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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

A intolerância é a marca das tiranias - Percival Puggina

Não ocorreu por falta de motivos, a reação dos rapazes e moças do Centro Acadêmico XI de Agosto ao retorno da professora Janaína Paschoal às atividades docentes. 
Os motivos estão no que fizeram com eles nos anos de formação: longo período de doutrinação, intolerância, hipocrisia, sectarismo, perda gradual da capacidade cognitiva, prolongado convívio com a produção de narrativas e com a mistificação dos fatos em favor da ideologia. E por aí vai a longa lista de enfermidades morais que afetou a educação em nosso país.

Estudantes chegam ao ensino superior após extenso trânsito pela cadeia produtiva da Educação brasileira. Nesse caminho, foram influenciados por professores que têm afeto especial por Paulo Freire, o suposto pedagogo para quem educar é um ato eminentemente político, tão político quanto ele, suas obras e sua vida foram.

Ah, se fôssemos avaliar Paulo Freire pelo que sua mitificação produziu e pelo que a multidão de seus seguidores extraiu como resultado humanizador junto à juventude brasileira! Ou, pelo que os alunos dos discípulos freireanos conseguiram extrair das próprias potencialidades através do que lhes foi proporcionado nos bancos escolares. Mesmo assim, estampa do pedagogo de longas barbas brancas faz parte da decoração junto à porta de entrada do prédio do MEC em Brasília.

Da doutrinação vem a intolerância à divergência. O jovem militante de esquerda, tipo uspiano, se declara adepto fervoroso de toda diversidade, exceção feita à diversidade de ideias. 
Vem daí o sectarismo incapaz de conviver com Janaina Paschoal, exemplo conhecido de tantos outros casos! 
Vem daí a hipocrisia, na ausência da qual a incoerência se desnuda de modo constrangedor. 
Vem daí a gradual perda da capacidade cognitiva porque o cérebro dessas pessoas bloqueia autores, conhecimentos e fatos do mesmo modo como quer bloquear o acesso à sala de aula aos professores que leram outros autores e presenciaram outros fatos. 
Vem daí a produção de narrativas, submetendo os fatos ao photoshop da ideologia ou às técnicas cinematográficas de “efeitos especiais”.

É assim que se leva uma nação para o atraso, à ignorância e à pobreza; é assim, também, que se cultuam tiranias e se põe em curso um esquema de destruição em massa do futuro de milhões de jovens no país.

Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Tudo por um Brasil pior - Revista Oeste

J. R. Guzzo

É fundamental para Lula, e para essa gente toda, que a população brasileira permaneça enterrada na ignorância em que está — quanto mais ignorante, melhor para eles

Ministro Alexandre de Moraes | Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE 

Ministro Alexandre de Moraes | Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE

É a mesma farsa, em dois atos executados ao mesmo tempo e com dose dupla de veneno. Num ato, o Supremo, o ex-presidente Lula e a paçoca que hoje mistura classes intelectuais, empresários de esquerda e ladrões do erário público gritam que “a democracia está ameaçada” — e, por conta disso, passam a usar a máquina judiciária do Estado para impor ao Brasil, dia após dia, uma ditadura pretensiosa, “progressista” e metida à besta;finge que é iluminada, mas é apenas uma ditadura a mais.  
Em outro ato, prometem mudanças prodigiosas para a “sociedade”, quando a última das coisas que querem é mudar alguma coisa — sua luta de vida ou morte, ao contrário, é deixar tudo como está. Os dois movimentos se juntam. A ditadura está sendo construída em público, já há quatro anos, pela associação do STF com a elite mais subdesenvolvida do Brasil.  
Não se trata de ponto de vista, mas sim da mera observação das decisões tomadas pela “suprema corte” para sabotar o governo, perseguir os seus aliados políticos e interferir grosseiramente no processo eleitoral em favor de Lula.  
O congelamento do país em tudo o que significa atraso, produção continuada de miséria e privatização do Estado em favor de interesses particulares é o único projeto real que a esquerda tem para o Brasil, caso seja declarada pelo TSE como vencedora das eleições de 2022.
 
A ditadura está sendo imposta pelo STF com polícia, censura à imprensa e gente trancada na cadeia como preso político; pode ter tortura a qualquer momento, pois se o ministro Alexandre Moraes, por exemplo, mandar a PF abrir a sua caixa de ferramentas nos interrogatórios de pessoas suspeitas de praticar “atos antidemocráticos”, ninguém, absolutamente ninguém, vai dizer que não pode. 
Ele toma decisões puramente ilegais há quatro anos e ninguém diz nada; não existe nenhum motivo para não continuar fazendo o que faz hoje. 
 
