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sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Polícia descobre plano do PCC para assassinar ex-secretário da Segurança


A cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC) planeja assassinar o ex-secretário da segurança Pública Antonio Ferreira Pinto para ameaçar o governo de São Paulo, com o objetivo de impedir a transferência de líderes da facção criminosa de penitenciárias estaduais para o sistema prisional federal. O plano para matar o ex-secretário foi descoberto há cerca de 20 dias quando comunicações entre integrantes da organização foram detectadas pela Polícia Militar. Desde então, Ferreira Pinto está sob proteção policial. Procurador de Justiça, ele havia dirigido a secretaria entre 2009 e 2012 – antes foi secretário da Administração Penitenciária de 2006 a 2009. A Segurança Pública não revelou quantos homens estão fazendo a proteção do secretário. Também não informou se outras autoridades estão sob a mira da facção. A escolha de Ferreira Pinto como alvo é simbólica. Foi ele quem decidiu pela primeira vez enviar ao sistema prisional federal líderes da facção envolvidos em assassinatos de agentes públicos em São Paulo.

Para lá foram Roberto Soriano, o Tiriça, e Francisco Antônio Cesário da Silva, o Piauí. Em 2016, foi a vez de o Estado mandar para o sistema federal outro líder do grupo: Abel Pacheco de Andrade, o Vida Loka, sob a acusação de ele ter ordenado a rebelião no Centro de Detenção de São José dos Campos.  Na semana passada, parte do segundo escalão do PCC teve a transferência a prisões federais deferida pela Justiça com base em dados da Operação Echelon, em que o Ministério Público Estadual investigou a atuação da chamada Sintonia dos Estados e outros países, setor responsável pelo controle da facção fora de São Paulo. O grupo era acusado de ordenar dezenas de homicídios de bandidos rivais e atentados contra agentes penitenciários federais.

Outro pedido de transferência da cúpula da facção está sendo preparado pelo Ministério público Estadual, que quer mandar o líder máximo do PCC, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, para o sistema federal. Nas unidades mantidas pela União, de segurança máxima, estão os chefes das demais facções do País – a única exceção é Marcola. A decisão de mandá-lo ao sistema federal enfrenta resistência dentro do governo do Estado. A atual gestão da Segurança Pública acredita poder controlar melhor a facção se a cúpula do PCC continuar no sistema prisional paulista. [é uma situação de enfrentamento, na qual as autoridades da Segurança Pública paulista, precisa mostrar aos criminosos quem manda;
transferir Marcola para o sistema prisional federal dificultará o comando direto do mesmo sob a facção criminosa, ao tempo que  mostrará quem realmente manda = o comando da Segurança Pública que demonstrará possuir e exercer o poder de mandar qualquer criminoso para qualquer penitenciária federal que entender conveniente.
Enfrentar resistência de facções começando com a demonstração de que eles mandam, será derrota na certa = um enfrentamento exige demonstração de força.]
 
Planos
O atentado contra Ferreira Pinto não é o primeiro plano terrorista que estava sendo preparado pela facção e foi descoberto pela polícia este ano. Antes do 1.º turno das eleições, a Polícia Federal havia interceptado comunicações da cúpula do PCC. As gravações mostravam que os bandidos planejavam ações contra autoridades, órgãos públicos e integrantes do sistema penitenciário federal. O motivo era a suspensão de visitas íntimas de membros das organizações criminosas detidos nas penitenciárias federais.

Depois, no início de outubro, nova ameaça foi descoberta: o plano de resgate de parte da cúpula da facção, detida na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, na região oeste de São Paulo. É lá que está presa a cúpula do PCC. Temendo endurecimento no tratamento após a posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro, os bandidos teriam contratado mercenários para atacar a prisão e retirar Marcola de lá. O grupo usaria um avião para levar o bandido ao exterior, provavelmente a Bolívia.

Para impedir isso a Segurança Pública fechou a pista do aeroporto de Presidente Venceslau e enviou à cidade homens das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) e do Comando de Operações Especiais (COE). Especialistas em salvamento em selvas e em luta antiguerrilha, homens do COE levaram metralhadoras MAG, de calibre 7,62 mm, para proteger o perímetro da prisão, além de blindados da tropa de choque. No começo do mês, a Rota detectou o sobrevoo de um drone na área e o perseguiu. A prisão continua cercada pela tropa de choque. [a demonstração efetiva de força, mostrando sem deixar dúvidas que tem o controle da situação impediu os atentados planejados.]

