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quinta-feira, 13 de agosto de 2020

A NAÇÃO PEDE RESPEITO - Percival Puggina

O Estadão deste sábado (08/08/2020) estampa editorial atribuindo ao presidente da República responsabilidade pessoal nas 100 mil mortes causadas pelo novo coronavírus. No esdrúxulo raciocínio do editorialista, não fosse Bolsonaro, o vírus, por si só, transitaria pelo Brasil sem produzir vítimas.

Diz o jornal, novo queridinho da esquerda brasileira:
“Por fim, construiu-se essa tragédia porque falta a muitos cidadãos um espírito de coletividade, o reconhecimento do passado formador comum e a comunhão de aspirações ao futuro. Com tristeza, viu-se que não raras vezes a fruição imediata de alguns se sobrepôs ao recolhimento exigido para o bem de todos. Aí está o resultado.”

Aí está também, num mau português, o sumário da lição de engenharia social proporcionado pelo coronavírus. A aula virtual, em sala global, é cotidianamente oferecida ao mundo, de modo especial ao Ocidente, pela mentalidade totalitária em suas mais recentes roupagens. Aí estão, igualmente, o desprezo à liberdade individual, ao trabalho humano e a politização do vírus. A propósito, é bom ter em mente que a politização de tudo, a radicalização e o clima de amplo antagonismo não são peculiaridades do tempo presente. Vista de frente, olho no olho, a verdade mostra que até 2018 a radicalização tinha um lado só. A vanguarda do atraso vencia por WO.

Fazer-nos andar na direção dessa engenharia social, exige inibir, coibir, exorcizar a liberdade individual. Disse-me alguém, certa feita: "Observa a atividade das abelhas em uma colmeia. Não há, ali, individualidades e egoísmos. Todas obedecem a uma ordem espontânea, ditada pela natureza. Por que os seres humanos não podem ser assim? Por que não sonharmos com um homem novo, nascido dessa compreensão?". Exasperei-me: "O motivo é muito simples, meu caro. Acontece que, diferentemente do teu delírio coletivista, nós não somos abelhas! Convivem em nós a inteligência, a vontade e a liberdade. Não rebaixes nossa dignidade.
***
Desde a campanha eleitoral de 2018, plantou-se a ideia de que a vitória de Bolsonaro representaria um retorno dos militares ao poder, para estabelecer um governo fascista, homofóbico, racista, e sei lá mais o quê, com o intuito de extinguir a democracia no Brasil. Criada a ficção, mesmo em ausência de qualquer sintoma, tanto o Congresso quanto o STF passam o combater o fantasma criado, atacando o Poder Executivo com medidas de viés autoritário, manifesto antagonismo político e real esforço em coibir a liberdade de opinião. Hoje, se há um golpe em curso, ele não se articula em favor do governo, mas contra o governo. Não é devido ao governo, ou ao governante, mas causado pela aversão à agenda conservadora e liberal que, dada por morta no Brasil, renasceu a partir de 2014, ameaçando décadas de meticuloso trabalho político, sociológico e psicológico de engenharia social.


Percival Puggina (75), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Tribunal como palanque



Lula transformou sua cela em comitê eleitoral, incluiu vários dirigentes petistas entre seus advogados e elegeu os juízes como seus adversários políticos


A incrível farsa protagonizada na quarta-feira pelo PT em nome de seu chefão Lula da Silva, registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como candidato do partido à Presidência a despeito do fato incontestável de que ele é inelegível, teve um único objetivo: transformar o Judiciário em palanque petista.

Seguindo a estratégia desenhada pelo ex-presidente em sua cela em Curitiba, onde cumpre pena por corrupção e lavagem de dinheiro, os petistas parecem acreditar que qualquer desfecho jurídico a respeito da candidatura de Lula lhes será benéfico. Na remotíssima hipótese de que a Justiça Eleitoral dê sinal verde à candidatura, Lula chegará como favorito à disputa; no entanto, se sua candidatura for impugnada, o que é bem mais provável, Lula e sua claque denunciarão a decisão como prova cabal de que o ex-presidente é um “perseguido político” – e é isso, e apenas isso, o que alimentará a campanha petista. [alimentar a campanha de um partido desmoralizado em que vai adiantar?
Lula e o PT já eram; finalmente chegaram ao estágio final = perda total.]
 
Transformar seu encalacrado líder em vítima de uma trama jurídico-midiática foi o que restou a um partido que, de bastião da ética na política, se tornou símbolo da corrupção nacional e que, de promessa de inovação e de modernidade administrativa, passou à História como a agremiação que deu ao País seu pior governo de todos os tempos, o de Dilma Rousseff, felizmente afastada antes que completasse sua “obra”.  O problema é que a estratégia petista está indo de vento em popa. Na campanha eleitoral, pouca gente parece se lembrar que a crise política, econômica e moral que o País atravessa foi produzida pelos governos de Lula e de Dilma. Formou-se um consenso tácito entre quase todos os principais concorrentes que o nome a ser evitado na campanha é o do atual presidente, Michel Temer, que hoje sintetiza, para a esmagadora maioria da opinião pública, o que há de pior na política – malgrado o fato de que herdou de Dilma um país em frangalhos e entregará ao sucessor uma administração razoavelmente saneada