Moraes já prendeu um deputado federal durante nove meses. Mantém aberto um inquérito criminal perpétuo contra os inimigos políticos da esquerda, algo que é rigorosamente proibido por lei. 
 A cada vez que vencem os prazos da sua investigação ilegal, sem que se tenha descoberto nada contra as vítimas, ele prorroga esses prazos e mantém ativa a perseguição. 
Acaba de censurar de novo a imprensa, com a brutalidade de sempre: a Gazeta do Povo, mais uma vez, e a produtora Brasil Paralelo, agora por publicarem notícias verdadeiras, mas que Lula não quer que sejam publicadas. Ele já fez de tudo. Não há nenhum sinal de que vá parar. Uma autoridade que usa o seu cargo para desrespeitar de forma permanente a Constituição, e não está sob controle de nada e de ninguém, é coisa que só existe em ditadura. 
Ou alguém sabe de alguma democracia genuína, em qualquer lugar do planeta, onde haja um Alexandre Moraes e um STF como esse aí?

A relação das violações diretas da lei por parte do ministro e dos seus colegas é pública e indiscutível. O STF anulou as quatro ações penais contra Lula, inclusive sua condenação pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, sem qualquer razão séria; alegou erro de endereço no processo, coisa que ninguém notou durante cinco anos e ao longo de três instâncias. 

Permitiu, com essa trapaça, que Lula fosse candidato nas atuais eleições sem a absolvição de nenhuma de suas culpas
Elimina de forma sistemática o direito de livre expressão nas redes sociais. Bloqueia contas bancárias, viola o sigilo de comunicações e “desmonetiza” comunicadores de “direita”.  
Censura a imprensa, em desrespeito direto à Constituição Federal. 
Solta a polícia em cima de apoiadores do presidente da República que mantinham um grupo particular de conversas no WhatsApp; 
suspeita que estejam armando um golpe de Estado porque leu isso no jornal. 
Mantém em prisão domiciliar um aliado político do presidente, sem culpa formada e sem data para julgamento. 
Há mais coisa, ainda — mas será que é preciso continuar falando? Isso tudo está sendo feito, segundo o STF, para “defender a democracia”. 
 
Violam a lei, suprimem direitos individuais e liquidam as liberdades públicas, mas dizem que fazem essas coisas para salvar o Brasil do “autoritarismo”. 
Recebem o apoio excitado de quase toda a mídia, dos advogados de políticos corruptos e de toda essa gente civilizada que assinou a “Carta às Brasileiras e Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito”.  
É um fenômeno nunca antes visto no Brasil ou no mundo: uma carta em favor da democracia que é um manifesto em favor da ditadura.

Este Brasil do atraso, da esmola e da escassez não existe por acaso. Existe porque atende os interesses da pasta geral formada em torno de Lula

Tão hipócrita quanto a ditadura em condomínio do STF e do PT é o conto do vigário segundo o qual Lula tem de voltar à presidência da República para solucionar “os problemas sociais do Brasil”depois de ter passado quase 14 anos no governo sem resolver problema nenhum, social ou de qualquer outro tipo, e deixado como única obra verdadeira o período de corrupção mais espetacular dos 522 anos de história do Brasil, além da pior recessão econômica que este país já viu.  

Lula veio, 40 anos atrás, para deixar tudo igual na política e na sociedade brasileiras; continua hoje, às vésperas de mais uma eleição para presidente, igualzinho ao que sempre foi. Ele finge, desde então, que está ajudando “os pobres” ultimamente enfiou nesse mesmo saco as “mulheres”, os “negros”, os “gays”, os “índios”, o Complexo do Alemão e tudo que acha capaz de lhe render algum proveito. 

No mundo das realidades, este é o melhor jeito de deixar os pobres exatamente como estão, com uns trocados aqui e ali por conta das “políticas sociais”. É o ideal, ao mesmo tempo, para manter intactos os privilégios dos parasitas que querem continuar vivendo do “Estado”. 
 São as castas mais altas do funcionalismo público, a começar pelo Poder Judiciário, os empresários que grudam no aparelho estatal e a companheirada do PT. Este é, basicamente, o mundo de Lula o mundo que se opõe ao trabalho, à ascensão social através do esforço individual e ao progresso do Brasil pela combinação de mérito pessoal, talento e aquisição de conhecimento. É o mundo que não quer mudança. Quer “políticas sociais” — a maneira mais eficaz que se encontrou até hoje para santificar o “gasto público”, essa queima de dinheiro que é feita em nome dos “pobres” e funciona como o maior concentrador de renda do Brasil, ao acabar sempre no bucho dos amigos, e dos amigos dos amigos.