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



sábado, 17 de março de 2018

Graça Foster & Sérgio Gabrielli – Por que seguem blindados?



O ápice do esquema de corrupção na Petrobras aconteceu quando José Sérgio Gabrielli e Graça Foster presidiram a estatal, mas eles – inexplicavelmente – permanecem impunes


A Operação Lava Jato completa quatro anos no próximo dia 17 de março. Nesse período, foram descobertos desvios milionários na Petrobras, com envolvimento direto dos mais altos hierarcas da estatal. A corrupção contaminou as principais diretorias – destaque para a de Abastecimento, Serviços e Área Internacional. Não à toa, figuras de proa da empresa foram parar atrás das grades, como os ex-diretores Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró e Renato Duque, todos já condenados pelo juiz Sergio Moro. Mais recentemente, a Lava Jato prendeu pela primeira vez um ex-presidente da petroleira: Aldemir Bendine, acusado de cobrar R$ 3 milhões da Odebrecht. É aí que mora o aspecto mais esquizofrênico disso tudo: enquanto Bendine, alçado ao comando da estatal aos 45 do segundo tempo da gestão Dilma, já foi condenado por Moro na última quarta-feira 7 a 11 anos de prisão, os dois ex-presidentes que comandaram a estatal no apogeu do esquema de corrupção, José Sérgio Gabrielli e Graça Foster, seguem livres, leves e, o que é pior, soltos.

Gabrielli foi nomeado presidente da Petrobras em julho de 2005 pelo ex-presidente Lula. Permaneceu no cargo por quase sete anos e foi sucedido por Graça Foster, indicada em 2012 pela ex-presidente Dilma Rousseff. Graça comandou a estatal por três anos. Mas até agora, em quatro anos de Lava Jato, nenhum dos dois foi convocado a prestar esclarecimentos sobre o que acontecia debaixo de seus narizes. Não foram alvos de nenhuma etapa da operação e também não foram denunciados, embora sejam investigados em vários procedimentos da Polícia Federal. Com tanta roubalheira na Petrobras, é difícil imaginar que Graça e Gabrielli não sabiam de nada. O Ministério Público Federal não se manifesta por que os dois estão blindados e ainda não respondem a processos no âmbito judicial.


O espantoso é que o próprio Tribunal de Contas da União (TCU) já condenou Graça e Gabrielli. Junto com Cerveró, Gabrielli foi condenado a ressarcir a Petrobras em US$ 79 milhões por dano ao erário na compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. O negócio foi cercado de irregularidades e está sendo investigado pela força-tarefa da Lava Jato no Paraná. A compra da refinaria, em condições precárias, causou um prejuízo à estatal superior a US$ 700 milhões. Gabrielli também foi condenado a pagar multa de R$ 10 milhões. Já Graça Foster foi multada, pelo tribunal, em R$ 35 mil por irregularidades nas obras de tubulação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Os dois ex-presidentes ainda foram acusados pela Comissão de Valores Mobiliários, em dezembro de 2017, por supostas irregularidades na contratação de três navios-sonda.


Integrantes da PF ouvidos por ISTOÉ evitaram avançar sobre os detalhes das apurações contra Graça Foster e Gabrielli na Lava Jato, mas asseguram que essas apurações estão em andamento. Até porque ambos já foram citados ao longo das investigações. Previsão de punição, no entanto, não há. No início de fevereiro, Renato Duque, ex-diretor de serviços da Petrobras, que tenta fechar delação premiada há mais de um ano, implicou Graça Foster em depoimento à PF. Segundo relatou Duque, Graça teria se negado a realizar auditoria no contrato de aluguel de um prédio da BR Distribuidora, com receio do que poderia ser ali apurado. Duque contou que foi procurado por Graça em 2006, quando ela presidia a BR Distribuidora, para que conseguisse baixar o valor do aluguel do prédio. “Ela acreditava que esse contrato teria envolvido o pagamento de propina, dado o seu valor desproporcional”, disse o ex-diretor. Um dos envolvidos na assinatura do contrato era Rodolfo Landin, ex-presidente da BR Distribuidora, ligado à Dilma Rousseff. Justamente por causa dessa proximidade, Graça rejeitou a auditoria no contrato, conforme explicou Duque: “Por conta disso, ela não mexeria no contrato porque ‘iria feder’”.

