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segunda-feira, 23 de maio de 2016

“André Moura para quê?”

Aceitar André Moura como líder do governo é um erro mais sério que rebaixar a Cultura a secretaria 

Nunca pensei que usaria aspas de Renan Calheiros num título. Mas, desta vez, o presidente do Senado perguntou o óbvio. De todos os erros atribuídos ao presidente interino Michel Temer nessa semana de estreia, o mais grave foi a escolha de André Moura como líder do governo na Câmara. Sua nomeação foi um tiro de bazuca no governo. Sem defesa.

André Moura é acusado de tentativa de homicídio e de roubo de verba pública para financiar churrasco e bebida alcoólica. Usou sua cota parlamentar para contratar uma empresa que forneceria notas frias em contratos de locação de carros e de assessoria jurídica. A empresa se chama Elo Consultoria. Mas o verdadeiro “elo” de André Moura é com o vilão-mor da República, o suspenso Eduardo Cunha, que ameaça voltar com força total à Câmara, sob o argumento de que as contas secretas no exterior são de um “trust”. O beneficiário é ele mesmo, mas isso não passa de mero detalhe.

André Moura é classificado como “um dos expoentes da bancada religiosa no Congresso”. Não tenho nada contra a fé, que move montanhas. Mas a fé de Moura parece mover montanhas de conchavos e preconceitos. É católico, porém lidera o PSC, de maioria evangélica. Seu projeto de lei mais conhecido, assinado com Eduardo Cunha, dificulta o aborto até em casos de estupro. [ao assinar este projeto, gostem ou não gostem as assassinas de seres humanos inocentes e indefesos, André Moura merece ser líder do governo.] Isso denota não conservadorismo, mas crueldade. André Moura (vou repetir sempre nome e sobrenome, para não ofender nenhum outro “Moura” e para que fique gravado até ele renunciar ou ser afastado por Temer) se esmera em restringir direitos de homossexuais. [outro ponto que justifica a manutenção de André Moura na liderança do governo; já a senhora nomeada para a 'secretaria de direitos humanos' já empunha duas bandeiras contra a FAMÍLIA: é favorável ao aborto e defende homossexuais.] André Moura é investigado no Supremo Tribunal Federal, junto com Eduardo Cunha (sempre ele), por supostas pressões a empresários na Lava Jato. Ah, André Moura é do “Centrão”, o novo bloco que abarca 12 partidos na Câmara para dar sustentabilidade a Temer.

“As pessoas perguntam sempre: o André Moura para quê? É isso que tem de ficar claro. Quais são os compromissos? O que é que ele vai fazer para colaborar com o Brasil no aperfeiçoamento institucional? O que vai poder fazer?”,  perguntou Renan Calheiros.
O que pode fazer André Moura em prol de um bom relacionamento entre o Executivo e o Legislativo? Não terminaria nem com aperto de mão um encontro entre ele e a nova secretária de Direitos Humanos, Flávia Piovesan, professora da PUC-SP que promete lutar pela descriminalização do aborto em todos os níveis e combater a violência contra a mulher, o racismo, a homofobia e a desigualdade. [´é fácil perceber que se esta senhora permanecer na 'secretaria de direitos humanos' a FAMÍLIA BRASILEIRA e os VALORES MORAIS será destruídos - a ilustre secretária apoia tudo que não presta.] 
 