Este Brasil do atraso, da esmola e da escassez não existe por acaso. Existe porque atende os interesses da pasta geral formada em torno de Lula. Sabe-se perfeitamente bem quem compõe essa mistura grossa. São os empreiteiros de obras públicas, os banqueiros e os senadores do Norte-Nordeste que se elegem com meia dúzia de votos, enquanto em São Paulo só se chega ao Senado com o voto de mais de 10 milhões de eleitores

São os chefes políticos que fazem de tudo para manter o Nordeste debaixo de sua sola a começar pelos novos coronéis do PT e da “esquerda”, que usam a sua influência na máquina estatal e o dinheiro público de aberrações como o “Fundo Partidário-Eleitoral” para comprar mandatos e posições de mando
São os advogados criminalistas que ganham milhões defendendo corruptos. 
São os juízes, procuradores, ouvidores, auditores, corregedores, desembargadores etc. que vira e mexe são flagrados ganhando salários mensais de R$ 100.000, ou mais, e sempre têm uma licença legal para fazer isso. 
São os empresários do tipo Eike Batista — ou da empresa que vendia sondas à Petrobras, recebeu em moeda corrente e foi à falência sem entregar sonda nenhuma.  
São os sindicalistas que querem extorquir dos trabalhadores, outra vez, o imposto sindical. 
São os professores, funcionários e alunos de universidades federais de “ciências humanas” onde todo mundo é pago para ficar em greve, não aprender nada de útil para a sociedade e pichar muros escrevendo “Fora Bolsonaro”
São os donos das faculdades particulares — para cujos bolsos vão as bolsas dos estudantes pobres, pagas com dinheiro público. São todos os ladrões, a começar pelos da Lava Jato — que delataram a si próprios, devolveram bilhões em dinheiro roubado e confessaram livremente a sua culpa.
 
É fundamental para Lula, e para essa gente toda, que a população brasileira permaneça enterrada na ignorância em que está — quanto mais ignorante, melhor para eles. 
É exatamente por isso que Lula e o PT falam tanto em “investir na educação”. 
De fato, querem socar aí o máximo que puderem arrancar do pagador de impostos. Mas não é para ensinar nada a ninguém — é apenas para engordar o aparelho da educação, lotar as salas de aula com professores que são militantes políticos e garantir com eles, justamente ao contrário do que dizem, que não haja nenhum risco de alguém aprender alguma coisa no sistema de ensino público. 
Escola que fala de Che Guevara não ensina a fazer conta — um método 100% seguro para impedir que as pessoas adquiram qualquer conhecimento útil na sala de aula. Isso seria uma calamidade. 
Faria os jovens ganharem condições de melhorar de vida por conta própria, por saberem fazer algo, e não por receberem uma miséria qualquer dos “programas sociais”
Nem Lula e nem a esquerda podem admitir nada parecido, é claro: precisam manter o maior número possível de brasileiros na dependência eterna do Estado.

Lula não está minimamente interessado em dar terra a ninguém. O que quer é acampamento de “sem-terra”, onde quem vai mandar é o MST

É a mesma coisa com o processamento que fazem dos pobres. Lula e a esquerda querem exatamente o contrário do que anunciam: sua meta estratégica, acima de todas, é manter e se possível aumentar o número de pobres — é daí que vem a maioria dos votos que os mantém vivos. Quanto menos pobres houver no Brasil, menor será a sua força política.
Ficou provado, mais uma vez, pelos números da eleição. Lula perdeu no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás — e, no Estado de Minas Gerais, em Belo Horizonte, Triângulo Mineiro e Sul de Minas. Ou seja: perdeu, sem nenhuma exceção, no Brasil onde há mais progresso, mais iniciativa privada e melhor distribuição de renda.  
 
