[se o 'terrivelmente' tiver sido utilizado no título deste Post como sinônimo de 'extremamente', com certeza não será uma condição indispensável.]
Blog do Josias de Souza
Jair
Bolsonaro reafirmou nesta quarta-feira sua intenção de acomodar um evangélico
no Supremo Tribunal Federal. Em maio, fizera uma indagação: "Será que não
está na hora de termos um ministro do STF evangélico?" Agora, soou
categórico: "Eu poderei indicar dois ministros ao Supremo Tribunal
Federal. Um deles será terrivelmente evangélico", disse.
O que diz
a Constituição? O escolhido precisa ter mais de 35 anos e menos de 75 anos. De
resto, é preciso ostentar duas qualidades: "notável saber jurídico" e
"reputação ilibada". [reputação ilibada pode ser aferida com precisão quase total, quanto ao notável saber jurídico depende bem mais do prestígio do presidente - que tem a competência constitucional para indicar o futuro ministro - e também do indicado.
Tal prestígio, junto ao Senado Federal, que é o responsável por promover a sabatina, cujo resultado expressará ser o indicado possuidor, ou não, do saber jurídico em questão.
Quanto os requisitos que o presidente exige para indicar alguém - que não precisam ser declinados - depende de sua vontade soberana, desde que o indicado atenda aos dois requisitos impostos pela Constituição.] Não há no texto constitucional vestígio de
condicionantes religiosas. Quer dizer: se for honesto e terrivelmente
competente no manuseio das leis, o evangélico a ser indicado por Bolsonaro será
muito bem-vindo. Num colegiado de 11 ministros, um evangélico só talvez não
seja suficiente para fazer verão. Em matéria de costumes, a Suprema Corte é
avançada. [muito avançada; para impor sua vontade suprema, os ministros não vacilam em fazer um interpretação virtual do texto constitucional, totalmente diversa do que o texto escrito permite.
E as vezes até convalida assassinatos - destaque para o de seres humanos inocentes e indefesos.
Muitas vezes o Supremo até autoriza determinada prática que contraria de forma expressa o texto constitucional - que continua vigente, embora não possa ser invocado para defesa de quem ousar contrariar a suprema decisão - e até mesmo o Código Penal.] O presidente queixou-se de que o Supremo
estaria "legislando". A crítica soou esquisita nos lábios de alguém
que invadiu a competência do legislativo ao baixar por decreto regras sobre
armas que dependeriam da aprovação de projeto de lei.
No plano
pessoal, a filosofia de vida do evangélico a ser prestigiado por Bolsonaro não
interessa a ninguém. Numa poltrona do Supremo, o pensamento do futuro
magistrado interessará ao país. Ali, o religioso será apenas um servidor
público de um Estado laico. [o Estado laico não tem o poder de tomar decisões contrárias à Constituição e as leis.]
(...)
Não se
deve esquecer que o escolhido do presidente depende de aprovação do Senado. No
mais, resta rezar para que Bolsonaro, declaradamente católico, se inspire no
papa Francisco. [Bolsonaro não é católico, pode até se declarar mas não é; sua postura é de evangélico, recentemente foi batizado segundo rito evangélico e por um pastor e assiste costumeiramente cultos
evangélicos.
A definição da tendencia religiosa do presidente Bolsonaro é que ele é cristão - definição que comporta evangélicos e católicos.]O pontífice já declarou que a Igreja deve perdão aos homossexuais
por tê-los marginalizado. "Se uma pessoa que tem essa condição tem boa
vontade e procura por Deus, quem somos nós para julgar?", disse o papa [sendo o Papa, por Dogma Católico, INFALÍVEL, fica dificil até comentar suas manifestações.
Temos que partir da certeza que DEUS é MISERICORDIOSO e sempre perdoa o pecador arrependido - o arrependimento verdadeiro, sincero e que inclui o se arrepender do que praticou de errado e o propósito de não mais pecar.
Uma das práticas comuns ao homossexualismo é uma cuja denominação deriva do nome da cidade de Sodoma, destruída pelo fogo, exatamente pela prática de atos abomináveis, entre eles a prática referido no inicio deste parágrafo.
Nos parece haver uma certa contradição entre procurar por Deus sem o arrependimento sincero e procurar por Deus com o arrependimento sincero, autêntico e o firme propósito de abdicar de certas práticas.]
Em
sentido oposto, se um brasileiro que tem algum direito violado bate às portas
do Supremo, cabe aos magistrados julgar. E o livro de consulta no templo do
Supremo é a Constituição, não a Bíblia. [nos parece que muitas vezes, os ministros não seguem nem a Constituição ou a Bíblia, ou mesmo qualquer lei.]
https://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2019/07/10/se-for-honesto-e-terrivelmente-competente-evangelico-no-stf-sera-bem-vindo/