Uma mão lava a outra
Gabrielli foi citado por mais de um delator da Lava Jato. O ex-gerente da área internacional da Petrobras, Eduardo Musa, disse que o ex-presidente tentou direcionar um contrato de US$ 1,6 bilhão para a Schahin Engenharia como compensação pelo empréstimo fraudulento de R$ 12 milhões feito pelo pecuarista José Carlos Bumlai (amigo pessoal de Lula) junto ao banco Schahin. O empréstimo foi contraído para pagar dívidas de campanhas do PT. O valor nunca foi pago. A Schahin recebeu uma contrapartida, através desse contrato bilionário com a Petrobras. O operador do MDB, o lobista Fernando Soares, conhecido como Baiano, também delatou Gabrielli. Disse que o ex-presidente sabia dos pagamentos de propina na estatal. “Duque comentou comigo, assim como Nestor Cerveró, que Gabrielli tinha conhecimento dos acertos políticos”, afirmou Baiano.  Um dos pressupostos da Lava Jato é o sacrossanto combate à impunidade. Portanto, a blindagem de quem quer que seja representa um passo atrás no cumprimento de seus propósitos mais louváveis.

“Duque foi indicado para afastar nomes de FHC das diretorias”, diz Dirceu
O ex-ministro José Dirceu afirmou, em depoimento ao juiz Sergio Moro, que Renato Duque foi indicado ao cargo de diretor de serviços da Petrobras para afastar nomes ligados ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso das diretorias da estatal. Dirceu foi ouvido na segunda-feira 5 como testemunha de defesa do ex-secretário-geral do PT, Sílvio Pereira. De acordo com o ex-ministro, Duque foi escolhido em 2003, durante reunião com a presença da ex-presidente Dilma Rousseff. “Os outros dois nomes citados eram integrantes da administração anterior, do FHC. Houve uma consulta à Casa Civil. Do ponto de vista político, não havia porque manter dois nomes da administração anterior se nós estávamos mudando a orientação da empresa. Nesse sentido, se optou pela indicação do Renato Duque”, afirmou. O ex-diretor de serviços (que ficou no cargo de 2003 a 2012) disse à Lava Jato ter sido apadrinhado por Dirceu e pelo PT.

Tábata Viapiana  - IstoÉ

 

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

O fantástico mundo do PT



O Partido dos Trabalhadores (PT) tem aprimorado sistematicamente a sua capacidade de construir uma realidade própria. Diante de fatos inequívocos – por exemplo, as graves denúncias de corrupção e as mais que evidentes provas de um governo inepto, que leva o país à garra –, o PT refugia-se num universo onírico, criado com o único e exclusivo intuito de se isentar de responsabilidade pela crise que assola o país e criar constrangimento a todo aquele que não dê anuência a seu projeto de poder. Nesse mundo paralelo, as palavras ganham significado peculiar, escolhido a dedo de acordo com as circunstâncias. Intolerante não é aquele que não admite a opinião alheia. Intolerante passa a ser todo aquele que ousa manifestar opinião contrária aos interesses petistas

Se o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso expressa sua opinião de que a renúncia da presidente Dilma, ou ao menos o reconhecimento dos erros cometidos, seria um gesto de grandeza de sua parte, ele é imediatamente tachado de intolerante e instado a se calar, porque ex-presidente deve se recolher à sua insignificância. Exceto, é claro, o mais ilustre de todos, Lula da Silva, cujos conselhos são ouro puro.

Esse é o método petista acuar quem não concorda com o jeito de governar do PT. Na ótica petista, a manifestação da opinião política como a que se viu no último domingo, por todo o país – já não faz parte da liberdade de expressão e da liberdade política. É golpismo, revanchismo de quem não aceita o resultado das eleições.

Da mesma forma, quem considera que há razões legais e constitucionais para o impeachment da presidente Dilma é simplesmente golpista. Levada ao extremo a interpretação que esses petistas dão à lei e aos fatos, o fundamento do Estado não é a Constituição Federal. O Estado é o partido – e a legalidade deixa de ser uma régua que mede a todos, para ser uma linha fluida e incerta, que protege não a coletividade, mas os interesses bem particulares do partido e de seus sobas.

