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sexta-feira, 23 de abril de 2021

Mais vacinas: a oferta de laboratórios ligados ao agronegócio depende da Anvisa - O Estado de S. Paulo

Indústrias que se comprometem a suspender a fabricação da sua linha regular – contra febre aftosa, por exemplo – estimam que poderiam produzir 400 milhões de doses ao longo de 90 dias

É raro ouvir alguma coisa boa a respeito de covid-19 no Brasil de hojea conversa, quase o tempo todo, é sobre recordes no número de mortos, projeções de fim do mundo em modo extremo, ameaças de “fecha tudo” cada vez mais agressivas, a inépcia dos comitês de burocratas-“cientistas” encarregados de gerir a epidemia nos governos “locais” e por aí afora. 
É um notável alívio, assim, ver que na área da vacinação as notícias são positivas. Dois meses depois de aplicada a primeira vacina, o Brasil está demonstrando, sim, que é capaz de fazer com eficiência um trabalho de vacinação em massa contra a covid.

Com as vacinas distribuídas pelo Ministério da Saúde, tanto as produzidas no Instituto Butantan de São Paulo e na Fiocruz do Rio de Janeiro, como as importadas - e todas elas aplicadas pelos serviços médicos dos Estados e municípios - o Brasil acaba de completar 9 milhões de vacinados com a segunda dose mais do que a Inglaterra, pioneira da vacinação e um dos grandes produtores mundiais do imunizante. Ao todo, somando-se os mais de 25 milhões que receberam a primeira dose, o país caminha para os 35 milhões de vacinados ou mais de 20% de toda a sua população adulta, descontados os 55 milhões de crianças e jovens até 18 anos.

A competência e a experiência das equipes de vacinadores – poucos países no mundo têm a capacidade de vacinar que foi desenvolvida ao longo dos anos pelo Brasil – garantem que o ritmo da vacinação pode passar, com consistência, de 1 milhão de doses por dia. O principal obstáculo para se fazer coisa melhor do que está sendo feita é a falta física de vacinas, não a capacidade ou organização dos técnicos que fazem a vacinação. No momento, o imunizante só é fabricado em dois lugares, o Butantan e a Fiocruz - e, além disso, depende da importação de matéria prima. Só meia dúzia de países até agora fazem o processo todo; a disponibilidade mundial, com uma população próxima aos 8 bilhões de pessoas, é forçosamente limitada.

Essa questão pode ser praticamente resolvida se for aprovada a permissão para que os laboratórios brasileiros que fornecem vacinas ao agronegócio recebam licença para fabricar e vender o imunizante da covid. Trata-se de gigantes na área da bioquímica, entre eles nomes como Merck Sharp & Dohme ou Boehringer, que há anos produzem vacinas de alta qualidade em suas fábricas no Brasil - e que poderiam multiplicar dramaticamente a oferta de doses para combater a covid.

As indústrias, que se comprometem a suspender a fabricação da sua linha regular – febre aftosa, por exemplo, praticamente extinta no Brasil com a aplicação regular e maciça de vacinas – estimam que poderiam produzir 400 milhões de doses ao longo de 90 dias; o Ministério da Saúde acha que não é tudo isso, calculando que seria preciso talvez o dobro do tempo, ou pelo menos quatro meses, para se chegar a esses volumes.

Em todo caso, é certo que a capacidade de produção existe, e está instalada. É necessário, agora, que a Anvisa aprove a vacina, com todos os requerimentos exigidos das vacinas que já vêm sendo aplicadas - e que os laboratórios recebam a licença de transferência de tecnologia para a produção do ingrediente farmacêutico ativo que está na base do imunizante.

O Brasil se juntará, então, ao fechado clube dos produtores; poderá, mesmo, tornar-se um exportador. Não é apenas uma boa notícia. É a melhor perspectiva aberta para o país desde o início desta tragédia.

J.R. Guzzo, jornalista - O Estado de S. Paulo

 

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Imunização de rebanho - Nas entrelinhas


“O Ministério da Saúde não combate a pandemia, deixou essa tarefa a cargo de estados e municípios, a pretexto de que o Supremo assim decidira, o que é uma interpretação falsa”


[Imunidade de rebanho, graças a DEUS, o Brasil está próximo, apesar dos 'especialistas', dos arautos do pessimismo e adeptos do 'quanto pior, melhor'.]




