Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador capiroto. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador capiroto. Mostrar todas as postagens

sábado, 16 de dezembro de 2023

A arte de escolher o pior - Percival Puggina

A mim não assustam as derrotas nem os vencedores, mas os desanimados.

        Tenho certeza de que Lula recebeu muitas sugestões no período anterior à indicação de um nome ao Senado para preencher a vaga aberta com a aposentadoria da “inesquecível” ministra Rosa Weber (aquela que pediu aos presos de 8 de janeiro aplausos para o colega Alexandre de Moraes).

Tanto o desejo de indicar alguém quanto o de ser indicado correspondem a aspirações normais. O bolso do casaco de Lula deve ter recolhido muitos cartões e, entre eles, é possível que existissem uma ou das boas sugestões envolvendo indicados que, além de reputação ilibada e notável conhecimento jurídico, acumulassem virtudes como prudência, sabedoria, empatia, humildade (ou, no mínimo, ausência de soberba).

Lula, porém, incidiu no seu erro padrão: ponderou todas as possibilidades e fez a pior escolha possível. Não é por obra e força do acaso que essas coisas lhe acontecem. Ninguém escolhe o pior quando tem diante de si um discriminado e explicitado leque de alternativas.  Sou obrigado a admitir que a escolha do menos recomendável é produto do critério adotado por Lula.

Ele sabe que tem o Senado sob seus cordéis. Foi a mais proveitosa aquisição para seu patrimônio político e ele nem pode dizer que não é dele, mas de um amigo dele. Qualquer dia vai entrar no Senado de bermudas. Ele sabe, também, que podia indicar o capeta, ou “capiroto” como o denominam no Norte do país. A sabatina exalaria cheiro de enxofre e o indicado seria ministro do Supremo.

Foi pensando assim que optou pela indicação mais desagradável à oposição para transformar sua aprovação numa provação, num castigo, a seus adversários, especialmente àquela bagatela de 58 milhões de eleitores que a mídia amestrada diz ser de extrema direita.

Todos sabem o que aconteceu em 30 de outubro do ano passado. Foi a tal “vitória do amor”, não foi? Os ativistas da esquerda proclamaram essa vitória como resposta institucional ao desejo de pacificação do país, tão repetidamente anunciado como objetivo pelos ministros do Supremo. Nada melhor, então, do que colocar no STF alguém que, ao longo do ano em curso, foi o chicote verbal do governo e se revelou uma crescente ameaça à liberdade de expressão da oposição. Sua determinação em controlar a liberdade de expressão levou-o a declarar, em audiência, falando aos representantes das plataformas das redes sociais, que deviam adotar como referência para sua conduta o que tinham vivido no ano eleitoral de 2022, ou seja: um regime que censura e multa.

Repito: a mim não assustam as derrotas nem os vencedores, mas os desanimados.

Percival Puggina (78) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.

 

 

 

segunda-feira, 17 de julho de 2023

Pai da mentira - Chifres, rabo e tridente na mão - Luís Ernesto Lacombe

Vozes - Gazeta do Povo 

 

Detalhe de “O Juízo Final”, de Fra Angelico. -  Foto: Wikimedia Commons/Domínio público [quem  observa  esta foto e ler o post, logo pensa no atual presidente do Brasil;  qual a razão? uns acham que é intimidade dele com a mentira - da qual é o pai - e outras coisas mais. E você]

Ele tem a voz do diabo, a mesma cor vermelha, os olhos injetados. Ele vocifera, ele é colérico, é ódio puro, raiva, desejo de vingança. 
E dá vazão a toda sua ira. Ele é incendiário, é infernal. Ele é comunista, e isso é bem mais importante do que ser democrata... 
No incêndio destruidor de tudo, ainda há quem afirme que ele é “sabidamente democrata e que vem arriscando de forma consciente a própria reputação”. Nas enormes labaredas, ainda há quem propague, disfarçadamente ou não, que ele deveria ser um “ditador benigno do Brasil”. Para ele tudo é meio relativo. Ele é a mentira. Tudo o que diz e faz deixa claro que tem parte com o demônio, mas ele se considera Deus.
 
Ele é contra a família, os costumes, o patriotismo. É contra as leis naturais, a lei moral, contra as leis dos homens, contra os direitos humanos, as liberdades fundamentais.  
Suas leis são todos os males reunidos. 
Ele abraça um coletivo diabólico que acha normal o expurgo de opositores, de qualquer um que queira combater o fogo em que ardem o alento e a esperança. Venezuela, Nicarágua, Cuba, ele não condena as ditaduras porque deseja para o Brasil algo parecido... E atiça, a todo momento, o fogo do inferno.
 