Diante da polêmica suscitada por seu afilhado, Eduardo Cunha falou em terceira pessoa: “Não tem um alfinete indicado neste governo por Eduardo Cunha”. Bizarro tratamento a si mesmo. Mas, sim, André Moura não é só um alfinete no paletó de Temer. André Moura é uma cunha no coração do governo, com perdão do trocadilho. “Cunha” significa “peça de ferro ou madeira, cortada em ângulo agudo, para rachar lenha, pedras”. Eduardo Cunha continua a custar R$ 120 mil mensalmente aos cofres públicos. Com broche de deputado, informou que ocupará segunda-feira seu gabinete 510, em clara provocação à decisão unânime do Supremo. Todos os benefícios dados a Cunha deveriam ser anulados. Já. Residência oficial, carro oficial, avião da FAB. [qual a razão da Dilma, a Afastada, continuar usufruindo de mordomias, se ela não pode exercer nenhuma atividade pública? o Cunha está sendo punido com uma 'criação' do minisdtro Teori Zavascki, já que a Constituição Federal e nenhuma outra lei brasileira prevê 'suspensão de mandato parlamentar'.]

Quanto tempo levará para se exigir de deputados e senadores uma cota de sacrifício na crise? Na Câmara Federal, eles têm salário de R$ 33.763, auxílio-moradia de R$ 4.253 ou apartamento de graça, verba de R$ 92 mil para contratar até 25 funcionários, de R$ 30.416,80 a R$ 45.240,67 por mês para alimentação, aluguel de carro e escritório. Dois salários no primeiro e no último mês da legislatura como ajuda de custo, ressarcimento de gastos médicos. Juntos, os 513 deputados federais custam, em média, R$ 86 milhões ao contribuinte todo mês. Ou R$ 1 bilhão por ano. Os dados são copiados do Congresso em Foco. O Congresso parece viver num universo paralelo.

A quem diz ser impossível mexer nessa caixa-preta, lembro que, em 2012, quando François Hollande assumiu o poder na França, determinou que presidente e ministros reduzissem em 30% seus salários, “para dar o exemplo”. E divulgou um código de conduta com várias regras. Entre elas: ministros teriam de recusar todos os convites particulares, de empresários ou amigos influentes. Devolver qualquer presente com valor superior a €150 (R$ 600). Em trajetos inferiores a três horas, teriam de usar trem. Ficava proibida “qualquer intervenção envolvendo um parente ou amigo próximo”.

Que Temer não se iluda. Aceitar André Moura como líder do governo é um erro muito mais sério que rebaixar a Cultura a secretaria. E não vai embora com o tempo nem o vento.

Fonte: Ruth de Aquino - Época

 

 

quarta-feira, 25 de março de 2015

França vê pouca chance de terrorismo em queda de avião que matou 150 – e o vôo da Malaysia Airlines; quando o mistério do seu desaparecimento será revelado?



Airbus A320 da companhia alemã se chocou contra os Alpes franceses nesta terça-feira
O governo francês não privilegia a hipótese terrorista no acidente de avião da companhia alemã Germanwings, que caiu na terça-feira nos Alpes franceses e provocou a morte das 150 pessoas que estavam a bordo, afirmou o ministro do Interior.  "Todas as hipóteses devem ser consideradas até que a investigação apresente resultados, mas a hipótese terrorista não é privilegiada", disse Bernard Cazeneuve à rádio RTL.  "Há uma concentração de partes do avião em um espaço de um hectare e meio. É um espaço importante porque o impacto foi importante, mas isto mostra que o avião provavelmente não explodiu", completou o ministro.

E o vôo MH 370? que aconteceu realmente? Leia mais

Bernard Cazeneuve disse que nas próximas horas os especialistas devem começar a analisar os dados da caixa-preta encontrada na terça-feira, que corresponde à gravação das conversas e aos sons da cabine dos pilotos. Dez médicos legistas serão enviados ao local para identificar os corpos.

Autoridades retomam busca de corpos e destroços
A perigosa operação para recuperar os destroços do avião da companhia alemã Germanwings que caiu na terça-feira ao sul dos Alpes franceses com 150 pessoas a bordo, a maioria alemães e espanhóis, foi retomada nesta quarta-feira. A caixa-preta encontrada na terça-feira, a que registra as conversas dos pilotos, está danificada, mas pode ser analisada informou à AFP uma fonte próxima à investigação. "A caixa-preta encontrada é a CVR (cockpit voice recorder)", disse a fonte.   "Foi enviada a Paris para que seja analisada pelo BEA" (Escritório de Investigação e Análises), completou.

O ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, confirmou que a caixa-preta está danificada, mas o conteúdo pode ser utilizado.  "Será necessário reconstituí-la", disse.  Ao mesmo tempo, o ministro explicou que o governo francês não privilegia a hipótese terrorista na investigação das causas do acidente.  Os investigadores prosseguem com as buscas pela segunda caixa-preta, a "FDR" (Flight Data Recorder), que grava os dados do voo segundo por segundo, uma tarefa que será complexa em consequência da dispersão de partes do avião em uma ampla área montanhosa de difícil acesso entre Digne-les-Bains e Barcelonette (Alpes da Alta Provença).  Segundo o general francês David Galtier, "os pedaços de corpos humanos localizados não são maiores que uma pequena maleta".

Entre os milhares de pedaços da aeronave foi possível identificar apenas o trem de pouso, segundo um investigador, o que levanta a possibilidade de que o avião se desintegrou no choque com as paredes rochosas.  A chanceler alemã, Ângela Merkel, o presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, e o presidente francês, François Hollande, visitarão o local da tragédia, que conta com mais de 300 policiais e 100 bombeiros.  Alemanha e Espanha são os países mais afetados pelo número de vítimas.

O Airbus A320 da Germanwings, uma companhia de baixo custo, filial da Lufthansa, caiu na terça-feira em uma área com montanhas que chegam a 3.000 metros de altura. A aeronave seguia de Barcelona (Espanha) para Düsseldorf (Alemanha) com 144 passageiros e seis membros da tripulação a bordo.

O pior acidente em 30 anos
 A catástrofe aérea, que provocou uma grande comoção na Europa, foi a pior registrada na França em mais de 30 anos.  Na Espanha, o governo decretou três dias de luto nacional. Os reis Felipe VI e Letizia cancelaram uma visita de Estado à França que havia começado poucas horas antes.

Entre as vítimas estão 67 alemães, incluindo dois bebês e 16 adolescentes de Haltern (noroeste da Alemanha), que retornavam, ao lado de duas professoras, de um intercâmbio escolar na Espanha.  Entre os passageiros estavam 45 pessoas com sobrenomes latinos, segundo a vice-presidente do governo espanhol, Soraya Sáenz de Santamaría.  Dois colombianos e dois argentinos estariam no voo, assim como três mexicanos, segundo a chancelaria do país.  Dois australianos e pelo menos um belga também estão entre as vítimas. 

Também estão entre as vítimas dois cantores de ópera de Düsseldorf, o baixo-barítono Oleg Bryjak, de 54 anos, e a contralto Maria Radner, 33, que viajava com o marido e seu bebê.  A localidade de Seyne-les-Alpes aguarda a chegada dos parentes das vítimas.  O tenente-coronel Jean-Marc Ménichini, da gendarmaria, informou que 30 investigadores e médicos legistas integrarão as equipes nos helicópteros de busca. 

A tarefa vai tomar pelo menos uma semana, advertiu.  "O acesso ao local é muito complicado. É uma área de muitas montanhas, muito elevada e é muito difícil chegar no local no inverno, a não ser pelo ar", disse Francoise Pie, morador da região.  Uma unidade de emergência médico-psicológica foi estabelecida no hospital de Digne-les-Bains e outra será instalada em Seyne-les-Alpes, com intérpretes de espanhol e de alemão.

