón assumiu a Secretaria do Trabalho e Provisão, depois
elegeu-se presidente por dois mandatos com um discurso para as massas e
trabalhadores, Ações como ampliação do regime de aposentadorias, criação
do salário-mínimo e 13º salário o fizeram ascender na política, mas
foram fatais para as contas públicas. Ao mesmo tempo, Perón abrigava
nazistas alemães, torturadores e criminosos de guerra. A maioria viveu
muito bem e morreu impune na Argentina. Ele voltou ao poder em 1973 mas
faleceu no ano seguinte, deixando em seu lugar Isabelita, sua esposa,
que foi deposta dois anos depois, por outro golpe militar. Seguiram-se
seis anos, sete presidentes e 30 mil mortos. Peronismo.
As mesmas
políticas ocorreram no Estado Novo de Getúlio Vargas, aqui no Brasil.
Caráter assistencialista de altos gastos desvinculados da arrecadação,
são a marca indelével que torna esse modelo insustentável até hoje, e
assim como no getulismo, lá também as políticas peronistas se
institucionalizaram como modelo de estado social permanente. Nunca mais a
Argentina atingiu o patamar de desenvolvimento da era pré-peronista.
Em 1983,
Raúl Alfonsín, um advogado de esquerda ligado à Internacional
Socialista, venceu as eleições presidenciais. Mesmo de oposição a Peron,
adotou medidas semelhantes. Ficou famoso por criar o Plano Austral, mas
não conseguiu conter o desemprego de quase 10% e a inflação de quase
209%.
A solução foi ir ao FMI, que exigiu cortes nos gastos públicos e
vendo a inércia do governo, o Fundo negou créditos adicionais. Alfonsin
ainda tentou congelar preços e salários, interromper a impressão de
dinheiro, organizar cortes de gastos e criar nova moeda, o Austral.
[o atual presidente do Brasil, tenta agora ser o FMI para os argentinos e criar o 'sur', moeda única do Mercosul -felizmente, o chinês enquadrou o presidente brasileiro, tratando-o como um estadista de araque, devolvendo-o a sua insignificância=se considerar um estadista é um dos muitos devaneios do atual ocupante do Planalto.]
Os sindicatos se opuseram ao congelamento de salário, e os empresários,
ao congelamento de preços.
Acuado, o presidente não conseguiu conter a
inflação e agora também os grandes exportadores se recusaram a vender
dólares para o Banco Central. O Austral foi desvalorizado e a inflação
alta se transformou em hiperinflação.
A eleição presidencial de 1989 ocorreu durante essa crise, quando o justicialista/peronista Carlos Menem venceu
as eleições. Alfonsín transferiu o poder para Menem cinco meses antes
do previsto, pois não suportava mais a crise.
Menem, então, resolveu
solucionar o problema econômico com a dolarização da economia, uma
fórmula ainda não testada mas já uma prática não institucionalizada na
Argentina desde os anos 80.
Menem foi mais um que não não reformou o
estado peronista, e no final do século 20 a crise econômica e
instabilidade estavam de volta.
Cinco presidentes assumiram o poder e
logo renunciaram em menos de três anos!
Eis que em
2003 assume o poder Néstor Kirchner, também pelo partido peronista, com
promessas de reformas profundas que não aconteceram, Em vez disso,
contratou obras governamentais, o que não conseguiu conter a pobreza,
que chegou a 25%.
Ele e sua mulher aumentaram seu patrimônio pessoal e
foram campeões em escândalos de corrupção, sendo que por um deles
Cristina foi condenada a seis anos de prisão.
Os Kirchner
só conseguiram governar protelando a crise, rolando dívidas para o
futuro, que chega hoje, na forma de hiperinflação. [prática já adotada pelo petista que governa o Brasil, mantendo artificialmente - a Petrobras bancando - os preços dos combustíveis em baixa. Logo virá a conta e a Petrobras tentará bancar.] Desgastado também
pela crise de 2008/2009, o peronismo parecia finalmente derrotado por
Maurício Macri, candidato da direita. Só que não.