Ganhou onde há mais atraso, mais “Estado”, mais miseráveis e mais miséria. Por que diabo, então, ele iria querer diminuir o número de pobres? Para perder eleição? Da mesma forma, Lula quer o exato oposto do que prega quando fala de “distribuição de terra”. 
Vive ameaçando fazer uma “revolução no campo”, com o “exército do MST” — a quem, aliás, promete dar cargos “importantes” no seu governo. Mas não quer dar terra para ninguém tanto não quer que ficou abertamente contra a distribuição de mais de 400.000 títulos de propriedade rural feita ao longo do governo Bolsonaro. 
Não há nenhum precedente na história — um defensor da reforma agrária que não admite a entrega de terras para o cidadão que quer trabalhar no campo. O que Lula quer é invasão de terra, destruição de propriedade privada e violência — coisas que não resolvem nada, mas garantem o controle do PT sobre os bandos de miseráveis que giram pelo interior do país. Ele não está minimamente interessado em dar terra a ninguém. O que quer é acampamento de “sem-terra”, onde quem vai mandar é o MST.
Entrou nesse embuste gigante, nos últimos tempos, um novo espécime biológico o empresário socialista, ou com preocupações sociais, ou aflito com o futuro da democracia. É um farsante, mais um, mesmo quando se leva a sério e acredita que está fazendo o “bem”. 
O empresário de esquerda quer ter a sua consciência tranquila, ou menos pesada, e continuar ganhando dinheiro — e hoje ninguém oferece essa combinação melhor do que Lula. Ele apoia o PT, diz que está preocupado com a desigualdade e acha que Bolsonaro ameaça a democracia
Em troca ganha de Lula um certificado de boa conduta e se protege de qualquer alteração no seu patrimônio e no seu bem-estar. 
É um arranjo que atende perfeitamente os interesses dos dois lados. 
 
Lula pode dizer que a devoção dos milionários é uma garantia de que ele é um tipo “moderado”, que não vai fazer mal a ninguém. Do seu lado, os milionários garantem que o socialismo petista não vai mexer nos seus bolsos — não para valer. 
Funciona, também, como uma espécie de calmante contra a ansiedade social. Os empresários de esquerda dizem a si próprios que o seu apoio a Lula vai fazer desaparecerem das esquinas, por onde passam em seus SUVs blindados, os mendigos com um cartaz de papelão pedindo ajuda uma coisa tão incômoda, não é mesmo? 
Culpa “do Bolsonaro”, é óbvio, mas com Lula todos eles vão viajar de avião etc. etc. etc. 
Ao mesmo tempo, esse milagre vai acontecer sem custo real nenhum para o seu bolso. Os pobres somem, e somem de graça — o que pode haver de melhor?  
O maior horror, para todos eles, é o povo brasileiro, que polui a sua paisagem, ou pede esmola na rua, ou vai ao culto evangélico, ou não tem gosto”, ou vota em gente de “direita”, e mais do mesmo. 
É onde veio dar o Brasil “progressista”. Seus donos querem mandar para sempre. É o que está realmente em jogo neste segundo turno das eleições de 2022.

Leia também “Ditadura em construção”

J. R. Guzzo, colunista - VOZES - Gazeta do Povo 

 

terça-feira, 7 de junho de 2022

Assentamento de mentiras - Luis Ernesto Lcombe

Ele não anda pelas ruas. Escolhe bem aonde ir e com quem se encontrar. Mentiroso confesso e contumaz, ele já não arrasta multidões, desde que seu partido arrastou bilhões de reais de empresas estatais para os próprios bolsos, amplos, largos, fundos.  
Seus apoiadores onde estão? É incerto onde se aglomeram. Lula não emociona, é um emplastro. Nas ruas, por ele, estão apenas aqueles que os funcionários de empresas de pesquisas eleitorais descobrem. Estatisticamente, pelo menos, são muitos. Devem aguardar ansiosamente o encontro com Lula. No meio do povo, de novo...
 
Acampamento de militantes do MST.


Acampamento de militantes do MST - | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Poderia ter sido na praia... Lula queria dar um mergulho no mar, mas achou melhor interditar o seu pedação de areia. Ele já não sai por aí, já não mora em São Bernardo do Campo, já não quer esbarrar com qualquer um. Questões de segurança. Seu povo aguarda, obediente e compreensivo, a hora de saudar e aplaudir o chefe, de estar perto dele. E a hora chega, o jornal anuncia:Lula, de novo nos braços do povo”. Encontro marcado para Londrina, no Paraná. O pré-candidato quer ser abraçado, quer abraçar milhares de pessoas, antes dos milhões das pesquisas eleitorais.