Parece piada pronta: o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, nomeou para comandar o Departamento de Imunizações e Doenças Transmissíveis, responsável por todo o programa nacional de vacinas do governo federal, o médico veterinário Maurício Monteiro Cruz, formado no Centro Universitário de Desenvolvimento do Centro-Oeste, em Goiás, com mestrado em prevenção e controle de doenças em animais pela Faculdade de Agronomia e Veterinária da Universidade de Brasília. Cruz estava lotado na Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde do Governo do Distrito Federal e é especializado no controle da leishmaniose.
[Dois comentários esclarecedores:
- a nomeação de um médico veterinário para comandar um departamento do Ministério da Saúde não deveria causar estranheza, por não ser um cargo privativo de médico - um dos melhores ministros da Saúde do Brasil foi José Serra, economista - e em época de corrida por vacina contra a covid-19, uma pesquisa que vai bem é realizada envolvendo cavalos, conforme jornal O Globo (confira aqui).
- quando investigações começarem sobre o comportamento eficaz ou não das autoridades no combate à pandemia, estará registrado todas as decisões - inclusive nos arquivos do STF,sem olvidarmos que o presidente Bolsonaro cuidou de destacar, de forma inequívoca, a data em que o Supremo atribuiu aos governadores e prefeitos o protagonismo nas ações de combate ao coronavírus - especialmente ações do distanciamento e isolamento sociais.
Foi no dia anterior ao que o presidente comandou uma caravana de visitação à sede da Suprema Corte.]

Como não lembrar da magistral interpretação de Disparada, de Geraldo Vandré e Théo de Barros, por Jair Rodrigues, um clássico da nossa música popular: “Mas o mundo foi rodando/ Nas patas do meu cavalo/ E nos sonhos que fui sonhando/ As visões se clareando/ As visões se clareando/ Até que um dia acordei/ Então não pude seguir/ Valente lugar-tenente/ De dono de gado e gente/ Porque gado a gente marca/ Tange, ferra, engorda e mata/ Mas com gente é diferente”. Sem nenhum preconceito, não se pode acusar o general Pazuello de incoerente. Afinal, o ministro interino está operando uma estratégia de “imunização de rebanho” para gerenciar a pandemia da covid-19 no Brasil. Veterinários são especialistas nisso e profissionais de grande importância para a saúde pública. Alguns são grandes sanitaristas.

O Ministério da Saúde não está combatendo a pandemia, deixou essa tarefa a cargo de estados e municípios, a pretexto de que o Supremo Tribunal Federal (STF) assim decidira, o que é uma interpretação falsa, pois a decisão da Corte foi apenas de que caberia aos governadores e prefeitos gerenciar a política de isolamento social. Tecnicamente, a imunização de rebanho não é uma estratégia, é o efeito de proteção que surge em uma população quando uma percentagem alta de pessoas contraiu ou se vacinou contra uma doença. Mesmo quem não foi vacinado nem foi infectado, acaba protegido da doença porque um grande número de pessoas já foi imunizada, constituindo uma barreira humana contra a propagação do vírus.

Estima-se que o índice de 95% de vacinação seja o ideal para que isso ocorra, preservando as pessoas que não podem tomar a vacina, como acontece com o sarampo. Com isso, o vírus acaba desaparecendo. Veterinários, por exemplo, têm grande experiência em vacinação contra a febre aftosa, que ataca os rebanhos. O selo de imunização contra essa doença é fundamental para a exportação de carne bovina. No caso da covid-19, como não se tem vacina ainda, especialistas discutem qual seria a percentagem de contaminados para quem não teve a doença deixe de correr risco de se infectar. Não há respostas ainda, mas alguns pesquisadores estimam o número entre 60% e 80% da população total.

Vacinação
O departamento comandado por Cruz é responsável pela organização do calendário de vacinas do país, as campanhas nacionais e a distribuição dos medicamentos aos estados, assim como por acompanhar a cobertura vacinal. Sua tarefa é, sobretudo, de planejamento e logística, porém, depende da chegada da vacina contra a covid-19. Apesar de o Programa Nacional de Imunizações ser considerado uma referência mundial, desde 2016 a cobertura vacinal no país não tem atingido as metas, nem mesmo nas vacinas infantis obrigatórias. Nenhuma das 10 vacinas obrigatórias para menores de 2 anos atingiu as metas de cobertura em 2019. Entre elas, a poliomielite, que teve cobertura de apenas 82,1% das crianças. Considerada, oficialmente, erradicada no Brasil desde 1994, a doença ainda exige vacinação porque o vírus circula pelo mundo.


Mesmo com as subnotificações, com 120,9 mil mortes — das quais 30 mil em São Paulo — e 3,8 milhões de casos confirmados, o Brasil ainda está muito longe de alcançar a imunização de rebanho. [segundo informes da TV Globo, especialista no cômputo de mortes pela covid-19, o índice de contágio no Brasil alcança 0,96 = 100 doentes contaminam 98, 89 transmitem para 96 e ...] A média móvel de casos dá sinais de que está começando a cair, mas ainda está num patamar muito elevado, que registra uma média móvel, nas últimas duas semanas, de 875 mortes e 36 mil casos por dia. O grande destaque no combate ao novo coronavírus foi a resiliência dos heróis anônimos na linha de frente do enfrentamento à pandemia, muitos dos quais contraíram a doença e morreram, sobretudo profissionais da saúde.
O desempenho do Sistema Único de Saúde, com todos os problemas, está sendo fundamental para evitar uma mortalidade muito maior. A ideia de que a pandemia está acabando é muito perigosa; os fatores decisivos para controlá-la ainda são a política de isolamento social e a autoproteção individual. [a autoproteção individual é essencial, o isolamento e distanciamento sociais - estilo quarentena meia boca, mais complicam que ajudam, e destroem a economia.]