Macri
assumiu o governo com as contas no vermelho, crise de desconfiança do
público, dos investidores, poucas reservas federais, a inflação a 30% ao
ano.
O governo Macri resolveu estabilizar o peso, dando mais liberdade
de câmbio.
Cotas de exportação sobre commodities foram reduzidas, mas
as medidas de austeridade foram tímidas.
A estratégia de reformar aos
poucos não gerou resultados nem conteve a oposição. Assim, a inflação, o
desemprego e o assistencialismo continuaram altos, Em 2019, a inflação
bateu recorde chegando a 56% ao ano, os índices de desemprego subiram de
8% para 10% e a porcentagem de pessoas vivendo abaixo da linha da
pobreza subiu de 29% para 35%. Sem o peronismo, Macri acabou derrotado
pelo candidato socialista Alberto Fernández.
O atual presidente é a imagem de todos os problemas do país: o
peronismo. Participou dos governos Menem e Kirschner. Sua vice é
Cristina.
Fernández
encontrou a mesma crise e anunciou medidas dobrando a aposta no
peronismo, e como resultado, obteve o dobro do desastre.
O índice de
inflação, pelo último registro do Indec, foi de 115,6% em junho de 2023,
mais que o dobro de quando assumiu.
As medidas socialistas de seu
governo também afugentaram empresários, com a pobreza atingindo mais da
metade da população.
Atormentado por sua baixa popularidade, Fernandez
foi sensato e desistiu da reeleição.
Este
cenário peronista será o palco de Milei, mas a maior tragédia deste
modelo cruel é sufocar quem surge para reformá-lo.
Os argentinos ainda
esperam um final feliz que só pode acontecer por meio de reformas do
Estado. Terá Milei, se vencedor das eleições, maioria no congresso para
suas reformas?
O povo quer mesmo essa mudança ou está disposto a aceitar
qualquer opção?
A saída é dolarizar de novo?
Acabar com o banco
central?
Não perca a resposta a essas e outras questões nos próximos
capítulos desta novela Argentina!
Márcio França juntou Haddad e Alckmin no mesmo jazigo onde também vai descansar
Candidato ao governo de São Paulo Fernando Haddad (PT), Márcio França e Geraldo Alckmin | Foto: André Ribeiro/Futura Press/Estadão Conteúdo
Vereador e duas vezes prefeito de São Vicente, deputado federal, vice-governador de São Paulo, governador interino por mais de um ano, morubixaba do PSB paulista,Márcio França teve em setembro de 2021 uma ideia que lhe pareceu luminosa: transformar o tucano amuado Geraldo Alckmin, a quem substituíra no comando do mais poderoso Estado da federação, em companheiro de chapa de Lula.
Para tanto, deveria começar pela remoção dos ressentimentos recíprocos, adubados por trocas de insultos e acusações que começaram na eleição de 2006, cresceram nos anos seguintes e chegaram ao clímax na temporada eleitoral de 2018.
Os velhos desafetos reagiram com animação à proposta de Márcio. Praticamente aposentado, isolado no PSDB pela afoiteza do ingrato afilhado João Doria, Alckmin teve de conter o entusiasmo diante da chance de vingar-se do verdugo que apadrinhara.
Ele aprendeu que fatores biológicos podem encurtar o caminho que leva ao paraíso do poder.
Em 2001, por exemplo, o câncer que matou Mário Covas acabou instalando no cargo o obscuro deputado federal que o PSDB escolhera para completar a chapa como vice-governador.
A dobradinha com alguém sete anos mais velho pode desbastar uma trilha que desemboca na Presidência da República.
Lula também gostou do que ouviu. Desde 1994, quando assumiram o governo de São Paulo, os tucanos espancam o PT nas urnas a cada quatro anos. A tarefa sempre foi facilitada pelas figuras — todas perturbadoras, algumas apavorantes — escolhidas para representar a estrela vermelha.