Era tanta vontade de estar com todos, mas não teve rua, praça pública, estádio de futebol. Não teve multidão. Lula visitou apenas um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra na cidade paranaense. Falou para uma gente comportadamente uniformizada, simples, humilde. Repetiu, em discurso, o que lhe disseram, que "a agricultura familiar tem capacidade para alimentar nosso país". É tão lindo: querem produzir em larga escala alimentos não transgênicos, sem o uso de defensivos agrícolas... E querem proteger as florestas ao mesmo tempo! Povo, não dá. Seria preciso aumentar assustadoramente a área plantada, desmatar, desmatar muito.

Lula nunca parece mesmo disposto a se encontrar com a verdade... e com o povo. A ida a Londrina não valeu, claro, como um “teste das ruas”. É compreensível, para alguém condenado por corrupção e lavagem de dinheiro em três instâncias, por nove juízes. 

Lula é como um produto estragado, vencido, que foi retirado da prateleira do supermercado e, porcamente, estão querendo colocar de volta. Assim como o MST, ele representa a ilegalidade. 
Ou alguém vai dizer que invadir propriedade privada, depredar, destruir plantações, benfeitorias, que nada disso é crime?

Assim como o MST, Lula representa a mentira e o atraso, o que não tem como dar certo. Do outro lado está um governo que reduziu drasticamente o número de invasões de fazendas, que assegurou aos proprietários a defesa de suas áreas, que cortou o financiamento de ONGs ligadas aos sem-terra e à falsa proteção do meio ambiente. No governo Bolsonaro, foram 24 invasões de propriedades rurais até agora.[março 2022.] Nos dois governos Lula, foram 1.968! 

E o atual presidente distribui, como nenhum outro, títulos de regularização fundiária: 128 mil só no ano passado. Ainda bem que o povo de verdade, nas ruas de verdade, não se engana, ainda bem que o povo nas ruas sabe de tudo.

Luiz Ernesto Lacombe, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

O que não é direito nem nunca será

Após nomeação de ministros, três áreas correm grande risco de retrocesso no governo Bolsonaro: questão indígena, meio ambiente e relações exteriores

O governo Bolsonaro pegou caminhos errados que podem levar o Brasil a perigosos retrocessos. A Funai vai ser entregue a uma ministra que acredita que a religião deve comandar as ações do Estado. Isso é tão perigoso quanto entregar para a Agricultura.
[os índios devem ser tratados como iguais a qualquer brasileiro, ser considerado cidadãos igual qualquer brasileiro (eles são brasileiros) e iguais em DIREITOS e DEVERES - assim nada justifica a existência da Funai o erro, se existe algum, é manter o cabide de empregos representado por aquela Fundação.] O ministro do Meio Ambiente acha que o país não deveria gastar dinheiro enviando cientistas para as Conferências do Clima. O ministro das Relações Exteriores montou uma equipe de transição sem as mínimas qualificações para isso.  O presidente eleito, Jair Bolsonaro, venceu a eleição defendendo posições de direita para todas as questões que envolvem meio ambiente, direitos humanos e a questão indígena. É natural que faça suas escolhas. Como é natural que os analistas alertem para os riscos que certas decisões radicais podem representar. [Dilma, da mesma forma que seu antecessor - o presidiário petista Lula da Silva (vez ou outra é oportuno citar o nome dele, logo vão esquecer que o presidiário Lula já presidiu o Brasil.)  defendiam posições de esquerda e, em uma conferência do clima, em Compenhaque, ela expeliu, pela boca, a seguinte pérola: 'a defesa do meio ambiente ameaça o desenvolvimento sustentável.'.
O clima deve ser tratado por cada Nação, respeitando sua soberania; conferência de nada adiantam, já que sempre será decidido o que interessa ao G7.]

Nas primeiras entrevistas concedidas pelo futuro ministro Ricardo Salles, ele disse que há uma discussão acadêmica sobre se a razão do aquecimento global é geológica ou provocada pela ação humana. Não há mais. Isso foi superado. Hoje há um consenso científico internacional de que a causa geológica existe, mas leva milhões de anos, e o que está havendo é que, pela ação humana, esse processo está se acelerando perigosamente. 


Salles acha que esse é um assunto abstrato. Errado. Ele é concreto. O risco é de elevação do nível do mar, ondas de calor ou de frios extremos, desequilíbrios fatais.