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo, jornalista - Correio Braziliense

quarta-feira, 18 de março de 2020

Os vírus são teimosos - Nas entrelinhas [o presidente Bolsonaro mais ainda]

Bolsonaro não esconde seu desacordo com as medidas de distanciamento social”, mas finalmente considerou o país em “estado de calamidade pública

O presidente Jair Bolsonaro finalmente se deu conta de que os vírus são mais teimosos do que ele próprio. Ontem pela manhã, em entrevista à Rádio Tupi, o presidente da República criticou os governadores por adotarem medidas para evitar aglomerações, o que classificou de “histeria”. No final do dia, declarou estado de calamidade públicaem todo o país e pediu ao Congresso a aprovação da medida. Vírus são parasitas intracelulares obrigatórios (característica que os impede de serem considerados seres vivos), dependem de células para se multiplicarem. Diferentemente dos organismos vivos, são incapazes de crescer em tamanho e de se dividir. Porém, uma vez dentro da célula, a capacidade de replicação dos vírus é surpreendente: um único exemplar é capaz de multiplicar, em poucas horas, milhares de novos vírus. Não foi à toa que apenas um dos 30 infectados na Coreia do Sul foi o responsável pela transmissão da epidemia que atingiu 196 mil pessoas.

Os vírus são capazes de infectar todos os seres vivos de todos os domínios e representam a maior diversidade biológica do planeta, sendo mais diversos que bactérias, plantas, fungos e animais juntos. Desde o século XIX, cientistas travam uma batalha silenciosa contra os vírus, iniciada por Louis Pasteur, com a teoria microbiana das doenças, que teve um grande avanço quando o microbiologista Charles Chamberland, em 1884, conseguiu filtrar as bactérias. Coube ao microbiologista Martinus Beijerinck, em 1898, identificar pela primeira vez um contagium vivum fluidum (fluido vivo contagioso).Ele introduziu o termo ‘vírus’ para indicar que o agente causal da doença do mosaico do tabaco não tinha uma natureza bacteriana, e sua descoberta é considerada como o marco inicial da virologia.

A partir daí  vieram as grandes descobertas: Em 1898, o vírus da febre aftosa (Aphtovirus); em 1901, Walter Reed identificou o primeiro vírus humano, o vírus da febre amarela (Flavivirus). Em 1908, Vilhelm Ellerman e Olaf Bang demonstraram o vírus da leucose aviária. E em 1911, Peyton Rous transmitiu o vírus do sarcoma de Rous de uma galinha para outra. Em 1915, o bacteriologista Frederick William Twort  observou que as colônias morriam e que o agente dessa transformação era infeccioso. Em 1937, Max Theiler cultivou o vírus da febre amarela em ovos de galinha e desenvolveu uma vacina a partir de uma estirpe do vírus atenuado.

Em 1949, John Franklin Enders, Thomas Weller e Frederick Robbins cultivaram o vírus da poliomielite em culturas de células embrionárias humanas, o primeiro vírus a ser cultivado sem a utilização de tecido animal sólido ou ovos Este método permitiu a Jonas Salk desenvolver uma vacina eficaz contra a poliomielite.Mas somente após a segunda metade do século XX. a luta contra os vírus ganhou escala: foram reconhecidas mais de 2000 novas espécies de vírus de animais, plantas e bactérias. Em 1957, descobriu-se o arterivírus equino e o vírus da diarreia bovina (um pestivírus). Em 1963, Baruch Blumberg descobriu o vírus da hepatite B, e em 1965, Howard Temin descreveu o primeiro retrovírus. A transcriptase reversa, que é a enzima fundamental dos retrovírus, foi descrita em 1970, por Howard Martin Temin e David Baltimore. Em 1983, a equipe de Luc Montagnier do Instituto Pasteur, na França, isolou pela primeira vez o retrovírus que hoje conhecemos por HIV, ou seja, o vírus da AIDS.