O cortejo transformou em certeza a suspeita dividida por milhões de eleitores: em São Paulo, o PT não lança candidatos; lança ameaças. Os paulistas achavam que qualquer outro seria menos perigoso que gente como Lula, Eduardo Suplicy, Aloizio Mercadante, José Dirceu, José Genoíno, Luiz Marinho e outros perigos fantasiados de homens públicos.
Com a ajuda do companheiro Alckmin, acreditou o chefão, seria bem menos complicado chegar ao Palácio dos Bandeirantes, e logo começaram os encontros furtivos.
Consumado o noivado, Márcio convenceu o carola de carteirinha, capaz de rezar a segunda metade do Credo de trás para a frente, de que deveria filiar-se ao Partido Socialista Brasileiro.
Alckmin sentiu-se de tal forma em casa que, poucos dias depois, já se desmanchava em mesuras a cada encontro com um homem que, três anos antes, acusava de querer voltar à Presidência por sonhar com o regresso à cena do crime.
“A partir de agora, ele é o companheiro Alckmin”, decretou Lula durante outra missa negra da seita. O mais recente amigo de infância retribuiu com afagos ousados. Numa noitada, cobriu a cabeça destelhada com um boné do MST. Noutra, caprichou na cantoria da Internacional Socialista. Logo seria visto puxando palavras de ordem em louvor do companheiro que vivia chamando de “ladrão”. “É uma mudança impressionante”, constatou um amigo que convive há décadas com Alckmin. “Ele diz que só agora conheceu o Lula de verdade.”
Márcio esperou a hora certa para reivindicar o dote devido ao seu talento casamenteiro: queria ser senador. E detalhou a barganha.
Para anabolizar a candidatura a governador do petista Fernando Haddad, o PSB não teria candidato próprio em São Paulo.
Em contrapartida, o PT desistiria de lançar algum candidato ao Senado filiado à sigla, para que Márcio fosse o único pretendente à vaga.
Como Lula topou de imediato a troca de favores, Márcio dobrou a aposta:exigiu que sua mulher, a educadora Lúcia França, figurasse como vice na chapa encabeçada por Haddad. Emplacou mais essa.
Está provado que o patrimônio eleitoral de Geraldo Alckmin, se é que algum dia chegou a existir, evaporou-se de vez
Tudo acertado, o idealizador do acerto atravessou a campanha com a pose de quem, numa vida passada no Império Romano, foi senador vitalício. Neste 1° de outubro, foi dormir embalado pelos números da derradeira pesquisa Datafolha.
Com 45% dos votos válidos, Márcio França liderava a disputa muitas léguas à frente de Marcos Pontes, ex-ministro do governo Bolsonaro, emperrado em 31%.
Acordou no domingo ansioso por correr para o abraço. Descobriu pouco depois do início da apuração que deveria ter lido e assimilado a frase de Tancredo Neves: “A esperteza, quando é muita, fica grande e come o dono”. Terminada a contagem dos votos, descobriu que lojinhas de porcentagens iludem fregueses de todos os tipos, e são especialmente cruéis com oportunistas deslumbrados.
As urnas reduziram para pouco mais de 36% os 45% que lhe haviam embalado o sono — e fizeram Pontes saltar de 31% para quase 50%. Nocauteado, o articulador de botequim terá de levantar sem demora para tentar reduzir as dimensões da segunda derrota reservada a Fernando Haddad e Lúcia França, outra dupla eleita pelo Datafolha e castigada pelo mundo real. Na véspera do dia da votação, os fabricantes de índices homenagearam a chapa com 39% dos votos válidos.
Sobraram 31% para Tarcísio de Freitas, candidato de Jair Bolsonaro, e 20% para o governador Rodrigo Garcia, candidato à reeleição pelo PSDB. De novo, os eleitores de São Paulo puniram a fantasia estatística. Tarcísio venceu com mais de 42% dos votos válidos. Haddad baixou para 35% e manteve o PT longe do governo paulista.
Com 18,5%, Rodrigo Garcia encerrou a longa hegemonia do PSDB.
Lula afirmou na noite de domingo que vai vencer Bolsonaro porque “o segundo turno é apenas uma prorrogação”.Se é assim, tem de admitir que houve, visto de perto, um empate.