No universo particular petista, o mal não é a corrupção. O que causaria prejuízo ao país são as investigações que trazem à tona a corrupção. Essas investigações travam a economia. As investigações policiais, portanto, precisariam ser contidas, pois trazem o risco de afetar empresas, que geram emprego e crescimento econômico. Pelo menos algumas empresas e empresários – não por acaso aqueles que contribuem generosamente para o projeto petista – precisam ser blindados. Trata-se de dever patriótico de todo aquele que quer o progresso do Brasil.

Na defesa de seus interesses, o PT, partido do progresso e da transformação, não teme assumir contornos conservadores. Quer a todo o custo que tudo fique como está. Principalmente, que não se esclareça muita coisa, que não se investigue a fundo, que não se puna de acordo com a lei. A delação premiadasimplesmente por ter sido o instrumento para expor ao país tantos atos de corrupção praticados ao longo dos anos de PT no governo federalpassou a ser execrada publicamente, como se fosse a mais alta imoralidade. Com essa atitude, transforma-se em valor moral da mais elevada extração a omertà, o silêncio cúmplice, que perpetua as máfias.

A construção da onírica realidade petista não é inocente. Com ares de preocupação social, manipula a linguagem com a única preocupação de proteger amigos e agentes – a tigrada que vinha tirando o que podia do Tesouro para sustentar as aventuras eleitorais do partido e, de quebra, enriquecer um pouquinho. A “criatividade” petista – que nada mais é do que uma fuga do mundo real, com suas constrangedoras responsabilidades – manifesta desespero político. Abandona qualquer pretensão de coerência em troca de uma tábua de salvação.

A legitimidade democrática passa necessariamente por respeitar a realidade e as palavras. Tolerância, liberdade, legitimidade, honestidade são palavras muito sérias, que exigem respeito, já que definem grandes bens que precisam ser protegidos. Abusar delas é imoral. E antidemocrático.

Fonte: O Estado de São Paulo – Editorial



terça-feira, 19 de maio de 2015

Obama limita a entrega de material militar à polícia - presidente dos EUA parece empenhado em permitir que morram policiais e os baderneiros fiquem impunes

Presidente aplica recomendações feitas por um comitê depois dos protestos de Ferguson

O Governo dos Estados Unidos limita a entrega de material do Departamento de Defesa às corporações de polícia estaduais e municipais. A decisão, que o presidente Barack Obama anunciou nesta segunda-feira em Nova Jersey, é uma consequência dos protestos de agosto em Ferguson, depois da morte de um negro desarmado.

A mobilização de agentes com aparato e métodos militares nessa localidade de Missouri avivou os protestos e provocou um debate nacional. Agora é prática habitual que o Pentágono transfira às polícias locais o material militar que sobra.

A cena era chocante. Eram por volta de cinco da tarde na pouco agradável avenida comercial de Ferguson, epicentro dos protestos no início de agosto pela morte de um afro-americano de 18 anos por disparos de um policial branco. Umas 200 pessoas bloqueavam pacificamente a avenida. Diante delas, uma imponente fileira de dezenas de policiais antimotim com indumentária militar e fuzis pendurados no ombro. Ao lado, vários utilitários blindados com um agente posicionado no teto e que apontava para os manifestantes com um fuzil de precisão.

Podia parecer um destacamento militar em um conflituoso país distante, como o Afeganistão ou o Iraque. Mas era em um município de apenas 20.000 habitantes no Meio Oeste dos EUA. A partir desta segunda-feira, cenas como essa em Ferguson e outras localidades do país serão mais raras. A Casa Branca anunciou que vai pôr em prática, em outubro, as recomendações de revisar nos Departamentos de Defesa, Justiça e Segurança Nacional os programas de entrega de equipamento –iniciados nos anos noventa– às corporações policiais estaduais e municipais.

O grupo de trabalho, criado por Obama depois dos distúrbios em Ferguson, propôs proibir a concessão de determinado material (veículos similares a tanques, fuzis de grosso calibre, lançadores de granadas ou aparatos aéreos armados), endurecer os requisitos para obtenção de equipamentos e penalizar o mau uso.