Enquanto isso, a ex-presidente Dilma, a despeito de seu imenso passivo, aparece com bom desempenho na corrida ao Senado por Minas Gerais e o ex-presidente Lula, mesmo tendo sido o inventor desse desastre chamado Dilma, mesmo tendo sido o presidente sob cujo governo estouraram os maiores escândalos de corrupção da História nacional e mesmo sendo ele próprio um condenado por corrupção, surge como líder em todas as pesquisas de intenção de voto.  Os dois casos tripudiam da democracia e das instituições: Dilma só está concorrendo porque, a despeito de ter sofrido impeachment, manteve seus direitos políticos graças a uma incrível cabala de um ministro do Supremo Tribunal Federal com o presidente do Senado; e Lula, um presidiário com longa pena ainda a cumprir, faz troça do Judiciário e desafia os tribunais a mantê-lo preso e impedir que o povo seja “feliz de novo”. [o desafio foi aceito, ele vai permanecer preso e mais uma vez o povo, bem, o povo é apenas o povo - e aceitará o fato que não sabe votar (conforme sábio diagnóstico do rei Pelé.)
A felicidade do Brasil e dos brasileiros do BEM é que os vaticinios da grande imprensa erram ao atribuir a Lula poder e prestígio que só ainda está presente entre alguns militontos.
O POVO, mesmo não sabendo votar, já sabe que Lula e PT são um desastre.
Os milhões de desempregados sabem que estão em  situação desfavorável exatamente por ter votado em Lula e seu poste.]

O escárnio lulopetista atingiu seu estado da arte quando, ao registrar Lula como seu candidato, o PT anexou à documentação uma certidão de antecedentes na qual não consta sua pública e notória condenação. Ele seria, então, um “ficha limpa”. Os petistas não apenas sabem que essa manobra será desconsiderada pela Justiça Eleitoral, como é isso justamente o que eles querem, pois qualquer decisão judicial que lhes seja contrária servirá para reforçar sua denúncia de “perseguição política” contra Lula – o grande mote da campanha eleitoral do partido. “Estão querendo impedir que um dos maiores estadistas vivos do mundo concorra à Presidência”, tuitou Fernando Haddad, sempre no papel de poste, como prefeito e, agora, como provável candidato do PT à Presidência, dando o tom da fraude.

Com esse espírito, Lula transformou sua cela em comitê eleitoral, incluiu vários dirigentes petistas entre seus advogados e elegeu os juízes como seus adversários políticos. Para o ex-presidente, quanto mais tempo demorar a decisão judicial sobre sua candidatura, melhor, pois é nos tribunais que ele escolheu fazer sua campanha.  Diante desse desaforado repto lulopetista, o Judiciário deve simplesmente fazer prevalecer a lei e resguardar o interesse da coletividade, garantindo que a eleição presidencial ocorra sem o tumulto que só interessa aos que não têm o mínimo respeito pela democracia.


terça-feira, 14 de novembro de 2017

Eis o jornalista que fascistoides, covardes e ressentidos querem manter bem longe do debate

Mais de 40 anos de trabalho sério e dedicado e os muitos que virão testemunham os valores, as convicções e os pressupostos teóricos e morais de William Waack. Sorte daqueles que puderam, podem e poderão participar dessa trajetória.

Está no Youtube um vídeo de pouco menos de 10 minutos. Trata-se de um pequeno trecho de uma intervenção de William Waack numa audiência pública sobre a política externa brasileira, promovida pela Comissão do Senado que trata da área. O evento aconteceu no dia 9 de junho de 2015.

Poucos especialistas têm a sua formação, a sua complexidade de pensamento e a sua clareza.  “E, por isso, ele pode ser racista?”  A simples ilação de que isso seja verdade é uma indignidade.  Vamos ser claros? Querem calar aquele que incomoda, o que desafina o coro dos contentes, o que não se subordina a doxas forjadas no ambiente cálido da covardia.

O que se tem não é consequência do texto de um gracejo que, por infeliz, tem de ser submetido às circunstâncias; o que se tem é pretexto puro, simples e escancarado. [um gracejo que não é crime no País em que foi proferido - nos EUA a livre expressão do pensamento é permitida.] Mais de 40 anos de trabalho sério e dedicado e os muitos que virão testemunham seus valores, suas convicções, seus pressupostos teóricos e morais. Sorte daqueles que puderam, podem e poderão participar dessa trajetória.

Por que tanto empenho em defender William Waack?  Bem, considero um imperativo ético a defesa de um inocente. Estou certo sobre isso como respirar. O contrário é morrer. E a pior morte é a dos que seguem vivos, não?, arrastando sua indigência.  Mas há um pouco mais do que isso.  Nenhuma moral é tão pervertida e rebaixada como a do linchador. 

Ele quer matar, esfolar, degolar por prazer mesmo, porque isso atende a seus impulsos mais primitivos. Mas se esconde — e não se é um linchador sem que se seja também um covarde — atrás de valores supostamente superiores como justiça, igualdade e reparação.
Existe um modelo que consagra esse conjunto de coisas como norma e norte ético de uma coletividade: chama-se fascismo.
Segue o vídeo:

 

Esse seria o real motivo da rede globo detonar William Waack 

 

 Blog do Reinaldo Azevedo