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sexta-feira, 4 de novembro de 2022

O Juízo Final - André Braga

A que se presta a decência?

Foi o que não se viu ao longo da disputa eleitoral.

Um bandido, delinquente, ladrão, eleito presidente do Brasil.

A divisão de uma nação tendo como lastro um assistencialismo de cabresto e ignorância entranhada nas almas desprovidas de raciocínio pela manutenção de uma política de redução ao arbítrio e ao aparelhamento pelos que se arvoram como salvadores da pátria.

Aguardemos os fatos e a ação da quadrilha cada vez mais especializada em delinquir.

Os mesmos personagens ressuscitarão das trevas e promoverão o maior atraso que uma nação haverá de experimentar.  
O fato é que o PT será sepultado com o seu criador, aliás, usurpador, pois na origem, quem pesquisar irá descobrir, esse sujeito nunca foi criador de nada, nem poderia, pois na essência imperou a ignorância, o egoísmo e a vaidade. E aperfeiçoou-se na arte de enganar, na retórica vazia e no poder de encantar os ignaros. 
Não adianta falar dos delitos por ele e pela quadrilha perpetrados. Aguardemos e logo ressurgirão. Simples assim. 
O único alento é que teremos picanha e cerveja, assim como tivemos naqueles tempos nem tão remotos pão e circo.[pessoal, o eleito já encomendou dois milhões de envelope com picanha em pó - 20g por envelope - e 5.000.000 de envelopes cerveja em pó - 50 g envelope.]  
 
Veremos. Aos que esqueceram, uma pequena amostra. Ao lado do bandido um outro, lembram? José Guimarães, isso mesmo, aquele da cueca, irmão de Genoíno, chorava ali, aliviado
O que pensava Guimarães? E os demais ali presentes? Vingança? Jamais, fisiologismo e aparelhamento. 
A quadrilha, pasmem, governará com o STF, por enquanto, até que se capitalize e alcance o legislativo, para comprá-los óbvio e, se antes isso não me parecia fosse democracia, imaginem após a cooptação dos dois poderes. 
Enveredamos por um caminho em que o protagonista está acima da lei e isso tem nome . Os regimes atuais são assim, não há mais luta armada, sangue, há submissão dos vencidos. 
Vejam o que temos ao nosso redor: Argentina, Venezuela, Colômbia, Equador, Chile…

Há a força dos comandos para dar aparência de legalidade aos abusos de poder. Vamos ao circo, pão, picanha e cerveja.

Artigo publicado originalmente no Diário do Poder. -  André Braga é advogado.


terça-feira, 17 de março de 2020

Bolsonaro e os sócios da epidemia - Gazeta do Povo

Guilherme Fiuza - Vozes

Os sócios da epidemia

A imprensa disse que o presidente tinha testado positivo para coronavírus. Essa foi a manchete que circulou para milhões de pessoas. O nome disso é vexame.

Tradicionais veículos de comunicação noticiaram que o presidente Bolsonaro tinha coronavírus. Algum tempo depois o próprio presidente divulgou boletim atestando resultado negativo para o seu exame. Isso é muito grave. Os veículos que deram a notícia foram diretos: o presidente da República tinha testado positivo para coronavírus. Essa foi a manchete que circulou para milhões de pessoas. Algumas matérias atribuíam a informação a um filho do presidente. Outras atribuíam a informação aos outros veículos que deram a notícia. O nome disso é vexame.

Responda com calma: se você pretende que a sua marca de mídia tenha credibilidadeou seja, que as informações que ela divulga sejam consideradas verdadeiras por quem as recebe – você vai noticiar que o presidente de um país está infectado pelo vírus de uma pandemia que está paralisando o mundo a partir do que alguém te falou?