A declaração também proíbe Haddad de argumentar que a próxima etapa será o recomeço do jogo.
Como o candidato a presidente pelo PT também foi vencido em território paulista, está provado que o patrimônio eleitoral de Geraldo Alckmin, se é que algum dia chegou a existir, evaporou-se de vez.
Os estragos provocados pela colisão com a maior e mais sólida fortaleza conservadora do Brasil liberam o ex-prefeito de Pindamonhangaba e o ex-prefeito de São Vicente para o cultivo da bonita amizade simulada durante a campanha do primeiro turno. Nasceram um para o outro.
Recentemente, falando perante um grupo de apoiadores e militantes,Lula
reconheceu uma acusação de Fernando Henrique de que o PT“vaia até a
bandeira brasileira e o hino nacional”.E completou, em viva voz e
imagem: “De vez em quando ainda vaiamos”.
Pois é.
Essa esquerda tem um problema com a ideia de pátria e, principalmente,
com patriotismo. Daí o Foro de São Paulo, daí a fixação com “La Pátria
Grande” e seus desdobramentos, daí a Internacional Socialista, ou “a
Internacional”, para os íntimos,que é como camaradas e companheiros a
denominam. Marx, tataravô de todos, queria uma revolução mundial, uma
fusão de revoluções. Para ele, o comunismo adviria do vitória do
proletariado internacional na luta contra o capitalismo.
A URSS
dispunha de uma série de mecanismos para apoiar e definir estratégias
com esse fim. Apostava nisso e se espantava quando não dava certo. Os
líderes comunistas russos nunca entenderam, por exemplo, proletários
finlandeses e alemães, em defesa de suas pátrias invadidas, pegarem em
armas contra os camaradas soviéticos em 1939 e 1941...
Há vários
motivos para essas vaias a hino e bandeira. Primeiro, porque quem assim
reage precisa de um ânimo revoltoso como ponto de partida para qualquer
ação política. Segundo, porque esse ponto de partida exige divisões que,
nas últimas décadas, correspondem aos conhecidos conflitos identitários
já mundializados, como se sabe. Terceiro, por estarem convencidos de
que o Brasil é uma excrescência criada por gente muito má.
Gente que
resolveu ocupar como coisa sua o suposto paraíso perdido, a idílica
Pindorama das praias e palmeiras.
Para eles,
por fim, nosso país não foi descoberto, o 22 de abril de 1500 foi uma
aberração histórica, o Sete de Setembro é uma ficção porque o Brasil
nunca foi independente e São José de Anchieta foi um predador cultural.
Ponto e basta.
Ao sopro da
mesma ideologia, bandeiras do Brasil servem, frequentemente, para fazer
fogueira. Não obstante, vê-las nas mãos de adversários políticos e
confrontá-las com suas bandeiras vermelhas e apátridas dói como pisada
no calo.
Para quem
tem memória curta, é bom lembrar que as bandeiras do Brasil passaram a
ser usadas massivamente nas manifestações de 2013, exatamente para
diferenciar dos arruaceiros e depredadores que então iam às ruas, no
truculento estilo de sempre, protestando contra os 20 centavos a mais
nas passagens de ônibus.
Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto,
empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores
(www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país.
Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia;
Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
Política é
fundamental porque dela dependemos para atingir o bem-comum ou para
vivermos de mal a pior.
Essa importância deve ser ressaltada quando nos
avizinhando das eleições, na quais elegeremos neste ano o presidente da
República. governadores, senadores, deputados federais e estaduais.
Normalmente se destacam os postulantes à presidência, em que pese também
a importância dos demais cargos, sendo que no Poder Legislativo estarão
os tomadores de decisões aos quais delegamos o poder de votar por nós.
Dois
candidatos à presidência estão se destacando e a chamada terceira via
tem sido inviabilizada para quem poderia de fato enfrentar os que, nas
atuais pesquisas aparecem em aspecto polarizado. Todavia, é bom lembrar
que pesquisas têm errado de modo acentuado.