Continuar Lendo em ..........El País



 

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

O bando do Fuzilão



Faz tempo que a bandidagem e o universo das drogas saíram das cidades grandes para aterrorizar o interior
Prefeito acorda aí! Mataram os policiais e a cidade tá na mão dos bandidos. Era madrugada e o povo estava todo desperto, assustado e encolhido. Os policiais não estavam mortos. Só fugiram, quando um grupo de 20 bandidões, armados com fuzis e, no maior alarde, tomaram de assalto a cidade.


Caixas eletrônicos da agência do Banco do Brasil no Centro de Pedregulho, SP (Imagem: Stella Reis / EPTV)
O alvo eram caixas eletrônicas. Todas devidamente explodidas e esvaziadas. “Ganho” rápido. Ninguém ferido. Um puta susto coletivo. Para ninguém se meter a herói, a operação foi toda acompanhada de rajadas de tiros pro alto. Aconteceu em dezembro passado, na pequena cidade de Pedregulho, no interior de São Paulo. Só virou notícia agora, domingo, 8 de fevereiro. Deu na imprensa é verdade, não?

Pedregulho tem 15 mil habitantes. Na mesma época, contava a matéria, 10 outras cidades do mesmo porte, nas vizinhanças da rica Ribeirão Preto, também viveram suas madrugadas de faroeste caipira. A maioria delas é defendida por dois PMs! Sem fuzis, claro. Os fuzis dos invasores – batizados de Bando do Fuzilão - perfuram até blindados

Não há outra saída se não dar no pé, como bem fizeram os PMs de Pedregulho. Lá no interior de Minas, onde nasci, nos idos de antigamente, quando se indignava com alguma barbaridade, meu avô bradava: “Mas onde nós estamos?”  Estamos no século 21. 

Pedregulho é de São Paulo, o estado mais rico do país – onde também de dia falta água e de noite falta luz. (No Rio também. Em Minas Gerais e Espírito Santo idem). Mas lá em SP, agora, tem cangaço como nos tempos do Lampião, que atuava longe, no nordeste pobre e, então, seco. Diz a lenda que ele tirava dos ricos e dividia com os pobres.

Romantizado no imaginário popular, o Rei do Cangaço, seria bandidinho nos dias de agora. O novo cangaço paulista, do Bando do Fuzilão, até pelo seu poder de fogo, não tem qualquer romance. O dinheiro roubado às claras financia compra de mais e melhores armas, drogas e outras bandidagens e barbáries. Há anos - e muitas eleições vividas – que a Segurança é apontada como principal preocupação da população, que é o coletivo de nós, os peões desse jogo/jogado. Também é tema recorrente de suprapartidárias promessas eleitorais. Balela. A coisa só piora.

Se hoje temos mais eficiência em prender e até condenar bandidagens de colarinho branco, o time da corrupção e assemelhados, na chamada segurança pública do dia a dia a coisa degringola em ritmo acelerado de confrontos armados, chacinas, sem mocinhos, mas com polícia-bandido, balas perdidas, tortura, sequestros e cangaços.

Faz tempo que a bandidagem e o universo das drogas saíram das cidades grandes para aterrorizar o interior, num vale tudo explícito de ações como do Bando do Fuzilão. Serão presos, serão mortos e outros virão pelo óbvio – não há decisão política, no macro e no micro, de combate real contra a violência e suas principais causas: o internacional e poderoso business das drogas e das armas. (Perdi a conta de quantas vezes já escrevi sobre isso).

Enquanto não nos atinge diretamente, somos eternos compadecidos das vítimas que, todo dia, relatam suas tragédias em rede nacional. Pequenos grupos vão as ruas bradar contra a violência. Movimentos sociais fazem campanhas contra a impunidade. Parlamentares prometem novas leis.

Governantes, também compadecidos (?), juram providências e “rigorosa apuração e punição exemplar aos culpados”. (Aliás, alguma apuração/investigação pode não ser rigorosa? Punições não deveriam sempre ser exemplares?) Balela. De verdade mesmo, eles fingem que farão, nós fingimos que acreditamos. Enquanto isso... fuzilões fuzilam.

Fonte: Tânia Fusco – Blog do Noblat