Diz o jornal, novo queridinho da esquerda brasileira:
Aí está também,
num mau português, o sumário da lição de engenharia social proporcionado
pelo coronavírus. A aula virtual, em sala global, é cotidianamente
oferecida ao mundo, de modo especial ao Ocidente, pela mentalidade
totalitária em suas mais recentes roupagens. Aí estão, igualmente, o
desprezo à liberdade individual, ao trabalho humano e a politização do
vírus. A propósito, é bom ter em mente que a politização de tudo, a
radicalização e o clima de amplo antagonismo não são peculiaridades do
tempo presente. Vista de frente, olho no olho, a verdade mostra que até
2018 a radicalização tinha um lado só. A vanguarda do atraso vencia por
WO.
Fazer-nos andar na direção dessa engenharia social, exige inibir, coibir, exorcizar a liberdade individual. Disse-me alguém, certa feita: "Observa a atividade das abelhas em uma colmeia. Não há, ali, individualidades e egoísmos. Todas obedecem a uma ordem espontânea, ditada pela natureza. Por que os seres humanos não podem ser assim? Por que não sonharmos com um homem novo, nascido dessa compreensão?". Exasperei-me: "O motivo é muito simples, meu caro. Acontece que, diferentemente do teu delírio coletivista, nós não somos abelhas! Convivem em nós a inteligência, a vontade e a liberdade. Não rebaixes nossa dignidade.
Percival Puggina (75), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
“Por
fim, construiu-se essa tragédia porque falta a muitos cidadãos um
espírito de coletividade, o reconhecimento do passado formador comum e a
comunhão de aspirações ao futuro. Com tristeza, viu-se que não raras
vezes a fruição imediata de alguns se sobrepôs ao recolhimento exigido
para o bem de todos. Aí está o resultado.”
Fazer-nos andar na direção dessa engenharia social, exige inibir, coibir, exorcizar a liberdade individual. Disse-me alguém, certa feita: "Observa a atividade das abelhas em uma colmeia. Não há, ali, individualidades e egoísmos. Todas obedecem a uma ordem espontânea, ditada pela natureza. Por que os seres humanos não podem ser assim? Por que não sonharmos com um homem novo, nascido dessa compreensão?". Exasperei-me: "O motivo é muito simples, meu caro. Acontece que, diferentemente do teu delírio coletivista, nós não somos abelhas! Convivem em nós a inteligência, a vontade e a liberdade. Não rebaixes nossa dignidade.
***
Desde a campanha eleitoral de 2018, plantou-se a ideia de que a vitória
de Bolsonaro representaria um retorno dos militares ao poder, para
estabelecer um governo fascista, homofóbico, racista, e sei lá mais o
quê, com o intuito de extinguir a democracia no Brasil. Criada a ficção,
mesmo em ausência de qualquer sintoma, tanto o Congresso quanto o STF
passam o combater o fantasma criado, atacando o Poder Executivo com
medidas de viés autoritário, manifesto antagonismo político e real
esforço em coibir a liberdade de opinião. Hoje, se há um golpe em curso,
ele não se articula em favor do governo, mas contra o governo. Não é
devido ao governo, ou ao governante, mas causado pela aversão à agenda
conservadora e liberal que, dada por morta no Brasil, renasceu a partir
de 2014, ameaçando décadas de meticuloso trabalho político, sociológico e
psicológico de engenharia social.Percival Puggina (75), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
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