Economia
Bolsonaro é um “criacionista”, não está nem aí para os mistérios da biologia, o mundo dos darwinistas,  onde se trava essa guerra sem fim. Sua grande preocupação durante o dia de ontem não era com os infectados pelo coronavírus, que fez a sua primeira vítima em São Paulo. Já são 346 casos em 17 estados, com 8.819 casos suspeitos, 1.890 casos descartados e 18 pessoas hospitalizadas em estado grave (7% do total). Era não prejudicar a economia: “Olha, a economia estava indo bem, fizemos algumas reformas, os números bem demonstravam taxa de juros lá embaixo, o risco, a confiança no Brasil, a questão de risco Brasil também. Então, estava indo bem. Esse vírus trouxe uma certa histeria”, disse. “Tem alguns governadores, no meu entender, eu posso até estar errado, mas estão tomando medidas que vão prejudicar em muito a nossa economia”, completou. [O presidente Bolsonaro, cuja teimosia nos motivou a 'invadirmos' o título original desta matéria, cria  grandes encrencas - quase sempre fornecendo munição que beneficia os inimigos do Brasil, dando argumentos para que os mesmos critiquem o governo Bolsonaro - e um dos grandes erros que sua teimosia causa é a de utilizar os serviços de um porta-voz.
O atual porta-voz  do presidente Bolsonaro é altamente competente, cordato, mas, fica em segundo plano. 
Com o péssimo hábito de conceder 'entrevistas de corredor',  de improviso e outras, forneceu munição ao deputado Maia que já criou um slogan, que já utilizou em entrevista: 
"NÃO VALE GARANTIR A ECONOMIA COM PERDA DE VIDAS".

O projeto enviado ao Congresso Nacional decretando 'estado de calamidade pública' é necessário, inadiável, essencial para facilitar o combate à Covid-19 e com o bônus de favorecer  à imagem do presidente Bolsonaro - se a divulgação fosse efetuada por um porta-voz e que deixasse bem clara a necessidade da medida.
Bolsonaro, mais uma vez, atravessou entrou na divulgação e abriu espaço para seus inimigos, também inimigos do Brasil, se beneficiarem, deturpando, como habitual, as reais intenções presidenciais.
O nosso presidente precisa ter presente que o presidente que não abusa no falar, quando fala causa maior impacto. E o que sempre fala, sem comedimento, municia os adversários.]
A entrevista de Bolsonaro à Rádio líder dos Diários Associados reiterou dois comportamentos recorrentes do presidente da República nesta crise: primeiro, a subestimação da doença em si, em que pese os exemplos dos demais chefes de Estado em todo o mundo, inclusive seu aliado principal, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump [Trump não preside um país com a economia em frangalhos e que foi vítima por 13 anos de uma quadrilha assaltando os cofres públicos e preside a maior economia do mundo - o que permite que até fatos negativos tenham efeitos favoráveis na economia dos EUA.] em ; segundo, se eximir da responsabilidade e culpar os governadores pelo que vier o ocorrer na economia, no caso, a recessão, que será inevitável.

 Essa postura somente aumentou o seu isolamento, além de reforçar uma avaliação quase generalizada nos meios políticos, e crescente na opinião pública, de que está despreparado para os desafios do cargo que ocupa, além de não respeitar sua liturgia. Na segunda-feira, Bolsonaro criticou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que vem se destacando no combate à epidemia e lidera os sanitaristas do país na mobilização dos serviços do SUS. Não gostou da participação de Mandetta numa reunião com os chefes dos demais poderes, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que vem criticando as atitudes de Bolsonaro; do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, que procura atuar como algodão entre os cristais. [ainda que o ministro tenha incorrido em falha, aceitando um convite de outro Poder, tem que ser considerada a eficiência com que o ministro Mandetta tem conduzido a crise decorrente do coronavírus.
O convite efetuado pelo chefe seja do Judiciário, seja do Legislativo a um ministro de Estado - Poder Executivo - não prima pelo acerto, mas, não é por colocarem uma 'casca de banana' em seu caminho que o presidente Bolsonaro precisa escorregar.]  

A nomeação do ministro da Casa Civil, general Braga Neto, para comandar o comitê de crise que vai gerenciar o combate à epidemia foi vista, erroneamente, como uma maneira de esvaziar a atuação de Mandetta. Não é o caso, pois alguém tem que coordenar todo o governo, mas a “fritura” de Mandetta pela ala mais sectária do Palácio do Planalto estava de vento em popa. Bolsonaro não esconde seu desacordo com as medidas de “distanciamento social” adotadas pelo Ministério da Saúde para evitar a rápida propagação do coronavírus, mas, no final do dia, pressionado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e pelos militares que o assessoram, declarou o país em “estado de calamidade pública”, para poder fazer gastos sem romper a “responsabilidade fiscal”., o que ainda depende de autorização do Congresso. [é forçoso reconhecer que a comunicação direta do presidente vez ou outra também facilita; nenhum parlamentar vai ter coragem para votar contra o decreto. Negar a condição de calamidade pública - que aliás, é um fato sério e que precisa ser combatida.]

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo - Correio Braziliense


domingo, 31 de maio de 2015