Pois bem,
pesquisas de vários institutos vêm mostrando Lula da Silva na dianteira
do atual presidente da República, Jair Messias Bolsonaro. O candidato do
PT tem aparecido como vitorioso e ele próprio se comporta como se já
fosse o presidente eleito. [o descondenado e seus devotos já consideram que podem voltar à cena do crime, amparado em 110% dos votos que já consideram seus.]
Na
cerimônia de lançamento da sua pré-candidatura, Lula da Silva foi
Alckmin comedido e leu um discurso cuidadosamente elaborado de
autolouvor. Ele foi rei de um reino de maravilhas, deus no paraíso das
perfeições. Sem menção ao nome do oponente e uma pitada de improviso,
ressuscitou o Lulinha de paz e amor ao se referir ao casamento que faria
em breve, algo para derreter corações diante do noivo apaixonado.
Geraldo
Alckmin foi Lula num discurso em que atacou o atual presidente no estilo
da conhecida contundência petista. Aliás, o ex-governador de São Paulo,
depois de cantarolar o hino da Internacional Socialista e aparecer em
reunião sindical com entusiasmo não comum à sua personalidade,não está
conseguindo representar a tal centro-direita como alardeia o PT.
Portanto, Alckmin entrou com vontade e garra no quesito da política como
farsa.
Quanto a
Lula, o discurso para ele escrito foi outra farsa que não ilustrou seu
pensamento.
Inclusive, ele tem incorporado em suas falas duas palavras
que supõe causar efeito de marketing: democracia e soberania.
Soberania
quer dizer nenhum poder acima de cada país. Será que Lula confunde isso
com um poder ditatorial de um determinado indivíduo? Tampouco é
impossível ver nele pendores democráticos na medida de sua veneração por
ditadores de esquerda.
Relembre-se
que Lula, quando na quarta vez foi eleito, substituiu a inexistente
luta de classes pelo açulamento do ódio entre negros e brancos, entre
homossexuais e heterossexuais,entre mulheres contra homens(feminismo
exagerado).
Aliás,
petistas seguindo seu líder são agressivos com relação a seus
adversários tratados como inimigos e exímios destruidores de reputações.
Lula não
gosta da classe média, sempre foi a favor da censura da mídia.E a
recessão, a inflação, a irresponsabilidade fiscal, a manipulação de
preços, especialmente no governo Dilma, reaparecem em seus atuais
discursos.
Ele continua contra o controle de gastos, as privatizações, a
abertura de mercado.
Os escândalos do mensalão, do petrolão, a quase
destruição da Petrobras são ocultados sob o véu das decantadas ética e
inocência.
Será que Alckmin esqueceu seu passado e agora compactua com a
maneira de ser Lula e seu PT, apoiados por pequenos partidos ditos de
esquerda?“Todos os
esforços marqueteiros para mesclar o verde e o amarelo ao vermelho ou
ocultar o histórico de atentados do PT à economia não disfarçarão o fato
de que a tal frente ampla nada mais é que o velho bloco do “eu sozinho”
de Lula” (O Estado de São Paulo, 11 de maio de 2022).
A política é
fundamental. Lembremos disso. Especialmente nas eleições, quando nos é
dado o direito de escolher como será nossa vida e a das futuras
gerações.
**
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga, autora entre outros livros do
Voto da Pobreza e a pobreza do voto – a ética da malandragem (Editora
Zahar) e Contos da Meia-Noite (Tróia Editora e Amazon).
José Dirceu já entendeu que Bolsonaro ‘tem muita base social, muita força e muito tempo pela frente’
José Dirceu, o outrora super poderoso ministro de Lula, continua sendo
o que melhor pensa estrategicamente no PT, mesmo com tornozeleira
eletrônica e muitos anos de cadeia pela frente. Ele já entendeu que o
governo Bolsonaro tem “muita base social, muita força e muito tempo pela
frente. Vai transformar a segurança em pauta”. Dirceu diagnostica que,
em 13 anos e meio de governo, o PT “se afastou do dia a dia do povo”.