    Ele não tem alma, muito menos a mais honesta de todas. 
Ele não é o benfeitor dos benfeitores, o democrata conciliador, o redentor dos brasileiros, o redentor do planeta. Ele é insano, asqueroso, ordinário, imundo 
 
O capiroto é atrevido, ardiloso, enganador. Ele finge que nazismo e comunismo são antagônicos. 
Fala mal de Israel, dos Estados Unidos, se indispõe com a Europa, com o Ocidente. 
O que deseja são as diabruras da China, da Rússia, do Irã
Ele é contra a liberdade econômica, o agronegócio, o mundo real, contra o que sempre deu certo. Defende diabolicamente o desastre. 
Ele é como Mussolini, quer que tudo seja pelo, para e no Estado, mas fascistas são os outros. 
E, nesse inferno, não há parlamento que não possa ser comprado. Ele tem bilhões e bilhões para distribuir.
 
Ele diz que foi golpe o que não foi golpe. Diz que foi tentativa de golpe o que não foi tentativa de golpe...  
Ele é viciado em golpes, é milionário. Seus filhos são milionários. A pobreza é para os outros.  
Sua vontade é que pelo menos metade da população brasileira continue sem saneamento básico, sem rede de esgoto ou sem água tratada, ou sem os dois. E não sente culpa. A culpa, toda ela, é de governos anteriores, de cúmplices que o abandonaram e que, agora, ele amaldiçoa. A culpa também pode ser da sua mulher morta... O fogo queima tudo.

Veja Também:

    A covardia que nos leva às profundezas

    Nas profundezas das narrativas

A roubalheira, a corrupção, a incompetência, a maldade, é dele tudo isso.  
Em sua democracia particular cabe um bocado de ditadura, um governo mundial, com chifres, rabo e tridente na mão. 
Ele não tem alma, muito menos a mais honesta de todas. 
Ele não é o benfeitor dos benfeitores, o democrata conciliador, o redentor dos brasileiros, o redentor do planeta. 
Ele é insano, asqueroso, ordinário, imundo. 
E quem insiste em não enxergar tudo isso certamente vai arder ao lado dele no inferno.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

Luís Ernesto Lacombe, colunista - Gazeta o Povo -  VOZES


sábado, 3 de junho de 2023

Deltan no Roda Viva: o ranço da esquerda contra a Bíblia e a fé cristã - Gazeta do Povo

 VOZES - Jean Marques Regina   

Nesta semana o deputado – injustamente cassado amigo e colega colunista aqui na Gazeta, Deltan Dallagnol, em entrevista ao laboratório de militância jornalística travestido de “escrutínio intelectual”, o Roda Viva, da TV Cultura, viralizou com uma fala a respeito da crítica ao PL 2630 (o PL da Censura), em que, usando linguagem religiosa, mostrava a ameaça à liberdade de expressão religiosa.

Provocado por Vera Magalhães a respeito do assunto, o deputado foi contundente na crítica ao texto então em discussão, que dava brecha para uma moderação prévia pelas redes sociais de todo conteúdo “potencialmente” lesivo a direitos fundamentais.  
Nisto, citou a questão da afirmação de trechos bíblicos, inclusive, que poderiam ter o alcance regulado pelos algoritmos.

Neste contexto ele disse: “É restringir, por exemplo, o alcance de versículos bíblicos que falam que dentro do lar existe uma liderança do homem sobre a mulher. Não importa se você concorda ou não com isso, se eu concordo ou não, o que importa é que isso está na Bíblia”.

Foi o que bastou para a máquina de narrativas do jornalismo militante brasileiro entrar em ação, e puxar muito mais do que críticas à fala, mas ofensas à pessoa e aos milhões de brasileiros que, orientados em suas consciências pela Bíblia, creem e vivem exatamente como Deltan falou ali.

Daniela Lima, apresentadora da CNN (e ex-apresentadora do Roda Viva) puxou o coreto, afirmando em seu Twitter: “É triste o país em q uma figura pública se sente à vontade para defender a submissão da mulher ao homem diante de tantos índices crescentes de feminicídio. “Não importa se vc concorda ou não. Tá na Bíblia”. Eu clamo pelos evangélicos que leram mais o novo do q o velho testamento”.