Fonte: AFP

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Calote no BNDES - BANDESÃO - PT

A caixa-preta do BNDES

Relatório obtido por ISTOÉ revela que inadimplência nos financiamentos do banco saltou de R$ 412,9 milhões para R$ 4 bilhões. Enquanto o TCU pede a abertura dos dados sigilosos da instituição, a oposição trabalha por uma CPI 

Na quarta-feira 11, a oposição iniciou a coleta de assinaturas para instalar a CPI do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no Congresso. O objetivo é investigar como o banco aplicou R$ 400 bilhões em recursos da União entre 2009 e 2014. Recheia o pedido dos oposicionistas um relatório alarmante. Trata-se do último informe de gestão de riscos da instituição, destinado à análise de investidores e mercado financeiro, ao qual ISTOÉ teve acesso. De acordo com o documento, que mede operações em atraso da carteira de créditos do BNDES, o montante total de parcelas de financiamento inadimplentes saltou de R$ 412,9 milhões em junho de 2014 para R$ 4 bilhões em setembro, crescimento de 976%. No mesmo período, em 2013, a variação de um trimestre para o outro foi de R$ 126,6 milhões para R$ 132,7 milhões.

As empresas são consideradas inadimplentes quando atrasam em 90 dias o pagamento mensal do empréstimo. A dívida, segundo o banco, compromete todo o fluxo da instituição fomentadora. O BNDES diz que utiliza o montante de parcelas pagas pelas empresas financiadas para conceder crédito a novos clientes. Quando as empresas deixam de pagar o boleto mensal, a instituição perde recursos e precisa recorrer à União para manter o ritmo de financiamentos. Diante desse quadro, no início de dezembro, o governo autorizou um socorro de crédito de R$ 30 bilhões ao BNDES. Dois meses depois, o Congresso foi novamente acionado para votar outra medida provisória, desta vez para ampliar em R$ 50 bilhões o limite de incentivos financeiros repassados pela União ao banco.
SUSPEITAS
O aumento no montante da inadimplência dos financiamentos
coincidiu com os depoimentos e prisões da Operação Lava Jato
O BNDES é uma caixa-preta indevassável. A instituição financeira se recusa a divulgar a lista dos devedores sob a alegação de “proteção ao sigilo bancário”. O banco também se nega a informar para quem e em que condições foram concedidos os empréstimos bilionários a juros camaradas nos últimos sete anos. Intriga a oposição o fato de o salto no montante da inadimplência dos financiamentos coincidir com o depoimento do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa aos integrantes da Lava Jato. A constatação sugere que as empreiteiras envolvidas no escândalo possam integrar a lista de devedores. O banco rechaça a suspeita. “O atraso observado para prazos menores acontece por motivos diversos, operacionais ou conjunturais da empresa, e não necessariamente por dificuldades financeiras”, informou a assessoria.

Hoje, nem mesmo o TCU consegue ter acesso aos dados do banco. A história pode mudar. O ministro Luiz Fux analisa um mandado de segurança impetrado pelo BNDES que impede o TCU de obter as informações sobre os financiamentos. Na última semana, Fux solicitou um parecer do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

A decisão do ministro é aguardada com ansiedade. Derrubado o mandado, as informações ganharão a luz do Sol. “O BNDES empresta com taxas de juros de longo prazo, a 5,5%, e o governo toma empréstimos com taxa Selic de 12,5%. Esse crédito barato para as empresas custa R$ 30 bilhões por ano só em diferença de taxa de juros. Sem falar que o BNDES empresta para governos autoritários, ditaduras. É preciso dar transparência ao processo”, cobra o líder do DEM na Câmara, Pauderney Avelino (AM).

Outro alvo da oposição é a carteira de aplicações no exterior. Em dezembro, o banco público encerrou concorrência para contratar por US$ 20 milhões uma banca de advogados estrangeiros somente para cuidar de assuntos internacionais, entre eles uma linha de financiamento para a aquisição de aeronaves comerciais que tenham valor igual ou superior a US$ 150 milhões. O programa de inserção internacional de empresas brasileiras teve início em 2003, no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Em um primeiro momento, a alegação para financiar projetos em outros países era o fortalecimento do Mercosul. Com o passar do tempo, os empreendimentos se expandiram para países sem ligação com o bloco.

Fonte: IstoÉ