Ah, mas esse alguém é filho do presidente... E daí? Meia hora depois o filho do presidente estava negando que tivesse declarado que o pai testou positivo. Ele se enganou? Foi mal interpretado? Foi caluniado? É claro que nada disso interessa a quem queira fazer jornalismo minimamente sério. É assim que vocês apuram fatos? De acordo com a moderna técnica do disse me disse? Nem se fossem todos os filhos do presidente. Nem se fosse o médico do presidente. Nem se fosse o Papa. Qual o problema de dar a notícia com o atestado do exame nas mãos?

Para imprensa séria, nenhum. O problema é para quem não quer oferecer informação, mas estardalhaço. Aí não dá mesmo para esperar. Pega qualquer porcaria que te contarem no salão de cabeleireiro e joga no ventilador – embalada na sua marca de compromisso com a verdade, que assim vai virando aos poucos sinônimo de fake news de grife.

E se Bolsonaro tiver coronavírus? Aí a notícia muda, mas o vexame fica intacto. Se você se propõe a informar e não checa devidamente a informação que distribui, você está especulando. E se você vende especulação fantasiada de notícia, você é um delinquente. 
Existe um estado de beligerância entre governo e imprensa, nos Estados Unidos e no Brasil? Existe. E como os supostos arautos da liberdade de expressão pretendem, em sua missão de bem informar, pregar o respeito à imprensa? Inventando notícia? Publicando chute? Mentindo?

Assim fica difícil, companheiros. O público já identificou a manobra patética de vários veículos de comunicação, outrora respeitáveis, tentando melar o resultado das eleições no grito – tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Agora, no meio de um pandemônio que é a reação desesperada da humanidade a uma epidemia de gripe, onde tudo que se precisa é serenidade e bom senso, aparecem vocês tentando vender espetáculo mórbido – e falso.
A democracia esperava mais, muito mais de vocês.
Você conhece mesmo o impacto do jornalismo?

Guilherme Fiuza, jornalista - Vozes - Gazeta do Povo


terça-feira, 5 de setembro de 2017

Gilmar chama Janot de 'delinquente' e diz que procurador fez 'chantagem' com o STF

Ministro está em Paris e retorna ao Brasil no feriado de 7 de setembro

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, afirmou nesta terça-feira que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, "fez uma chantagem" com a Corte. Ao "Poder 360", o magistrado ainda voltou a chamar Janot de "delinquente".— O procurador-geral da República, mais uma vez, deu curso à sua estratégia de delinquente e fez uma chantagem com o Supremo Tribunal Federal — disse Gilmar, que está em Paris e tem retorno ao Brasil previsto para quinta-feira, no feriado de 7 de setembro.
 
Rodrigo Janot abriu investigação interna nesta segunda-feira para rever a delação premiada de três dos sete executivos da JBS: Joesley Batista, Ricardo Saud e Francisco de Assis e Silva.  Em conversa gravada aparentemente sem querer, os dois primeiros citam membros do Supremo num contexto que pode indicar irregularidades, segundo Janot. É a esse ponto específico que Gilmar se refere como "chantagem". Os delatores ainda teriam dito que tinham sido ajudados pelo ex-procurador da República Marcello Miller na elaboração da proposta de colaboração assinada com a Procuradoria-Geral da República (PGR).


Há indícios de que a conversa foi gravada em 17 de março, quando Miller ainda era procurador da República. Em 5 de abril, ele se afastou da instituição e logo depois passou a atuar como advogado dos delatores.  — Áudios de conteúdo grave, eu diria gravíssimo, foram obtidos pelo Ministério Público Federal na semana passada. A análise de tal gravação revelou diálogo entre dois colaboradores com referências indevidas à Procuradoria-Geral da República e ao Supremo Tribunal Federal. Tais áudios também contêm indícios, segundo esses dois colaboradores, de conduta em tese criminosa atribuída ao ex-procurador Marcelo Miller — afirmou Janot.

Enquanto o áudio, que tem duração de aproximadamente quatro horas, continuar sob sigilo, não é possível saber quais ministros foram implicados na gravação. Cabe ao ministro Edson Fachin, do STF, decidir sobre a manutenção ou não desse sigilo.

Fonte: O Globo