A escolha do embaixador Ernesto Araújo para ministro das Relações
Exteriores corresponde à ideia de dar ao presidente eleito Jair
Bolsonaro um papel relevante entre os partidos do espectro direitista na
América Latina e no mundo. Ele seria uma espécie de “Celso Amorim da
direita”, em referência ao chanceler que inventou a imagem de Lula como
grande líder popular no mundo, a ponto de pretender mediar o conflito do
Oriente Médio e a crise dos Estados Unidos com o Irã.
Não deu certo, mas restam, principalmente na Europa, intelectuais e
líderes de esquerda que ainda consideram Lula um preso político. Com uma
imagem desgastada no exterior, devido a seu histórico político de
radicalismos, Bolsonaro vai precisar se firmar como líder de sua
tendência política, e quem está ajudando nessa tarefa é Eduardo
Bolsonaro, eleito o deputado federal mais votado da história do país, e
Steve Bannon, ex-conselheiro de Donald Trump e ideólogo de uma direita
internacional que projeta um grupo para reunir os partidos de direita ou
extrema direita da Europa em torno de discussões políticas comuns.
A indicação de Ernesto Araújo teve o entusiasmo de André Marinho,
filho de Paulo Marinho, que é suplente do Bolsonaro senador, mas só
começou a ser levada a sério com o apoio de Eduardo, que pretende ser o
líder intelectual da direita na região. Ele viajara aos Estados Unidos,
onde morou, para manter contatos com autoridades do governo Trump, já
que seu pai não pode viajar. Na América Latina, a Fundação Índigo, ligada ao PSL, partido de
Bolsonaro, tentou levar o então candidato a uma reunião em Foz do
Iguaçu, financiada por um Centro de Estudos em Seguridade (CES), ligado à
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A ideia era que o evento
fosse um contraponto ao Foro de São Paulo, que reúne representantes da
esquerda de vários países, criado em parceria entre Lula e Fidel Castro,
e chegou a eleger a maioria dos presidentes de países vizinhos.
A quase totalidade hoje está envolvida em corrupção no mesmo esquema
com a Odebrecht que o PT exportou para a região. Quem entendeu com
antecedência a ascensão da direita no país e no mundo, com pesquisas
qualitativas que já prenunciavam esse comportamento conservador do
eleitor brasileiro, foi o Democratas, através do ex-prefeito Cesar Maia
do Rio. Ele colocou o partido em contato com a Internacional Democrata de
Centro (IDC), contraponto à Internacional Socialista (IS), que tem em
seus quadros o PDT como membro efetivo e o PT como observador. Ambos
boicotaram a entrada do PSDB como membro efetivo.
Mas o DEM não teve coragem de assumir uma posição direitista pura,
seguindo o que diziam as pesquisas, que indicavam o eleitor médio
brasileiro mais ligado a valores conservadores, família e propriedade, e
também receoso com a segurança publica. Entre os palestrantes da “Cúpula Conservadora das Américas” em Foz do
Iguaçu estariam na mesa de Cultura o príncipe Luiz Philippe de Orleans e
Bragança, filiado ao PSL, o cientista político venezuelano Roderick
Navarro, o cubano Orlando Gutierrez-Boronat, do Diretório Democrático
Cubano, e o filósofo e escritor Olavo de Carvalho. Diversos representantes de países da América do Sul, como Paraguai,
Colômbia, Chile, estão na relação do encontro, que foi adiado para
dezembro porque Bolsonaro não quis fazer a reunião durante a campanha
eleitoral, com receio dos gastos serem vetados pela Justiça Eleitoral.
Como se vê, a turma que chegou ao poder nada tem de amadora, embora
ainda se ressinta de uma organização de comunicação que evite a batição
de cabeças. Dirceu tem razão, e um dos projetos dos Bolsonaro é entrar
no nicho eleitoral do PT no Nordeste.É a primeira vez que um governo
não petista terá a oportunidade de mostrar àquela região, sustentáculo
do PT com os votos que levaram Haddad ao segundo turno, que também se
preocupa com os pobres.