Em poucos caracteres demonstrou que: (i) entende que a religião cristã com base bíblica não pode ser expressa por “figuras públicas”; (ii) distorceu a fala, pois Deltan usou, em linguagem religiosa, o “lar” como o “ambiente” para esta submissão voluntária da esposa ao marido – que tem uma contrapartida bem interessante lá em Efésios 5:22-23, que é a ordem aos maridos para amarem suas esposas como Cristo amou sua Igreja, entregando a sua vida por ela, o padrão exatamente oposto a qualquer índice de feminicídio – e (iii) demonstrou sua ignorância teológica por afirmar que a base das Escrituras para esta “opressão de gênero” estaria no Antigo  (“velho”) Testamento.

Até o capiroto se manifestou lá no Twitter – está aí realmente uma rede social democrática. O perfil @Belzebu_666, de nome “Lúcifer” (tem até selo de verificação), disse: “Deltan defendendo o indefensável e usando a bíblia para isso. Não importa o que você ou sua bíblia ache, o que importa é o que está na constituição, e no estado laico isso é uma mentira e tem que perder alcance sim”.

Junto dela vieram pessoas públicas e privadas aos milhares destilando todo o seu “amor”, visão política e conhecimento teológico. A Revista Forum, em artigo de Ivan Longo, usa as palavras “declaração abjeta”, e depois finaliza com a opinião que “Isto é, o PL das Fake News visa restringir discursos que fomentem qualquer tipo de opressão nas redes sociais, independente de estar na bíblia ou não. O que Dallagnol prega, com sua fala, é que este tipo de conceito possa sair dos templos e circular livremente no ambiente digital sem qualquer tipo de moderação do Estado”.

A liberdade religiosa é frágil. Justamente porque a crença, aquela convicção profunda a respeito do íntimo relacionamento humano com a divindade, está em um lugar razoavelmente protegido – a consciência. Já a religião se estabelece no mundo dos fatos, a partir de casa, no lugar sagrado, mas também na rua, na escola, na praça, no prédio público. O ser humano é homo religiosus, não há como dissociar alguém do atributo que ela dá à sua dimensão espiritual. E isto vale também para aqueles que, movidos por suas convicções, resolvem contribuir para os debates e apresentar sua visão de como a pólis deve ser administrada – ou seja, adotam a via da política.

Inclusive isto é fundamento constitucional. O art. 1º, V, da Constituição, diz que um dos fundamentos da República é o “pluralismo político”. 
 Será que isto não tem nada a ver com visão de mundo, e esta, animada justamente pela religião? Claro que sim! A religião é, para o Direito, o conjunto, como já falamos aqui, de três atributos: Divindade (a relação transcendente); Moralidade (o código de valores e conduta emanado desta relação); e Culto (a culminância da crença religiosa: a adoração).

Como cristão, evangélico e batista, Dallagnol tem sua vida pautada na crença no Deus revelado na Bíblia, adota uma visão teológica ortodoxa de matriz arminiana. Desta forma, de acordo com a exegese histórica, há um paralelo entre o casamento e a Trindade. O casamento entre o homem e a mulher espelham a comunhão perfeita que há entre Deus Pai e Filho e Espírito Santo. Também há um paralelo do casamento entre o relacionamento de Jesus Cristo e a Igreja. Ele é visto como o “noivo”; a Igreja, como “a noiva”. Tanto que é justamente este paralelo que o Apóstolo Paulo está fazendo no texto de Efésios, quando usa esta imagem para dar ao casamento a tônica de respeito e amor mútuos entre marido e esposa.

A fala de Deltan foi religiosa, mesmo sendo ele um político. Deltan é um cidadão brasileiro livre para ter e manifestar a sua fé, também na arena pública. A política, neste país, é formada por pessoas religiosas na sua maioria esmagadora. A Constituição, nesta Terra de Santa Cruz, é fundamentada em elementos teístas, promulgada sob a proteção de Deus, protege como inviolável a consciência e crença, e garante o exercício pleno da religião no espaço público em diversos dispositivos, isso sem falar da legislação infraconstitucional.

Por essas, e por muitas outras, todos dia 04/06 nas ruas em apoio ao Deltan e à democracia.

Obrigado por sua coragem, Deltan. Você me representa.
 

Jean Marques Regina, colunista - Gazeta do Povo - VOZES