Ricardo Salles disse que fez um bom trabalho em São Paulo, acabando com lixões e aumentando a proteção de nascentes. Isso é ótimo. Mas a visão que ele demonstra ter das negociações internacionais contra o clima são espantosamente equivocadas.  Ele acha que as metas de redução do desmatamento foram imposição internacional que restringe aos brasileiros o uso do território e que isso afeta a soberania. Foi o Brasil que ofereceu essas metas, dentro do esforço internacional. Ele criticou o fato de que há restrições ao uso da totalidade da terra de uma propriedade privada. Sim, há. E isso é lei brasileira, são as reservas legais com percentuais para cada bioma.  Ele critica a participação brasileira nas negociações do clima, dizendo que “nós estamos vendo funcionários viajando para tudo quanto é conferência do clima”. Esse esforço nasceu no Brasil na Rio 92 e será um erro monstruoso se o Brasil abrir mão do seu protagonismo nessa área e se isolar.

O futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, também tem defendido o isolamento, como acabou de fazer com o Pacto Global de Migração. Ernesto Araújo nem demonstra ter autonomia na área. No Itamaraty, em reunião, disse que o país continuaria a ser sede da COP-25. Depois, avisou que tinha recebido ordens no sentido contrário. Mas seu pior erro está na equipe de transição que proporá uma reforma do Itamaraty. Seria como chamar a baixa oficialidade para reformar o Exército. [ser favorável a Migração, receber emigrantes, é um ato nobre, até mesmo de caridade cristã;
mas, tendo Brasil mais de 12.000.000 de desempregados, tem que pensar -  antes de praticar caridade aos necessitados, aos famintos, estrangeiros - nos milhões e milhões de brasileiros.
Ou muito em breve os brasileiros também estarão emigrando, só que não temos em nossas fronteiras nenhum país em condições de receber os brasileiros que acossados pela fome, doenças, miséria, desemprego procurarem outras terras.
Os venezuelanos ainda tem o Brasil e a política do presidente Temer que finge esquecer que para cada estrangeiro, em sua grande maioria não qualificado, que o Brasil emprega é um emprego a menos para os brasileiros.]

De todos os riscos, talvez o pior tenha sido o de entregar a questão indígena nas mãos da ministra de Direitos Humanos, Damares Alves, que acredita que a Igreja precisa governar o Brasil. Ela pode ter a fé que quiser, mas se tem uma visão de que “chegou a hora de a Igreja governar”, como informou Bernardo Mello Franco em sua coluna, reportando uma fala da pastora em 2016, passa a ser preocupante. E ela tem a ideia de que essa é uma missão divina. “Se a gente não ocupar o espaço, Deus vai cobrar.” [a ministra pode até em alguns momentos demonstrar um certo radicalismo;
mas, o radicalismo pior, mais nocivo, é o praticado pela corja esquerdista, lulopetista, que se valem do 'estado laico' para pregar o FIM da FAMÍLIA, da MORAL, dos BONS COSTUMES, dos VALORES ESSENCIAIS, substituindo tudo que é bom pela IMORALIDADE, pela maldita IDEOLOGIA DE GÊNERO, pela DEVASSIDÃO dos COSTUMES - um dos exemplos o imoral e aberrante casamento gay, a adoção de crianças por 'casais' gays e outras coisas defendidas em nojeiras quanto a tal exposição QUEERMUSEU, que em nome da liberdade de expressão institucionalizou a divulgação da imoralidade.]

Há duas formas de ameaçar a cultura indígena, uma é a ocupação da sua terra, outra é a invasão de seu conjunto de crenças e valores. Desde os Jesuítas esse tem sido o conflito. Se alguém tem uma visão messiânica sobre o seu papel no contato com os indígenas não pode ocupar um posto tão estratégico. A ministra disse que saberá separar. Saberá? Suas palavras até o momento indicam o contrário. Quando ela diz que adoraria ficar em casa enquanto seu marido rala para lhe dar joias, ela não chega a ameaçar as mulheres com isso. Essa e outras exóticas declarações da ministra sobre o papel da mulher mostram que ela não viu sequer o século XX passar. Mas as mulheres continuarão avançando em todos os campos. Se achar que as religiões precisam ocupar as tribos será o começo do fim para muitas culturas. Há posições de direita sobre vários assuntos e isso é tão natural quanto ter posições de esquerda. Mas há o atraso, o obscurantismo, o isolacionismo. O risco é que estejamos tomando essas trilhas.

Coluna da Miriam Leitão - O Globo