Ministro está em Paris e retorna ao Brasil no feriado de 7 de setembro
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, afirmou
nesta terça-feira que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
"fez uma chantagem" com a Corte. Ao "Poder 360", o magistrado ainda
voltou a chamar Janot de "delinquente".— O procurador-geral da República, mais uma vez, deu curso à sua
estratégia de delinquente e fez uma chantagem com o Supremo Tribunal
Federal — disse Gilmar, que está em Paris e tem retorno ao Brasil
previsto para quinta-feira, no feriado de 7 de setembro.
Rodrigo Janot abriu investigação interna nesta segunda-feira para
rever a delação premiada de três dos sete executivos da JBS: Joesley
Batista, Ricardo Saud e Francisco de Assis e Silva. Em conversa gravada aparentemente sem querer, os dois primeiros citam
membros do Supremo num contexto que pode indicar irregularidades,
segundo Janot. É a esse ponto específico que Gilmar se refere como
"chantagem". Os delatores ainda teriam dito que tinham sido ajudados pelo
ex-procurador da República Marcello Miller na elaboração da proposta de
colaboração assinada com a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Há indícios de que a conversa foi gravada em 17 de março, quando
Miller ainda era procurador da República. Em 5 de abril, ele se afastou
da instituição e logo depois passou a atuar como advogado dos delatores. — Áudios de conteúdo grave, eu diria gravíssimo, foram obtidos pelo
Ministério Público Federal na semana passada. A análise de tal gravação
revelou diálogo entre dois colaboradores com referências indevidas à
Procuradoria-Geral da República e ao Supremo Tribunal Federal. Tais
áudios também contêm indícios, segundo esses dois colaboradores, de
conduta em tese criminosa atribuída ao ex-procurador Marcelo Miller —
afirmou Janot.
Enquanto o áudio, que tem duração de aproximadamente quatro horas, continuar sob sigilo, não é possível saber quais ministros foram implicados na gravação. Cabe ao ministro Edson Fachin, do STF, decidir sobre a manutenção ou não desse sigilo.
Fonte: O Globo
Enquanto o áudio, que tem duração de aproximadamente quatro horas, continuar sob sigilo, não é possível saber quais ministros foram implicados na gravação. Cabe ao ministro Edson Fachin, do STF, decidir sobre a manutenção ou não desse sigilo.
Fonte: O Globo
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